Domingo, 10.06.12
Ana Clotilde e Ana Nunes
Ana Nunes da Silva fotografa. Ana Clotilde Correia conta a história de casais homossexuais com filhos. O projecto com famílias arco-íris vai ter uma exposição e quem sabe um livro

Precisam-se: famílias arco-íris. Ana, a jornalista, e Ana, a fotógrafa, já registaram a história de três casais homossexuais interessados em envolver-se num projecto que pretende dar visibilidade à parentalidade LGBT.

 

Há uma família com gémeos falsos (um rapaz e uma rapariga), um casal com um menino de um ano e tal e a barriga de um casal de lésbicas. “Sabíamos que existiam, mas não conhecíamos nenhuma. Sabíamos de ouvir falar”, confessou ao P3 Ana Clotilde Correia. “Esta era a grande questão que tinha ficado por resolver depois da aprovação do casamento homossexual. Então isto não vai avançar tudo como em todos os países?”, pergunta-se Ana Nunes da Silva, que um dia tropeçou no site de Stefan Jora, fotógrafo norte-americano que coleciona retratos de famílias LGBT que vivem nos Estados Unidos.

 

“É um projecto documental e ao mesmo tempo activista e ao mesmo tempo muito bonito. E se fizéssemos em Portugal?” À pergunta de Ana Clotilde, Ana Nunes exclamou “brutal!”

 

Estava lançada uma parceria que rapidamente passou a ser uma “prioridade na agenda” da ILGA, que também afixou o anúncio no seu site (agora a par do2.º Encontro Europeu de Famílias Arco-Íris, que decorre de 28 de Abril a 1 de Maio, na Catalunha). “Eles recrutaram-nos. Disseram ‘nós queremo-vos do nosso lado’. Estavam tão interessados neste tipo de trabalho que parecia um acto de fé”, recorda a jornalista Ana Clotilde Correia, que já tinha estabelecido contacto com Stefen Jora (respondeu algo como “força aí!”) e que já havia encontrado projectos semelhantes no hall da conferência Famílias no Plural, que aconteceu em Outubro, no ISCTE. “Nós não queríamos ser originais, queríamos fazer”.

 

“As fotografias falam por si”

O trabalho — ainda sem nome — “entra na intimidade”. E “isso é muito complicado” no que ao recrutamento diz respeito. “Muitas das famílias não estão interessadas em participar de uma forma explícita”, explica Ana Nunes, que concilia a paixão pela fotografia com o emprego na área de Gestão.

 

“As fotografias falam por si”, sugere Ana Clotilde, 31 anos. “Nestes casos a visibilidade é muito importante. As pessoas partem do princípio de que este tipo de famílias não existem. E nem sequer o estão a fazer de uma forma preconceituosa. É mais uma questão de desconhecimento. Em contacto com a realidade, a esmagadora maioria muda por completo de opinião”. Estes retratos de família são “mais fotojornalismo”, é uma perspectiva “crua”, segundo Ana Nunes (23 anos), que tenta passar despercebida — mas que sabe que isso “é quase impossível; não queremos esconder que estamos lá”. “Não valem tanto pela pose. São tirados enquanto as pessoas fazem a vida normal”.

 

Ana, a jornalista, e Ana, a fotografa, achavam que “as famílias iam ter problemas em aparecer principalmente num país em que toda a gente se conhece”. “Não queríamos que nada dessa intimidade fosse roubado”, diz Ana Clotilde, que deixa aos casais a palavra final sobre a publicação das fotografias, que num futuro próximo circularão numa exposição (e talvez num livro). “Queremos que sintam que são parte do projecto. Estamos a tentar convencer algumas famílias. Não pode ser um esforço, não resulta. Este é um projecto em construção. Não temos pressa”.

 

Já foram fotografadas três famílias de mulheres (há um casal de homens com um português, mas está em Bruxelas), entre as quais duas mulheres que casaram em Portugal, fizeram a inseminação em Espanha e agora vivem em Paris. “Elas costumam dizer ‘na Europa podemos fazer tudo, mas não no mesmo sítio’”, cita Ana Clotilde, consciente de que “a realidade portuguesa é singular”. “O normal é primeiro surgir a parentalidade homossexual e só depois o casamento entre pessoas do mesmo sexo”.

 

O projecto já se cruzou com duas discussões na Assembleia da República — numa o Parlamento reiterou a proibição e punição do acesso à inseminação artificial para mulheres solteiras e casais de lésbicas; na outra foi negado o alargamento alargamento da possibilidade de adoção a casais do mesmo sexo —, mas as duas Anas não esquecem os “votos dissonantes” e as “abstenções”. “Estamos a fazer um caminho”.

 

Retirado de P3



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Quinta-feira, 24.05.12

Pais não podem deixar os filhos acharem que sexo é algo sujo e proibido, afirma especialista / Bart78/ Shutterstock

Psicóloga explica a melhor a maneira de conversar sobre sexo e como evitar flagrantes

 

Cegonha, sementinha...são algumas das histórias que alguns pais utilizam para contar para os filhos como eles nasceram. Mas afinal, qual a melhor forma e como reagir quando as crianças flagram o casal transando?

Segundo a psicóloga e terapeuta sexual Adriana Visioli, na maioria das vezes as crianças espiam os pais por curiosidade. " Os pais fecharem a porta do quarto pode ser um mistério para elas, que querem desvendar. Ou também porque já viu alguma outra vez ou escutou algum barulho e pode estar confuso sobre o que está acontecendo".

Adriana diz ainda que é natural os pais ficarem sem reação quando os filhos o flagram transando, no entanto, é importante conversar com a criança sobre o que ela viu, independentemente da idade dela. O que será diferente é a maneira como os pais conduzirão o diálogo. "Por exemplo, se for muito pequeno, dar muitas explicações pode confundir a criança, neste caso perguntar para ela o que ela acha que os pais estavam fazendo pode ajudá-los no início da conversa", explica.

A especialista revela que não existe uma idade certa para explicar o que é sexo para as crianças.  Segundo ela, a partir do momento em que os pais percebem que elas começaram a fazer perguntas sobre o assunto, esse já é o momento dos pais sentarem e conversarem com este filho. " Os pais sempre devem levarem consideração as palavras que utilizará nesta conversa, e quando o filho perguntar, jamais deixá-lo sem resposta".

Adriana ressalta que é importante falar a verdade, pois, de acordo com a especialista, se os pais mentirem o filho pode não querer mais falar de sexo, ou até mesmo levar consigo informações erradas para a sua juventude, podendo acarretar em dificuldades com a sua sexualidade.

“Conversar sobre sexo pode ajudar muito a criança ou adolescente a desenvolver a sua sexualidade de maneira plena. A criança não pode achar que o sexo é algo sujo e proibido”, afirma.

Segundo a psicóloga e colunista da BandNews FM Rosely Sayão, é essencial é que os pais não deixem os filhos os flagrarem transando. "As crianças não irão compreender o ato sexual, dificilmente ela vai entender como uma 'coisa natural'", explica a psicóloga.

De acordo com Sayão, a maior parte dos estudos entende que a criança enxerga o sexo como uma forma de agressão.

Dicas para os filhos não te pegarem no flagra

Segundo Adriana Visioli, é essencial trancar sempre a porta com chave, averiguar se as crianças estão realmente dormindo e tomar cuidado com barulhos. “Uma dica importante é de vez em quando deixar os filhos com outra pessoa ou até mesmo ir a um motel, caso os pais fiquem preocupados e inibidos pelos filhos estarem em casa.”

Adriana diz que é essencial que os pais conversem adequadamente para evitar a curiosidade. “A curiosidade pode induzir ao erro, portanto, uma orientação adequada ajuda os filhos a não procurarem respostas em lugares que poderão prejudicá-los”, finaliza.

 

Retirado de Band



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Sexta-feira, 27.04.12
Bebés, o que fazer quando eles não querem dormir

NOITES BRANCAS COM O BEBÉ

O nosso filho de seis meses tem problemas de sono e nós já tentámos de tudo: diferentes horários para dormir, não fazer sestas para que ele fique mais cansado, mudar as canções de embalar, dar-lhe de mamar justamente antes de dormir, até já comprámos cortinas opacas para deixar o quarto dele totalmente às escuras. Ainda assim, continua a acordar a meio da noite e leva imenso tempo para voltar a adormecer. Eu e a minha mulher estamos sempre exaustos. O que podemos fazer?

 

Uma das coisas mais importantes a fazer é estabelecer uma rotina a nível da hora em que ele tem de ir para a cama – e mantê-la. Os bebés adoram – e querem – rotinas. Mudar constantemente irá apenas confundi-los fazendo com que lhes seja mais difícil perceber quando é, ou não, altura de dormir.

 

Na verdade, as rotinas não são apenas para os bebés. Se você é como a maior parte dos adultos, provavelmente tem a sua própria rotina nocturna; uma série de actividades que o ajudam a ficar pronto para ir dormir: ler alguns capítulos de um livro, ver um DVD ou talvez ter relações sexuais. Com os bebés acontece praticamente o mesmo: as rotinas “pré-dormir” fazem com que o bebé se sinta cansado pois associa-as ao próprio acto de dormir.

