Segunda-feira, 10.12.12
Alejandro Sanz: 'A música é intocável'
Já vendeu mais de 25 milhões de álbuns e ganhou 15 Grammy latinos e tres Grammy internacionais. É um dos mais bem sucedidos músicos espanhóis de sempre. Alejandro Sanz acaba de lançar La Música no Se Toca, o seu 10º álbum de estúdio.

Como surgiu La Música no se Toca?


De uma forma um pouco sui generis, muito discretamente, quase em sigilo. Ao começar um disco tenho sempre medo de não conseguir escrever, é o medo do compositor. Entrava no estúdio em pontas dos pés, esperando não assustar a minha musa. Nasceu com a ideia – representada no título – de dizer que apesar de todas as coisas que estão a mudar em torno da música, e da velocidade dessas mesmas mudanças, não podemos renunciar a tentar fazer a melhor música possível. É uma homenagem à música.

 

Mas a música toca-se…


Sabe quando as mães dizem aos filhos pequenos: ‘Aí não se toca!’? É isso. Há coisas que são intocáveis. Não podemos abdicar de defender a música, de deixar que perca qualidade. É preciso cuidá-la e respeitá-la.

 

Preocupam-no as mudanças na música devidas à internet?


Não. Já é uma realidade. Não é o futuro, é o presente. Preocupam-me os meus discos, que não podem perder qualidade devido às mudanças na indústria.

 

Esteve três anos sem editar, o que lhe deu muito tempo para escrever. Teve que deixar de lado muitos temas?


Começo por escrever muitas canções, mas só termino as que vão entrar no disco. Ou seja: as próprias canções passam por um crivo próprio e desaparecem as que não avançam. Algumas não querem ser terminadas, transformam-se num novelo, é preciso dar-lhes muito amor.

 

Passaram-se 21 anos desde o lançamento de Viviendo de Prisa. ‘Yo Te Traigo’ é uma canção de amor para o celebrar?


Sim, é um canção de amor e de agradecimento: à música e às pessoas que estão comigo há 20 anos nesta viagem. Há muitos que estão comigo desde o primeiro momento, pessoas que compram os discos, vão aos concertos, sabem as canções e lhes dão vida. Chegaram a pedir-me um concerto para celebrar os 20 anos. Mas a melhor forma de o celebrar é fazendo uma canção.

Como foram estes 20 anos?


Passaram-se entre quatro pestanejares, três acordes, duas noites de amor e um suspiro.

 

Imaginava vir a vender milhões de discos, ganhar vários Grammy?


Nunca. Não comecei a fazer música com ambições materiais. Fazia música porque adorava, sentia-me bem. Era muito introvertido, não gostava de jogar futebol. O mundo onde me sentia mais seguro era o da música. Quando fazia uma canção e a tocava na guitarra sentia-me protegido.

 

O certo é que as suas canções chegaram a todo o mundo. Olhando para trás, para onde começou, isso fá-lo feliz?


Sim, mas isso de olhar para trás e sentirmo-nos bem é muito relativo. A perspectiva é dada pelo sítio onde se está. Agora estou bem, gosto do que está à minha volta, de onde está a minha carreira. Cometi erros como todos. Mas também fiz coisas certas. Seria até ingrato se hoje olhasse para trás com algum tipo de censura.

 

Mas o sucesso tem um preço. Em Madrid pode ir ao cinema, dar um passeio?


Não, não posso andar pela Gran Via e aproveitar para ir ao cinema ou ao McDonald’s. Há coisas a que se aprende a renunciar, já nem me conheço de outra forma. Mal me lembro de sair anónimo pela rua a passear. O que sou agora dá-me oportunidade de estar hoje em São Paulo, amanhã no Rio de Janeiro, depois em Lisboa e seguir para o México ou Nova Iorque. Os passeios são menos anónimos, mas são muito maiores.

 

Vive em Miami. Contempla voltar a viver em Espanha?


Nunca me fui embora permanentemente de Espanha. Passo muito tempo em Miami, tenho lá o meu estúdio, mas tenho residência em Espanha, nunca pedi residência americana. Continuo a ser espanhol, agora mais que nunca. Com o problema da crise nunca colocaria a hipótese de pagar impostos em qualquer outro sítio.

 

Virá a Portugal com La Música no Se Toca?


Irei. Com e sem. Quando estou na Andaluzia passo muitas vezes a fronteira em Huelva, vou com amigos pescar a Portugal. E espero voltar no ano que vem para um concerto

 

Este disco não tem colaborações internacionais. Porquê?


São coisas pontuais. No caso de Shakira, ela propôs-me fazer um dueto, foi a minha casa, deixou-me a canção e fiz o que quis. No caso de Alicia Keys também foi algo que surgiu. Estávamos num barco, em Nova Iorque, e começámos a falar de fazer uma canção juntos. São coisas que devem surgir. Não devem ser feitas como um intercâmbio comercial, até porque dessa forma não costumam funcionar.

