Domingo, 05.01.14

Eusébio

O antigo futebolista morreu na madrugada deste domingo, vítima de paragem cardiorespiratória. Tinha 71 anos.

 

Eusébio morreu. Eusébio da Silva Ferreira, antigo futebolista do Benfica, morreu na madrugada de domingo em Lisboa, disse à Lusa fonte do clube.

 

A mesma fonte adiantou que Eusébio, 71 anos, morreu às 4h30, vítima de paragem cardiorespiratória. Eusébio estava em casa, sentiu-se mal por volta das 3h30 da manhã e foi chamado o INEM, mas já foi demasiado tarde. O corpo do antigo futebolista deverá ser transportado ainda este domingo para o Estádio da Luz, onde ficará dois dias. O funeral deverá realizar-se na terça-feira.

 

Nascido a 25 de Janeiro de 1942 na então Lourenço Marques, hoje Maputo, Eusébio tornou-se o maior símbolo do futebol português. Vindo de Moçambique, depois de ter jogado no Sporting de Lourenço Marques, chegou ao clube de Lisboa no Inverno de 1960. Foi nessa década que o “Pantera Negra” mais brilhou nos relvados, no Benfica e ao serviço da selecção de Portugal, no Mundial de 1966, onde foi o melhor marcador.

 

Sete vezes melhor goleador do campeonato português (1963/64, 64/65, 65/66, 66/67, 67/68, 69/70 e 72/73), duas vezes melhor marcador europeu (1967/68 e 72/73), Eusébio foi uma vez eleito melhor futebolista europeu mas é considerado um dos maiores futebolistas mundiais de todos dos tempos.

 

Foi 11 vezes campeão nacional pelo Benfica - alinhando em 294 jogos, nos quais marcou 316 golos -, ganhou cinco Taças de Portugal, foi campeão europeu em 1961/62 e finalista da Taça dos Campeões em 1962/63 e 67/68.

 

No total, foram 546 os golos que marcou pela selecção portuguesa e ao serviço dos clubes por que passou. Pelo Benfica, foram 473, em 440 jogos oficiais. Cometeu a proeza de marcar 32 golos em 17 jogos consecutivos, tendo ainda conseguido marcar seis golos no mesmo jogo em três ocasiões. O guarda-redes que mais golos seus sofreu foi Américo, do FC Porto (17).

 

Jogou no Benfica até 1975, tendo depois actuado ainda em clubes da América do Norte, no Beira Mar e no União de Tomar – esta última uma breve experiência que durou até Março de 1978, após o que regressou aos EUA para tentar uma efémera experiência no futebol indoor.

Participou em 64 jogos da selecção de Portugal, pela qual se estreou em 8 de Outubro de 1961.

 

No Mundial de 1966, em Inglaterra, em que Portugal foi o  terceiro classificado, venceu o troféu destinado ao melhor marcador da prova, com nove golos, e foi considerado o melhor jogador da competição.

 

Ficou célebre a sua actuação no jogo com a Coreia do Norte, dos quartos-de-final desse mundial, em que marcou quatro golos, contribuindo decisivamente para a vitória de Portugal a por 5-3, depois ter estado a perder por 0-3. "Foi o meu dia", recordou mais tarde,quando, no Mundial de 2010, na África do Sul, a equipa portuguesa voltou a defrontar a asiática.

 

Retirado do Público



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Segunda-feira, 25.06.12

OS TRUQUES DOS PORTUGUESES PARA GASTAR MENOS NAS FÉRIAS

Os portugueses vão viajar menos e para destinos mais próximos este verão, gastando menos e passando menos dias fora, na confirmação de tendências dos últimos meses, disseram à Lusa vários elementos do setor das agências de viagem.

«É verdade que os portugueses estão a gerir o menor rendimento disponível indo para férias mais baratas, concretamente optando por períodos mais curtos, mais do que quebras de quantidade e, portanto, optam por períodos mais curtos para pagarem menos», disse à Lusa o presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagem e Turismo (APAVT), Pedro Costa Ferreira, que admite que as quedas destas empresas podem vir a atingir os dois dígitos.

Ainda assim, Pedro Costa Ferreira acredita que a redução vai ser mais ao nível da faturação do que ao nível de passageiros, o que significa que as pessoas vão continuar a fazer férias, mas vão escolher destinos ou formas mais baratas, algo a que as agências têm estado sensíveis, apresentando propostas «com preços mais razoáveis».

Não deixam de ir de férias, mas vão para mais perto e por menos tempoFonte da Agência Abreu explicou, em resposta a questões colocadas pela Lusa, que se está a assistir «à confirmação de tendências que emergiram nos dois últimos anos, menos tempo de viagem e maior procura do turismo interno», do Algarve à Madeira e Açores.

Por seu lado, a Top Atlântico, em respostas escritas, afirmou que, de 2011 para este ano, as alterações de comportamento sentiram-se «no reajustamento das férias dos portugueses, tanto ao nível do número de viagens por ano (uma em vez de duas ou três), como ao nível do crescimento de procura de destinos de proximidade, não tão procurados anteriormente, como as ilhas espanholas».

Porém, a mesma fonte da Top Atlântico realçou não estar a verificar um crescimento do destino Portugal «em detrimento de destinos no estrangeiro».

A Abreu disse estar «praticamente em linha quanto ao número de reservas, o que não deixa de ser relevante», tendo em conta a situação conjuntural.

«Parece haver uma tendência grande, que nós saudamos, para escolhas de destinos em Portugal, que é também uma tendência expectável. Isso pode provocar uma menor quebra na hotelaria nacional, sendo certo que os números que existem de turistas nacionais registam, neste momento, quebras muito grandes», explicou Pedro Costa Ferreira.

A nível de destinos, depois da experiência que foi a Páscoa, há oferta para os vários gostos, explicam os diversos intervenientes, desde o Algarve ao sul de Espanha, passando por Marrocos e Tunísia (em «franca recuperação», segundo a Abreu), até Cabo Verde, que continua «líder» no médio curso, disse o presidente da APAVT.

«Nota sublinhada também, «puxada» pelos preços baixos, para a procura de cruzeiros (sobretudo no Mediterrâneo), circuitos europeus (nalguns casos combinando com cruzeiros) e cidades europeias», acrescentou a Agência Abreu, sublinhando que Miami, através da TAP, e destinos como a Índia têm também despertado interesse no mercado nacional.


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Sábado, 23.06.12

Mundo gay de Lisboa

 

 Há várias décadas que o Príncipe Real é a principal zona gay de Lisboa, por causa dos muitos bares, discotecas e engates. Mas, se ganha na quantidade, perde na qualidade. Não é aí que ficam os melhores ambientes nocturnos gay. É no Bairro Alto - que sempre atraiu certa franja das profissões criativas e liberais, cheias de homens e mulheres homossexuais.

 

Foi a assíduos do Bairro Alto que o i perguntou pelos dois melhores bares gay de Lisboa. E o prémio, sem grande hesitação, foi quase sempre para? Maria Caxuxa e Purex. Dois sítios colados um ao outro, embora em ruas diferentes, de ambiente bem definido, livre e sofisticado, onde as pessoas se divertem a sério.

 

O Caxuxa, como é conhecido, puxa mais os homens gay; o Purex, as lésbicas. Tanto um como outro recusam o rótulo de bar gay e, bem vistas as coisas, até têm razão. Há neles de tudo um pouco. Mas não poderia ser de outra maneira, numa cidade onde consta que o apartheid da orientação sexual não existe. Agora dizer que a sexualidade de quem lá vai não importa nada também soa a falso. São os clientes, com as suas características todas, e não só metade delas, que fazem as casas. Se nunca lá foi, experimente.

 

Para eles: Maria Caxuxa Três salas, um bar, aspecto rústico propositado, um não-sei-quê de seguro e libertino. Um cantor aqui, um bailarino ali, um actor acolá. Sempre muitos gays.

 

Os actuais donos do Maria Caxuxa trabalharam em tempos noutro bar do Bairro Alto, o Clube da Esquina - assumidamente gay. Há quatro anos, quando abriram o Caxuxa, trouxeram com eles muitos clientes. Além disso, esta antiga tasca e fábrica de bolos (o forno mantém-se, ao centro do bar) foi uma lufada de ar fresco na cidade. Pela atitude - discreta, mas sabida - e pelo ambiente - familiar e moderno. Tudo aquilo que muitos homens gay apreciam.

 

Situa-se na Rua da Barroca, a principal rua gay do Bairro. Nos concorridos fins-de-semana fica facilmente sobrelotado. Por dentro e por fora. Os lugares sentados são disputados ao centímetro. E à porta junta-se uma multidão compacta de copo na mão. A atracção é tal que há quem prefira comprar bebidas mais baratas nos bares ao lado e ir despachá-las à porta do Caxuxa.

 

Por não ser um gueto, longe disso, nem vestir a camisola de nenhuma causa, permite que toda a gente se sinta bem lá dentro. O som electrónico modernaço, as excelentes tostas servidas até à uma da manhã e a rapidez do serviço fazem o resto.

 

Para elas: Purex Em pouco anos tornou-se um dos melhores bares de Lisboa e, por via da clientela que lá vai, um dos melhores bares lésbicos. Há quem lhe chame "fufex". Costuma associar-se às iniciativas LGBT lisboetas, como o Arraial Pride (a maior festa gay anual) e o festival de cinema Queer Lisboa.

As suas responsáveis preferem falar em bar gay friendly, porque dizem receber bem toda a gente. É um facto que sim. Cruzar as grandes portas cor-de-laranja do Purex não é a mesma coisa que meter o pé noutros bares do Bairro. A maior parte deles, verdade seja dita, não são bares - são balcões de venda de bebidas, sem personalidade ou ambiente. Muitas vezes sem nome. No Purex isso não acontece. Há espírito e carácter, ambiente e boa música.

 

A casa demorou a fazer-se. Tinha uma clientela lésbica pouco dada ao consumo de bebidas, que fazia do espaço uma sala de estar para amigas e conhecidas. As responsáveis conseguiram dar a volta ao caso com uma selecção musical rígida, pouco comercial e atenta às novidades. O suficiente para afastar um público menos exigente e atrair as (e os) vanguardistas.

 

Via ionline

 



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Segunda-feira, 18.06.12
Cavaco promulga Código do Trabalho e pede “estabilidade” para criação de emprego

Cavaco Silva diz que “não foram identificados indícios claros de inconstitucionalidade que justificassem a intervenção do Tribunal Constitucional”

 (Foto: Miguel Madeira)

O Presidente da República promulgou as alterações ao Código do Trabalho, exortando nesta segunda-feira a que, “a partir de agora”, se “assegure” a estabilidade legislativa “com vista” à “recuperação” do investimento, criação de emprego e relançamento “sustentado” da economia.

 

Na mensagem de promulgação do diploma publicada na página da Internet da Presidência da República, de sete pontos, Cavaco Silva diz que na análise realizada pela Casa Civil da Presidência da República “não foram identificados indícios claros de inconstitucionalidade que justificassem a intervenção do Tribunal Constitucional” e realça ter tido “presente os compromissos assumidos por Portugal junto das instituições internacionais”.

“Com a entrada em vigor desta reforma da legislação laboral, deverá assegurar-se, a partir de agora, a estabilidade das normas reguladoras das relações laborais, com vista à recuperação do investimento, à criação de novos postos de trabalho e ao relançamento sustentado da economia portuguesa”, defende o chefe de Estado.

Cavaco Silva lembra que o diploma foi aprovado na Assembleia da República com os votos favoráveis da maioria de Governo, do PSD e do CDS, com a abstenção do PS, “tendo votado contra apenas 15% dos deputados.”

 

Noticia do Público



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Sexta-feira, 15.06.12

Portugal perdeu trinta e sete mil pessoas num ano

Portugal perdeu 30.317 pessoas no último ano, segundo as estimativas anuais de população reveladas nesta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o que representa uma taxa de crescimento efetivo negativo de 0,29 por cento.

A estimativa aponta para 10541840 habitantes em Dezembro de 2011, contra 10.572.157 em Dezembro de 2010. O maior contributo para este decréscimo é do saldo migratório: entre pessoas que chegaram e pessoas que partiram no prazo de um ano, ficaram menos 24.331 indivíduos. Esses dados foram obtidos através dos inquéritos ao emprego e aos movimentos migratórios de saída realizados pelo próprio INE.

O Governo estimou há algumas semanas que os números de emigrantes, ou seja, pessoas que saem de Portugal para o estrangeiro, estivesse «entre os 120 mil e os 150 mil». Foi o valor avançado pelo ecretário de Estado das Comunidades, José Cesário. 

Entre quem deixou o país e quem imigrou há menos 24 mil habitantes, estima INE.A completar as perdas, o saldo natural, que tem em conta o número de nados vivos e óbitos apurados, é de menos 5.986 indivíduos. 

A região Norte é a que tem maior número de população residente, 3.686.784 pessoas, e também a que mais perdeu, um total de 14736. Em termos percentuais o saldo mais negativo é na Madeira, que perdeu 0,6 por cento da sua população. Seguem-se o a região centro e o Alentejo, ambos com menos 0,5 por cento de habitantes. 

Os dados do INE têm já por base os resultados provisórios dos Censos 2011 e serão revistos quando houver resultados definitivos do último grande recenseamento nacional. A partir daí, explica o INE, terá início «nova série de estimativas provisórias de população residente».

 

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Terça-feira, 12.06.12
O melhor portátil da Apple passa a ter 1,8 centímetros de espessura e a pesar pouco mais de dois quilogramas

O melhor portátil da Apple passa a ter 1,8 centímetros de espessura e a pesar pouco mais de dois quilogramas (Justin Sullivan/Getty Images/AFP)

 

O “retina display”, a mais alta resolução de ecrã capaz de ser apreendida pela retina humana, é uma das principais características dos últimos produtos Apple – e o MacBook Pro apresentado nesta segunda-feira, na conferência anual de programadores da empresa, não é excepção. É o primeiro portátil de sempre com tão elevada densidade de pixéis no seu ecrã.