 

Criar uma rotina não tem nada de complicado. Pode ser tão simples como um aconchego, uma história, um minuto ou dois a fazer uma massagem, um biberão rápido ou música calma. A quantidade e a ordem das actividades não são importantes, certifique-se apenas de que está a ser coerente todos os dias. Aqui ficam algumas ideias que poderão ajudar:

 

- Brinque muito com o bebé enquanto está acordado. Exercitá-lo durante o dia vai ajudá-lo a dormir à noite; 

 

- Não brinque com os horários. Pode parecer lógico que saltar as sestas durante o dia vai ajudar o bebé a dormir mais durante a noite, mas, na verdade, o que acontece é o oposto. O seu bebé faz sestas porque precisa delas. Quando não descansa o que precisa durante o dia, toda a dopamina e adrenalina extra que circulam no corpo vão fazer com que se torne ainda mais difícil adormecer à noite;

 

- Faça a distinção entre dia e noite. Durante o dia, provavelmente pega no seu bebé ao colo, canta, bate palmas, faz jogos e todo o tipo de actividades para se envolver  com ele. Quando se entra no “modo noite” deverá falar menos, fazer muito menos actividades físicas e, geralmente, escurecer os ambientes;

 

- Não exagere. Baixar a luminosidade e tornar a casa um pouco mais silenciosa é o desejável, mas é necessário que o bebé consiga adormecer com as luzes acesas e algum barulho de fundo. Tentar que haja silêncio absoluto e total escuridão poderá ter o efeito oposto;

- Deite-o quando ele estiver ensonado, nunca enquanto ele estiver completamente desperto;

 

- Seja paciente. Os bebés conseguem ser muito barulhentos durante a noite. Tal como nós, eles acordam muitas vezes durante o sono e olham à sua volta para confirmar que o mundo continua a girar na sua órbita. Por isso, antes de se levantar a correr sempre que o bebé começa a choramingar, respire fundo e espere um minuto, é possível que ele volte a adormecer sozinho;

 

- Faça turnos. É um acto de cavalheirismo da sua parte partilhar a tarefa de se levantar a meio da noite com a sua mulher, mas não. Deixe que seja ela a fazer os primeiros turnos da noite, enquanto você dorme, depois comece o seu turno de madrugada enquanto ela descansa;

- Ponha os brinquedos de parte. Alguns bebés acordam a meio da noite, vêem todos os seus brinquedos, e decidem que querem brincar – e, claro, é mais divertido brincar consigo do que sozinho.

 

Retirado do Público



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Segunda-feira, 23.04.12

Não dizemos aos pais o mal que nos estão a fazer e quanto estamos a sofrer, assegura Ana

Não dizemos aos pais o mal que nos estão a fazer e quanto estamos a sofrer, assegura Ana (Foto: António Carrapato)

 

Com o divórcio de pais habituados a cuidar dos filhos, a tendência para o litígio pode acentuar-se. Associações alertam para fenómeno da "alienação parental", que alguns dizem não existir.

 

Sob a vigilância de uma funcionária, numa sala de um dos edifícios da Segurança Social em Lisboa, Luís, de 48 anos, manobra um carro telecomandado. Fá-lo seguir até ao compartimento contíguo, onde o seu filho está com a avó materna, e regressar, depois, à sala onde se encontra. Ele, Luís, não pode cruzar-se com a família da ex-companheira. Por isso pediu o carro a um sobrinho e o manobra, agora, entre uma e outra sala, a engolir as lágrimas e a humilhação. Tenta atrair Pedro, de quatro anos, que finalmente chega à ombreira da porta e, por uns segundos, levanta os olhos do carro para o pai. Nesse momento, a avó faz barulho com os sacos e o miúdo desaparece. Luís ouve: "Não vás embora, avó!". A visita terminou.

A descrição é feita com base no relato de Luís. É a sua versão de um drama cuja veracidade sustenta em documentos e estudos e relatórios e notificações do tribunal e contas de advogados – "um monte de papéis inúteis" sobre os quais chora. A relação de normalidade com o filho terminou dias antes de o bebé completar os dois anos de idade. Hoje, Pedro tem cinco anos e não voltou a estar com o pai sem a vigilância de terceiros. Luís tornou-se no retrato daquilo a que alguns chamam vítima de "alienação parental" – o termo utilizado para designar o comportamento, em casos de divórcio litigioso, do progenitor que tem a guarda física do filho e que, perante a criança, procede a uma permanente desqualificação do outro progenitor, ao mesmo tempo que procura obstar ao contacto entre ambos, com a intenção de provocar o corte dos vínculos afectivos que os unem.

Nas vésperas do dia Internacional de Consciencialização da Alienação Parental, que se assinala dia 25, o problema mobiliza várias organizações. Entre elas os dirigentes das associações Para a Igualdade Parental (APIP) e da Pais Para Sempre (APPS), que citam dados oficiais para lembrar que, só em 2010, houve 27.556 divórcios em Portugal e deram entrada nos tribunais 16.836 processos de regulação do exercício das responsabilidades parentais e 11.283 processos por incumprimento do regime acordado (de contactos ou de pagamento de pensões de alimentos). "Com o divórcio dos homens da geração pós-25 de Abril, que foram educados num ambiente de partilha, com as mulheres, das tarefas domésticas e dos cuidados dos filhos, a tendência é para que cada vez mais pais reclamem a sua guarda, o que pode potenciar os conflitos", afirma Ricardo Simões, da APIP.

 

Retirado do Público



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Sexta-feira, 13.04.12
Começar por tornar a coisa divertida é o melhor caminho
Começar por tornar a coisa divertida é o melhor caminho

Agora já não há dúvidas: a carne vermelha é mais letal do que se pensava . Há algumas semanas, a notícia esteve em destaque nos principais sites de jornais nacionais e internacionais, na blogoesfera e nas redes sociais, já que um novo estudo da Harvard School of Public Health , nos EUA, provou que, mesmo em quantidades reduzidas, o consumo de carne vermelha aumenta em muito os riscos de doenças cardiovasculares e de cancro. Por isso, o melhor mesmo é trocar o vermelho do sangue pelo verde dos legumes.

Não ponha a saúde dos seus filhos em risco

Como muitos pais constatam, a maioria das crianças adoram (e consomem) carne vermelha, seja em hambúrgueres, seja em bifes ou em almôndegas. Se cruzarmos este facto com os resultados do estudo norte-americano, a situação é preocupante. Foi exatamente por isso que decidi abordar este tema hoje.

 

Você tem de cozinhar todos os dias para as suas crianças e já não sabe mais como variar nos pratos, sobretudo no que toca a comida saudável e, ainda mais agora, sem recorrer à carne vermelha. Ao mesmo tempo, as crianças têm de gostar do que lhes é servido para que comam. Isto tem sido um problema para si? Calma, não desespere. Conheça alguns truques para levar as crianças a comer o que é mais saudável e até a quererem repetir.

 

Sugestões apetitosas da organização de prevenção da obesidade infantil:

 

Massas: já sabemos que as crianças adoram massas, no entanto, em vez de pôr sempre o queijo ou limitar-se ao molho de tomate, experimente servir o esparguete com pedaços de brócolos ou tiras de frango. Se acrescentar um pouco de natas light ou margarina derretida na massa, elas vão adorar.

 

Sopas: experimente variar nas sopas. Além da típica sopa de puré de cenoura, as crianças costumam apreciar sopa de lentilhas, e se ainda acrescentar aipo, não só vão gostar, como também estarão a cumprir parte dos requisitos dietéticos essenciais.

 

Hambúrgueres mais saudáveis: os hambúrgueres são de facto um dos pratos favoritos da maioria das crianças. Mas agora, com as conclusões do estudo da Harvard School of Public Health, torna-se realmente imprescindível repensar o tipo de hambúrgueres que damos aos miúdos. Podemos substitui-los por hambúrgueres de frango, que ficam igualmente deliciosos. Mas em vez de os servir com as tradicionais batatas fritas, que tal servi-los dentro de um pão com cereais, tomate, alface e queijo magro? Acredite que eles vão gostar à mesma. E se ainda quiserem batatas fritas para acompanhar, então experimente substitui-las por batatas assadas no forno. São muito mais saudáveis e não dão trabalho praticamente nenhum a cozinhar.

 

Tortilhas: são outro prato que podem ser muito nutritivos - com ingredientes caseiros -, e as crianças costumam gostar muito.

 

Legumes: as crianças não costumam gostar de legumes e normalmente colocam-nos na borda do prato. Mas é possível faze-los comer alguns. Por exemplo, acrescentando queijo no topo dos brócolos cozidos e levando-os ao micro-ondas durante um minuto. Ficam deliciosos e, mais importante, irresistíveis para as crianças. Há outro prato saboroso com legumes que também é fácil de cozinhar: couve-flor com bacon. Tem dúvidas? Então aqui fica o linka para a receita . Verá como a criançada vai adorar.

 

Por outro lado, há ainda uma regra de ouro para que as crianças não torçam o nariz cada vez que lhe puser legumes ou vegetais à frente: a decoração do prato. Muitos especialistas afirmam, que se a apresentação do prato for divertida, pode ser a chave para um apetite mais aberto a verduras.

Sugestões para tornar um prato mais divertido

 


Retirado de  A Vida de Saltos Alto




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Sexta-feira, 21.10.11

Como conversar sobre sexo com meu filho?

 

Os pais, assim como muitos professores, devem estar preparados para responder tranqüilamente a questões de sexualidade

 

Se uma criança pergunta como ela nasceu aos seus pais, eles podem responder: ‘‘Você saiu da barriga da mamãe, lá no hospital’’. Se esta resposta for suficiente para a curiosidade da criança, ela vai parar por aí. Se não for, certamente virá outra pergunta, e mais outra, até que ela obtenha uma resposta que a satisfaça e tire todas as suas dúvidas. 

Os pais, assim como muitos professores, devem estar preparados para responder tranqüilamente a essas questões. Entretanto, se ficarem absolutamente sem ação, é melhor dizer à criança que não sabem a resposta, que vão pesquisar e depois dizer a ela, do que inventar uma resposta equivocada. Se a criança não ficar satisfeita com a resposta, certamente irá buscá-la em outra fonte. Porém, o que não deve acontecer é querer dar uma aula de reprodução e anatomia quando a pergunta é mais simples. 

É importante tentar perceber quando a criança está demonstrando uma curiosidade de acordo com sua idade ou vontade de conhecer a sua própria sexualidade. Essa descoberta faz parte do desenvolvimento saudável da criança desde que sem exageros. E não só no assunto sexualidade, mas em todos os outros momentos em que somos questionados, é sempre importante dar respostas verdadeiras e diretas. 

Hoje estamos presenciando uma participação muito pequena da família em relação à formação dos seus filhos, passando toda ou parte dessa responsabilidade para a escola. Embora saibamos que a família e a escola são primordiais na formação do indivíduo, os valores familiares são essenciais na formação da criança e esses valores são passados em atitudes mais do que em discursos. 

Na formação da sexualidade não é diferente, pois a ligação afetiva da criança com seus pais começa no nascimento e evolui através da demonstração dessa afetividade com abraços, palavras doces, carinho na hora do banho, entre inúmeros outros momentos de relacionamento familiar. 