 

Na edição portuguesa tem um dueto com Luísa Sobral. Como surgiu?


Vi um vídeo no YouTube de que gostei muito. Pedi à editora que me mandasse o disco. Gosto muito não só da sua voz mas da sua personalidade artística. Então pedi-lhe que fizesse uma parte da canção e ela, muito amavelmente, fê-la. Espero que um dia possamos estar em palco juntos.

 

Retirado do Sol



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Terça-feira, 26.06.12

KIMMO POHJONEN 

O super-acordeonista finlandês é uma figura maior neste Festim 2012. Kimmo Pohjonen, reconhecido por um exuberante virtuosismo, eleva o acordeão a níveis de interpretação nunca antes atingidos. Com recurso a samplers electrónicos da sua própria voz, ao som surround e aos impactantes efeitos visuais, a fusão da incrível performance musical de Kimmo com a envolvente técnica resulta num solo fascinante. No Festim, para ouvir, ver e sentir!


sexta 29 Junho, 22h00
Cine-Teatro de ESTARREJA

sábado 30 Junho, 22h00
Centro de Arte de OVAR

KIMMO POHJONEN (Finlândia)

vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=kqGHoIaVGKY

conteúdos, fotos e materiais para imprensa:
http://www.festim.pt/crbst_50.html

http://www.festim.pt/
Riccardo Tesi & Banditaliana (Itália)  |  Gaiteiros de Lisboa (Portugal)
Huun Huur Tu (Tuva)  |  Kimmo Pohjonen (Finlândia)  |  Blowzabella (Inglaterra)
Eliseo Parra (Espanha)  |  Taraf de Haïdouks (Roménia)

1 Junho a 26 Julho 2012  |  4ª edição
ÁGUEDA * ALBERGARIA-A-VELHA * ESTARREJA * OVAR * SEVER DO VOUGA


http://www.dorfeu.pt/
http://dorfeu.blogspot.com/
http://www.facebook.com/dOrfeuAC

d’Orfeu Associação Cultural
Instituição Cultural de Utilidade Pública  |  Estatuto de Superior Interesse Cultural



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Segunda-feira, 25.06.12

Semana da Juventude em Cascais

 

Cascais dedica-se aos jovens na “Semana da Juventude 2012”, de 22 de Junho a 01 de Julho.

 

“ALTAmente Original” é o lema desta edição que promete trazer para a vila, com especial incidência na Baía de Cascais, várias actividades dentro do cinema, música, desporto, arte, profissões, voluntariado e muito mais, segundo informa o Município.

 

A pensar na faixa etária que compõe um quarto da população do Concelho, haverá um ciclo de cinema ao ar livre, com as sessões marcadas para as 22:00. “Magic Mike”, em antestreia nacional, é o grande destaque.

 

Haverá ainda uma tenda com  jogos de  entretenimento  digital,  simuladores, air bungee<>, parede de escalada, animação de rua, espetáculos, exposições, instalações, actividades ao ar livre, seminários, debates, concursos, competições, formações, workshops, edições, publicações e outros.

 

Na Praça 5 de Outubro estará em apresentação o projecto "Cascais ArtSpace 2012", que assume o espaço público como galeria expositiva de artwork de artistas nacionais e internacionais através de video projection emapping em edifícios.

 

A semana tem abertura marcada para as 21:30 de 22 de Junho, sendo que se seguirá o espectáculo de abertura “Titânico: o gigante de fogo”, marcado para as 22:00. A fechar a semana, há Noite das Estrelas, com a iniciativa “Cascais apaga as luzes para acender as estrelas”.

 

Retirado de HardMúsica



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Sábado, 23.06.12

Os Barokksolistene Oslo actuam no dia 2 de Julho

Os Barokksolistene Oslo actuam no dia 2 de Julho (DR)

 Viajar à volta do mundo sem sair do Largo de São Carlos – vai ser assim a edição deste ano (a 4ª) do Festival ao Largo, que começa a 29 de Junho e prolonga-se até 29 de Julho. O Teatro de São Carlos, em Lisboa, volta a abrir as portas e a instalar-se no largo em frente, com uma programação (quase) diária e gratuita, sempre a partir das 22h.

Mas foi preciso planear o festival em contexto de crise, ou seja, com menos custos. “É cada vez mais difícil viabilizá-lo”, reconheceu esta quinta-feira, numa conferência de imprensa, César Viana, director artístico do festival. “Este ano tivemos que alargar muito as parcerias, não só económicas como artísticas”. 