 

Lançado no iPhone 4 e introduzido no mundo dos tablets em Março, na mais recente versão do iPad, o “retina display” é uma das mais significativas novidades do MacBook Pro reveladas na Worldwide Developers Conference, que decorre no centro de congressos de Moscone, em São Francisco, Estados Unidos, até sexta-feira. Este evento concentra todos os anos a atenção não só dos consumidores da Apple, mas de toda a comunidade tecnológica.

O vice-presidente Phil Schiller revelou “o mais bonito computador” que a Apple “alguma vez fez”. O novo MacBook Pro é o mais leve e fino até à data, rivalizando mesmo com o MacBook Air. O melhor portátil da Apple passa a ter 1,8 centímetros de espessura e a pesar pouco mais de dois quilogramas. E vai custar pelo menos 1.299 euros, no modelo de 13 polegadas, e desde 1.949 euros, na versão de 15 polegadas. 

Em contrapartida, o MacBook Air passa a ser mais barato: os modelos de 11 polegadas passam a custar pelo menos 1.099 euros; os de 13 polegadas podem ser adquiridos a partir de 1.299 euros. De resto, o Air tem uma nova versão, que começa a ser enviada para as lojas nesta segunda-feira, com os mais recentes processadores da Intel (Ivy Bridge), oito GB de memória e câmara de 720 pixéis.

O novo MacBook Pro tem o mesmo tipo de processadores, que permitem uma aceleração gráfica de 60%, tem até 16 GB de RAM, sete horas de autonomia e mais um conjunto de características apresentadas com pompa por Phil Schiller – USB 3.0, GeForce GT 650M, com 1 GB de memória, conexão com 802.11n Wi-Fi e Bluetooth 4.0.

Craig Federighi, responsável pelo departamento de software para os Mac, revelou algumas das possibilidades que se pode esperar do novo sistema operativa da Apple, o OS X Mountain Lion, a ser lançado no final deste Verão. A principal novidade aqui é que se esbate as diferenças entre sistemas operativos de computadores e dispositivos móveis.

Construído com as “inovações do iPad”, o OS X Mountain Lion terá um serviço de sincronização para o iCloud, mais opções de partilha de que o seu antecessor, uma forma mais simplificada de navegar na web (o Safari também será actualizado) e será capaz de reconhecer ditados.

 

Noticia do Público



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Quinta-feira, 07.06.12

RAY BRADBURY, O ESCRITOR QUE IMAGINOU UM MUNDO SEM LIVROS

Ray Bradbury, o escritor que deu nova dimensão à ficção científica, morreu nesta terça-feira, aos 91 anos, anunciou a sua filha.

O norte-americano foi um ícone e uma inspiração para muitas gerações e será sempre recordado pela sua obra mais emblemática, Fahrenheit 451, um romance distópico escrito em 1953 que imagina um mundo sob um regime totalitário onde os livros são proibidos, bem como o pensamento crítico. O título tem origem na temperatura a que o papel arde. 

Fahrenheit 451 foi adaptado a filme nos anos 60 por François Truffaut e foi usado como símbolo da oposição à censura e ao livre pensamento. O próprio Bradbury disse muitos anos mais tarde que não era tanto isso, mas uma obra sobre a forma como os media, e nomedamente a televisão, destruíam a leitura e os livros.

Foi o autor de Fahrenheit 451. Inventava mundos mas dizia que não escrevia ficção científicaO talento criativo e fantasioso de Bradbury permitiu à ficção científica ganhar dignidade como estilo literário, mas o escritor também quis desconstruir essa ideia. «Não sou um escritor de ficção científica. Só escrevi um livro de ficção científica, o Farhrenheit 451. Todos os outros eram fantasia. As fantasias são coisas que não podem acontecer, a ficção científica é sobre coisas que podem acontecer», repetiu várias vezes ao longo da sua vida.

Bradbury, que nasceu a 22 de Agosto de 1920, começou a escrever no final dos anos 30 e tem dezenas de obras publicadas, entre as quais alguns clássicos, como as «Crónicas Marcianas», de 1950. Escreveu romances, crónicas e contos, trabalhou em vários media e tem várias das suas obras adaptadas também a televisão.

 

retirado de Push



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Terça-feira, 05.06.12

PSP operações stop

 

No caso de os condutores terem dívidas fiscais podem ver o seu carro apreendido por elementos das Finanças

 



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Segunda-feira, 04.06.12

UM ANO DEPOIS: «ESTE ERA O GOVERNO QUE IA DIZER A VERDADE»

O Governo liderado por Pedro Passos Coelho já teve um ano para mostrar aos portugueses ao que veio. Os politólogos ouvidos pelotvi24.pt elogiam a «vontade clara de cumprir» as metas acordadas com a troika e admitem que «seria improvável arriscar fazer muito diferente», mas também apontam o «descrédito» criado pelas «inconsistências» entre as promessas feitas e as medidas tomadas.

«Há uma vontade clara de cumprir, de pôr as contas em ordem. Esse esforço implicou cortes nos salários brutais, que tinham sido veementemente recusados em campanha eleitoral. Este era o Governo que ia dizer a verdade e isso representa um descrédito enorme», afirmou André Freire.

Ao «ir para além do que estava programado» sem explicar «milimetricamente» aos portugueses as consequências, o Governo ficou «ferido do ponto de vista da credibilidade». «Não é a primeira vez que as promessas eleitorais são quebradas, mas o problema é a profundidade disso», acrescentou.

Especialistas analisam as medidas, os casos e os ministrosQuestionado sobre as frases mais polémicas do Executivo, André Freire considera que são «insultos», que demonstram «desfaçatez» e deixam o Governo «mais fraco». «Isso é brincar com as pessoas e as pessoas não são estúpidas. Estou até espantado com a apatia das pessoas. Mas a nossa sociedade não é muito exigente do ponto de vista da cultura política», afirmou.

O professor do ISCTE apontou que «era preciso alguém que desse voz à contestação e não há», porque «os partidos estão no lixo e a democracia encontra-se muito em baixo». O maior culpado, garantiu, é o PS, porque «está esfrangalhado» e «não faz oposição». «Se houvesse eleições amanhã, provavelmente o Governo não era castigado, porque este é um Governo de dois partidos, mais um de muleta. Temos uma coligação de unidade nacional informal. O PS deixa passar tudo», criticou.

Já sobre os casos que têm abalado o Executivo, como as nomeações polémicas e as secretas, André Freire admitiu que «a situação vai muito mal em tão pouco tempo». «Mas o PS não pega nestes casos, parece que têm vergonha. As pessoas estão descontentes, mas não castigam o Governo porque para isso teria de haver alternativa, e não há», concluiu.

«A sensação de arrumar a casa»

A professora do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas Paula do Espírito Santo também critica as «diversas inconsistências ao nível da palavra» deste Governo, que apresenta medidas «com aparente descontração», contribuindo «para fomentar o descrédito sobre a expressão política governamental».

A politóloga recordou que o programa do Executivo foi «fixado a regra e esquadro» num contexto de crise, podendo «considerar-se que a campanha eleitoral da coligação foi bastante suavizante e suavizada». «As margens de fôlego económico e social são muito reduzidas, no plano governativo, num prazo imediato», explicou. 

No entanto, para a politóloga, apesar de, «pontualmente», um outro partido poder ter tomado outras opções, «pois o espectro ideológico, as políticas e as pessoas seriam outras», «seria improvável arriscar fazer muito diferente a nível do esforço de compromisso externo».

Como melhor deste primeiro ano de Governo, Paula do Espírito Santo frisou «a sensação de arrumar a casa» e, como pior, «a amarga incapacidade de mobilizar os recursos e estruturas necessários ao progresso e ao desenvolvimento económico e político» do país.

«A cada mandato governativo, acresce uma hoste de descontentes e desiludidos com a política que se sentem enganados pelas incapacidades sempre renovadas dos políticos em saber gerir os desafios impossíveis e improváveis da governação», completou.

Por isso, a politóloga acredita que, se as eleições se repetissem neste momento, seria «muito provável que o sentido de voto não favorecesse a coligação no Governo».

 

Retirado de Push



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Quinta-feira, 31.05.12

«As famílias precisam de ajuda já! Todos os dias há famílias a perderem as suas casas». O apelo é de Natália Nunes, da DECO, feito à AF. Em resposta, todos os partidos vão discutir a 8 de junho no Parlamento alterações temporárias às regras do crédito habitação no caso de sobreendividamento das famílias.


Em cima da mesa estarão medidas mais ou menos consensuais e que passam por dar, a quem ficou no desemprego ou sofreu uma quebra acentuada do seu rendimento, alternativas à devolução da casa ao banco. 

No rol de medidas, todos os partidos querem limitar o aumento dospread (margem de lucro do banco) em caso de divórcio, viuvez ou desemprego, ao mesmo tempo que defendem a moratória. Os sociais-democratas propõem que famílias onde, pelo menos, um dos elementos esteja no desemprego, que se deparem com uma taxa de esforço no crédito acima dos 45% e um rendimento anual bruto do agregado, no momento do incumprimento, inferior a 25 mil euros, possam ficar entre 6 a 18 meses sem pagar prestações ou ficar até 4 anos só a pagar juros com um spread de 0,25%. Nestas circunstâncias, o prazo do empréstimo pode ser alargado até o devedor ter 75 anos e o banco não poderá cobrar comissões adicionais.

Desempregados e famílias em crise vão ter alternativas para pagar o crédito habitaçãoO Bloco, por exemplo, defende uma moratória, total ou parcial, mais alargada: por um período até 24 meses, sem que as condições do crédito sejam revistas.

entrega da casa ao banco será então uma medida-limite. O PSD quer que esta pague a dívida quando o imóvel em causa seja a única habitação da família, que o valor da casa não seja superior a 250 mil euros e que o valor da avaliação da casa e das prestações pagas não seja igual ou superior ao valor do empréstimo inicial. O devedor pode ainda retomar a casa se pagar as prestações vencidas, juros de mora e as despesas do processo, querem sociais-democratas e socialistas.

O PS defende, no entanto, que, para os desempregados, o valor fiscal do imóvel não pode exceder os 200 mil euros e, em situações de quebra acentuada no rendimento, o valor da habitação não pode superar os 300 mil. 

Já o BE considera que o valor da casa não conta para esta equação. A devolução da habitação deve acontecer quando a moratória não é já uma «solução viável» ou numa «situação avançada de execução da hipoteca». Uma situação a considerar para quem está desempregado e tem uma taxa de esforço acima de 50%. Depois da moratória, se o devedor não conseguir pagar as prestações, o Bloco quer obrigar os bancos a aceitar o imóvel, se este for a única habitação permanente. 

O devedor poderá ainda optar por arrendar a casa ou pela permuta de outra mais barata. Neste último caso, o PSD quer limitar condições na lei: o novo imóvel terá de ficar, no máximo, a 15 km de distância em linha reta, dimensão e em estado de conservação equivalentes. Esta via não será uma opção para o banco, mas antes uma obrigação. 

Uma medida consensual, ao contrário do fundo de garantia, no valor de 150 milhões de euros, proposto pelo PS. Um mecanismo que seria idêntico a um seguro de crédito habitação, sendo pago pelo banco e pelo devedor.

O PS defende, ainda, a resolução do contrato se três prestações vencidas não forem pagas e que o reembolso do Plano Poupança Reforma ou Plano Poupança Educação possa pagar prestações sem penalizações fiscais.

PS e PSD defendem ainda a necessidade de dar prioridade ao crédito habitação quando há outras dívidas.

Já o CDS, que entregará a sua proposta a 1 de junho, está mais preocupado na prevenção de casos críticos. Os democratas-cristãos defendem a obrigatoriedade de uma reunião para reanálise do crédito, antecipando «riscos de incumprimento», e quando se justifique, que o banco apresente soluções para evitar a entrada do contrato de crédito em mora». O CDS defende ainda a definição de um manual de boas práticas e alteração à lei das penhoras.