Mitos e Verdades 

- Quando a criança começa a perguntar sobre sexualidade, os pais devem responder francamente. 

- Caso seja constrangedor, diga que não sabe e que vai pesquisar, mas nunca deixe uma pergunta sem resposta. 

 

Via Bonde



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Sexta-feira, 14.10.11

 

Mães solteiras

As mulheres que tomam esta decisão têm em média 38 anos quando começam a pensar na hipótese de engravidar por Procriação Medicamente Assistida (PMA) e entram no processo dois anos depois. As razões que as levam a tomar esta opção prendem-se com a consciência de o tempo que corre contra elas, fazendo com que a sua fertilidade seja cada vez mais limitada. Este retrato de uma nova realidade social é feito por um estudo realizado na Universidade de Cambridge, Reino Unido. Outro dado avançado tem a ver com o facto de muitas das mães que tomam tal decisão sentirem dúvidas sobre se esta será justa para a criança que vai nascer ou se será um acto de egoísmo. A realidade no Reino Unido é, de resto, semelhante à que se verifica noutros países. Em Espanha, onde as mulheres solteiras podem recorrer a PMA sozinhas desde 1988, a tendência parece ter chegado para ficar. As clínicas de PMA têm registado, de ano para ano, um aumento significativo do número de mulheres que procuram os seus serviços para engravidarem sem parceiro.

 

Em Portugal...

 

Ao contrário do que acontece em Espanha, a inseminação artificial com dador anónimo não é permitida a mulheres solteiras ou que não tenham um companheiro com quem vivam em união de facto. Mas Espanha é já aqui ao lado e as clínicas do país vizinho têm clientes portuguesas que não conseguem concretizar no nosso país o sonho da maternidade.


Por cá, não há estudos sobre mães sozinhas por opção, mas sabe-se que as famílias monoparentais são maioritariamente constituídas por mãe e filhos, que existe uma tendência crescente para haver famílias monoparentais em que o pai ou a mãe são pessoas solteiras e que o grau de escolaridade tem vindo a subir ao longo dos anos. A taxa de emprego nas famílias monoparentais é também bastante elevada. A tendência é que as famílias monoparentais estão a deixar de ser associadas maioritariamente a situações sociais e económicas desfavorecidas. São indicadores que parecem mostrar novas realidades em que não se encaixa a antiga ideia de «mãe solteira». E que permitem pensar que, de facto, também em Portugal, a maternidade independente, por opção, pode estar a tornar-se cada vez mais frequente. 

Associação americana de mães solteiras por opção tem 30 anos


A socióloga americana Rosanna Hertz estudou o fenómeno e escreveu o livro Single by Chance, Mothers by Choice (Solteiras por Acaso, Mães por Opção). Da sua pesquisa, concluiu que estas mulheres foram empurradas para esta opção por sentirem que era a última hipótese de realizarem o sonho da maternidade e não por estarem convictas de que este é o modelo ideal. Não foi portanto uma primeira opção, mas foi a opção possível. Muitas continuam a acreditar que hão-de encontrar um homem que pode vir a fazer parte da família. Simplesmente acabam por decidir ser mães antes de o encontrarem, pois se continuarem à espera provavelmente nunca serão mães biológicas. Mas a verdade é que a maioria acaba por continuar sem companheiro, porque a maternidade absorve-lhes a disponibilidade para encontrarem e conhecerem novas pessoas. 


Nos EUA existe uma associação - Single Mothers by Choice - que desde 1981 reúne e dá apoio a mulheres que tomam esta decisão ou estão a pensar tomá-la. A associação cresceu nos EUA, mas também já está presente no Canadá e em alguns países da Europa. Mais de 13 mil mães solteiras por opção já se tornaram sócias. Entre 14 e 16 de Outubro a associação celebrará os 30 anos de existência com uma novidade: as crianças filhas das primeiras associadas, agora adultas, falarão sobre a experiência de crescer numa família sem pai por opção da mãe. Estima-se que nos EUA, cerca de 20 por cento dos nascimentos sejam de mães solteiras por opção. Além destas, há ainda cerca de 13 mil crianças adoptadas todos os anos por mães solteiras, através dos serviços de adopção estatais e muitas mais adoptadas por outras vias e não contabilizadas.

 

Via TVI24



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Sexta-feira, 07.10.11

 

Estudo: Pais do mesmo sexo associados a crianças felizes

 

Os pais homossexuais que educam crianças não provocam, por essa condição, infelicidade nos seus filhos. Um estudo realizado na Universidade da Virgínia (EUA) indica que as crianças são felizes de igual modo e nos casos em que têm pais do mesmo sexo parece existir maior harmonia.

 


A parentalidade homossexual foi alvo de uma pesquisa nos Estados Unidos, que tentou avaliar a felicidade das crianças, consoante a composição do seu agregado familiar: casal heterossexual, dois pais e duas mães.

A grande conclusão deste estudo, segundo a investigadora Charlotte Patterson, é que, independentemente daquele agregado, “todas as crianças estão igualmente bem”, o que indica que não há qualquer relação entre a sua felicidade e a sexualidade dos pais.

Aquela docente da Universidade da Virgínia refere, em declarações à agência Lusa, que “esta é a principal conclusão que deve ser retirada deste estudo”, que analisou 104 famílias, com casais formados por homem e mulher, dois homens ou duas mulheres.

Há aparentes vantagens na educação da criança por parte de um casal homossexual: “Os casais formados por pessoas do mesmo sexo parecem partilhar a educação dos filhos de forma mais igualitária, em comparação com os heterossexuais”.

O facto de se eliminar o conceito de que a mãe está mais próxima do filho do que o pai, mais envolvido nas tarefas profissionais, fica normalmente colocado de lado nestas famílias, porque não existe essa separação. “Ambos provavelmente trabalham e envolvem-se de forma equilibrada”, sustenta Charlotte Patterson.

Nos casais heterossexuais existe uma repartição de tarefas na educação dos filhos, conclui este estudo, que surge em vésperas da primeira conferência internacional sobre parentalidade lésbica, gay, bissexual ou transgénero, que decorre em Lisboa, com a presença de Patterson.

Esta professora – vista como uma referência mundial na psicologia da orientação sexual – indica que a homossexualidade “não parece ter qualquer interferência” na felicidade e qualidade da educação dos menores.

“As crianças com pais são felizes parecem estar bem. Os casais infelizes nas suas relações transportam para as crianças esse sentimento. O facto de os pais se darem bem e o grau de satisfação com o relacionamento são, isso sim, questões com efeitos nas crianças”, sublinha a investigadora.

Segundo Charlotte Patterson, a pesquisa carece de ser aprofundada, em virtude da idade das crianças analisadas. O estudo envolveu filhos com idades compreendidas entre os 3 e os 4 anos, cujos comportamentos e dinâmica de família ficaram gravados em vídeo.

Portugal vai discutir esta questão, num quadro de ausência de legislação para a adoção por parte de casais homossexuais. A ILGA é a entidade organizadora desta conferência que decorre na capital.

 

Via PT Jornal



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Quinta-feira, 22.09.11
O filho exigia refeições feitas
O filho exigia refeições feitas (João Gaspar/arquivo)
O dia em que os filhos saem de casa é quase sempre difícil para os pais, mas para os progenitores de um italiano de 41 anos esse seria um dos dias mais felizes das suas vidas. Um casal de Veneza quer expulsar o filho de casa e recorreu ao apoio de advogados. A mãe queixa-se de stress com as exigências diárias do filho.

Roupa lavada e refeições caseiras. Estes são alguns dos privilégios que o filho do casal veneziano acha que devem continuar a ser respeitados enquanto morador na casa dos pais. Mas estas exigências estão a levar ao desespero da mãe que devido ao stress já foi hospitalizada. 

“Não podemos aguentar mais”, afirmou o pai, citado pelos media italianos. “A minha mulher sofre com o stress e teve que ser hospitalizada. Ele [o filho] tem um bom emprego mas ainda vive em casa. Exige que a sua roupa seja lavada e passada a ferro e que as suas refeições estejam feitas. Ele não tem qualquer intenção de sair”, continuou o queixoso.

O casal recorreu à ajuda do departamento jurídico da associação de consumidores Adico. Citado pela BBC, Andrea Camp, advogado da Adico, avançou que já foi enviada uma carta ao filho do casal a alertá-lo que terá que abandonar a habitação no prazo de seis dias ou irá enfrentar uma acção judicial. Caso se recuse sair, o advogado irá recorrer a um tribunal de Veneza para que o indivíduo seja sancionado.

Este é o segundo caso do género reportado à Adico num mês. Segundo a associação, o filho de um outro casal acabou por sair da casa dos pais, que assim que este saiu trocaram as fechaduras da porta de entrada.

Via Público



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Domingo, 18.09.11
A ligação entre pai e filho faz diminuir os níveis de testosterona

 

A ligação entre pai e filho faz diminuir os níveis de testosterona

Diz-se que as mulheres nascem o dom da maternidade, mas afinal não são só elas que mudam com a chegada de um filho. Os homens também, isto do ponto de vista biológico. Segundo um estudo da Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, os níveis de testosterona descem cerca de 34% nos homens que se tornam pais. Resultado? Os homens transformam-se em indivíduos mais carinhosos, zelosos e centrados na educação dos filhos.

O estudo teve como amostra um grupo de 620 homens solteiros, tendo sido repetido cinco anos mais tarde já casados e com filhos. A principal conclusão foi que os pais que passavam mais tempo com os filhos registavam uma maior descida da hormona masculina, que se refletia num relacionamento mais afetuoso com os filhos.

Nesta altura deve estar a pensar - menos testosterona, logo menor masculinidade? Errado. Os investigadores do estudo garantem que o menor nível da hormona masculina responsável por caraterísticas como o machismo e a agressividade não coloca em causa a virilidade dos homens.

No fundo trata-se de uma ajudinha biológica para ajudar na árdua tarefa da paternidade. E as mulheres só agradecem! 

Será por isso que elas adoram homens que gostam de crianças? Afinal todas as mulheres querem um 2 em 1: um bom pai e amante. E isto pode ser um bom prognóstico!