A fórmula encontrada, explicou João Villa-Lobos, administrador do Opart, a entidade que gere o São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado (CNB), passa por “usar os recursos da casa” e complementá-los com parcerias. O orçamento do festival é de 250 mil euros. “Não houve um corte substancial”. À semelhança de outros anos, disse ainda o administrador, “60 a 70% dos custos do festival” têm a ver com o trabalho dos próprios organismos do Opart. 

“Este ano fizemos uma aposta muito forte na ópera, bailado e teatro”, sublinhou César Viana. “Não tem havido muita ópera no Largo – este ano haverá”. Assim, a programação arranca nos dias 29 e 30 com a ópera em versão concerto (não encenada, portanto) Peer Gynt, de Edvard Grieg, música de cena para o texto do dramaturgo norueguês Henrik Ibsen (haverá leitura por Irene Cruz), com direcção musical de Martin André para o coro do São Carlos e a Orquestra Sinfónica Portuguesa. 

A 13 e 14 de Julho o cenário passa para Espanha, com outra ópera em versão de concerto, desta vez Goyescas, de Enrique Granadas (inspirada em seis pinturas de Goya), com direcção musical de João Paulo Santos. E por fim, a 27 e 28 de Julho, chega ao Largo Turandot de Ferruccio Busoni, também ópera em versão de concerto, com direcção musical de Moritz Gnann. 

Esta programação “remete para espaços geográficos, o Oriente [através das viagens de Peer Gynt], a Espanha, a Rússia, e foi esse o ponto de partida para a procura de parcerias”, explicou o director artístico. De Espanha vem Carmen (6 e 7 de Julho), ballet inspirado na obra de Prosper Mérimée pela Companhia Antonio Gadés. 

Do Oriente vêm, a 29 de Julho, a Orquestra Chinesa de Macau (que usa exclusivamente instrumentos tradicionais chineses), e, da Indonésia, Dança e Música de Sumatra (26 de Julho). E o Leste estará presente sob diferentes formas, desde o Programa Rakhmaninov-Chostakovitch, por um “trio de luxo” composto por Tatiana Samouil (violino), Pavel Gomziakov (violoncelo) e Plamena Mangova (piano). 

A programação do Festival ao Largo 2012 inclui ainda Dança no Largo com a CNB (Du Don de Soi, com coreografia de Paulo Ribeiro, obra inspirada no universo cinematográfico de Andrei Tarkovski, e La Valse, curta-metragem de João Botelho. E, entre outros espectáculos, uma concerto dos Barokksolistene Oslo (uma espécie de “música de cervejaria do século XVII) e uma parceria com o Festival de Almada: Lisboa, espectáculo poético de rua da Fondazione Pontedera Teatro, em torno de Fernando Pessoa – no largo onde o poeta nasceu. 

 

Noticia do Público



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Quinta-feira, 21.06.12

Os Jacksons vão voltar a actuar todos juntos

Os Jacksons vão voltar a actuar todos juntos (DR)
tournée que pretende fazer regressar os Jackson´s ao mundo da música tem início esta quarta-feira no Rama Casino, em Ontário, no Canadá. Três anos depois do desaparecimento de Michael, os irmãos ainda não se habituaram à ideia de actuar sem ele.

Marlon Jackson revela, em declarações à Associated Press, que ainda acorda e pensa para si mesmo. “Eu não acredito que o meu irmão não está aqui”.

O regresso dos Jackson não tem sido fácil para os quatro membros que ainda restam do grupo. O desaparecimento da estrela da banda e ícone dá música pop, Michael Jackson ainda pesa sob os outros elementos das Jackson´s. Jermaine Jackson confessou à mesma agência noticiosa que é habitual ir-se "abaixo durante os ensaios". “Estou habituado a ter o Michael à direita, seguido do Marlon e por aí em frente. É algo a que nunca nos habituamos”.

De acordo com Jermaine Jackson, o regresso dos Jackson´s era algo que já vinha sendo falado entre os irmãos mas, depois da morte de Michael, os outros membros precisaram de tempo para se “curarem”. Esta nova vida foi meticulosamente preparada e os irmãos rearranjaram os sucessos da banda para poderem adaptar-se melhor ao som do grupo sem a voz do irmão mais famoso. A tournée também vai servir como uma forma de homenagem a Michael Jackson com a apresentação de um medley que terminará com a música “Gone Too Soon”.

tournéenão passará pela Europa e, fora o primeiro concerto, todos os outros terão lugar nos Estados Unidos da América. Entre os palcos escolhidos está uma passagem plena de simbolismo pelo Harlem’s Apollo Theatre, onde os Jackson 5 ganharam um prémio enquanto amadores.

 

Noticia do Público



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Terça-feira, 19.06.12
Caetano Veloso faz 70 anos no dia 7 de AgostoCaetano Veloso faz 70 anos no dia 7 de Agosto (Reuters)

Ao todo são 47 álbuns e centenas de músicas que Caetano Veloso disponibilizou para audição no seu novo site. Esta é a primeira vez que a discografia completa do músico brasileiro está disponível online, no entanto a audição apenas está a funcionar para já no Brasil.