 

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Quarta-feira, 23.05.12

 

Recebemos no nosso mail um testemunho de uma pessoa enganada por uma empresa fraudulenta que se aproveita da fragilidade do desemprego para conseguir arranjar trabalho grátis. Segue o testemunho na íntegra:
Car@s Precári@s,
Contacto-vos porque, no início deste ano, ao procurar um emprego em part-time para conciliar com a faculdade, acabei por ser vítima de uma suposta empresa de marketing que chegara a Portugal em Agosto de 2010 e se encontrava (e encontra) a recrutar colaboradores.
Ficam, ainda, muitos pormenores escabrosos por relatar, pois a lista é quase infinita. Gostaria apenas, por enquanto, de alertar tod@s @s jovens que se encontram à procura de emprego para que não caiam nesse esquema. Eles têm anúncios em sites de emprego legítimos, e ao que parece, mudam o nome e a localização dos escritórios com alguma frequência, portanto é possível que se venham a deparar com a mesma empresa sob outro nome. De momento, o nome AXES MARKET continua a constar nos anúncios.
O que aconteceu, resumidamente, foi o seguinte:
Enviei o meu currículo através do site "Empregos Online" e fui contactada no dia seguinte para marcação de entrevista. Perguntei a quem me deveria dirigir quando chegasse ao local e informaram-me de que só teria que dizer que vinha para entrevista, pois esta seria realizada pelo director. Solicitaram-me, ainda, que levasse uma cópia do meu currículo.
No dia seguinte, dirigi-me ao 6ºesquerdo da Rua Rodrigues Sampaio nº 30, onde fui entrevistada, em inglês, por um norte-americano (o director) que falou muito rapidamente acerca da função a desempenhar e me disse que, entre os cerca de trinta entrevistados naquele dia, menos de dez seriam contactados para a segunda fase de selecção.
No final do dia, a empresa entrou em contacto comigo para informar que tinha sido uma das escolhidas, e que deveria comparecer no dia seguinte às 12h30, vestida profissionalmente mas com sapatos confortáveis, pois iria acompanhar um colaborador ao longo do dia de trabalho. Pediram-me, ainda, que confirmasse a minha disponibilidade entre as 12h30 e as 20h, visto ser este o tempo que deveria permanecer com o colaborador em questão.
No dia seginte, fui então para o "terreno" com aquele que viria a ser o meu "leader" e mais dois colegas. O primeiro começou por fazer-me perguntas básicas: a minha experiência profissional, os meus objectivos, etc. Quando lhe disse que já tinha tido alguns empregos de Verão em lojas e que gostava do contacto com o público, ele respondeu: "Pois, mas vendedor qualquer idiota pode ser. Nós estamos a recrutar líderes, e a fase das vendas directas não é determinante, é apenas parte do processo.". Eu não me recordava de me ter candidatado a chefe de equipa uma vez que, como já referi, sou estudante e estava apenas à procura de um part-time - mas enfim, se encontrasse algo melhor que um call center não me faria rogada. Posteriormente, fui bombardeada por uma série de questões e informações acerca da área das vendas directas (porta-a-porta), enquanto, literalmente, corria atrás do tal líder. Tive ainda que responder a um questionário sobre os meus pontos fortes e fracos (10 de cada), bem como mencionar 15 características de um bom líder. Para além disso, foi-me pedido que respondesse a 3 adivinhas e que dissesse como imaginava a minha vida em 1, 5 e 10 anos. Tudo isto enquanto subia e descia escadas.
Á hora de almoço, o "líder" fez numa folha do meu caderno um esquema da progressão dentro da empresa e das remunerações, sendo que, na fase inicial, um colaborador receberia entre 250 a 300€ por semana, passando depois a 500 e assim sucessivamente. O horário de trabalho seria de segunda a sexta, entre as 11 e as 21h, sendo, no entanto, totalmente flexível para trabalhadores-estudantes.
Às 22 horas desse mesmo dia, completamente encharcada e cheia de feridas nos pés, caminhei com o líder até à estação do metro, onde este me disse que eu parecia ser uma pessoa empenhada e com muita força de vontade, mas não era extraordinária em nada e, assim sendo, ele não sabia se devia ou não recomendar-me ao director. Pediu-me que lhe dissesse o que tinha, então, de especial para ser escolhida entre os 5 que tinham passado à esta fase, pois só iriam ficar com uma pessoa - ou nenhuma, se não houvesse um candidato realmente à altura. Pressionou-me até eu responder que não sabia mais o que me distinguia dos outros e que, embora gostasse de ficar com o emprego, não teria qualquer problema se não fosse seleccionada, uma vez que respondera a diversas ofertas.
No final, fui novamente ao gabinete do director onde, surpreendentemente, este me deu os parabéns por ter sido seleccionada e que deveria começar no dia seguinte.
No dia seguinte, houve um "Opportunity Meeting" com o director, onde nos foi feita uma lavagem cerebral, cujo objectivo era fazer-nos crer que ganharíamos um bom ordenado ao mesmo tempo que progredíamos na carreira, e tudo isso dependeria apenas da nossa dedicação. Essa dedicação, como vim a verificar nas 3 semanas em que estive na empresa, consistia em trabalhar DOZE HORAS POR DIA, 6 DIAS POR SEMANA, recebendo apenas uma comissão de 20 ou 30€ por venda - e, como é óbvio, nem sempre se vendia, principalmente porque nos enviavam para a mesma zona de dois em dois dias. As despesas de deslocação e alimentação eram por nossa conta pois, teoricamente, éramos trabalhadores independentes.
Dada a dificuldade de encontrar na internet qualquer informação relevante acerca da empresa (que tem, pelo menos, três nomes) optei por pesquisar o nome do director e as minhas suspeitas confirmaram-se: a empresa não passa de um esquema para encher os bolsos de quem está no topo, não tanto através das vendas, mas sobretudo do recrutamento de "distribuidores" (nas três semanas em que lá trabalhei, entraram pelo menos vinte novas pessoas), que serão, também eles iludidos pela promessa de crescimento profissional e sugados por charlatães que tentam a todo o custo afastar-nos da realidade e que nos querem fazer crer que somos uns preguiçosos se o dia de trabalho não nos corre bem – mesmo depois de termos passado o dia inteiro à chuva, a bater a portas e a ouvir reclamações.
Eu saí da empresa a um mês depois e até hoje não recebi um cêntimo pelas vendas que fiz. Recusei diversas entrevistas de emprego por achar que estava a trabalhar numa empresa a sério, e agora continuo sem trabalho – e com receio de voltar a deparar-me com uma situação semelhante.
Ficam, ainda, muitos pormenores escabrosos por relatar, pois a lista é quase infinita. Gostaria apenas, por enquanto, de alertar tod@s @s jovens que se encontram à procura de emprego para que não caiam nesse esquema. Eles têm anúncios em sites de emprego legítimos, e ao que parece, mudam o nome e a localização dos escritórios com alguma frequência, portanto é possível que se venham a deparar com a mesma empresa sob outro nome. De momento, o nome AXES MARKET continua a constar nos anúncios.
Grata pela atenção.
Retirado de Precários inflexiveis


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Segunda-feira, 21.05.12


O que mais é preciso para que estes senhores entendam que este não é o caminho?.... e não, a pergunta não se refere ao Hermam... esse nunca vai entender


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Domingo, 13.05.12

Passos Coelho e a mulher no momento em que um grupo de pessoas o apupou

Passos Coelho e a mulher no momento em que um grupo de pessoas o apupou (Enric Vives-Rubio)

 

O primeiro-ministro foi esta tarde à Feira do Livro de Lisboa com a mulher, numa visita que se pretendia particular e informal. Deteve-se demoradamente nos pavilhões e comprou livros, acompanhado pelo secretário de Estado da Cultura, Francisco Viegas, e pelo secretário-geral da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), Miguel Freitas da Costa. Mas não saiu de lá sem ser vaiado.

 

O passeio foi quase perfeito até aos últimos 20 minutos, quando algumas dezenas de indignados, que estavam concentrados desde a véspera num dos lados do Parque Eduardo VII, o vaiaram exibindo cartazes.

Passos Coelho não se descompôs e até dialogou por instantes com uma representante dos manifestantes, para nervosismo dos seguranças pessoais e da força policial que surgiu do nada. 

A contestação subiu de tom, as palavras de ordem tornaram-se mais agressivas (“Fora, fora daqui, a fome, a miséria e o FMI”, “Passos, ladrão, o teu lugar é na prisão”, “Quem deve aqui dinheiro é o banqueiro”) e o primeiro-ministro desistiu: “Debate e diálogo, sim, mas não nestas condições.” Pouco depois entrava no automóvel oficial e abandonava a Feira do Livro.

Passos Coelho chegou ao Parque pelas quatro horas, pouco depois de terem sido largados mil balões amarelos sobre o Marquês de Pombal. O gesto parecia ser para ele, mas não – era uma das iniciativas programadas no âmbito da Feira, que termina este domingo.

“Como foi este ano?”, perguntou de rajada ao secretário-geral da APEL. A conversa evoluiu depois para as datas do evento e os resultados de negócio, não sem antes esclarecer que tinha decidido, fora de qualquer agenda, aproveitar o último dia para a visitar.

Livros é algo que, por estes tempos, o primeiro-ministro pouco lê. A última leitura, disse, foi uma obra sobre Singapura e as suas enormes transformações económicas e sociais. A mulher, Laura Ferreira, confirmaria mais tarde ao PÚBLICO que os dossiês da governação não deixavam espaço para outras leituras: “Antes, ele lia vários livros ao mesmo tempo, mas agora é impossível. De vez em quando, alugamos um filme para descontrair.”

“Os homens nascem sem alma”, de Jorge Augusto Vieira, é o primeiro título a chamar a atenção de Passos Coelho e a suscitar um comentário bem-humorado: “Espero que não nasçam muitos nessa condição...” Decide comprá-lo conjuntamente com outro de poesia (“Jaca em escamas”, de Isabel de Santiago) e faz questão de os pagar, sem esquecer o respectivo recibo. Para as filhas escolheu, mais à frente, “Onde vivem os monstros”, de Maurice Sendak e “Adoro chocolates”, de Davide Cali. E perguntou a Francisco Viegas onde poderia adquirir os livros da Mafalda, que “as minhas filhas adoram”.

Num roteiro orientado pelo secretário de Estado da Cultura, Passos Coelho foi circulando pelo recinto, de pavilhão em pavilhão, sempre sem pressa e perante a indiferença ou a vaga curiosidade de quem passava. Zita Seabra, da Aletheia, ofereceu-lhe “Os Cantos”, obra de Maria Filomena Mónica, que apresentou como uma obra sobre “o maior e mais visionário empresário dos Açores”. 

O encontro com Ricardo Araújo Pereira e José Diogo Quintela (do grupo humorístico Gato Fedorento) proporcionou ao primeiro-ministro o elogio da crítica e da autocrítica: “Fazem muita falta e são sempre boas.” Não podia adivinhar que seria submetido a essa prova pouco depois.

 

Retirado do Público



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Terça-feira, 08.05.12

A rodagem do filme de João Canijo (ao centro), em 2010

A rodagem do filme de João Canijo (ao centro), em 2010 (Nuno Ferreira Santos)

 

O filme de João Canijo, “Sangue do Meu Sangue”, continua a somar prémios nos festivais onde é apresentado. Depois de na semana passada ter sido distinguido na Áustria, ontem o filme português venceu o Prémio do Público no “D’A - Festival Internacional de Cinema D’Autor” de Barcelona, anunciou nesta segunda-feira a produtora Midas Filmes. O prémio conquistado por “Sangue do Meu Sangue” é o único que o festival atribui.

 

O drama protagonizado por Rita Blanco, Cleia de Almeida, Anabela Moreira e Rafael Morais foi apresentado na secção Direccions, competindo com “as melhores obras do ano no que respeita à autoria contemporânea e ao cinema independente, nomes capitais do cinema de hoje e que dificilmente chegam às salas comerciais, mas que estão na boca de todos os cinéfilos”, como definiu o festival. João Canijo destacou-se assim entre nomes como Werner Herzog, Johnnie To, Christophe Honoré, Nury Bilge Ceilan, Terence Davies ou Bertrand Bonello.

No catálogo do festival, “Sangue do Meu Sangue” foi apresentado como “o último filme de um dos melhores realizadores portugueses contemporâneos, o retrato de uma mãe coragem e sua família. Uma obra onde o trabalho dos actores tem um lugar chave, ao mesmo tempo que a câmara cúmplice de um autor em estado de graça”.

Desde que se estreou no ano passado no Festival de San Sebastian, onde conquistou o Prémio da Crítica Internacional e o Prémio Otra Mirada da TVE, o filme de Canijo tem sido amplamente premiado. Na semana passada o filme recebeu em Linz, na Áustria, o New Vision Award no Festival Crossing Europe e, antes disso, já tinha conquistado o Grande Prémio do Júri no Festival de Miami (EUA) e o Prémio Melhor Filme no Festival de Pau (França).

Mas não foi apenas no estrangeiro que “Sangue do Meu Sangue”, o filme português mais visto em 2011, foi premiado. Em Portugal, o filme foi consagrado no Festival do Faial e no Caminhos do Cinema Português, em Coimbra, para além dos Prémios SPA, estando ainda nomeado em cinco categorias para os Globos de Ouro, cujos vencedores são conhecidos no dia 20.

A Midas informa ainda que o filme vai continuar a sua digressão internacional. Em Junho, “Sangue do Meu Sangue” vai ser exibido no Festival de La Rochelle, em França, que vai homenagear João Canijo, exibindo ainda os filmes “Ganhar a Vida”, “Noite Escura” e “Mal Nascida”. Esta mini-retrospectiva será no final do ano exibida em diversas cidades de Espanha. Já “Sangue do Meu Sangue” será entretanto exibido na Filmoteca da Extremadura (Cáceres e Badajoz), ainda durante este mês.

Já editado em DVD e exibido na sua versão de três partes na RTP, o filme continua a circular um pouco por todo o país, em sessões organizadas por cineclubes e associações culturais.

Trailer do filme

 

Retirado do Público



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Segunda-feira, 07.05.12
O combate à corrupção é moroso e apresenta resultados abaixo do recomendável
O combate à corrupção é moroso e apresenta resultados abaixo do recomendável (Foto: Adriano Miranda)
O ex-ministro da Justiça Laborinho Lúcio desafiou a Assembleia da República a produzir uma estratégia efectiva de combate à corrupção, ultrapassando os “princípios e manifestações de boa vontade” que já emanou.

Na apresentação de um relatório do Sistema Nacional de Integridade (SNI) sobre corrupção em Portugal, Laborinho Lúcio referiu nesta segunda-feira que “é necessário que a Assembleia da República compreenda que é aí que é preciso um pacto”. Para aplicar essa estratégia avançou a possibilidade de ser criado um órgão, indicando que as organizações que já existem podem ser aproveitadas para esta nova entidade. 

Aos partidos, acrescentou, cabe serem “exigentes na qualidade dos seus elementos” para prevenir “a montante” os casos de corrupção com eleitos, em vez de se estar a agir “a jusante, punindo as más escolhas”. “A credibilidade da classe política está aí, na escolha”, argumentou. 

No plano judicial, Laborinho Lúcio destacou o conflito que subsiste entre eficácia no combate à corrupção e respeito pelos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos. As escolhas, indicou, situam-se no aumento ou redução de restrições ao uso de escutas, ao segredo de justiça e aos direitos de defesa dos arguidos. 

O relatório do SNI conclui que o combate à corrupção apresenta resultados abaixo do recomendável e refere que a “cunha” está institucionalizada entre os elementos dos governos. Apesar dos “esforços”, traduzidos na produção de legislação, muitas das novas leis “estão viciadas à nascença, com graves defeitos de concepção e formatação”, o que as torna “ineficazes”, acrescenta o documento produzido pelo SNI, formado por entidades públicas e privadas e elementos da sociedade empenhadas no combate à corrupção. 