Via A Vida de Saltos Altos



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Sexta-feira, 26.08.11

Quem é a mãe que não se sente culpada por ir trabalhar? Poucas, digo eu... No entanto, não há razões para isso. É altura de deixar cair essa culpa dos ombros. Um novo estudo da Universidade de Colúmbia, nos EUA, garante que as mães que trabalham fora de casa não prejudicam o desenvolvimento dos filhos, longe disso.

Segundo a investigação, o trabalho das mães nos primeiros anos de vida não afeta o desenvolvimento emocional ou intelectual das crianças.
Em média, o tempo de dedicação às crianças pelas mães que estão em casa são apenas mais 11 minutos diários. Só isso. Ora o segredo para quem trabalha é compensar a ausência pela qualidade do tempo com os filhos. 

Há que garantir um acompanhamento pleno com a ama, na creche ou com os avós e quando se chega a casa há que multiplicar o tempo "perdido". É fundamental a mãe envolver-se nas rotinas da alimentação, banho e brincadeiras. Quando as crianças já são mais crescidas é preciso também monitorar as trabalhos de casa, as leituras, os filmes ou as músicas infantis. É um percurso de aprendizagem e brincadeira a dois - onde ambos só têm a ganhar. 

Mulher realizada, mãe feliz


De acordo com o estudo há até mesmo vantagens em trabalhar fora de casa. As crianças encontram uma mãe realizada profissionalmente, logo mais feliz e por vezes até menos stressada.

No entanto, tão ou mais importante é o pai dividir as tarefas com a mãe e envolver-se nas rotinas diárias da criança. Por exemplo, quando as mães amamentam é importante o pai assumir tarefas como mudar a fralda ou dar banho ao bebé - para reforçar a ligação entre pai e filho. E mais tarde, são os jogos de futebol, a praia, ou o ballet. Além disso, não há supermulheres, óbvio...as funções devem ser partilhadas!

Mas infelizmente ainda há machismo na sociedade e na cultura empresarial portuguesa - e por vezes, quando "jóias raras" fazem questão de gozar a licença de paternidade ainda têm que ouvir bocas do género: "Vais tirar licença, porquê? Já sabes amamentar?". No mínimo é um comentário despropositado,  machista e infeliz - sobretudo quando se tratam de colegas mulheres a dizê-lo. (Isso mesmo, leu bem - este caso aconteceu há bem pouco tempo com um amigo meu.)

Mudar mentalidades e empresas


Por outro lado, há outro problema longe de ter a "morte anunciada" - as empresas não querem mulheres com filhos, como revelou outro estudo recente, que indicava que só 28% das empresas nacionais queriam contratar "mães".

Já era altura de mudar as mentalidades, mas como não acredito na evolução natural, talvez seja necessário estabelecer quotas para promover a contratação de mulheres. Será que ainda ninguém percebeu que a melhor política de natalidade é a criação de emprego e a não discriminação das mulheres?

 

Via Expresso



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Segunda-feira, 27.06.11
Caminos
Há crianças que manifestam um enorme medo, angústia e ansiedade em frequentar a escola. Com certeza que todos os pais já se depararam com esta situação. Se por um lado a maioria das crianças tem apenas preguiça em frequentar o estabelecimento de ensino, por outro há quem não queira ir por razões mais plausíveis, às quais os pais devem estar mais atentos

 

Existem duas razões que podem estar na origem destes sentimentos: o atraso dos pais para a ir buscá-la, levando-a a pensar que estes não querem saber dela, e o facto de serem vítimas de bullying por parte dos colegas, sentindo-se tristes e solitárias.

Conselhos aos pais:

1- Não ignore o medo 
O seu filho precisa de compreensão e tolerância. Não subestime os medos e as angústias da criança.

2- Converse com o seu filho
É essencial que converse com o seu filho sobre o que se está a passar. Só assim ficará a saber a razão pela qual ele não quer ir à escola. O mais certo é não lhe revelar de imediato os seus problemas, por isso, insista.

3- Oiça-o com atenção
Evite menosprezar o assunto e oiça o seu filho com atenção, demonstrando interesse. Garanta-lhe que tudo se vai resolver sem que ele tenha de faltar às aulas.

4- Evite fazer-lhe a vontade
É natural que a criança insista em permanecer em casa. Evite fazer-lhe a vontade, caso contrário, a situação vai-se arrastar, tornando a readaptação à escola mais difícil.

5- Crie boas expectativas em relação à escola
Os pais deverão criar expectativas positivas face à escola, explicando que esta é um local seguro e agradável, onde a criança pode aprender e criar amizades.

6- Espere que o seu filho entre dentro do estabelecimento de ensino
Assim que deixa a criança na escola, espere que esta entre acompanhada pela auxiliar de educação. No fim do dia, vá buscá-la à hora combinada e evite atrasar-se. No entanto, sempre que precisar chegar mais tarde, avise o seu filho com devida antecedência.

7- Ajude-o a ultrapassar as dificuldades
Por vezes, quando a criança tem dificuldades na aprendizagem sente-se envergonhada perante os restantes colegas. Demonstre que todos têm dificuldades em algumas áreas e que os colegas não são excepção.

8- Inscreva-o em outras actividades
As actividades extra-curriculares ajudam no desenvolvimento físico e psicológico da criança. Deixe-o escolher uma actividade e inscreva-o. 

9- Fale com os professores
A interacção entre a família e os agentes educativos é crucial. Os pais deverão falar com os professores sobre o que se está a passar. Todos os pedagogos devem estar atentos e ajudar a criança na resolução do problema.

 

Via Isabe



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Sexta-feira, 17.06.11

Sexualidade feminina em dúvida

 

O que pode uma mulher, no século XXI? Este é o tema comentado por Cláudia Riolfi, psicanalista e professora da Faculdade de Educação da USP. Segundo Riolfi, muitas mulheres estão no meio do caminho, perdidas.

 

Conseguiram realizar o feminino muito além do lar e ainda escorregam para soluções gastas dentro dele. Confundem a mulher com a mãe e viram enfermeiras de seus homens e de seus filhos. A conta costuma ser alta, para eles e para ela.

 

“Que pena! Existem outras maneiras de uma mulher viver sua sexualidade. Aquelas que insistem em encontrá-las injetam feminilidade nas veias do mundo. Graças a elas, assistimos ao nascimento de uma nova ética”. A psicanalista dá mais detalhes.

 

Por que as mulheres ainda confundem tanto o seu papel? Extrema exigência consigo mesma, mania de perfeição em tudo que fazem?


Com a globalização, não temos mais modelos de ser homem e de ser mulher. Vimos nascer uma cultura na qual as mulheres não precisam mais se ater às tarefas do lar e se satisfazer na maternidade e na enfermagem. As opções que se abrem a sua frente são múltiplas. Se, por um lado, isso é muito bom, por outro, gera indecisão. O que escolher? Privada do refúgio de uma identidade segura, uma mulher nunca sabe se está seguindo o caminho certo. Na tentativa de se garantir, corre ao guru da vez: as revistas femininas, os livros de auto-ajuda, as amigas. Procura por um conselho certeiro, um guia do bem fazer. Como nada disso funciona inteiramente, o risco é que recorra aos velhos modelos de ser mulher. Quer dar conta do presente sem abrir mão do passado. É muito para uma pessoa só. Trata-se de uma impossibilidade.

 

Quais as conseqüências?


As conseqüências são múltiplas. Isso atrapalha a todo mundo. Em primeiro lugar, ela está sempre insatisfeita consigo mesma, julga-se muito mal. Ela se sente sempre em falta para com aqueles a quem ama. Não importam os elogios, ela nunca se acha uma boa mãe, pensa que nunca fez o bastante. É um equívoco. Isso nasce da dificuldade de se deparar com os próprios desejos. Para se proteger de um desejo que julgam ser excessivo, escondem-se atrás de seus filhos. O tempo que dedicam ao trabalho lhes persegue. Julgam-se impedidas de sair, de passear, de dançar... Ora, quem não faz o que gosta torna-se amargo, ressente-se. As queixas se multiplicam e o ressentimento só cresce. A mulher de hoje está afogada em um copo de raiva. 

Que tabus ainda persistem quando se fala em sexualidade feminina?


Por parte das mulheres, ainda persiste o equívoco de que um homem está em melhores condições. Elas se iludem ao pensar que ser mulher é difícil enquanto ser homem é fácil. Não conseguem perceber que os homens estão tão ou mais perdidos do que elas. Assim, o encontro amoroso torna-se mais difícil ainda. É complicado se abrir ao prazer sexual quando a pessoa se sente explorada de algum modo. Aí está o germe da dificuldade que muitas mulheres encontram para obter prazer sexual.

 

De uma maneira geral, as mulheres ainda têm chances de ser feliz sexualmente falando, sem deixar de lado suas outras funções?


Gostaria de inverter esta pergunta. Proponho pensarmos que é justamente na medida em que ela consegue ser feliz sexualmente que conseguirá transferir o prazer que pode experimentar em seu corpo para suas outras funções. Uma mulher que está em paz com sua sexualidade é acolhedora, tem jogo de cintura, consegue inserir o feminino no mundo dos homens. Estávamos todos acostumados a viver em um mundo homossexual: os homens davam as regras e as mulheres ficavam fora da cultura. As primeiras feministas continuaram nesta lógica, reivindicando o direito de se tornarem iguais aos homens.

 

Via Vila Dois



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Quarta-feira, 11.05.11

 

A vida de saltos altos - A importância de saber dizer não (com vídeo)

 

Ouvir um não pode deixar-nos frustradas, mas ter de dizê-lo a alguém pode fazer-nos sentir exactamente da mesma forma, e afinal, como agir perante o não que se ouve e aquele que se diz?

Nem sempre é fácil exprimir uma opinião sincera, mas sem dúvida que saber dizer um não é vital para manter relações equilibradas, sejam elas a nível pessoal, profissional e emocional.

 

Apesar de sabermos que o não é tão essencial como o sim, tanto para quem o ouve, como para que o diz, nem todos estão preparadas para ouvi-lo, pelo menos de forma directa. O segredo está em fazer-se entender, por a mais b, qual a razão que nos leva a fazê-lo, mostrando que esta é a atitude correcta e não um capricho, como muitas vezes é encarado pelos demais.