 

Caetano Veloso completa 70 anos a 7 de Agosto mas esta semana já começou a celebrar o seu aniversário presenteando os fãs com um novo site, onde é possível ouvir em streaming gratuito a sua discografia completa. O brasileiro aderiu ainda às redes sociais (Facebook eTwitter) e anunciou a reedição do álbum “Transa”, gravado em Londres e lançado há 40 anos. Até Agosto são esperadas mais surpresas.

Além de ser possível ouvir gratuitamente todas as músicas completas, o utilizador pode ainda ler as letras das canções e ver as capas e os livros que acompanham os discos. No fim pode comprar o álbum completo ou as músicas individuais na loja da Apple, o iTunes. 

Paula Lavigne, ex-mulher e agente de Caetano Veloso, disse a O Globo que o músico tem colaborado activamente na construção deste novo site. “Por desconfiança minha, eu não cedia muito a obra do Caetano para comércio digital, mas, como a [editora] Universal tem o catálogo todo, foi simples fazer isto agora”, explicou a responsável, lembrando que por vezes as pessoas queixavam-se da dificuldade que tinham em encontrar alguma música mais antiga ou menos conhecida de Caetano.

“Ninguém poderá reclamar mais que não encontra uma gravação dele”, acrescentou Paula Lavigne, que espera no futuro conseguir incluir ainda os trabalhos que Caetano Veloso fez com outras editoras.

Além da música, o site tem ainda duas secções dedicadas ao cinema e aos livros, disponibilizando para consulta e para compra os livros e os filmes assinados por Caetano Veloso. 

Até Agosto, Caetano Veloso vai publicar ainda vários vídeos onde fala da sua infância, a sua família e a sua carreira. O primeiro vídeo foi publicado esta semana, assim como fotos inéditas do músico em criança com a sua família. Os vídeos e os álbuns de fotografias vão ser agrupados e publicados por décadas, sendo que o vídeo e as imagens desta semana correspondem à década de 1940.

Em Agosto, no aniversário do músico e compositor, vai chegar às lojas um álbum de homenagem a Caetano Veloso, que terá as suas músicas cantadas por artistas brasileiros contemporâneos, como Mariana Aydar, que interpretará “Araçá Azul” (1973) ou Marcelo Camelo, que cantará “De Manhã” (1965).

Primeiro vídeo divulgado por Caetano Veloso

Noticia do Público


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Quarta-feira, 13.06.12

O Festival Músicas do Mundo (FMM) de Sines vai ter um dia extra, 25 de Julho, com um espectáculo gratuito, no castelo, do Ensemble La Notte della Taranta, de música popular italiana, anunciou hoje a organização.

 

Na sua 14.ª edição, o FMM acrescenta um dia aos seis que já estavam marcados, realizando-se de 19 a 21 e de 25 a 28 de Julho, coincidindo com os dois últimos fins-de-semana desse mês. 

Na noite de 25 de Julho, o castelo de Sines recebe o espectáculo “La Notte della Taranta”, pelo Ensemble La Notte della Taranta. 

Segundo a organização do festival, trata-se de “um espectáculo especial que sintetiza o melhor de um dos mais importantes festivais italianos”. 

Desde 1998, é realizado, em Agosto, na região italiana de Salento, um festival de música com origem na tradicional e veloz dança da “pizzica”, que os camponeses utilizam como tratamento para picadas de tarântula (em italiano, “taranta”). 

Neste festival, têm participado como directores musicais nomes conhecidos da música italiana e internacional, como Piero Milesi, Ludovico Einaudi, Joe Zawinul e Stewart Copeland.

O espectáculo apresentado em Sines representa uma síntese dos melhores momentos dos 14 anos deste festival, interpretados por um conjunto de músicos com uma participação muito activa no evento. 

Este espectáculo, apoiado pela Fondazione La Notte della Taranta, é de entrada livre. 

O FMM conta já com mais de 30 concertos confirmados, com artistas como Hugh Masekela, Oumou Sangaré, Mari Boine, Marc Ribot, Fatoumata Diawara, Bombino e Gurrumul, entre outros. 

 

Noticia do Público



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Sexta-feira, 08.06.12

A relva vai sofrer com tanta gente. As expectativas de afluência serão largamente superadasA relva vai sofrer com tanta gente. As expectativas de afluência serão largamente superadas (Foto: Paulo Pimenta)
Previa-se aguaceiros, mas ao final da tarde, o Optimus Primavera Sound fazia jus ao nome, começando com sol, no parque da cidade do Porto, um excelente anfiteatro natural, que agora é descoberto por gente de todo o mundo.