O trabalho conclui que o combate à corrupção “está enfraquecido por uma série de deficiências” resultantes da “falta de uma estratégia nacional de combate a esta criminalidade complexa”. O relatório português insere-se numa iniciativa da organizaçãoTransparency International, que se desenvolveu noutros 24 países europeus e que em Portugal foi realizado pela associação Transparência e Integridade, centro INTELI - Inteligência e Inovação e Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. 

 

Via Público



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O cinema em Portugal está parado
Miguel Gomes está preocupado com a situação de "bancarrota total do ICA"

 

Profissionais querem discutir com Passos Coelho sobrevivência do cinema em Portugal.

 

Nem de propósito. No dia em que actores, realizadores e produtores se reuniram em Lisboa para debater o cinema português, que dizem estar numa "situação dramática", sobretudo por causa da falta de financiamento e de "atrasos sucessivos" numa lei nova que até agrada ao sector, ficou a saber-se que Gonçalo Tocha ganhou mais um prémio internacional com "É na Terra não É na Lua". O filme sobre a ilha do Corvo foi considerado o melhor documentário no festival de São Francisco, depois de uma menção honrosa em Locarno e de outro primeiro prémio em Buenos Aires. 
Boas notícias num dia em que o cinema português discutia a sua sobrevivência e em que os produtores Pedro Borges (Midas) e Luís Urbano (O Som e a Fúria), que organizaram o encontro no Cinema São Jorge, acusaram o Governo de não saber o que quer do sector e anunciaram que vão pedir uma audiência a Pedro Passos Coelho. "A Secretaria de Estado da Cultura [SEC] tem andado numa deriva", disse Urbano. "Este secretário de Estado não manda nada e o que é preciso é falar com quem manda, que é o primeiro-ministro."
O reconhecimento internacional do cinema português tem sido muito forte nos últimos meses com prémios para Miguel Gomes ("Tabu") e João Salaviza ("Rafa") em Berlim e para João Canijo em San Sebastián, Miami e Linz, mas isso não significa que não esteja sem grandes perspectivas de futuro. 
"Quem olha de fora acha que o nosso cinema está com saúde, mas isso não é verdade - está a morrer", disse ao PÚBLICO Luís Urbano, pouco antes deste encontro que foi precedido de um "Ultimato ao Governo", assinado por 21 profissionais do cinema, entre eles Manoel de Oliveira, João Botelho, João Canijo, Manuel Mozos e Pedro Costa. "Chegámos ao limite. Não é possível contrair mais empréstimos pessoais ao banco nem continuar a pedir às equipas que trabalham connosco e aos fornecedores que esperem para receber", garante o produtor, que tem neste momento vários projectos a aguardar financiamento, um deles dependente apenas da homologação da SEC.
Francisco José Viegas é, aliás, um dos principais alvos de críticas. Pedro Borges, produtor de "Sangue do Meu Sangue", de Canijo, diz que está preocupado com o facto de o sector não conhecer a versão final da proposta da Lei do Cinema, que prevê, na sua opinião "justamente", que o financiamento seja partilhado entre o Estado e as televisões (resultante da taxa sobre os lucros da publicidade). "Sabemos que é da RTP, e não das privadas, que têm partido mais críticas", disse Borges. 
Antes do debate, Canijo defendera no São Jorge que "o cinema português está a caminho da indefinição total" e admitia que tem vivido de prémios: "Não faço ideia como vou continuar quando esse dinheiro acabar." 
Miguel Gomes está preocupado com a situação de "bancarrota total do ICA", mas garante que a questão de fundo é política: "O cinema em Portugal está parado porque o Governo não tem uma ideia, uma vontade forte. Há um esvaziamento de responsabilidades, o secretário de Estado não toma medidas e contradiz-se permanentemente." 
Num esclarecimento às redacções, o gabinete de Viegas disse que, terminado a 30 de Abril o prazo de consulta pública do novo diploma, o processo está agora na fase de incorporação dos contributos do sector. Rejeitando que tenha havido qualquer atraso, o breve comunicado acrescenta que a proposta deverá ser levada a "apreciação interministerial na próxima semana", prevendo-se que o processo legislativo esteja concluído até ao final de Junho. 
Luís Urbano diz estar farto de promessas e de receber os parabéns de políticos pelo sucesso de "Tabu". "O sacrifício que está a ser imposto ao cinema português é a morte e eu não quero morrer."
Retirado do Ipsilon


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Domingo, 06.05.12
Praias candidatas às sete maravilhas
PRAIAS DE DUNAS. Praia do Carvalhal - Grândola - Setúbal, Alentejo DR

 

A lista de 21 praias candidatas às 7 Maravilhas de Portugal, que entram agora em fase de votação pública, foi revelada esta tarde. O Alentejo lidera com quatro nomeações, seguindo-se, com três praias cada, Lisboa e Setúbal, Algarve e Beira Interior.

É no Alentejo que ficam mais praias-maravilha portuguesas, segundo os votos de um "painel de 21 notáveis" que levaram à elaboração da lista final de 21 praias candidatas a nova edição da competição Maravilhas de Portugal.

 

As nomeadas, que serão agora votadas pelo público, foram reveladas há momentos pela organização do evento, que tem direito a uma gala, em transmissão em directo na RTP1 esta tarde, a partir da praia da Comporta, na Costa Alentejana, "região anfitriã" do evento "7 Maravilhas - Praias de Portugal". 

 

Dividida por sete categorias balneares e contabilizando praias em sete regiões, a lista conta com quatro praias no Alentejo (duas no distrito de Setúbal - Tróia-Mar e Carvalhal; duas no distrito de Beja - Milfontes e Zambujeira). Com três candidatas, o Algarve surge em 2.º lugar no top (Arrifana, Odeceixe, Ilha de Tavira), ex-aequo com Lisboa e Setúbal (Meco, Guincho, Ribeira d' Ilhas) e Beira Interior (Penedo Furado, Loriga, Rossim). Com duas praias, classificaram-se as regiões de Entre Douro e Minho (Ermal, Canto Marinho) e Trás-os-Montes e Alto Douro (Fisgas do Ermelo, Ribeira - Albufeira do Azibo). A fechar a lista, Madeira (Porto Santo), Açores (Lagoa do Fogo) e Estremadura e Ribatejo (Supertubos).  


As 21 praias candidatas


1. PRAIAS DE RIOS

Penedo Furado - Vila de Rei - Castelo Branco, Beira Interior  
Praia das Furnas de Vila Nova de Milfontes - Odemira - Beja, Alentejo
Praia Fluvial de Loriga - Seia - Guarda, Beira Interior

2. PRAIAS DE ALBUFEIRAS E LAGOAS
Albufeira do Ermal - Vieira do Minho - Braga, Entre Douro e Minho
Ribeira - Albufeira do Azibo - Macedo de Cavaleiros - Bragança, Trás-os-Montes e Alto Douro
Vale do Rossim - Gouveia - Guarda, Beira Interior

3. PRAIAS URBANAS
Praia da Zambujeira do Mar - Odemira - Beja, Alentejo
Praia da Costa Nova - Ílhavo - Aveiro, Beira Litoral
Praia de Troia-Mar - Grândola - Setúbal, Alentejo

4. PRAIAS DE ARRIBAS
Praia da Arrifana - Aljezur - Faro, Algarve
Praia de Odeceixe - Aljezur - Faro, Algarve
Praia do Meco - Sesimbra - Setúbal, Lisboa e Setúbal

5. PRAIAS DE DUNAS
Praia do Carvalhal - Grândola - Setúbal, Alentejo
Praia da Ilha de Tavira - Tavira - Faro, Algarve
Praia do Porto Santo - Porto Santo - Madeira

6. PRAIAS SELVAGENS
Canto Marinho - Viana do Castelo, Entre Douro e Minho
Fisgas de Ermelo - Mondim de Basto - Vila Real, Trás-os-Montes e Alto Douro
Lagoa do Fogo - Ribeira Grande - São Miguel, Açores

7. PRAIAS DE USO DESPORTIVO
Praia de Ribeira d'Ilhas - Mafra - Lisboa, Lisboa e Setúbal
Praia do Guincho - Cascais - Lisboa, Lisboa e Setúbal
Supertubos - Peniche - Leiria, Estremadura e Ribatejo


A votos


E agora é que começa a verdadeira batalha das ondas. Depois de votarem as maravilhas de Portugal (neste caso, arquitecturas históricas como os Jerónimos ou a Torre de Belém), as de origem portuguesa no mundo, as naturais ou as da gastronomia, os portugueses voltam às "urnas" das maravilhas para eleger a melhor praia de cada categoria: a votação pública decorre até 7 de Setembro, através de várias plataformas. 

Organizado pela empresa 7 Maravilhas, o evento conta com dezenas de apoios, incluindo da Presidência da República, das secretarias de Estado do Mar e do Ambiente e Ordenamento do Território ou da Marinha Portuguesa. O resultado final da votação será apresentado numa gala a realizar a 8 de Setembro em Tróia.  


E como se chegou à lista das 21?


Ainda em 2011, qualquer "entidade pública, privada ou indivíduo" pôde nomear a "sua" praia. Em Janeiro de 2012, começou a avaliação das candidatas por um Conselho Científico (com representantes de entidades como a Marinha Portuguesa, Agência Portuguesa do Ambiente, Associação Bandeira Azul da Europa, Geota, Liga para a Protecção da Natureza, Quercus e SOS - Salvem o Surf)). Foram apuradas cerca de três centenas de praias que preenchiam os critérios regulamentados. Destas, um painel de 70 especialistas ("representantes das várias áreas científicas e com representatividade geográfica nacional") elegeu 70 pré-finalistas (dez praias por cada uma das sete categorias), apresentadas em Fevereiro, avaliando vários critérios (sete: beleza, qualidade da água e limpeza, estado de conservação dos sistemas naturais, serviços prestados aos utentes, espaços públicos, preservação da identidade local, condições naturais para prática desportiva). Passo seguinte: um "painel de 21 notáveis", composto por "figuras públicas reconhecidas no país e ligadas aos vários quadrantes e sectores da sociedade portuguesa", votou as praias, chegando-se à lista final de nomeações que integra as três praias mais votadas por cada categoria, sendo que, sublinha a organização, "a representatividade geográfica é assegurada pela presença no mínimo de uma finalista por região.


Os 21 notáveis que decidiram as nomeações
A lista de "notáveis" que decidiu as candidatas que vão a votoss incluiu Manuel Pinto de Abreu, secretário de Estado do Mar, Manuel Lacerda, da direcção da Agência Portuguesa do Ambiente, ou o Comandante na Marinha Portuguesa Nuno Galhardo Leitão, além de presidentes de organismos ligados à ecologia (Liga para a Protecção da Natureza, Quercus ou Geota, ABAE), dirigentes de empresas (casos de Pires de Lima, presidente da Unicer, ou João Marcelino, director-geral da Controlinveste), músicos (Carminho, maestrina Joana Carneiro), desportistas (Joana Rocha - Campeã Nacional de Surf, piloto Elisabete Jacinto,), a jornalista e investigadora de temas ambientais Luísa Schmidt ou o director de Informação da RTP, Nuno Santos, além de figuras como Guta Moura Guedes (directora da Experimenta Design) ou Nuno Gama (estilista). Lista completa aqui

 

A votação pública
A votação prolonga-se até às 14h de 7 de Setembro. Conta tudo: SMS, chamada telefónica, site e Facebook. "As 7 vencedoras serão apuradas pelo maior número de votos em cada uma das categorias", informa a organização, adiantando que "não podem ser eleitas mais do que duas maravilhas por região". O que poderá acontecer é existirem "regiões sem nenhuma maravilha eleita". O processo de votação é auditado pela consultora PricewaterhouseCoopers. 

 

 

Retirado do Público



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Quarta-feira, 18.04.12

Rei de Espanha caça elefantes

 

Depois de ver a fotografia infeliz do rei Juan Carlos ( aparentemente feliz em 2006), de caçadeira em riste, com um elefante morto atrás de si com a tromba dobrada  e colocada propositadamente - em jeito de troféu - de encontro a uma árvore, o mínimo em termos de sofrimento que desejo a este senhor são as múltiplas fracturas na anca a que teve direito ao cair de rabiosque no chão, há poucos dias, em pleno acampamento de caça grossa. Por mim podia ter partido a real tromba, ser atropelado por uma manada de elefantes em fuga ou servir de entrada à ceia de meia dúzia de leopardos. Dormia (eu, e não o rei) bem mais descansado.

 

A proprietária do acampamento onde Juan Carlos deu o tombo - a empresa Rann Safaris - cobra milhares para que este tipo de pessoas goze com a vida, neste caso regozije com a morte, imputada de forma facínora e cruel a diferentes animais selvagens que têm oportunidade nula de se defenderem. É caso para perguntar: quem é o selvagem, o elefante ou o rei? Cobarde. Um verdadeiro nojo.

 

A mesma empresa oferece pacotes de diversão/massacres selvagens que vão de safaris de 14 dias para caçar elefantes no Botswana ao preço de 59.500 dólares, 14 dias de safari para caçar leopardos por 46.900 dólares ou ainda 14 dias para caçar búfalos a 29.120 dólares. O rei nuestro hermano parece adorar este tipo de pacotes pois figura numa outra foto divulgada de espingarda na mão junto ao corpo já sem vida de dois búfalos. Haja dinheiro (crise? o que é isso?), falta de humanidade e sobretudo excesso de estupidez. Curiosamente, ou não, poucos minutos após a publicação desta informação a página principal da Rann Safaris foi bloqueada : 'This Account Has Been Suspended'.

 

Até há algum tempo achava que as famílias reais europeias mantinham a função (paga e bem pelos contribuintes dos países que ainda sustentam esta pândega)  de animar os súbditos com historietas de faca e alguidar, imbecilidades, debilidades, escândalos e disparates. Mudei de opinião: esta gente não serve para rigorosamente nada.