Se nos habituamos a evitar dizer não, corremos o risco de perder os limites e a deixar que entrem "pé ante pé" no nosso território e na nossa vida privada, o que poderá a médio, longo prazo transformar-se em angústia, frustração e mesmo raiva, o que, enquanto situação limite será muito menos adequado, do que um não proferido na altura e entoação certas.

Para negar é preciso conhecer, ouvir, compreender e aceitar também respostas negativas. Conhecer o "outro lado" é essencial para fundamentar as decisões, reagir de forma madura e utilizar esta experiência como aprendizagem futura.

O não aplica-se à sua relação com namorado/companheiro/marido, amigos, assim como com os seus filhos e claro, com as entidades patronais, que muitas vezes não se escusam de fazer exigências. Quando chegar a sua altura de dizer não, pense e avalie a situação, e se está perante uma situação limite, não se escuse, de preferência de forma "politicamente" correcta a negar o pedido.

Jamais altere o seu comportamento, tom de voz e postura, e apresente sempre uma conduta sincera, uma opinião madura e sobretudo de honestidade com os seus valores, princípios e natureza do pedido. Não se sinta culpada, um não dito e ouvido na altura certa e com justiça terá resultados positivos no futuro.

 



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Terça-feira, 26.04.11

Mulher alemã deu à luz uma bebé com apenas 21 semanas e cincos dias de gestação, igualando o recorde de nascimento mais prematuro do mundo.

 

Uma mulher alemã deu à luz uma bebé com apenas 21 semanas e cincos dias de gestação, igualando o recorde de nascimento mais prematuro do mundo, anunciou hoje a clínica de Fulda, na Alemanha.

 

Quando nasceu, a 7 de novembro, Frieda pesava apenas 460 gramas. Cinco meses e meio depois, a bebé já pesa 3,5 quilos e teve alta clínica na passada quarta-feira, adiantou a instituição de saúde em comunicado.

 

"Na literatura especializada existem registos de prematuros mais leves à nascença, alguns até com peso inferior a 300 gramas, mas não há nenhuma referência de um prematuro mais jovem que Frieda", acrescenta.

Bebé com o mesmo peso em Otava

Há apenas o registo do caso de um bebé que nasceu com 21 semanas e cinco dias de gestação em Otava, no Canadá, em 1987, exatamente como Frieda.

 

Na 15.ª semana de gravidez, a mãe da bebé foi a uma consulta de rotina e já apresentava contrações, tendo o médico observado que o parto estava iminente. Os médicos conseguiram ainda atrasar dez dias o nascimento da bebé.

 

Uma criança é considerada prematura quando nasce antes do final do oitavo mês de gravidez. Já um bebé que nasce antes das 24 semanas é considerado uma situação de prematuridade extrema.

 

Antes da 22.ª semana de gravidez, os médicos neonatologistas consideram que não há nenhuma hipótese de sobrevivência por causa do subdesenvolvimento dos pulmões, coração e cérebro.

 

Já nos bebés muito prematuros (menos de 32 semanas), existe um risco significativo de sequelas psicomotoras e atraso da linguagem. 


Mas um médico que acompanhou o caso de Frieda disse à Agência France Presse (AFP) que, por agora, "não existe nenhum risco (de sequelas) e (a menina) deverá crescer como qualquer criança".

 

O jornal "Bild" avança na edição de hoje que a bebé tinha um irmão gémeo que morreu poucos dias após o nascimento.

 

Via Expresso



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Terça-feira, 19.04.11

 

Mamã, o que quer dizer fornicar?

 

 

 

E quando os filhos pequenos nos fazem "aquelas" perguntas à frente de terceiros? O que fazer?

 

"Mamã, o que quer dizer fornicar?" Esta pergunta foi feita pelo Tomás, de 7 anos, filho de uma amiga minha, em pleno metropolitano de Lisboa com uma plateia de passageiros a assistir. A criança lera na parede da estação a frase "Sérgio gosta de fornicar com todas" e, inocentemente, avançou com a pergunta imediata à mãe. É mais do que natural.

 

A resposta da minha amiga, que baixinho disse ao filho que lhe explicaria mais tarde, não foi certamente a mais indicada, até porque o objetivo era apenas ter sucesso em livrar-se dos olhos curiosos e gozadores dos passageiros espectadores.

 

Também ela não agiu por mal. É que se muitas vezes nós nem sabemos bem o que responder a perguntas tão básicas das crianças - como por exemplo "como nascem os meninos?" -, imagine-se quando são questões mais constrangedoras como a que o Tomás colocou à mãe, ainda por cima em público.

 

Há pais que diriam certamente que "fornicar" é uma obscenidade, ou uma palavra feia, alertando a criança para não a pronunciar. No entanto, "fornicar" não é um palavrão, é um verbo e que está no nosso dicionário, apesar de não o usarmos em situações normais, uma vez que tem uma certa carga negativa na linguagem corrente. Neste caso, por ser em público, a resposta da mãe atingiu o objetivo: ultrapassar a situação o mais discretamente possível.

 

No entanto, este pequeno episódio faz-nos refletir nas perguntas sobre a sexualidade que os nossos filhos pequenos nos podem fazer com frequência, independentemente do espaço ou do tempo. E isso, reforço, é perfeitamente natural, já que a criança tem uma enorme e saudável curiosidade em querer saber e aprender tudo sobre o mundo que a rodeia.

 

O grande dilema aqui é saber exatamente o que responder, ou qual seria a resposta mais apropriada à idade.

 

Devemos limitar as nossas crianças à história - mal contada - da cegonha?

Fui procurar saber o que psicólogos infantis pensam acerca deste assunto.

 

O que diz a especialista Jacqueline Harding aos pais

 

Jacqueline Harding é especialista no desenvolvimento infantil e conselheira educacional da BBC, abordando este tema também em vários jornais e revistas. Antes de indicar as respostas mais adequadas para dar aos nossos filhos, Jacqueline começa por dar alguns conselhos úteis que todos os pais deveriam ter em conta. Saiba quais.


1 - Falar com os filhos sobre sexo é algo que todos os pais deviam fazer. Quanto mais cedo tiverem essa conversa com eles, mais cedo eles ficam esclarecidos. Não devem esperar para que os filhos comecem a ter uma relação.

2 - Deve-se chamar os órgãos genitais pelo nome, de forma a que sempre que eles ouçam a palavra pénis ou vagina não fiquem embaraçados ou envergonhados.

3 - Não tente arranjar propositadamente uma ocasião para falar sobre sexo. Fale abertamente nas situações que tiver que falar, seja a ver um filme ou a ouvir um comentário impróprio, etc...

4 - Não espere para que seja o seu filho a puxar o assunto, até porque, normalmente, as crianças entre os 9-14 anos têm vergonha de abordar os pais sobre isso.

5 - Utilize a linguagem habitual para falar sobre estes assuntos. Se costuma usar diminutivos, continue a usá-los, mas não se esqueça que eles devem saber o verdadeiro nome das coisas.

Após esta abordagem, Jacqueline Harding aconselha-nos então as respostas possíveis e apropriadas às diversas perguntas dos seus filhos consoante as idades:

Respostas assertivas e apropriadas a perguntas feitas por crianças com idades compreendidas entre os 5 aos 9 anos:

P: Como se fazem os bebés?

R: Um bebé é feito a partir da semente do papá e que se mistura com um ovo especial que está na barriga da mamã. Misturam-se para fazer um pequeno bebé, que vai crescendo até estar pronto para nascer. É assim que tu és feito.

P: O que é sexo, ou fazer sexo?

R:Sexo é um tipo especial de amor, carinho e beijinhos que o papá e a mamã, e os outros casais, dão um ao outro para mostrar que se amam. Às vezes o sexo pode fazer um bebé.

P: Como é que o bebé sai da barriga da mamã?

R:Quando o bebé for grande o suficiente para nascer, o bebé quer sair através de uma abertura entre as pernas da mamã e que se chama vagina. Um médico ajuda o bebé a sair da vagina ou da barriga da mamã.

 

Respostas assertivas e apropriadas a perguntas feitas por crianças com idades compreendidas entre os 7 aos 9 anos:

P: De onde é que vêm a semente e o ovo?

R: As sementes do papá são feitas dentro dos testículos do papá, que estão por detrás do pénis, a que normalmente chamamos pilinha. Essas sementes saem com um líquido chamado esperma. Há milhões deles. Há dias em que os ovos que estão na barriga da mamã estão prontos para quando a mamã quiser ter um bebé.

P: Como é que eu fui feito?

R:Tu foste feito com as sementes que vieram do pénis (ou pilinha) do papá, que entraram para a mamã e se juntaram ao ovo que está na barriga da mamã. E essa junção fez um bebé. Tu.

 

Falar de sexo com adolescentes:

É muito importante falar com os seus filhos sobre sexo na idade da adolescência. Deverá explicar os riscos que correm se não usarem contracetivos.

Ao falar com eles sobre sexo, eles irão confiar mais em si e procura-la em situações de dúvidas. No entanto, se antes disso já tiver falado com eles nas idades mencionadas anteriormente, tudo será mais fácil.

 

Via A vida de Saltos Altos

 



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Domingo, 10.04.11
Educação sexual embaraça pais e professores

 

 

A escolha da linguagem mais adequada à educação sexual dos jovens é uma «angústia permanente» que embaraça pais e professores, foi hoje realçado em Coimbra num seminário sobre a matéria.

«A questão da linguagem a adoptar, por exemplo o nome dos órgãos genitais, é uma angústia permanente dos pais», disse Sónia Araújo, uma técnica da Associação para o Planeamento da Família (APF) que participou nos trabalhos.

Também o director executivo da APF, Duarte Vilar, defendeu que «a questão da linguagem é um problema fundamental, não só para os pais, mas também para os professores».

«A educação sexual lá em casa» foi o tema do seminário, uma iniciativa conjunta da APF e da Confederação Nacional de Associações de Pais (CONFAP), que decorreu no auditório do Conservatório de Música de Coimbra.

O sociólogo Duarte Vilar corroborou a opinião de Sónia Araújo para dizer que importa saber «como falar» com os jovens de educação sexual, em casa e na escola, abordando com clareza temas como relações sexuais, homossexualidade, menstruação ou doenças sexualmente transmissíveis, entre outros.