Feriado, hora de almoço, na Baixa do Porto. Pensar-se-ia, um deserto. Mas não. Principalmente nas imediações do terminal da Rodoviária a azáfama era enorme. Via-se magotes de raparigas e rapazes, entre os 25 e os 35 anos, alguns parecendo americanos, outros da Escandinávia, vestidos com roupa descontraída, parecendo algo perdidos, carregando as respectivas malas na direcção dos táxis. 

Um grupo acerca-se, pede informações, procura um hotel na Boavista, perguntam se é perto do Parque da Cidade. Vinte minutos a pé, arriscámos. Ficam contentes com a informação, mas de repente, começa a chover, ligeiramente. Um deles, de calções e camisola de alça, ri-se. “Esperemos que isto seja passageiro.” As previsões davam aguaceiros, mas o resto da tarde trouxe um sol primaveril e pelas 17h, quando o recinto do festival abriu, a ameaça parecia dissipar-se. 

Essa era a principal incógnita que pairava sobre a cabeça de todos. Estava tudo pronto: o recinto, as bandas, a cidade, mas sobre a meteorologia não existe controlo possível. Havia até esse dado que as expectativas iniciais vão ser em muito superadas – inicialmente, os organizadores apontavam para 12 mil pessoas diárias, agora já se percebeu que serão entre 20 a 25 mil, com muita gente vinda de fora do país (cerca de 10 mil estrangeiros por dia, pelo menos). 

Durante a tarde, as esplanadas nas imediações da praia de Matosinhos estavam cheias. Essencialmente estrangeiros, franceses, italianos e até um pequeno grupo da Nova Zelândia. Dizem-nos que o Primavera é apenas um dos três ou quatro festivais da Europa que, durante um mês, irão percorrer. Estão há sete horas no Porto e dizem aquilo que é suposto dizer: apreciam o sol, a proximidade do mar, os edifícios arcaicos, o verde do Parque da cidade, ali, ao lado. 

No parque da cidade, na zona que separa Porto e Matosinhos, ao final da tarde, impera ainda a tranquilidade. As pessoas vão chegando, sem pressas. Entra-se no recinto e a primeira surpresa é a proximidade entre palcos, o que afasta a hipótese de correria entre zonas, como acontece no festival irmão de Barcelona. É um recinto sóbrio, económico, funcional, sem grandes aparatos. 

Uma espécie de anfiteatro natural, com características de relevo semelhantes ao do festival Paredes de Coura, mas no coração da cidade do Porto. Um grupo de espanhóis, vindos de Santiago de Compostela, não tem dúvidas: “Este espaço é fantástico! É sem dúvida melhor do que em Barcelona!”

Apesar de ser de grandes dimensões, é delimitado. É evidente que aquela zona, nomeadamente a relva, sofrerá com a presença massiva de pessoas, mas trata-se apenas de uma parcela. No domingo, quando o festival abandonar o parque – para se realizar na Casa da Música e no Hard Club – e se tudo decorrer dentro da normalidade, tudo indica que o parque retomará a sua existência normal. 

No recinto, o primeiro caso de sucesso são os toalhetes, oferecidos pelo principal patrocinador, que quase toda a gente coloca no chão para, diligentemente, se sentar. Há quem não tenha almoçado e aproveite para improvisar um pequeno piquenique, mas essas são excepções. Ali, o principal alimento, é a música. E essa começou com imensa gente em palco, entre músicos, um coro e um maestro, através dos Stopestra, uma orquestra portuguesa, que coloca muita energia na função, através de uma música emotiva. 

Apenas dois dos quatro palcos vão entrar em acção nesta quinta-feira. É o primeiro dia. Uma espécie de aquecimento. Mas depois da Stopestra e dos espanhóis Bigott, o ambiente promete entrar em ebulição com os ingleses Suede, o francês Yann Tiersen ou os americanos The Rapture, Mercury Rev e The Drums. Na sexta-feira haverá Wilco, Rufus Wainwright, Flaming Lips, The Walkmen ou Beach House.

 

Noticia do Público



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Segunda-feira, 04.06.12

O Rock in Rio regressa em 2014

O Rock in Rio regressa em 2014

O festival Rock in Rio Lisboa tem hoje pela frente as últimas horas de concertos, mas o promotor Roberto Medina já fez um balanço positivo da quinta edição, prometendo um regresso em 2014 e nos próximos anos.

 

"Portugal é para sempre", disse o empresário brasileiro Roberto Medina hoje numa conferência de imprensa no Parque da Bela Vista, acompanhado do presidente da câmara de Lisboa, António Costa, e do governador de Bueno Aires, Mauricio Macri.´

 

Lisboa - que soma cinco edições do Rock in Rio, tantas quantas já realizadas no Brasil - voltará a acolher o evento em 2014, sensivelmente nas mesmas datas.

 

Antes disso, o festival acontecerá pela primeira vez em Buenos Aires, na Argentina, e novamente no Rio de Janeiro.