Brigitte Bardot, em carta aberta ao rei de Espanha, foi clara: "É indecente, repugnante e indigno de uma pessoa com a sua responsabilidade. Você é a vergonha de Espanha". Nada a acrescentar.


Retirado do Expresso



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Domingo, 01.04.12
Gente de todo o país acorreu a Lisboa
Gente de todo o país acorreu a Lisboa (Fotos: Miguel Manso)

A manifestação contra a fusão de freguesias, neste sábado à tarde, em Lisboa, foi um desfile de diversidade, com ranchos folclóricos, associações culturais, recreativas e desportivas de todo o país. A contabilidade de participantes é feita epla Anafre, que reclama 200 mil pessoas presentes. Boa parte dos 600 autocarros que levaram os manifestantes até Lisboa foram pagos pelas próprias freguesias.

 

O presidente da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), Armando Vieira, disse que houve juntas a pagar a viagem dos manifestantes até à capital, enquanto as restantes conseguiram negociar uma alternativa ao pagamento dos autocarros.

Inicialmente, estava prevista a utilização de 600 autocarros para o protesto, organizado pela Anafre. Mas Armando Vieira informou que foram “bem mais” os que, desde manhã, levaram manifestantes de todo o país até ao Marquês de Pombal, de onde saiu o desfile. E – lembra – há ainda a contabilizar as pessoas que se deslocaram de carro, mais os manifestantes que vivem na capital.

Fazendo as contas apenas aos 600 autocarros, estão a desfilar na Avenida da Liberdade, mais de 30 mil pessoas (cerca de 50 por autocarro). Armando Vieira diz que só fará essas contas no final, embora confesse, ainda no início do protesto, estar “satisfeito” com a participação. “Estão muitas mais pessoas do que as que estávamos à espera.” Só de Braga, por exemplo, terão partido 100 autocarros rumo à capital.

O desfile está a ser feito por distritos – os que saíram primeiro foram os de Viana do Castelo, Beja e Braga. “Não estão todas as freguesias, mas estão muitas e de todos os distritos”, sublinhou Armando Vieira. O resultado é a anunciada “grande afirmação da cultura e da etnografia”, demonstrativa das raízes, da riqueza e da representatividade das freguesias. Apesar de existirem algumas faixas e cartazes – “Não à extinção das freguesias!” –, não há palavras de ordem.

“Isto é uma ajuda para o Governo e para a Assembleia da República, para pensarem melhor a reforma”, acrescentou Armando Vieira. O autarca saudou a maior abertura do primeiro-ministro para discutir a reforma autárquica, ainda que “longe” do que é reivindicado pela Anafre: “É uma atitude de aproximação que registo com agrado. É uma atitude inteligente, embora longe das nossas posições sobre esta matéria.” “A reforma tem de ser feita com os eleitos e com cidadãos – e não contra eles”, sublinhou.

 

Via Público



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Domingo, 25.03.12

A crise chegou ao sexo

 

Contas para pagar, desemprego, falta de clientes, filhos a pedir brinquedos... A crise instalou-se nos lares portugueses e chegou ao quarto - e à cama. Falámos com casais, consultámos sexólogos, terapeutas e médicos e tentámos traçar o diagnóstico: afinal, como é que a austeridade está a afetar a nossa vida sexual? E como é que estamos a lidar com isso?

 

Quando decidiu pedir alteração do horário, a enfermeira Sandra queria mais tempo para investir na relação com o namorado. Cansada de sair sempre às 23h00 do centro de saúde madeirense onde trabalha, farta de não ter vida social e de perder sucessivamente concertos e peças de teatro, colocou a vida pessoal acima das exigências profissionais e aceitou perder quase duzentos euros no fim do mês - garantidos pelas horas de trabalho noturno - para ter tempo para Pedro, professor do ensino primário, que entra às nove e sai às seis. Arrependeu-se. O corte nos subsídios, o aumento da taxa de IRS e a prestação do carro baralharam-lhe as contas do final do mês.

 

Passou a sair mais cedo mas está longe de andar feliz. E o objetivo não foi alcançado: planeia cada vez menos programas a dois e o desaire financeiro fá-la ter cada vez menos vontade de se entregar à intimidade com o namorado. Rondam ambos os 30 anos, são funcionários públicos, não correm o risco de perder os empregos repentinamente e têm a vida pela frente. Mas pensar no futuro tornou-se doloroso. Sobretudo quando o presente não facilita a vida a dois. Pedro tem a matemática em dia e os cálculos feitos: sem subsídios de férias e de Natal, este ano vai perder cerca de quatro mil euros, úteis para pagar o mestrado em que se tinha inscrito e de que entretanto já desistiu. A relação tem quase dois anos, mas tem ultrapassado obstáculos e provações. Resistirá também à crise? «Sem dúvida», diz ele. «Agora damos mais valor ao tempo que passamos juntos.»

 

No entanto, o sexo é mesmo menos frequente. «A Sandra levanta-se às oito da manhã e trabalha o dia inteiro. À meia-noite quer dormir», diz ele. Não se veem todos os dias, mas não desistiram das saídas mesmo que os programas sejam cada vez mais low cost: desde jantar no hipermercado com happy houra partir das 22h30 - «é a única hipótese de continuarmos a jantar fora» até aproveitar as promoções para comprar presentes um ao outro, tudo tem de ser orçamentado e esquematizado. Sandra deixou de viajar e Pedro, natural de Mirandela, pela primeira vez não passou o Natal com os pais e decidiu ficar na ilha. Uma avaria no carro levou-lhe o dinheiro dos bilhetes. As contrariedades da vida diária deixam-nos sem vontade para se entregarem ao prazer, um peso comum a tantos casais nacionais que, sem conseguirem fugir à crise, se deixam afetar e acabam por cortar numa das poucas atividades sem custos, que pode até diminuir níveis de stress e ajudar ao controlo da ansiedade: o sexo.

 

«Quando a vida funcional deixa de ser estável, obviamente vai atrapalhar a vida emocional», confirma a psicóloga e terapeuta de casais Celina Coelho de Almeida. «Quando os casais percebem que não têm dinheiro para pagar as despesas têm de cortar numa série de coisas importantes para a sua dinâmica. As pessoas podem ficar mais fechadas, mais pessimistas e, portanto, menos disponíveis para a relação. E isto provoca um choque e uma readaptação.» Ou seja: um casal com uma boa estrutura, feita de cumplicidade e intimidade, será capaz de resistir a esta turbulência, ainda que momentaneamente possa tirar menos prazer da relação. Se não houver suporte emocional de parte a parte, será difícil para a relação «aguentar estes impactes». «A crise não é motivadora da separação», diz Celina Coelho de Almeida, «mas pode ter um efeito catastrófico».

 

Mas nem todos os casais enfrentam a crise da mesma forma. E se, para uns, o momento económico parece ter erguido barreiras que ainda não se sabe quão intransponíveis se tornarão, para outros a ausência do stress do trabalho parece ter revitalizado a vida a dois. É esse o caso de Maria e de Francisco. Vivem em Lisboa, ela é Relações Públicas, ele piloto de aviação. Quando começaram a namorar, há dois anos e meio, Maria, 33 anos, tinha ficado desempregada há poucos dias. «O tempo foi aproveitado para o romance. Não faltaram dias de praia, jantares à luz de velas na varanda, conversas até às seis da manhã. Sentia-me de férias, não estava desesperada porque sempre juntei dinheiro e tinha noção que durante o verão era improvável arranjar trabalho. E não me enganei: aproveitei o verão todo e só encontrei emprego no outono.»

 

No seu caso, a atividade sexual até melhorou. «Sobretudo a frequência. Preciso de muitas horas de sono, detesto acordar cedo, e às oito da noite já me sinto estoirada, só quero jantar e ir para a cama. Ou seja, durante a semana, quando estava a trabalhar, o sexo não era inexistente, mas era raro. Às vezes parece que tínhamos de combinar quando íamos ter sexo: "No sábado, porque não há energia para mais". Eu pelo menos não aguento o cansaço.» Seis meses depois, Maria voltava ao desemprego. «Nesta época, a frequência sexual era capaz de ser maior. Mais do que o número de vezes que tínhamos sexo, a disponibilidade era outra por não me sentir cansada. Nestas épocas, era quase sempre à luz do dia, altura em que ainda não tínhamos as baterias gastas. Foi uma época ótima, porque passámos muito tempo juntos.»

 

Cada pessoa - e cada casal - encontra uma forma de lidar com a crise. Mas há outros fatores a interferir no estado de espírito. A sensação de projetos adiados, nomeadamente a maternidade, também pode influenciar o desmoronar da vida íntima: as mulheres têm mais dificuldade em lidar com a frustração do desejo de serem mães, ainda que neste campo o cérebro, mais do que a emoção, pareça ditar as escolhas das portuguesas. Já em tempo de crise - e muito associado ao adiamento do casamento e ao prolongamento dos estudos, que favorece uma entrada mais tardia na vida ativa - o declínio da fecundidade é a nota dominante nos estudos mais recentes sobre a situação demográfica em Portugal. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), em 2009, a média de idades das portuguesas que tiveram o primeiro filho foi de 28,6 anos. E o nível da taxa de fecundidade entre os 35 e os 39 anos tem vindo a aproximar-se da do grupo dos 20 aos 24. Por outras palavras, os portugueses têm filhos cada vez mais tarde. E cada vez menos filhos.

 

Graças à contraceção, a redução do número de nascimentos pode não estar diretamente relacionada com a frequência sexual dos portugueses, mas não deixa de ser um barómetro a considerar. E se, em tempos antigos, a crise motivou um baby boom pela falta de distrações e ausência de tecnologias que hoje absorvem grande parte da nossa atenção, atualmente a situação é bem diferente: o risco calculado e o planeamento familiar impedem gravidezes que, em épocas de contenção forçada, podem ser fonte de despesas a evitar. Os únicos dados disponíveis até à data sobre 2011 referem-se aos testes de diagnóstico precoce de doenças metabólicas, o vulgar «teste do pezinho». Os números divulgados pelo INE confirmam as expetativas: apenas 97 112. Desde 1960, quando se iniciou a contabilização rigorosa de nados-vivos em Portugal, apenas dois anos tiveram menos de cem mil nascimentos: 2009 e 2011.

 

Ainda assim, o ideal é não desesperar e acreditar que a pirâmide etária nacional ainda tem salvação. Porque 2012 ainda tem uns quantos bebés para registar. Que o digam João e Teresa, empresários na casa dos 40, a viver em Cascais, que foram surpreendidos com mais uma gravidez. Teresa está à espera do terceiro filho do casal, numa altura em que o trabalho aumenta e a atividade sexual diminui. «Como empresários, e com um negócio e colaboradores para pagar, a dedicação é cada vez maior», diz João. «A crise tem-nos obrigado a trabalhar mais para manter os negócios em crescimento, o que não é fácil. A falta de tempo é o maior fator, mas também o cansaço. Logo, o clima de romance por vezes não é o mais propício e a atividade sexual diminui», lamenta, embora garanta que, apesar do cansaço, parte também do casal fazer um esforço adicional. «É obrigatório que o casal se reinvente, largue as crianças num fim de semana e passeie. As tarefas diárias dão cabo do estofo de qualquer um e o apetite sexual é obviamente afetado. Às vezes estamos os dois em casa, com os portáteis no colo, a trabalhar às 23h30 com os miúdos a dormir, em vez de nos deitarmos cedo, namorarmos e podermos dormir umas boas horas. O que nos safa é que temos consciência disso e combatemo-lo de uma forma positiva. Com umas aventuras esforçadas, umas saídas de fim de semana, um jantar romântico.» como o último que tiveram, que deu origem ao terceiro filho, que deverá nascer em abril.

 

Mas nem todos se podem dar ao luxo de ter três filhos. Ou dois, sequer. O dinheiro a menos obriga a muitas contenções de despesas. E quando os fundos faltam, dificilmente sobram recursos para consultar um especialista e iniciar a terapia de casal que pode dar uma ajuda. «Pontualmente, tenho um caso ou outro que acaba por não ter capacidade para levar até ao fim o processo terapêutico», diz Celina Coelho de Almeida. A sexóloga Marta Crawford sente o mesmo problema: «Muitos casais começam a espaçar as sessões, dizem que não têm capacidade para vir com tanta regularidade.» A preocupação sobre os problemas financeiros veio influenciar a disponibilidade para o sexo, e apesar de procurarem soluções para a quebra na intimidade, «há quem chegue e diga logo à partida que está desempregado, mas precisa imenso de vir», acrescenta Marta Crawford. «E perguntam se eu faço um desconto.»

 

Nem sempre a terapia acaba por salvar o casamento, porém. Possivelmente porque já não havia grande volta a dar. E a crise acaba por ser pretexto para pôr fim a uma relação que já não funcionava: as preocupações com o lado mais prosaico da vida servem muitas vezes de desculpa para o afastamento do casal. Mas, se não for esse o caso, «há sempre alternativas», diz Marta Crawford, mesmo que seja preciso inventar programas para substituir as escapadelas de fim de semana ou os jantares a dois no restaurante favorito. «Há pouco tempo um casal dizia-me: "Não temos dinheiro para viajar, para jantar fora, para ir ao cinema, estamos amorfos em casa a olhar para a televisão." É este espírito depressivo que temos de tentar combater.» Até porque o sexo pode ser terapêutico: «Durante a atividade sexual libertamos uma série de neurotransmissores que nos fazem sentir bem, que fazem que as pessoas se sintam mais próximas, logo, mais capazes de vencer os obstáculos», explica a especialista.

 

Isabel e Duarte, residentes em Almada, viveram alguns destes constrangimentos na pele. «Em sete anos o meu marido esteve cinco anos desempregado», diz Isabel, 45 anos. «O facto de não haver disponibilidade monetária para fazer coisas de que se gosta ou para nos cuidarmos faz que tenhamos menos vontade de socializar, seja a que nível for. Num primeiro momento, há tanta coisa que preocupa que nem nos lembramos que era bom ter vida sexual», admite. Ainda assim, Isabel acredita que é possível remar contra a maré, embora tenha noção da dificuldade de manter a libido a funcionar.

