Segunda-feira, 12 de Março de 2012

frigida

 

Casei aos 17 anos, com meu primeiro namorado, com quem estou até hoje. Perdi a virgindade com ele, pouco antes do casamento, mas só porque ele insistiu muito. Foi a primeira de várias vezes que fiz sexo por obrigação. Passei muitos anos sem sentir a menor vontade de transar. Eu era frígida mesmo.

 

Era muito nova e não sabia nada sobre sexo. Era um assunto proibido com meus pais e eu morria de vergonha de falar sobre isso com minhas amigas. Resultado: só fazia papai e mamãe com meu marido, pois achava que qualquer outra variação era coisa de prostituta. Sexo oral, nem pensar! Deixava meu marido fazer em mim porque ele insistia, mas eu morria de vergonha. Fingia orgasmos sempre.

 

Depois de um ano de casamento, veio o primeiro filho e, logo em seguida, o segundo. Aí a coisa piorou. Além de eu não querer transar em casa por causa das crianças e de não termos muito tempo de ir a motéis, comecei a ter várias encanações com meu corpo por causa das duas gestações. Nossa vida sexual foi essa tristeza durante oito anos. Não sei como meu marido me aguentou! Ele não reclamava muito, mas questionava se o problema era com ele. Mesmo preocupada, eu não tomava iniciativa para melhorar.

 

A grande virada aconteceu graças a NOVA. Sou formada em psicologia, mas nunca havia exercido a profissão. Desde a época da faculdade, trabalhava com eventos. Estava em uma feira quando me ofereceram uma assinatura da revista. Não sabia que as matérias falavam tão abertamente sobre sexo. Quando recebi a primeira, quase tive um treco. Escondi embaixo do colchão. Tinha até vergonha de abrir, mas continuei assinando... E lendo. A cada matéria, percebia que tinha alguma coisa muito errada comigo. Eu via todos aqueles depoimentos de mulheres realizadas sexualmente, transando em milhares de posições, e pensava: 'As pessoas fazem e sentem tudo isso mesmo, só eu que não?' Resolvi mudar.

 

Nunca vou esquecer a primeira recomendação de NOVA que segui. Foi o conselho de um psicólogo: 'Se você é muito travada, tome um vinho para se soltar'. Parece tão bobo hoje, mas aquela dica mudou minha vida. Tomei vinho, fiquei beeem soltinha e transei de quatro com o meu marido pela primeira vez! Logo tive meu primeiro orgasmo. Dali para a frente, comecei a ler tudo relacionado a sexo: de livros sobre o corpo feminino a romances eróticos.

 

Também frequentei diversos cursos de especialização em sexualidade e passei a conversar mais com meu ginecologista. Descobri que eu não tinha nenhum problema físico, só precisava me livrar das inseguranças. Consegui depois de outra grande mudança na minha vida: uma cirurgia cardíaca que fiz em 2007. Durante o período de internação, continuei lendo a respeito de sexualidade e comecei a escrever um blog sobre o meu dia a dia. Passei uma semana na UTI pensando que a vida é muito curta para não aproveitar as coisas boas que ela tem a oferecer.

 

Para minha surpresa, uma editora me procurou para incluir os textos que eu escrevia no blog em um livro sobre comportamento feminino, lançado no ano passado. Comecei a receber e-mails de amigas e desconhecidas querendo desabafar e tirar dúvidas sobre relacionamento e sexo. Depois passei a encontrar algumas delas pessoalmente, em shoppings e cafés.

 

Até que uma amiga me disse que eu deveria dar aulas sobre sexo. Minha primeira ideia foi ensinar striptease, pois eu já havia feito um curso e tinha um diferencial. A maioria das professoras não tem formação técnica e teórica nem diploma de psicóloga. Mais importante: a minha história, que agora compartilho todos os meses com cerca de 30 mulheres em palestras e workshops. Passamos tardes bem divertidas. Faço striptease na frente de cada uma delas, aconselho-as a tentar sexo anal no chuveiro e mostro, usando uma banana, como deve ser o sexo oral.

 

Eu vivi o mesmo problema de todas as mulheres que frequentam o meu curso e hoje sou praticamente uma ninfomaníaca! Se depender de mim, meu marido e eu transamos todos os dias. Sempre invento alguma coisa nova. Uma vez fomos levar nossos filhos ao Beto Carrero World e compramos um chicote para as crianças. Adivinhe quem usou... Fiquei no quarto esperando meu marido, de quatro com o chicotinho na mão. Ele adorou! Descambei de vez: já propus transar na praia, na piscina, no carro, usar produtos de sex shop, fazer sexo anal, oral, uma loucura! Ele vive dizendo que nem acredita na sorte que tem agora. Não existe mais monotonia no nosso casamento: sempre faço minhas apresentações de striptease para ele, transamos em todas as posições e frequentamos motéis pelo menos uma vez por semana (onde me solto ainda mais!). A palavra tabu não entra mais na nossa relação — nem na minha vida.

 

Não foi só meu casamento que melhorou, minha autoestima também está nas alturas. Sinto-me tão poderosa que agora ando na rua fazendo o seguinte exercício: sempre que estou passando por algum homem, penso em sexo oral. É incrível como eles notam nossa 'cara de sexo'. Nunca falha, todos me olham. Eu me divirto muito. Posso dizer com toda a certeza do mundo para qualquer mulher: se eu consegui mudar e hoje sou totalmente realizada na cama, você também consegue!"

 

Via Nova



publicado por olhar para o mundo às 21:31 | link do post | comentar

1 comentário:
De FERNANDA a 21 de Março de 2013 às 13:49
Eu sou assim sou casada as 17 anos e nao sei o que e orgasmo toda as minhas amigas falam que e maravilhoso ai eu falo que nunca senti eu estou vendo que estou .precisando de ajuda eu sinto igual a vc quando vc casou como que eu faco para dar prazer ao meu marido e a mim mesmo.


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