 

Roberto Medina agradeceu aos portugueses por terem "acolhido o projeto de uma maneira incrível" e disse que só sairá do país se o mandarem embora.

Projeto será alargado 


Para os próximos dez anos, o fundador do festival quer alargar o projeto a mais um país na Europa, à América Latina e aos Estados Unidos, referindo estar "em conversações" com Alemanha, Perú, México.

 

"O meu sonho é ter cidades assim plantadas" por vários continentes e ter "uma grande mobilização de um grande projeto social", porque a questão social deve ser encarada como "um negócio" e não mecenato, disse.

 

No entanto, Roberto Medina admitiu que África ainda é um continente distante: "É um desafio incrível, mas eu ainda não estou preparado para isso".

 

Da parte de Portugal, o autarca António Costa mostrou-se satisfeito pela manutenção do festival em Lisboa, porque projeta a imagem da cidade no mundo.

 

"No contexto em que estamos correu muitíssimo bem (...) houve muita gente receosa que não fosse possível (...). A força do evento é tal que é possível ultrapassar a crise e isso é inspirador", disse.

 

António Costa referiu ainda que manterá com a organização do festival um protocolo de contrapartidas pelo facto de estar a ser usado o Parque da Bela Vista.

 

"É um interesse mútuo para a cidade", referiu. O festival Rock in Rio Lisboa termina hoje com Bruce Springsteen como cabeça-de-cartaz.

 

Nos quatro dias anteriores do festival contabilizaram-se cerca de 265 mil espetadores.


Retirado do Expresso



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Sábado, 02.06.12

Lenny Kravitz no espectáculo que encerrou a noite do Palco MundoLenny Kravitz no espectáculo que encerrou a noite do Palco Mundo (Foto: Nuno Ferreira Santos)


O arranque do último fim-de-semana de Rock In Rio, em Lisboa, levou 74 mil pessoas ao Parque da Bela Vista para ver, essencialmente, os Maroon 5. Antes, os Expensive Soul foram mote para a festa dos adolescentes. Depois, Lenny Kravitz homenageou os seus heróis. Dois deles, Stevie Wonder e Bruce Springsteen, estarão neste sábado e no domingo no festival.

 

Lenny Kravitz percorreu o corredor que avança da frente do palco entre a multidão aglomerada. Cumprimentou, foi abraçado, cantou emocionado: “Let love rule”. Canção título do seu primeiro álbum, editado no longínquo ano de 1989, e última do concerto que encerrou na sexta-feira o primeiro dia do segundo fim-de-semana de Rock In Rio. Kravitz, que se construiu enquanto agregação no mesmo corpo de Beatles, Stones, Jimi Hendrix, Sly Stone ou Curtis Mayfield, era o cabeça de cartaz, mas apesar do concerto muito competente e felizmente dado à nostalgia – foi no seu passado mais remoto, indiscutivelmente o melhor da sua carreira, que seleccionou a maior parte do alinhamento –, os 74 mil que, segundo a organização, estiveram no Parque da Bela Vista guardaram a maior dose de entusiasmo para outra banda: os Maroon 5, de Adam Levine, estrelas pop criadas pela rádio que, em palco, rockam o que é possível rockar em quem não esconde o desejo de fazer palpitar corações com a ligeireza de melodias orelhudas.

Segundo um inquérito da organização do Rock In Rio, 50% dos presentes estavam ali para ver os autores de “This love” – e notou-se nos corpos que se abanaram, nas letras que se cantaram, nos gritos e apartes libidinosos dirigidos ao vocalista. O inquérito indicou também que 83% do público tinha entre 15 e 25 e, mais uma vez, não temos qualquer razão para duvidar. Ao início da tarde, de resto, respirava-se no Rock In Rio o frenesim típico da adolescência com rédea solta. Por quase todo o lado se ouviam vozes esganiçadas de felicidade e euforia, por todo o lado corriam raparigas com calções de ganga, desdenhados desde os anos 1980 mas que são pelo menos há dois Verões indumentária do lado certo do cool, e rapazes com os penteados geometricamente estudados, hoje tão habituais.

Aqueles e aquelas não estavam lá às 18h30, no Palco Sunset, para ver o entusiasmante jogo de memória soul, funk e hip hop dos Orelha Negra, acompanhados dos brasileiros Kassin e Hyldon. Estavam todos em frente ao palco Mundo, o principal, para juntarem as suas vozes às de Demo e Nu Max, os Expensive Soul. A banda de Leça da Palmeira mostrou-se uma oleada máquina de palco que aliou a capacidade de gerir multidões num festival de massas – os braços a ondular, os pedidos para que as vozes se erguessem ora à esquerda, ora à direita do palco – à precisão com que atacaram as suas canções feitas de rimas hip hop, ritmo soul e balanço reggae.