 

«A individualidade de cada um é muito importante porque, apesar de muito unidos, cada um tem as suas coisas e podemos partilhar o que vivemos em comum.» Ao fim de trinta anos de casamento, Isabel garante que «existem mil maneiras de reacender a paixão e colocar a libido a funcionar. Mas tem de ser a dois. «Temos um espírito aberto, mantemos as nossas amizades, saímos juntos e separados, não temos crianças, nunca dormimos separados. E além disso, gostamos de sexo...», diz a rir. «Amar não custa dinheiro, além de que podemos sempre receber muito em troca.»

 

O princípio faz sentido e as palavras são sábias, mas será que os dois elementos do casal pensam da mesma forma? E os homens, sentem isso de maneira diferente das mulheres? Marta Crawford acha que não. «O homem é mais pragmático na sexualidade e consegue pôr mais rapidamente os problemas de lado, mas nem sempre. As mulheres talvez sejam mais complicadas.». No entanto, segundo o sexólogo Júlio Machado Vaz, um despedimento ou despromoção normalmente faz que seja o homem o mais afetado na sua sexualidade. A razão? Os estereótipos clássicos. «Os homens, sobretudo os mais velhos, sentem a situação como uma ameaça à sua virilidade e estatuto de chefes de família. Acresce que costumam ter mais dificuldades em abrir-se sobre os seus problemas», explica o psiquiatra. «O número de queixas vem subindo e com elas os efeitos sexuais colaterais. Há pessoas que me referem, surpresas, que já não se lembram de pensar em sexo.»

 

A situação não se vive apenas em Portugal. Já em fevereiro de 2009 a revista brasileira Época dava conta de uma investigação realizada nos EUA, segundo a qual 62 por cento das mulheres norte-americanas apontava a crise como responsável por a vida sexual ter piorado. No ano anterior, no Canadá, 12 por cento dos inquiridos numa sondagem admitiam ter tido um casamento desfeito devido a «motivos financeiros» nos seis meses anteriores. Em Londres, uma pesquisa realizada com operadores e corretores da Bolsa de Valores mostrou que 79 por cento deles acredita que o risco de o seu casamento acabar aumenta durante períodos de recessão. E em Wall Street, o problema atingiu proporções tais que foi criado um Dating a Banker Anonymous - «Namoradas de Financeiros Anónimas», numa tradução literal. Segundo o The New York Times, o grupo pretende levar as chamadas «viúvas de Wall Street» a partilhar o abandono emocional e sexual que sentem.

 

Apesar de o stress ser mais frequente em pessoas que trabalham no mundo financeiro, devido ao desgaste psicológico, a verdade é que a sombra do desemprego e das reduções salariais tem sido um fator determinante nos últimos tempos, precisamente devido à ligação que muitos homens continuam a teimar fazer entre salário ganho e virilidade.

 

«As disfunções da libido têm muito que ver com o humor da pessoa», diz José Palma dos Reis, chefe de serviço de Urologia do Hospital Santa Maria. «Mas o conceito de "disfunção sexual" é muito lato e envolve várias situações: disfunção da libido, disfunção erétil e disfunção orgásmica.» No atual contexto de crise, em que o stress pessoal tende a atingir níveis elevados, «será de esperar uma disfunção da libido: «O stress, e sobretudo a depressão, manifestam-se por via desta disfunção.» Mas não é preciso fazer soar os alarmes. Geralmente esta disfunção e a erétil não têm de estar relacionadas - ao contrário do que muita gente pensa. Além disso, «a disfunção erétil pode ser tratada com medicamentos».

 

Nestes casos, no entanto, Palma dos Reis considera «normal e expetável que haja um agravamento dos casos existentes, porque muitas vezes os pacientes não têm capacidade de pagar os medicamentos». Quatro comprimidos custam cerca de quarenta euros, um valor proibitivo para muita gente nos tempos que correm.

 

Quintino Aires é sexólogo, leva 22 anos de consultas, e não tem dúvidas: «os homens são os mais afetados por estas preocupações. Numa mudança financeira, social e económica, as mulheres começam rapidamente a utilizar a lógica. Os homens sentem-se mais perdidos». Por isso, em terapia, são sobretudo as mulheres quem relata a procura de sexo - nem sempre com o companheiro - para aliviar e esquecer as preocupações. Curiosamente, apesar da crise, no último ano e meio o sexólogo registou um aumento das consultas com queixa de natureza sexual. «Num olhar rápido, o sexo serve para dar prazer, mas não só. Serve para criar intimidade naqueles dois adultos que são diferentes. Se ela existir, então uma despromoção, uma empresa a falir, os bancos que deixam de dar crédito... tudo isso faz o casal esforçar-se e inventar alternativas. Se não, a probabilidade de a relação quebrar é muito maior», explica.

 

A situação de Eduardo e Rita, com 48 e 39 anos, não é muito diferente. Vivem em Bragança e ainda não pensaram na terapia, talvez por estarem mais longe dos grandes centros urbanos. Mas vivem o dia a dia com a sensação de «quem anda a contar tostões», sobretudo desde que a empresa de venda de material informático de Eduardo desceu abruptamente na faturação. «Tínhamos uma vida sexual normal», diz Rita, administrativa numa instituição de ensino, «mas agora chega-se ao fim do dia e o sexo não apetece». Eduardo, cansado das deslocações entre clientes que as vendas lhe vão exigindo, preocupado com o futuro dos colaboradores da loja, confessa-se «cada vez mais descontente», mas reconhece que é necessário deixar os problemas à porta de casa «antes que a vida familiar desmorone».

 

Têm dois filhos, uma rapariga de 3 e um rapaz de 9 anos, que também não ajudam a aliviar as tensões. «Todas as tardes, quando vou buscá-la à escola, a conversa é sempre a mesma: "Mãe, compras-me uma coisa?" Já lhe disse que tem de cortar a palavra "compras" do dicionário.» Juntos há cerca de 15 anos, o casal ainda não perdeu a ligação forte que os une, mas o sexo é quase forçado, «como se decidíssemos que temos de sair um bocadinho deste mundo de problemas e de crise», diz Eduardo. Antes, quando levávamos as coisas de forma mais descontraída, não era assim.»

 

À noite, depois de deitarem as crianças, reconhecem que lhes sobra pouco tempo para porem a conversa em dia e os poucos minutos em que se sentam no sofá servem para ver o noticiário da noite ou a primeira parte de um filme que esteja a começar. Um erro grave que a sexóloga Marta Crawford aponta todos os dias aos casais que recebe: «É preciso desligar a televisão! Primeiro, porque se poupa na conta da eletricidade, e depois porque a TV ocupa demasiado espaço na vida das pessoas. Quem adormece no sofá a fazer zapping não vai dali para a cama ter um momento de intimidade.»

 

Pelo menos neste quesito, João e Teresa, o casal de Cascais, parece estarem no bom caminho. «Uma vez por semana, religiosamente, vemos um filme e vamos para a cama cedo», diz João. O resto acontece naturalmente.

 

*Todos os nomes de casais desta reportagem são fictícios, a pedido dos próprios

 

Via JN



publicado por olhar para o mundo às 23:01 | link do post | comentar

Segunda-feira, 19.03.12
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Metro tem encerrado sempre na véspera, em dias de protestos

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Metro tem encerrado sempre na véspera, em dias de protestos

 (Pedro Cunha)
Principais impactos vão ser sentidos nos transportes, mas também haverá serviços públicos encerrados no dia da greve convocada pela CGTP.

O Conselho Económico e Social decidiu não decretar serviços mínimos para a Metro de Lisboa e para a Transtejo/Soflusa, que opera as ligações fluviais no rio Tejo. A circulação ficará, por isso, dependente da adesão dos trabalhadores, sendo que, no caso da primeira empresa, o histórico mostra que, nos dias de greve, os impactos têm sido significativos. Regra geral, as portas do metro fecham na véspera dos protestos, ao final do dia.

Para as restantes transportadoras públicas, foram definidos serviços mínimos, que ficarão, no entanto, muito aquém daquilo que é a operação destas empresas num dia normal. No caso da Carris, por exemplo, apenas será assegurada 13% da circulação de carreiras.

O acórdão do tribunal arbitral definiu como obrigatória a realização de metade das ligações nas carreiras 36, 703, 708, 712, 735, 738, 742, 751, 755, 758, 760 e 767. Além disso, terão de ser garantidos os serviços de pronto socorro e o transporte exclusivo de deficientes.

Também na STCP, que opera os autocarros no Porto, foram definidos serviços mínimos para o dia da greve convocada pela CGTP. A empresa verá, assim, asseguradas metade das ligações nas seguintes carreiras: 200, 205, 305, 400, 402, 500, 501, 508, 600, 602, 603, 701, 702, 801, 901, 902, 903, 905, 906 e 907 (durante o período nocturno); e 200, 205, 300, 301, 305, 400, 402, 500, 501, 508, 600, 602, 603, 701, 702, 801, 901, 902, 903, 905, 906 e 907 (durante os períodos da manhã e da tarde). 

A transportadora também foi autorizado pelo tribunal arbitral a operar a 100% duas linhas que funcionam durante a madrugada (4M e 5M). E terão ainda de ser garantidos os serviços de saúde e de segurança.

Por último, na CP ficou definido que circularão todas as composições que tenham iniciado a marcha, devendo ser conduzidas ao seu destino e estacionadas em condições de segurança, refere o acórdão. Além disso, todos os comboios previstos para quarta-feira, véspera da greve, serão assegurados, bem como as ligações de emergência.

No caso da Metro do Porto, que não tem sido afectada pelas sucessivas paralisações no sector dos transportes, a empresa prevê alguns constrangimentos. Fonte oficial referiu ao PÚBLICO que “o eixo central da operação [nomeadamente a linha amarela e o tronco comum às linhas A, B, C, E e F] vai funcionar dentro da normalidade”, mas poderá haver outras linhas afectadas pela greve.

Na aviação, ainda é cedo para prever potenciais impactos dos protestos. Na última greve geral, em 24 de Novembro de 2011, os aeroportos nacionais ficaram completamente vazios, mas, desta vez, poderá ser diferente. Isto porque os controladores aéreos, sem os quais não se faz a gestão do tráfego que entra e sai de Portugal, não entregaram pré-aviso de greve.

Para a TAP, não está previsto “qualquer tipo de impacto na operação”, referiu fonte oficial. A gestora aeroportuária ANA recebeu um pré-aviso de greve por parte do SITAVA, só devendo efectuar amanhã um balanço mais concreto dos eventuais constrangimentos que poderá sentir na quinta-feira. 

No que diz respeitos a serviços públicos, sabe-se já que a paralisação vai ter impactos nas estações dos correios, uma vez que o tribunal arbitral definiu apenas como obrigatória a abertura de um estabelecimento dos CTT por cada município.

Ainda assim, a empresa está obrigada a cumprir uma série de serviços considerados indispensáveis, como é o caso da distribuição de telegramas e de vales postais da Segurança Social, bem como a recolha, tratamento e expedição de correio e de encomendas que contenham medicamentos ou produtos perecíveis.

O Sindicato dos Funcionários Judiciais já veio anunciar que decidiu aderir à greve de dia 22, justificando esta posição com uma forma de protesto contra o “roubo de subsídios [de férias e de Natal]”, que serão eliminados parcial e totalmente até 2013.

Só no próprio dia se saberá qual o impacto real nos tribunais (assim como acontecerá para as escolas e hospitais, por exemplo), mas deverão ser assegurados os processos mais urgentes.



publicado por olhar para o mundo às 19:29 | link do post | comentar

Rui Cruz

 

No passado dia 8 de Março, logo às primeiras horas da manhã, fui acordado por quatro simpáticos e anónimos inspetores da PJ – só um se dignou identificar-se.


No dia Internacional da Mulher, e dado o meu estado de solteiro, teria sido mais simpático enviarem inspetores de sexo feminino mas só veio uma.

 

Enquanto me “arrumavam” a casa – tudo no estilo “Feng-Shui” – fui questionado sem nunca conhecer os motivos que se escondiam por detrás de tão agradável e matutina visita (nota: para a próxima, sff, tragam-me o café e os jornais da manhã, obrigado).

 

Não fosse o incómodo e a humilhação, a cena até podia ter sido retirada do guião de uma telenovela do Moita Flores. Mas não.Afinal, o meu perfil acho que nem corresponde sequer ao das personagens habitualmente imaginadas pelo ex inspetor da Policia Judiciária: solteiro, ativista sem partido político, sem enredos amorosos, etc.

 

Ah., é verdade, sou membro do extenso, horrível e causador de tantos destúrbios à vida pacata dos cidadãos e ainda volta e meia extremista clube dos tais 99%. Não sei se isso ajuda a meu favor ou se quem lê isto percebe ironias, mas está dito.

 

E assim passei quatro horas. Embora em Angola na idade média um arguido fosse “um simples objeto do processo e nada mais, podendo ser alvo de humilhação, coação e da tortura”, aqui em Portugal temos efetivamente um melhor serviço para com a justiça, nem que seja por não estarmos na idade média.


Mas ainda assim não devemos ter direitos suficientes, já que os senhores inspetores nem sequer se deram ao trabalho de se preocupar com os meus.


Durante quatro longas horas, não tive a possibilidade de procurar conselho junto de um advogado (bem que eu queria um do estado, já que sou dos 99%) ou de contactar a família, colegas… ninguém. Ali fiquei, com o auspício da minha consciência, roído pelo stress e com fracos conselhos de e para mim próprio.

 

Sem entrar em detalhes – o que hoje me é proibido – concluo que tudo o que faz bip, tem botões e luzinhas pode interessar para a Justiça.

Sem nunca abordar os detalhes do caso (facto que sublinho), contactei um amigo a quem perguntei se as minhas atividades na internet tinham algo de ilegal.