«Qual o quadro de valores pelo qual se rege a educação sexual nas escolas?», afirmou, ao salientar a importância da informação e preconizando que «não é preciso um momento especial para falar disto».

Duarte Vilar sublinhou que, dois anos após a entrada em vigor da lei da educação sexual nas escolas, persistem ainda na sociedade portuguesa diversas «dúvidas e inseguranças nesta matéria».

«Como falar, o que dizer, quando e como?» são algumas das interrogações mais frequentes, designadamente entre pais e docentes, disse.

Segundo um estudo da APF, realizado em 2009 e discutido na sessão, «hoje em dia, os pais estão mais envolvidos na educação sexual dos filhos».

«O estudo revela que pais e mães estão, de facto, envolvidos na educação sexual dos filhos e sempre com grande grau de informalidade», adiantou o mesmo responsável.

Intitulado Ditos e não ditos - Educação sexual e parentalidade , o estudo foi apresentado pela psicóloga Vanda Beja.

O presidente da CONFAP, Albino Almeida, falou dos Mitos, tabus e constrangimentos neste domínio.

«Os constrangimentos são aqueles que decorrem do acertar daquilo que os filhos querem saber», declarou Albino Almeida.

Um dos actuais desafios consiste em «perceber, à luz do conhecimento científico, como podemos melhorar a nossa atitude», referiu, preconizando uma maior aposta na formação dos pais nesta área.

 

Via Sol



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Sábado, 09.04.11
Gestação: Diagnostico e as queixas mais frequentes

A maioria das queixas apresentadas a seguir diminui ou desaparece sem o uso de medicamentos.

 

Os medicamentos devem ser evitados ao máximo.

Caso essas queixas não desapareçam ou sejam persistentes podem ser manifestações de doenças mais complexas.

Náuseas e vômitos

São comuns no início da gestação. Quando ocorrem no final da gestação podem estar associados a doenças importantes, devendo ser sempre comunicado ao seu médico.

As orientações para a gestante são as seguintes: fraccionar a dieta (comer mais vezes e menos a cada vez), evitar frituras, gorduras e alimentos com cheiro forte ou desagradável; evitar líquidos durante as refeições e ingerí-los de preferência nos intervalos.

Quando os sintomas forem muito freqüentes seu médico irá avaliar a necessidade do uso de medicações.

Pirose – azia – queimação

É comum a partir do segundo trimestre da gestação. Geralmente melhora com dieta fraccionada, diminuindo as frituras, café, chá, pimenta,vinagre,frutas acidas (laranjas), álcool e fumo.

Medidas gerais como não deitar após as refeições e elevar a cabeceira do leito também são benéficas.

A critério médico, a gestante poderá fazer uso de medicamentos.

Sialorréia - excesso de saliva

Muito comum no início da gestação, orienta-se deglutir a saliva e seguir mesmo tratamento indicado para náuseas e vômitos.

Fraquezas e desmaios

Podem acontecer após mudanças bruscas de posição e também quando a gestante ficar sem se alimentar.

Gestantes não devem fazer jejum prolongado.

Geralmente deitar de lado (esquerdo preferencialmente) respirando calma e profundamente melhora a sensação de fraqueza e desmaio.

Hemorróidas

São comuns principalmente nos últimos três meses de gestação, após o parto e também em gestantes que já apresentavam o problema antes da gravidez.

As gestantes devem procurar manter o hábito intestinal regular (manter o intestino funcionando bem). Sempre que as fezes estiverem endurecidas, causando dificuldade para evacuar, as hemorróidas podem sangrar ou doer.

Dietas ricas em fibras e a ingestão de líquidos auxiliam o funcionamento dos intestinos.

Corrimento vaginal

O aumento do fluxo vaginal (leucorréia, corrimento) é comum em gestantes. O fluxo vaginal normal não causa coceira, mau cheiro, ardência ou dor nas relações.

Consulte seu médico se apresentar os sintomas acima.

Quando ocorre ruptura da bolsa das águas (um dos sinais de parto) a paciente pode referir aumento do corrimento vaginal. É sempre necessário avisar seu médico quando houver suspeita de ruptura da bolsa com saída de líquido amniótico.

Queixas urinárias

O aumento do número de micções é comum na gestação, principalmente no início e no final da gestação por aumento uterino e compressão da bexiga. Como a infecção urinária é mais comum em gestantes, sempre que houver ardência para urinar, dor, sangue na urina ou febre seu médico deve ser comunicado.

Falta de ar – dispnéia – dificuldade para respirar

O aumento do útero e o aumento da freqüência respiratória da gestante podem ocasionar esses sintomas. Geralmente o repouso, deitada de lado, alivia a sensação de falta de ar. Se houverem outros sintomas associados (tosse, febre, inchaço) pode haver doença cardíaca ou respiratória associada.

Dor nos seios

Os seios aumentam de volume durante a gestação o que freqüentemente causa dor.

A gestante deverá usar um sutiã com boa sustentação. O exame nos seios geralmente descarta problemas mamários mais graves.

Dor nas costas – dor lombar – dor articular

Durante a gestação as articulações ficam com maior mobilidade e isto freqüentemente ocasiona dores nas costas e em articulações como o joelho e o tornozelo.

As gestantes geralmente têm uma postura que provoca dores nas costas (aumento da lordose lombar – colocar a barriga para frente e o quadril para trás). O aumento excessivo de peso também aumenta a incidência de dores osteoarticulares.

Como prevenir:

evitar aumento excessivo de peso
fazer exercícios regularmente
manter uma postura adequada
evitar uso de saltos altos e desconfortáveis

Dor de cabeça – cefaléia

Dores de cabeça mais freqüentemente estão associadas a tensões, conflitos e temores, entretanto podem estar associadas a doenças mais sérias. Sempre deve ser afastada a presença de pressão alta. Seu médico avaliará a necessidade do uso de medicações.

Sangramento nas gengivas

Durante a gestação é mais comum o sangramento de mucosas (nasal, gengival) pois, além de uma maior vascularização nas mucosas, seus pequenos vasos sangüíneos ficam mais frágeis. A causa mais freqüente de sangramento gengival é a inflamação crônica da gengiva.

A gestante deve escovar os dentes com escova macia, massagear a gengiva e passar fio dental. Esse sintoma deve ser relatado a seu médico (ocasionalmente pode estar associado a outros problemas da coagulação do sangue) e ao dentista.

Edema na pernas – inchaço

Principalmente no final da gestação ocorre inchaço de membros inferiores. Quando não estiver associado à perda de proteínas na urina e à pressão alta geralmente reflecte o acúmulo de líquido característico da gestação.

Existem posições que dificultam o retorno venoso (volta do sangue das pernas para o coração). Gestantes com edema não devem ficar em pé (paradas) ou sentadas durante muito tempo. É recomendável exercitar as pernas (caminhar).

O edema diminui na posição deitada (preferencialmente sobre o lado esquerdo) e também com a elevação das pernas acima do nível do coração.

Outra medida importante é retirar anéis dos dedos da mão, pois ocasionalmente ocorre edema nas mãos e dificuldade de retirada desses adornos.

Cãibras

Podem ocorrer durante a gestação, geralmente após excesso de exercício.

Quando ocorre, o músculo deve ser massajando, podendo-se aplicar calor no local.

Cloasma gravídico
 – manchas no rosto – asa de borboleta no rosto

Manchas escuras na pele podem ocorrer durante a gestação. Essas costumam diminuir em até 6 meses após o parto, entretanto em algumas mulheres persistem.

São manchas semelhantes àquelas que ocorrem pelo uso de anticoncepcional oral. Gestantes que apresentam essas manchas devem evitar a exposição ao sol.

Estrias

As estrias são resultado da distensão dos tecidos. Modo eficaz de preveni-las não existe. Não engordar muito é importante para diminuir sua incidência, entretanto existe predisposição individual a apresentar estrias.

Ainda que controverso, recomenda-se massagem com substâncias oleosas nos tecidos mais propensos a estrias (abdômen, seios e coxas).

Seu médico poderá lhe indicar um creme para massajar a pele.

Sobre o mamilo não devem ser aplicados cremes. As estrias são inicialmente arroxeadas e com o tempo ficam branquicentas.

Na vida da mulher, o diagnóstico da gestação é aquele que provoca as maiores emoções: desde alegria e bem estar intensos até a tristeza profunda e sensação de desamparo. Qualquer médico que atenda mulheres em idade reprodutiva deve sempre se perguntar: Ela está grávida? O não reconhecimento da gestação freqüentemente leva a diagnósticos e tratamentos inadequados.

É importante que o médico diagnostique a gestação precocemente. Confirmado o diagnóstico a gestante deverá iniciar o pré-natal e possíveis agentes maléficos ao binômio mãe-feto serão afastados (medicações, ingestão de bebidas alcoólicas, o fumo, manipulação de alguns produtos químicos, etc.)

Sintomas e sinais de gravidez

O atraso menstrual é o achado que mais freqüentemente levanta a suspeita de gestação. A ausência da menstruação prevista é o primeiro indício de que possa haver a concepção. Entretanto, pacientes com menstruações irregulares, muitas vezes só suspeitam de gestação quando aparecem outros sintomas como náuseas e vômitos, aumento do volume e dolorimento das mamas, aumento da freqüência urinária, aumento de peso, aumento do volume abdominal e, mais tardiamente, com a sensação dos movimentos fetais.

Ao exame da mulher com atraso menstrual alguns sinais são altamente sugestivos de gestação: aumento do volume uterino e amolecimento do útero ao exame de toque.

Quando existir suspeita clínica de gestação, solicitam-se provas laboratoriais que detectam a gravidez, como a gonadotrofina coriônica humana (hCG).

Testes de gravidez

Todos os testes de gravidez utilizados visam identificar a gonadotrofina coriônica humana (hCG) produzida logo após a fecundação e implantação do óvulo ao útero. A determinação deste exame, na urina ou no sangue, é a forma mais utilizada para o diagnóstico precoce da gestação. A produção de hCG é o sinal que o embrião lança na circulação para que o organismo materno reconheça a gestação.