O público conhecia de cor canções como a inevitável “O amor é mágico”, o público entusiasmou-se com os apartes de “Isto é Portugal!” de Demo e um concerto pelo qual passou a comitiva olímpica portuguesa terminaria, num momento que não poderia causar senão perplexidade a quem acabasse de aterrar no Parque da Bela Vista, com umas dezenas de milhar a entoarem o hino português. Enquanto isso acontecia, mantinham-se as filas de dimensão generosa para aceder às muitas diversões e ofertas de patrocinadores. Boss AC, no Palco Sunset pouco tardaria a cantar o seu último grande êxito “É sexta-feira (bom emprego já)”.

À medida que o dia avançou, porém, a bonita visão de adolescentes a serem adolescentes foi-se desvanecendo. Primeiro com Ivete Sangalo, totalista dos Rock In Rio lisboetas que fez o que faz Ivete Sangalo – ou seja, suou muito, dançou outro tanto, cantou “Arerê” e pôs o povo a “levantar poeira”. Depois, com os Maroon 5, o Rock In Rio entrou na sua previsível normalidade. Os americanos, autores do concerto mais celebrado da noite, ocupam o palco como banda que quer rockar à séria e levar o funk às massas, mas nunca chegam a dar o passo decisivo (e parece-nos, não querem). Porque não arriscam verdadeiramente, porque as suas canções desembocam sempre no conforto do refrão previsível e da melodia testada em laboratório para se colar (e para não mais sair, goste-se ou não) aos ouvidos de todos. 

Num momento tentam uma balada soul obviamente inspirada em Stevie Wonder, no momento seguinte o funk com recheio sintético aponta directamente a Prince e, quando se sugere o contratempo do reggae em batida rock, Adam Levine não disfarça e canta alguns versos de “Roxanne”, dos Police (era “Won't go home without you”). Houve solos estrepitosos do guitarrista James Laventine e do próprio Adam Levine, porque os Maroon 5 cumprem as regras de etiqueta dos concertos rock; sentiu-se várias vezes o “disco” nas proximidades porque os Maroon 5 sabem do que o pessoal precisa para começar a dançar. No fim Adam Levine, estrela pop e cavalheiro, dedicou a última canção às “ladies”. Era “She will be loved”, a balada que começa em modo despojado – só voz, guitarra e a mulher ao nosso lado que exclama “eu vou-te pegar” – e que termina, com o público em apoteose e toda a banda a acompanhar, no tom épico que os Coldplay tornaram marca registada desde a última década. Eficientes, os Maroon 5 saciaram quem foi ao Rock In Rio para assistir ao seu primeiro concerto português. Mas não houve espaço para a surpresa, para o risco, para a fuga ao guião esperado. 

Tal não faz parte, nem do ADN da banda, nem do do Rock In Rio. Neste festival, surpresas descobrem-se, por exemplo, no pequeno palco Vodafone, dedicada quase um exclusivo a bandas recentes (e válidas e interessantes) no panorama português. Por lá passou o nervo d'Os Velhos, a agilidade pop dos doismileoito e, entre os Maroon 5 e Lenny Kravitz, os óptimos White Denim, de Austin, Texas. São uma locomotiva psicadélica incrivelmente fluída, capaz de passar de jams na galáxia Grateful Dead (mas mais infernizados que cósmicos) a boogie com cheiro a pradaria. São perfeitos no uso de cada canção como matéria moldável no momento, seguindo a inspiração. E os White Denim, como tiveram o prazer de confirmar os poucos que pararam para os ver, estavam inspiradíssimos. 

Pouco depois, quando os ouvidos ainda zumbiam do ataque sónico vindo do Texas, Lenny Kravitz surgia em palco. Enquanto viajava ao seu passado com o óptimo groove rock'n'roll de “Mama said”, com a soul aveludada de “It ain't over till it's over” ou com “Mr cab driver”, do álbum de estreia, “Let Love Rule”, sem esquecer a versão de “American woman”, original dos canadianos The Guess Who, muita gente começou a pensar em tratar da vida – ou seja, abandonar o recinto para escapar às filas para autocarros e táxis que se formariam no final. Não viram Lenny Kravitz, eterno cultor da iconografia pop na pose e em canção, celebrar a “Black & white America”, corporizada em si mesmo, através do álbum de fotografias exibido nos ecrãs. Não o viram os que saíram, mas viram os muitos que ficaram, tocar a Beatlesca “Fields of joy”, aproximar-se do gospel em “Stand by my woman” ou, já perto do final, a obrigatória “Fly away” e o sempre bem-vindo riff de “Are you gonna go my way”. 