Tomé Mendes sabe que aqui ando desde há muitos anos e acompanha, mais ou menos, aquilo que vou fazendo na Web em alguns projetos:

“Não sei tudo o que fazes na Internet. Mas em todos os teus projectos de que tenho conhecimento, não vejo nada de mal. Não vejo nada de criminoso,” respondeu.


O Tomé acrescentou ainda que “o Tugaleaks é certamente o que mais problemas te pode trazer. Mas isso é porque escreves coisas que muitos não queriam ver divulgadas”.

 

Agora, mais calmo, recordo as palavras de um outro amigo – por sinal jornalista: “Portugal é um país de arguidos, a única coisa que os diferencia é o acesso que têm, ou não, à verdadeira Justiça”.

 

Passadas quase duas semanas, e enquanto aguardo as cenas dos próximos capítulos, vou relendo o conteúdo dos meus projetos sem nunca encontrar o “crime” de que sou acusado e me foi meio-contado.


Talvez os meus leitores e amigos me possam ajudar a esclarecer este mistério. Por favor?

 

Enquanto isso, se o tema te interessa, comenta – pode ser até que me possas indicar o “crime” que alegadamente cometi, porque os factos todos nem eu os sei como arguido – e partilha este texto nas redes sociais.

 

Obrigado.

Rui Cruz, o arguido.

 

Retirado de Rui Cruz

 



publicado por olhar para o mundo às 08:46 | link do post | comentar

Terça-feira, 13.03.12

A liga e o alargamento da discórdia


Abriu-se uma nova frente de batalha no futebol português. A decisão de alargar o principal campeonato de 16 para 18 equipas já a partir da próxima época, num cenário que não prevê nenhuma despromoção, provocou a indignação de alguns dos dirigentes e ameaças de impugnação da assembleia-geral da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), que decorreu no Porto. À cabeça dos protestos, estão Sporting e Nacional.


Houve duas propostas a votação com sortes distintas. Passou a do alargamento do número de participantes na Liga (31 votos a favor, 15 contra e duas abstenções), chumbou a do formato que permitiria esse desiderato (29 votos contra, 17 a favor e duas abstenções). Ou seja, a ideia defendida por Mário Figueiredo (presidente da LPFP), de promover uma “liguinha” entre os dois últimos classificados da I Liga e o terceiro e quarto classificados da Liga de Honra, caiu por terra. Conclusão? A alternativa encontrada passa por não haver descidas de divisão no final da presente época desportiva.

Um cenário que é liminarmente rejeitado pelo Sporting. À saída da reunião, já perto das 23h, Luís Duque manifestou totais reservas sobre a viabilidade desta decisão: “Não acredito que seja isso que vai acontecer, porque isso põe em causa o edifício do futebol português. Votámos contra e não acreditamos que entre em vigor porque cremos que é ilegal”, explicou o representante dos “leões”. “Da Liga isto ainda passa para a federação [FPF]. E há ainda o recurso aos tribunais, por isso penso que esta modalidade não irá passar”, acrescentou.

Posição semelhante, embora com um discurso mais radical, é a do Nacional da Madeira. O clube, que, à imagem do Sporting (os “leões” contestavam o timing da entrada em vigor da medida e o delicado momento económico-financeiro que os clubes atravessam), votou contra o alargamento, manifestou total desagrado face ao modelo encontrado.

“Isto é uma caldeirada. Hoje foi a promoção completa da ilegalidade, promovida pelo presidente da Liga e por um conjunto de clubes que envergonham o futebol nacional e produziram nos bastidores actuações no sentido de perverter a verdade desportiva. Não é admissível que uma competição se dispute sem penalização e valorização do mérito”, defendeu Rui Alves, presidente do clube insular, anunciando que “irá impugnar todos os pontos” desta assembleia geral.

Contra a proposta de alargamento votou ainda o FC Porto. O representante dos campeões nacionais acabou por fazer uma declaração de voto onde deu conta da oposição dos “dragões”.

Que espectáculo resta?

Uma das bandeiras de campanha de Mário Figueiredo na recente corrida à presidência da LPFP, o tema do alargamento gerou sempre algum mal-estar. Chumbada a proposta de uma “liguinha”, o dirigente acabou por ficar com o modelo da não despromoção dos últimos classificados em mãos. Em conferência de imprensa ao final do dia, Figueiredo preferiu falar em clubes “repescados”, mas o efeito prático é o mesmo.

É justamente este formato que o Sporting contesta com veemência: “Ficou decidido que não descia ninguém nas duas Ligas [profissionais]. Que espectáculo é que nos resta até ao fim da época? Isto era manchar a verdade desportiva”, rebateu Luís Duque, insistindo que as condições para avançar com esta decisão “não são, nesta altura, as mais favoráveis”. “O mais grave é alterarem-se as regras a meio do campeonato”, enfatizou.

Independentemente da posição de força dos opositores, a proposta aprovada seguirá agora os trâmites normais, o que significa que terá ainda de ser aprovada pela Federação Portuguesa de Futebol. Tendo em conta as ameaças de alguns dirigentes, é muito provável que a batalha jurídica em torno de um dos temas mais quentes do futebol português esteja apenas a começar.

 

Via Público



publicado por olhar para o mundo às 08:55 | link do post | comentar

Domingo, 11.03.12
A rodagem do filme de João Canijo (ao centro), em 2010
A rodagem do filme de João Canijo (ao centro), em 2010 (Fotografias: Nuno Ferreira Santos)
"Sangue do Meu Sangue", de João Canijo, recebeu o Grande Prémio do Júri do Festival de Cinema de Miami, nos EUA, que termina neste domingo.

 

A distinção inclui uma atribuição de cinco mil dólares. O filme acaba de ser editado em DVD em Portugal, em edição de coleccionador, nas duas versões, a curta e a longa, de 2h20 e de 3h10, respectivamente.

No seu percurso por festivais, "Sangue do Meu Sangue" venceu já o Prémio da Crítica Internacional e a Menção Especial do Júri do Prémio "Otra Mirada" durante o Festival de San Sebastian, onde teve a sua estreia mundial.

Depois disso foi apresentado no Festival de Toronto e mais recentemente no Festival de Bussan, Coreia. Estão ainda agendadas as exibições no Festival do Rio de Janeiro, no Brasil, em Munique, na Alemanha, em Linz, na Áustria, em Vílnius, na Lituânia, e na Corunha, em Espanha, onde será acompanhado por uma retrospectiva da obra do realizador. A distribuição alternativa nos EUA no próximo ano também já está assegurada, segundo a distribuidora Midas Filmes.

 

Via Público



publicado por olhar para o mundo às 21:25 | link do post | comentar

Lisboa está à procura de soluções para resolver o excesso de táxis na cidade
Lisboa está à procura de soluções para resolver o excesso de táxis na cidade (Ricardo Silva)
O vereador da Mobilidade da Câmara de Lisboa quer melhorar a qualidade do serviço de táxis no Aeroporto da Portela. A ideia de Fernando Nunes da Silva é restringir a possibilidade de efectuarem serviços no aeroporto aos taxistas que cumpram um conjunto de requisitos, nomeadamente de apresentação, conhecimento de línguas e da cidade, limpeza e antiguidade do veículo.

O vereador refere que este sistema é semelhante ao que existe em Barcelona e explica que a fiscalização seria feita por gestores de praça indicados pelos próprios taxistas. 

O presidente da Federação Portuguesa do Táxi concorda com a necessidade de regular o exercício da actividade no Aeroporto da Portela e reconhece que as situações de incumprimento “não são esporádicas”. “Há um grupo de pessoas forte que domina aquilo e dá uma má imagem do sector. Não há dúvida que é preciso travar aquilo urgentemente”, diz Carlos Ramos. 

Este dirigente concorda com a proposta da Câmara de Lisboa e defende a criação de um código de conduta e de um regulamento disciplinar para quem quiser trabalhar no aeroporto. Quem estiver disposto a cumprir as condições aí impostas deverá inscrever-se e se for seleccionado passará a constar de uma base de dados e sujeitar-se-á à fiscalização de um gestor de praça. 

"O carro deve ser limpo, ter um determinado número de anos e ar condicionado. O motorista não deve ter mangas à cava, chinelos de dedo e calções que deixam as pernas à mostra", exemplifica o presidente da federação. 

Carlos Ramos também defende que deve deixar de haver dinheiro a circular, passando todos os pagamentos de serviços com partida do aeroporto a ser feitos com vouchers comprados previamente. Hoje a Associação de Turismo de Lisboa já disponibiliza um produto deste tipo. 

Lisboa à procura de soluções para o excesso de táxis 

A Câmara de Lisboa está também a estudar soluções para resolver o excesso de táxis na cidade, entre as quais a obrigatoriedade de cada veículo parar um dia por semana ou de uma parte das viaturas circular apenas durante o dia e outra à noite. Os representantes do sector concordam com a necessidade de se atacar o problema e apresentam outras sugestões, como alguns taxistas deixarem temporariamente de exercer a sua actividade durante períodos de crise. 

Segundo o vereador da Mobilidade, na capital há cerca de 3450 táxis, número "claramente" superior às necessidades mas que está abaixo do tecto dos 3500 veículos definido há duas décadas pela autarquia. Nunes da Silva lembra que esse contingente foi fixado quando a cidade tinha milhares de habitantes a mais do que hoje, acrescentando que o excesso de táxis é agravado pela actual crise económica. 

O vereador garante que o município "está a a dialogar" com os representantes do sector para listar as soluções possíveis para o problema e chegar a uma proposta concreta de discussão. Entre as hipóteses equacionadas por Nunes da Silva estão cada táxi parar um dia por semana, alguns dias circularem aqueles que têm matrícula par e outros os que têm matrícula ímpar ou ainda uma parte das viaturas só poder transitar durante o dia e outra à noite. 

"Há centenas largas de táxis a mais em Lisboa", concorda o presidente da Federação Portuguesa do Táxi, sublinhando que o contingente de 3500 veículos foi definido na década de 90 e devia ser reavaliado a cada dois anos, o que segundo diz nunca aconteceu. Carlos Ramos atribui parte desse excesso à saída de habitantes e de empresas para os concelhos limítrofes mas também aponta responsabilidades à Câmara de Lisboa, nomeadamente por ter decidido atribuir 50 novas licenças a táxis adaptados para o transporte de pessoas com mobilidade reduzida. 

"Não há mercado suficiente de cadeiras de rodas que alimente financeiramente esses 50 carros, que vão acabar por ir buscar dinheiro aos clientes dos táxis tradicionais", acusa o presidente da federação, entidade que mantém com a autarquia um diferendo em tribunal sobre esta matéria. 

Excesso também no Porto 

Para resolver o desfasamento entre a oferta e a procura na capital, Carlos Ramos apresenta várias propostas, que sublinha serem utilizadas em cidades como Barcelona e Madrid. Uma delas é os taxistas deixarem temporariamente de exercer a sua actividade durante períodos de tempo pré-definidos, que a autarquia classifique como de crise. "É uma forma de o sector se auto-regular e evita que os especuladores andem a comprar licenças por dez tostões aproveitando-se das dificuldades dos outros", diz o dirigente. Outra ideia é que os empresários interessados em vender as suas licenças passem a fazê-lo, pelo valor de mercado, a um fundo criado para o efeito. Carlos Ramos explica que consoante a procura de táxis em Lisboa num determinado momento esse fundo poderia acumular as licenças compradas ou vendê-las. 

O presidente da Federação Portuguesa do Táxi está de acordo com a hipótese de cada táxi parar um dia útil por semana. "Permite rentabilizar a actividade dos que ficam a trabalhar. Não podemos continuar a viver como se estivéssemos todos ricos", diz Carlos Ramos, defendendo que também ao sábado e ao domingo os veículos deviam circular alternadamente, consoante a matrícula. 

Esta ideia também é bem vista por Carlos Lima, vice-presidente da federação no Porto. "Há 699 táxis na cidade e 500 chegavam bem", diz, salientando que nos últimos meses se assistiu a "uma quebra de facturação de 40 a 50%".

Diferente é a posição do presidente da Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL), que não concorda com a paragem de um dia por semana. "Não há no país nenhum comércio ou indústria que seja obrigado a parar. Por que é que nós havemos de ser?", questiona Florêncio Almeida, acrescentando que seria impossível alterar os horários de trabalho dos motoristas sem a sua concordância.

Ainda assim, o presidente da ANTRAL afirma que há pelo menos mil táxis a mais na cidade de Lisboa e diz que a solução para isso tem de ser encontrada pelos empresários do sector, "não pela câmara ou pelo Governo". Uma das hipóteses admitidas por Florêncio Almeida seria a de alguns veículos só circularem durante o dia e outros durante a noite. "Com isso muita gente vai para o desemprego, mas é necessário", diz. 

Este dirigente também não concorda com a decisão da Câmara de Lisboa de alargar a Zona de Emissões Reduzidas da cidade, proibindo na Avenida da Liberdade e na Baixa a circulação de viaturas anteriores a 1996, e ameaça com uma providência cautelar. "Criem corredores para os transportes públicos e portagens à entrada da cidade, que assim diminuem mais o CO2", alvitra Florêncio Almeida. 

Nunes da Silva sublinha que os empresários do sector tiveram vários anos para se adaptar. O presidente da Federação Portuguesa do Táxi concorda e garante que a maioria dos veículos está preparada. Mas Carlos Ramos acrescenta que a autarquia devia ter feito a sua parte e deixado de licenciar os táxis anteriores a 1996 ou esclarecido que estes teriam restrições à circulação.

 

Via Público



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Segunda-feira, 05.03.12
Inglaterra  O despedimento de Villas-Boas em canção rap

Canetas de feltro, meia dúzia de folhas de cartolina, uma conta no Youtube e jeito para fazer rimas. Foi tudo o que o site britânico "Fitba Thatba" precisou para fazer um rap sobre o despedimento de André Villas-Boas do Chelsea poucas horas depois deste ter acontecido.