Os níveis de hCG na gestação normal podem ser dosados pouco tempo após a implantação, aumentam pelo menos 66% a cada 48 horas, alcançando o pico máximo entre 50 e 75 dias de gestação. No segundo e terceiro trimestre da gestação os níveis são mais baixos. A presença de gonadotrofina coriônica na circulação torna o diagnóstico de gestação muito provável, entretanto o diagnóstico de certeza necessita de algum dos três sinais positivos de gestação:

1.Presença de batimentos cardíacos fetais (BCF)
 Os batimentos cardíacos fetais podem ser identificados por um aparelho chamado sonar a partir de 10 a 12 semanas de gestação e com o estetoscópio com 17 a 19 semanas. Deve-se ter cuidado à ausculta para não confundir os BCF com a pulsação materna. Os BCF estão entre 120 e 160 batimentos por minuto e a freqüência cardíaca materna é bem inferior.
2.Identificação, pelo médico, dos movimentos fetais
 Após a 20ª semana de gestação os movimentos fetais podem ser sentidos pelo examinador que coloca a mão sobre o útero materno. Quando a gestante for obesa a percepção dos movimentos fetais é mais tardia.
3.Visualização do feto
 A identificação do feto pode ser realizada por ecografia via transvaginal ( a partir da 6ª semana de gestação) ou via abdominal (a partir da 8ª semana de gestação). Antes da existência da ecografia, a visualização fetal só podia ser realizada a partir da 16ª semana de gestação através do Rx quando ocorre a calcificação do esqueleto fetal.
 A ecografia transvaginal é muito utilizada para o diagnóstico precoce da gestação, bem como de suas anormalidades.

 

O diagnóstico de gestação não é difícil de ser confirmado, depende fundamentalmente do médico e da paciente cogitarem a possibilidade. É comum nos depararmos com pacientes que realizaram investigação do trato gastrointestinal por intolerância alimentar, náuseas e vômitos quando na realidade estes sintomas estavam relacionados a uma gestação inicial que não foi cogitada.

O diagnóstico diferencial de gestação deve ser realizado sempre que alguns sinais e sintomas clínicos estiverem presentes: quase todos os distúrbios menstruais, sintomas gastrointestinais – dores abdominais, cólicas, náuseas, vômitos, inapetência ou aumento do apetite, intolerância a alguns alimentos -, aumento da necessidade de sono, distúrbios do humor, aumento ou diminuição de peso, aumento do volume abdominal, hipersensibilidade mamária, dores abdominais e pélvicas, corrimento vaginal, aumento da freqüência urinária, noctúria, etc.

Na maioria da situações, a anamnese, realizada com interesse e atenção, e o exame clínico-ginecológico cuidadoso excluem ou confirmam o diagnóstico de gestação. Entretanto, sempre que houver dúvida diagnóstica, a dosagem do hCG e/ou a realização da ecografia transvaginal não deverá ser prescindida.

 

Via Dicas de mulher moderna



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Segunda-feira, 28.02.11

Barrigas de aluguer em Portugal

 

As leis são feitas para pessoas mas, quando a Assembleia da República discutir a maternidade de substituição, os deputados poderão não saber de quem estão falar. São homens e mulheres que escondem o desejo de ter um filho como se planeassem um crime e que aprenderam a calar-se para não se sentirem julgados. Fazem-no tão bem ou tão mal que vivem entre nós e não damos por eles.

 

Manuel liga para o número de telemóvel que lhe foi dado por um médico, que serviu de intermediário. Ele conhece o nome da jornalista a quem está a telefonar, mas ela não sabe o seu nome. Foi o combinado. No primeiro telefonema, diz que não decidiu ainda, se aceitará dar o seu testemunho. "A maior parte das pessoas não entende isto, nem sei se vale a pena explicar."

"Só quem lida com estas pessoas pode ter ideia do que isto significa. Mas pode-se sempre tentar imaginar a frustração e o sofrimento daqueles para quem esta é a única possibilidade de ter um filho", diz Vladimiro Silva, consultor da Direcção-Geral da Saúde para questões da procriação medicamente assistida e administrador de uma clínica, a Ferticentro, onde aquelas técnicas são aplicadas.

Este médico não sabe quantas pessoas poderão vir a beneficiar da alteração da lei. Aparentemente são poucas, mas a maior parte não procura as clínicas, por saber que a maternidade de substituição é ilegal. Outros fazem-no para se certificarem de que, para terem o seu filho genético, terão de se deslocar aos chamados paraísos reprodutivos.

"Basta ir à Internet: nos EUA há empresas mediadoras e gabinetes de advogados que tratam da escolha do Estado cuja lei melhor se adequa a cada situação, que fazem seguros de saúde para a mãe de substituição e que asseguram que não há problemas com a entrada da criança no país de origem dos pais biológicos. O casal não gasta menos de 100 mil euros", avalia Vladimiro Silva. Quem tem menos posses, diz, pode recorrer à Índia ou à Ucrânia, "onde o processo fica muito mais barato (cerca de 15 mil euros), mas a possibilidade de algo correr mal é muito maior".

Vladimiro Silva diz não saber indicar quem tenha passado por aquele processo. Na verdade, já é difícil arranjar quem admita ter pensado nele.

Os outros contactos com casais que desejam beneficiar da maternidade de substituição envolvem cautelas semelhantes às de Manuel. A insistência no pedido de anonimato, o discurso cuidadoso e a negação da esperança são elementos comuns. O mesmo acontece em relação aos dias de hesitações e à ressalva de que só falam porque "o momento é decisivo".Temem ser "julgados" - nunca discutiram o assunto com mais de quatro ou cinco pessoas (familiares directos ou amigos muito próximos). A maior parte daqueles com quem convivem nem sequer sabe que enfrentam problemas de fertilidade, quanto mais que são irresolúveis sem o recurso à "barriga de aluguer".

 

 

Via Público



publicado por olhar para o mundo às 00:35 | link do post | comentar

Quarta-feira, 23.02.11

 

Mãe solteira o que fazer para namorar

Encontrar uma pessoa bacana para construir um relacionamento exige tempo e muita disposição. Talvez esse acabe sendo um dos motivos que levam mulheres que já são mães a deixarem um pouco de lado suas vidas amorosas.

 

Entretanto, a dedicação a um filho não pode ser empecilho para se viver um novo amor. Ainda mais porque há homens por aí que não se importam com o fato de terem que incluir uma criança no relacionamento.

 

Para a psicoterapeuta e psicanalista Lea Michaan, a mulher que já é mãe e está disposta a viver um novo amor não pode - e nem deve - ficar presa a um só papel. "Ela precisa transitar por todas as funções que cabem a ela: dona de casa, profissional, mãe, mulher. O filho vai crescer e viver sua própria vida. E se ela não cuidar de si própria certamente vai culpar este filho e impedir que ele siga seu caminho", esclarece.

Na hora de "ir à caça", Lea acha que a mulher não deve dizer logo de cara que tem um filho. Afinal de contas, ela tem o direito de se preservar. "O ideal é que ela comente da criança numa segunda oportunidade. Antes é importante saber o grau de envolvimento que ela e essa pessoa pretendem ter", sugere. "O filho já tem a carência de uma figura paterna, portanto, o certo é evitar qualquer tipo de frustração".

Lea recomenda também que a mulher crie um vínculo bacana com o parceiro antes de apresentá-lo ao filho. "Separadamente, converse com a criança. Diga a ela que você conheceu um homem legal e a importância que esta pessoa tem na sua vida. Peça para que seu filho o conheça e sempre ressalte que, apesar da chegada do rapaz, a sua relação com a criança não será abalada", recomenda.

A opinião da criança sobre o novo namorado da mãe não pode deixar de ser ouvida. "Procure saber o que ela achou. Caso a opinião seja negativa, tenha discernimento para identificar se a crítica é verdadeira ou apenas ciúmes. Se for necessário, tenha uma conversa franca com ela e com o parceiro juntos".

Um namoro pode acabar, mas o filho é para sempre. Por este motivo, a criança deve ser sempre prioridade na vida da mãe. "Nunca deixe seu filho de lado por conta do relacionamento. Encontre um momento do dia para se dedicar integralmente a ele. Seja quando ele chega da escola ou quando você chega do trabalho. Somente depois vá ao encontro do namorado", aconselha Lea.

Aos finais de semana, a mãe também precisa incluir a criança nos programas. "Caso o homem não tenha interesse em participar desses eventos, é um alerta de que ele não serve para namorar você", afirma a psicanalista. "Outro ponto importante é preservar a sua intimidade. Lembre-se de fechar a porta quando for se deitar com seu parceiro. É difícil para o filho conviver com a sexualidade da mãe".

Em situações como essa, é normal a família dar opiniões, uma vez que está preocupada com o bem-estar da criança. Para lidar com isso é preciso ter equilíbrio. "Eu penso que os familiares querem o bem da criança e, por isso, opinam. A mulher deve escutar sempre os conselhos, mas se realmente quiser levar o namoro adiante, deve defender sua posição, alegando que se ela tiver um companheiro será melhor para o filho e que o lado feminino dela também precisa de cuidados".

Portanto, tenha a certeza de que um filho não atrapalha sua vida amorosa. Esta pode ser a grande chance de conhecer alguém verdadeiramente responsável e que queira lutar para fazer você feliz e adotar seu filho de coração.

 

Via Vila dois



publicado por olhar para o mundo às 21:03 | link do post | comentar

Torne o seu filho inteligente

Se acha que ter um filho inteligente é um factor genético ou obra e graça do "Espírito Santo" está enganada. Estudos científicos indicam que os pais podem (e devem) cultivar eexercitar o cérebro dos seus filhos. Saiba como.

Sabia que a inteligência não é apenas um factor genético, mas na maioria das vezes pode ser resultado de uma prática constante ou exercícios adequados ao desenvolvimento cerebral do seu filho?

Como mãe, você pode realmente interferir na inteligência do seu filho, basta ter em conta algumas abordagens para promover a aprendizagem da criança ou mesmo incentivar o seu desenvolvimento intelectual.

Gwen Dewar, a antropóloga e criadora do site "Parenting Science ", faz pesquisas científicas associadas ao estudo da evolução psicológica e ao quociente de inteligência cerebral e emocional, estudando ainda os diversos estereótipos infanto-juvenis.

