Sábado, 3 de Setembro de 2011

Ricardo Carvalho, magoado por ter sido qualificado de desertor por Paulo Bento por ter abandonado a seleção portuguesa de futebol sem justificação, disse hoje que poderia apelidar o selecionador de "mercenário".

"Sim [magoou]. É muito forte, uma linguagem militar, chamar-me desertor. Com a mesma linguagem, eu podia chamar-lhe mercenário. Quando alguém vai para guerra pago, chama-se mercenário. Eu estou na seleção por amor, ele é selecionador porque lhe pagam. Não merecia que me tratasse dessa maneira", disse Ricardo Carvalho em entrevista à RTP.

O defesa central do Real Madrid, que abandonou o estágio da seleção em Óbidos, a dois dias do jogo com o Chipre, depois de perceber que não seria titular, diz sentir que Paulo Bento exagerou: "Houve um certo aproveitamento do treinador de um episódio que não foi o mais correto da minha parte, para pisar-me e massacrar-me um pouco. Isso nunca fiz".

"Ferido e desrespeitado", teve reação "a quente

Depois de abandonar o hotel onde estava concentrada a equipa na quarta-feira, sem apresentar qualquer justificação, Ricardo Carvalho anunciou a sua renúncia à seleção, em comunicado enviado à agência Lusa, manifestando-se "ferido e desrespeitado" na sua dignidade. 

Com 33 anos e 75 internacionalizações, Ricardo Carvalho sublinhou que tem sido um bom exemplo e que a sua reação foi "a quente", não compreendendo as palavras do selecionador na conferência de imprensa da véspera do jogo nem o tempo que dispensou a falar do seu caso, porque "Paulo Bento teve 24 horas". 

"Foi um sentimento muito forte que tive. Foi a quente. Quando cheguei do treino, achei que não me tinham respeitado, senti que estava a mais, fizeram-me sentir assim. Cheguei ao quarto e nem troquei de roupa. Não foi nada premeditado, estava com cabeça quente e não falei com ninguém. Foi o meu grande erro, não me passou pela cabeça. Estava tão desorientado naquele momento", explicou Ricardo Carvalho. 

"Grande injustiça" ser suplente de Pepe

O defesa disse que sentiu que "foi uma grande injustiça", porque "tinha treinado bem", quando viu que a titularidade seria para Pepe, com o qual costuma partilhar o eixo da defesa no Real Madrid, sublinhando que nada tem contra o colega. 

Ricardo Carvalho lembrou que, quando outros optaram por sair da seleção, preferiu ficar, sendo um dos mais velhos do grupo, e não fecha as portas a um eventual regresso. "Um dia mais tarde, se acharem que posso ser útil, estou disponível", afirmou. 

Na sexta-feira, com Pepe e Bruno Alves como defesas centrais, Portugal goleou o Chipre, em Nicósia, por 4-0, e manteve-se na liderança do Grupo H de qualificação para o Euro2012, em igualdade com a Noruega, com 13 pontos.


  

 

 
 



Via Expresso



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