"Villas-Boas, conta-me a tua história, por que é que não conduziste o Chelsea à glória, este é o fim da tua carreira? (não)", é como começa a música, construída em tons humorísticos, referindo a má relação com Frank Lampard, Ashley Cole e Didier Drogba e acrescentando que o único amigo do treinador português no Chelsea era o brasileiro David Luiz.

O rap sobre o despedimento de AVB (vídeo: Youtube)

 

Via Público



publicado por olhar para o mundo às 20:52 | link do post | comentar

Sábado, 25.02.12

já deveria os que me seguem ter perguntado porque não voltaria eu a este assunto...

 

«Os centros de emprego deverão aumentar a colocação de desempregados em 50%, o que implica mais três mil colocações por mês. Por outro lado, as ofertas de emprego captadas também deverão subir 20% até 2013. As metas já tinham sido discutidas antes com os parceiros sociais e foram ontem confirmadas pelo ministro da Economia. Álvaro Santos Pereira falava no final do Conselho de Ministros que aprovou várias alterações ao funcionamento dos centros de emprego. "O Governo conta aumentar em 50% o número de colocações de trabalhadores de desempregados pelos centros de emprego, mais de três mil por mês e assegurar um aumento em 20% do número de ofertas captadas pelos centros de emprego até ao final de 2013", afirmou o ministro. Entre as alterações conta-se ainda o fim de 150 cargos dirigentes nos centros de emprego e formação profissional, o que permitirá uma poupança superior a um milhão de euros. Estas chefias "passarão a desempenhar tarefas técnicas de apoio directo a desempregados", continuou o ministro. Também neste sentido, avança a figura do gestor de carreira que deve acompanhar de forma próxima o desempregado. Além disto, e como já se sabia, prevê-se ainda a reestruturação da rede de centros de emprego e centros de formação profissional, também através de fusões, para a tornar "mais ágil e capaz", explicou Álvaro Santos Pereira. A ideia de todas estas medidas é "dotar centros de emprego da capacidade de acompanhar mais regularmente e de forma mais eficaz o desempregado para que possa regressar mais rapidamente ao mercado activo de trabalho", explicou o governante. Isto numa situação em que o desemprego atingiu um "nível recorde", atirando o País para uma situação "de emergência nacional", que exige "fazer mais e melhor". O Governo salienta que o serviço público de emprego "tem de ser mais eficiente, ter uma lógica de funcionamento que promova um acompanhamento mais regular, mais próximo e mais eficaz do desemprego", o que exige mais coordenação. "Os técnicos que lá trabalhem têm que estar mais motivados, mais focados no objectivo essencial, que é acompanhar de perto e a fundo a situação de cada desempregado e encontrar colocação dentro das ofertas disponíveis para estas pessoas", afirmou Santos Pereira. Prevê-se ainda a modernização do sistema de informação dos centos de emprego, para "facilitar o procedimento de colocação de ofertas de emprego no portal netemprego" e permitir "a criação de um registo electrónico público de todas as ofertas de emprego captadas pelo IEFP". O Governo recordou outras medidas que incentivam o regresso ao mercado de trabalho, como é o caso do Estímulo 2012, já no terreno, e a possibilidade de acumular o subsídio com parte do salário, já anunciado. Álvaro Santos Pereira confirmou que estas são algumas das medidas que o Governo vai apresentar na Cimeira Europeia, no início de Março.»

 

Esta noticia teve pelo menos o efeito de me fazer rir à gargalhada! não fosse eu ter a noção de que a realidade nada tem a ver com esta propoganda e acharia tudo isto hilariante...mas depois de me passar o ataque de riso de ver um membro do governo a fazer semelhante «figura de urso» não contenho a minha amarga e realista visão da coisa - infelizmente (para quem me lê bem sabe) bem realista!!

 

Assim que entrei no mercado de trabalho sempre aproveitei os recursos disponibilizados (até porque na altura ainda acreditava...) e logo me inscrevi num centro de emprego - quantas vezes fui chamada em 12 anos? tirando a última vez em que de facto depois de encontrar a vaga na clínica para a qual fui trabalhar, ter ido ao centro de emprego para formalizar a contratação (por desempregado de longa duração, o empregador tem alguns incentivos), fui chamada zero vezes - zero...

 

Aliás para alguém como o sr. ministro que não sabe da realidade, eu explico - quando nos inscrevemos temos de ser nós a informar o centro de emprego que encontramos trablho ou estágio e que gostariamos de ser chamados a entrevista, para quando coincidir o termos encontrado algum empregador que tenha lançado uma oferta no centro de emprego, conseguir-mos uma oportunidade....na última sessão para estágios profissionais a que assisti (semana passada) a orientadora lá explicou que assim que estagiário encontrar empresa disposta a aceitar o estágio, esta deve formalizar a candidatura para que já proponha o nome do estagiário pretendido - em altura alguma do processo o centro de emprego procura e seleciona um possível estagiário...

 

Outra coisa interessante da propaganda feita pelo sr. ministro é dizer que serão feitas cerca de 3 000 colocações por mês porque essas foram as metas definidas - será que as metas foram avisadas??? é que fecham mais de 3000 postos de trabalho por mês, não estou a ver bem como e onde é que as metas vão lá colocar outros 3000....

 

O portal netemprego existe há muito e não passa de um portal desatualizado e com meia dúzia de ofertas que por norma já foram preenchidas....o portal permite por exemplo (em teoria) ver as ofertas colocadas e aceder à gestão de um curriculo para promover a proximidade com as entidades empregadoras - se funciona??? claro que não, portanto essa «novidade» o sr ministro escusava de a dar...

 

E a ideia do gestor de carreira do desempregado??? bem confesso que até as lágrimas me saltaram de tanto rir - tou mesmo a imaginar-me de manhãzinha a acordar e a ligar para o meu gestor de carreira «bom dia sr gestor então que ofertas tem para mim hoje?»

 

Ora tirando a parte da estupidez, estou desempregada desde 31 de dezembro e desde erros por causa dos quais (sem culpa alguma) continuo sem receber qualquer subsidio até à saga das apresentações, continuo na mesma - sem perspetivas. Dos oito curriculos e três anúncios de emprego a que me candidatei (nunca nenhum através do centro de emprego mas por por procura minha) tive esta semana duas respostas - uma para me dizerem que a minha idade (mais de 35 anos) já não me permite a candidatura...a outra para me dizerem que agradeciam o envio do currículo mas que de momento não estavam a precisar de ninguém (foram educados ao mandarem-me o email).

 

Resta-me o envolvimento a 100% nas atividades da APCH para não me deixar abater muito e confesso que o poder ter net gratuita (isto porque vivo numa zona de rede aberta, frente a um edificio público) me ajuda, pois pelo menos não estou a pensar nos custos de teclar mais tempo....

 

Retirado de Energia a Mais



publicado por olhar para o mundo às 12:20 | link do post | comentar

Quarta-feira, 22.02.12
A mãe de Rui Pedro, à saída do tribunal
A mãe de Rui Pedro, à saída do tribunal (Fernando Veludo/nFactos)
O tribunal desvalorizou o testemunho da prostituta Alcina Dias, que, no julgamento, apontou Afonso Dias como sendo a pessoa que acompanhava Rui Pedro na tarde em que este desapareceu.

Antes, quando interrogada pela PJ, nunca mencionara o nome de Afonso Dias. E, na descrição que fizera de Rui Pedro, falara em olhos azuis, quando, na realidade, eram castanhos.

"Com o devido respeito, não convence", considerou a juíza, Carla Fraga, para quem o tribunal não está habilitado a excluir a hipótese de ter sido outro menor a ter estado com a prostituta naquela tarde e outro o seu condutor.

Vingou assim a tese de que Filomena Teixeira foi a última a ter visto Rui Pedro, entre as 15 e as 15h15 do dia 4 de Março de 1998.

É o desfecho de um julgamento que começou a 18 de Novembro. De acordo com a moldura penal vigente à data do desaparecimento do menor, a pena aplicável ao crime de rapto qualificado oscilava entre os dois e os 10 anos e oito meses de prisão. 

A acusação optou pelo crime de rapto, por não ter sido possível encontrar “vestígios que provassem a prática de outros crimes”, conforme sublinhara a procuradora do Ministério Público, Elina Cardoso, durante as alegações finais, nas quais pediu para o arguido uma pena de prisão “superior a seis ou mesmo sete anos de prisão”. Aliás, “porque não se queria julgar apenas o crime de rapto” é que o processo demorou tanto tempo a chegar a julgamento, ainda segundo a procuradora. 

Ao longo das 13 sessões, os pais de Rui Pedro viram gorada a expectativa quanto ao surgimento de dados novos relativamente à localização do menor.

O arguido nunca quebrou o silêncio, tendo o seu advogado mantido que Afonso Dias se encontrou com o menor apenas uma vez no dia do seu desaparecimento, mais precisamente ao final da manhã.

Afonso Dias saiu do tribunal escoltado pela GNR, enquanto os populares que estavam no exterior lhe gritavam vários insultos. O seu advogado, Paulo Gomes, também foi insultado e vítima de uma tentativa de agressão.


Carlos Teixeira, tio de Rui Pedro, apelidou a sentença de “palhaçada”, acrescentando que ela só se compreende por ter acontecido “após o Carnaval”.

 

Via Público



publicado por olhar para o mundo às 21:00 | link do post | comentar

Quinta-feira, 16.02.12
Dezenas de alunos estavam desde as 10h concentrados em frente à escola
Dezenas de alunos estavam desde as 10h concentrados em frente à escola (Foto: Pedro Maia)
O cancelamento da visita do Presidente da República, Cavaco Silva, à Escola Artística António Arroio, em Lisboa, deveu-se a “um impedimento” relacionado com a função presidencial, confirmou ao PÚBLICO o assessor da Presidência para a Comunicação Social, José Carlos Vieira.

Sem querer dar qualquer outro tipo de explicação, este responsável adiantou, no entanto, que ficou acordado que os secretários de Estado do Ensino e Administração Escolar, João Casanova de Almeida e do Ensino Básico e Secundário, Isabel Leite, que iam acompanhar o Presidente, iriam realizá-la mesmo sem a presença de Cavaco Silva. Além destes dois governantes, a visita foi acompanhada pela assessora do Presidente para a Educação, Suzana Toscano. Inicialmente prevista para as 10h30, esta realizou-se no novo formato a partir das 11 horas. 

Questionado sobre se foi avaliado existir um problema de segurança nesta visita pelo facto de estar a decorrer uma manifestação de estudantes em frente ao portão da escola, o assessor presidencial limitou-se a dizer não ter indicação de haver qualquer problema de segurança. 

Dezenas de alunos estavam pelo menos desde as 10h concentrados em frente ao portão da escola António Arroio à espera da chegada de Cavaco Silva – inicialmente a Presidência da República não deu qualquer explicação sobre o cancelamento.

De acordo com a TSF, os alunos queixam-se da inexistência de um refeitório nesta escola que serve 1200 alunos e que são obrigados a comer no chão à porta do estabelecimento escolar, mas protestam também pelo fim do passe escolar.

Segundo tinha afirmado à Lusa Carlos Carolino, o elemento da Polícia de Segurança Pública que estava no local a comandar as operações, o cancelamento da visita verificou-se cerca de meia hora depois da hora prevista para o seu início.

 

Via Público



publicado por olhar para o mundo às 17:34 | link do post | comentar

Terça-feira, 14.02.12

Encontros com dirigentes portistas provocam demissão de Domingos Paciência  14.02.2012 - 00:10 Lusa

A decisão de afastar Domingos Paciência do comando técnico da equipa de futebol do Sporting terá ficado a dever-se ao conhecimento de encontros entre o treinador e dirigentes do FC Porto, revelou à Lusa fonte próxima da estrutura “leonina”.


“Temos conhecimento de que Domingos manteve contactos com dirigentes portistas nas últimas semanas e que um possível ingresso no FC Porto esteve sempre no seu horizonte”, afirmou a mesma fonte não identificada pela Lusa, lembrando as fortes ligações do treinador com o clube “azul e branco”.

A fonte vai mesmo mais longe e disse que “Domingos deixou de estar focado nos interesses do Sporting”, constatação que “se acentuou nos últimos dias na sua gestão do plantel”.

O conhecimento desses encontros com dirigentes portistas criou “enorme desconforto e mal-estar” em Alvalade, a ponto de os responsáveis “leoninos” estarem a ponderar, segundo a mesma fonte, não pagar qualquer indemnização ao treinador, o que seguramente dará origem a um conflito jurídico entre as partes.

Esse cenário é o mais provável, uma vez que Domingos Paciência não assinou até ao momento a rescisão do seu contrato com o Sporting, que apenas expirava em Junho de 2013, depois de lhe ter sido hoje comunicada por Godinho Lopes, na presença de outros elementos da SAD, a decisão de o afastar do cargo.

Resultados “não correspondem aos objectivos”

O Conselho Directivo “leonino” anunciou hoje a rescisão “do contrato com Domingos Paciência, por entender que, quer a eliminação da fase de grupos da Taça da Liga, quer o 5.º lugar actual na Liga, não correspondem aos objectivos propostos para este primeiro ano de mandato”.

Os resultados desportivos e os referidos encontros com dirigentes do FC Porto ditaram a saída do técnico.

“A equipa estava sem ânimo, sem motivação, e a derrota com o Marítimo só veio confirmar que o grupo de trabalho não estava com o treinador”, rematou a fonte próxima da estrutura “leonina”, acrescentando que Ricardo Sá Pinto, que orientava a equipa de juniores dos “leões”, será apresentado na terça-feira, às 9h45.

O antigo técnico de União de Leiria, Académica e Sporting de Braga deixou os “leões” no quarto lugar da Liga portuguesa, com 32 pontos, menos 16 do que o líder, o Benfica, após a derrota no terreno do Marítimo (2-0), em jogo da 18.ª jornada.

 

Via Público

 



publicado por olhar para o mundo às 08:26 | link do post | comentar

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