Uma das suas pertinentes opiniões que me chamou particularmente a atenção está relacionada com desempenho escolar. Gwen diz que é errado premiar uma criança por ter obtido bons resultados na escola, ou por ter mostrado um sinal de inteligência num determinado momento. Isso não aumenta a auto-estima da criança ou sequer melhora o seu desempenho escolar. A investigadora é da opinião que este tipo de comportamentos dos pais não passam de ideias pré-concebidas e que, pelo contrário, não acentua em nada a inteligência do seu filho .

Para esta antropóloga, há outras formas de exercitarmos os cérebros dos nossos filhos. Por isso, vamos a essas abordagens:

 

1. Amamentar o seu filho: pode ser muito importante a longo prazo, já que o leite materno é um bom contributo para o melhor funcionamento do cérebro, fornecendo nutrientes essenciais para a saúde do seu filho, bem comofortalecer o seu quociente de inteligência cerebral e emocional.

 

2. Atividade física: é fundamental para o desenvolvimento psicológico da criança.

 
Integrar o seu filho em equipas de desporto, desenvolve em muito a confiança da criança, contribui também para um elevado espírito de liderança e, sobretudo, promove uma forte motivação perante desafios.

 

3. Jogos de consolas ou de computador: por mais desajustado que isto possa parecer, a cientista, baseando-se num estudo feito pelaUniversidade de Rochester, afirma que ao terem contacto com esse tipo de jogos, as crianças exercitam o cérebro de forma a reconhecerem ou a aprenderem sinais ou indicações visuais mais rapidamente do que aquelas que nunca o fazem ou fizeram.

Por isso mesmo é que muitos professores ingleses começaram a utilizar na sala de aula jogos de consolas para praticar determinados exercícios. De qualquer forma, o que se deve ter em atenção quando nos referimos a este tipo de jogos é que o mais importante é não incentivarmos os jogos que sejam violentos e solitários. No entanto, devemos autorizar de vez em quando todos os outros que desenvolvam o pensamento: os jogos estratégicos, os jogos com a capacidade de planeamento ou ainda os que promovem o espírito de equipa.

 

4. Incentivar a leitura: é sem dúvida uma forma de melhorar a aprendizagem e contribui eficazmente para o desenvolvimento cognitivo da criança. Mesmo que o seu filho ainda não saiba ler, leia-lhe histórias todos os dias. Faz exercitar muito a sua capacidade de atenção.

 

5. Atividades extra curriculares: são fundamentais para a capacidade de interagir e de incentivar a curiosidade do seu filho. Os passatempos ou hobbies devem ser uma constante diária na vida do seu filho. Não se esqueça que atrás deste tipo de atividades nascem perguntas, desafios, novos interesses e novos conhecimentos. Por fim, podem desafiar o pensamento critico do seu filho, com a forte probabilidade de criar uma riqueza de auto-consciência.

 

6. Tocar um instrumento musical: ajuda a moldar o cérebro significativamente.

Os neurocientistas que estudaram a relação existente entre a música e a inteligência verificaram que os músicos têm cérebros completamente diferentes :

"por exemplo, se examinarmos o cérebro de um teclista veremos que a região do cérebro que controla os movimentos do dedo é alargada (Pascual-Leone, 2001)."

"Além disso, em testes cerebrais realizados em crianças entre os 9 e os 11 anos de idade, as crianças que tocam instrumentos musicais têm um volume com mais massa cinzenta, tanto no córtex sensório-motor e os lobos occipital (Schlaug et al 2005), do que as crianças que não tocam qualquer instrumento musical."

Na verdade, os músicos têm muito mais massa cinzenta em várias regiões cerebrais do que os não-músicos.

Relativamente a este assunto, sugiro a consulta de um outro artigo que já publiquei aqui no blogue: "Qual é o instrumento mais adequado para a idade do seu filho? "

 

7. Adeus à fast food. Por mais que o seu filho goste de ir ao McDonald's, ou de comer pizzas, ou até por mais que lhe dê jeito a si fazer para o jantar deles uns hambúrgueres ou uma salsichas rápidas, pense muito bem antes de agir.

Está cientificamente comprovado que uma alimentação saudável é a base para o desenvolvimento mental e motor na primeira infância e especialmente durante os primeiros anos de vida.

O melhor que podemos fazer é dar-lhes alimentos ricos em ferro para o desenvolvimento saudável do tecido cerebral. Saiba que os impulsos nervosos são transmitidos de forma mais lenta se houver deficiência de ferro.

Retire de uma vez por todas da alimentação deles os alimentos que contenham emulsionantes, gorduras e açucares.

Alimentos frescos e cozinhados de uma forma saudável são os mais indicados para crianças em idade de aprendizagem.

 

8. Sono e pequeno-almoço: deitar cedo e dormir cerca de 10 horas, a juntar a um pequeno almoço reforçado é fundamental para o desenvolvimento do coeficiente de inteligência do seu filho.

 

As crianças devem ter uma rotina de sono diária e que deve ser respeitada a cima de todas as coisas. O ideal é dormirem pelo menos 10 horas por dia, já que isso lhes vai proporcionar uma boa concentração escolar.

Os seus filhos devem tomar um pequeno almoço reforçado para melhorar a memória, a concentração e a aprendizagem na escola.

Em contrapartida, as crianças que não tomam um pequeno almoço em condições, e que não dormem o suficiente, tendem a cansarem-se mais facilmente, irritam-se com maior facilidade e reagem mais lentamente a novos desafios.

 

Agora que já sabe (ou recordou) as pistas para tornar o seu filho mais inteligente, comece já hoje mesmo a por tudo em prática, pois eles crescem num abrir e fechar de olhos.

 

Via A Vida de saltos Altos



publicado por olhar para o mundo às 14:08 | link do post | comentar

Segunda-feira, 21.02.11

Mãe encontra filha 40 anos depois

 

Uma mulher reencontrou-se com a sua mãe biológica, 40 anos depois de a terem retirado à progenitora logo após o nascimento. Este foi o primeiro caso de reencontro - já confirmado por testes de ADN - saído de um passado de tráfico de bebés que está a abalar a vizinha Espanha.

 

Durante o franquismo, e até quase ao final da década de 1980, o tráfico de bebés foi um negócio em Espanha. Só recentemente é que este país começou a acordar para este capítulo aterrador da sua história, muito graças à acção da Anadir - Asociación Nacional de Afectados por Adopciones Ilegales, que recentemente se manifestaram frente à Procuradoria-Geral espanhola pedindo justiça.

“Este é o primeiro caso de reencontro a que assistimos”, assegurou ao “El País” Juan Luis Moreno, fundador, a par de Antonio Barroso, da Anadir. “Aconteceu em Barcelona, mas ambas preferem ocultar a sua identidade”, acrescentou o responsável.

Sabe-se que, neste caso, a mãe nunca acreditou na notícia dada pelos médicos: que a filha que acabara de dar à luz tinha morrido. Por isso, lutou durante toda a vida para saber a verdade. O seu desejo acabou por se tornar realidade, ainda que 40 anos depois. A sua filha não estava morta e foi ao seu encontro.

Ambas fizeram testes de ADN que confirmaram que são mãe e filha e que a certidão de óbito que tinha sido entregue à mãe há 40 anos era falsa.

Este é o primeiro reencontro provado por testes de ADN, mas é possível que se venham a suceder muitos mais casos. Centenas de mulheres em todo o país já apresentaram relatos semelhantes: depois do parto, o obstetra dizia que a criança tinha morrido e os pais nunca mais viam o bebé. Acabavam a enterrar urnas fechadas sem ninguém lá dentro.

O procurador-geral, Cándido Conde-Pumpido, decidiu remeter para as procuradorias provinciais as queixas dos 261 casos de bebés alegadamente roubados que recebeu na procuradoria no final do mês passado. Paralelamente, Conde-Pumpido nomeou uma pessoa para coordenar as investigações. 

Por outro lado, o ministro da Justiça, Francisco Caamaño, comprometeu-se esta semana a facilitar, gratuitamente, os testes de ADN aos afectados, sempre que seja apresentada uma autorização judicial. 

Estima-se que estes crimes tenham começado durante o franquismo - muitas vezes eram retirados a famílias simpatizantes da esquerda republicana - e continuado até 1987, quando uma reforma legislativa obrigou os médicos a comunicarem às autoridades cada caso de adopção em que intervinham.

 

Via Público



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Quarta-feira, 09.02.11

Só mais uma familia

Tão igual e tão diferente de tantas outras, a nossa família é composta por um pai português, um pai francês, um filho americano, uma rafeira loira e uma rafeira morena e desde a semana passada mais dois pequenos peles vermelhas aquáticos…

Desde que declaramos o nosso amor, sempre quisemos que a nossa família crescesse. Como muitas outras famílias arco-íris, o mais fácil, e o que a magnânima lei portuguesa nos autorizava, era termos cães. Mas como muitas outras famílias arco-íris ou unicolor, ainda sentíamos a falta de termos mais um ou uns seres humanos para educar e dar o nosso amor.

A primeira ideia foi a adopção, mas infelizmente está proibido em Portugal para um casal do mesmo sexo. Graças à bendita internet, conseguimos explorar outras vias noutros países. O nosso pressuposto sempre foi que tudo estivesse legal e que os dois tivéssemos direitos iguais sobre a nossa criança. E foi! Graças a lei americana, o nosso filho tem legalmente dois pais. E apesar de um deles ser Português, Portugal não lhe deu a nacionalidade portuguesa, história que se repetiu no consulado francês.

Temos portanto uma família internacional e quem fica a perder são Portugal e França. E não vamos deixar que leis retrógradas nos impeçam de sermos felizes. O nosso filho vai à creche, gostam muito dele e de nós. Vivemos num bairro antigo de Lisboa, toda a gente conhece a nossa realidade, todas as pessoas mais idosas do bairro adoram brincar com o nosso filho e nem reparam que os pais dele são do mesmo sexo: “Ele é tão grande! É normal com dois pais tão altos!!!”.

Tão diferente e tão igual a tantas outras, a nossa família só pede um reconhecimento legal em Portugal, pois o reconhecimento popular, já está!

 

Via Famílias Arco Iris



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