Miguel Portas estará em câmara ardente no Palácio das Galveias, em Lisboa, sábado à tarde, entre as 15h e as 19h. O corpo será cremado domingo. O funeral e a cremação serão privados.
Economista, durante vários anos jornalista, foi, ainda antes do 25 de Abril de 1974, militante e depois dirigente da União de Estudantes Comunistas. Foi activista contra a ditadura desde jovem, tendo sido preso quando tinha ainda 15 anos.
Já em adulto foi militante do PCP a partir de 1974, de onde saiu em 1989.
Miguel Portas integrou então, desde 1989, a Terceira Via, grupo de militantes comunistas que se opunham à direcção e onde pontificavam figuras como Joaquim Pina Moura e Barros Moura. Após o golpe de Estado na União Soviética a 20 de Agosto de 1991, a maioria dos elementos que integravam a Terceira Via rompe e abandona o PCP, entre eles Miguel Portas, em protesto com o apoio que a direcção do partido deu aos golpistas. Neste processo seriam expulsos do PCP figuras como Barros Moura, Raimundo Narciso, Mário Lino, tendo José Luís Judas abandonado o PCP para evitar a expulsão e preservar a CTGP de que era dirigente.
Durante os anos 90 pertenceu ao grupo Plataforma de Esquerda, que integraria o MDP/CDE, partido que então muda para o nome Política XXI e que virá a integrar a formação do Bloco de Esquerda (BE).
Miguel Portas cumpria actualmente o segundo mandato como eurodeputado pelo BE. Foi eleito pela primeira vez nas europeias de 2004. Tinha sido cabeça de lista já em 1999, nas primeiras eleições em que o movimento foi a votos, mas não conseguira qualquer eurodeputado.
Via Público