Nada de superlativo, na sombra dos seus heróis, mas sincero. Em encore, chegaria então “Let love rule”. Encerrou a noite no Palco Mundo e tornou mais próximos os concertos dos grandes nomes da edição 2012 do Rock In Rio. Neste sábado, Stevie Wonder. No domingo, Bruce Springsteen. Certamente heróis para Lenny Kravitz.

 

Noticia do Público



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Sexta-feira, 01.06.12

Na última edição, o Serralves em Festa teve 102 mil visitantesNa última edição, o Serralves em Festa teve 102 mil visitantes (Ricardo Castelo/NFactos)

Há menos de uma semana, na comemoração dos 25 anos de Serralves, Cristina Lapa, na fundação desde o primeiro dia, descrevia os primeiros momentos da instituição na Avenida Marechal Gomes da Costa como "o abrir de uma caixinha de surpresas para o mundo". Desde 2004 que a caixinha organiza um acontecimento em que as surpresas se tornam extraordinariamente visíveis. Serralves em Festa. Quarenta horas em que a fundação abre as suas portas a todos enquanto, ao mesmo tempo, se abre às ruas da cidade.

 

Este ano estão agendados 240 espectáculos para um festival que, como afirmou em Maio ao PÚBLICO o director do Museu de Serralves, João Fernandes, pretende proporcionar "um primeiro contacto com áreas experimentais da cultura contemporânea". Haverá portanto música, "elemento agregador de todo o festival", como assumiu o director: da peça para 200 músicos Oh Brass On The Grass Alas, do compositor norte-americano Alvin Curran, à conexão luso-angolana de Batida e ao jazz do trio MALUS, formado por Hugo Antunes, Chris Corsano e Nate Wooley, passando pelos Crystal Ark de Gavin Russom, membro da banda de palco dos LCD Soundystem, que prometem uma rave de ritmos latinos para a madrugada de amanhã. O festival encerra domingo com os ingleses The Irrepressibles, formados por músicos vindos da pop e da erudita e cujos espectáculos vivem de uma cuidada dimensão coreográfica. Uma boa representação do ecletismo, sem distinção entre aquilo que é considerado alta e baixa cultura, que é basilar ao espírito do festival. Serralves abre as suas portas amanhã. A festa arranca hoje.

Logo pela manhã, o Porto acordará com Serralves: do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, onde veremos Super-Homens (é a peça Blue Tired Heroes, do suíço Massimo Furlan) ou um macaco de circo nada discreto, criação do inventor Fred Abels e da marionetista Mirjam Langemejier, os Electric Circus, ao Campo dos Mártires de Pátria, onde, criação de Mariana Bacelar, se jogará um Monopólio em tamanho real, convite a reflectir no urbanismo das nossas cidades. No Largo de Miragaia, às 19h, será apresentado O Baile, espectáculo de dança contemporânea com coreografia de Aldara Bizarro e música de Artur Fernandes, que transporta o imaginário do filme homónimo de Ettore Scola para a realidade popular portuguesa.

Na festa non stop que se seguirá amanhã e depois, todos estes espectáculos serão também apresentados no espaço de Serralves, e muitos outros continuarão a acontecer fora dos seus limites, espalhados pelo Porto. Música, claro, mas também cinema, dança, teatro ou artes circenses. Deambulando pelo parque, poderemos apreciar o Duo Para Um Bailarino e Uma Escavadora, da companhia francesa Beau Geste, ou queimar calorias com o rockuduro dos portuenses Throes + The Shine. Durante 40 horas, um espaço institucional será casa aberta a todos (festa é festa e as entradas são gratuitas).

Serralves em Festa tem "todas as condições para se transformar no grande festival de Verão da cidade", sublinhava o presidente da Fundação, Luís Braga da Cruz, na apresentação do programa. O sucesso tem sido evidente (cerca de 600 mil visitantes desde a primeira edição) e os constrangimentos financeiros este ano, com o orçamento reduzido em 10%, não serão razão para que o cenário se inverta. Os cortes, afirmou João Fernandes, incidiram sobre a logística e não afectaram a programação. Que pode ser consultada em www.serralvesemfesta.com

 

Noticia do Público



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Bob Dylan. Ninguém é um só

 

 

A Cité de la Musique apresenta Bob Dylan: a explosão rock 61-66, exposição sobre as primeiras fases de uma vida recheada de ficção. Eis Dylan também aqui: influência mais decisiva na canção portuguesa dos últimos anos


A divisão de A explosão rock 61-66, na Cité de la Musique, Paris, em fases específicas, aliadas a material biográfico, permite clarificar o peso de Bob Dylan como músico, na história dos EUA, e o de Dylan, actor, para quem o ouve. Começando por imagens das suas origens no Minnesota, vemos Robert Zimmerman (nome verdadeiro: n. 1941) com a sua família, em "pose Elvis", com uma banda, em 1958, e no seu álbum de finalistas, onde se lê a ambição: "juntar-me a Little Richard". A seu lado, guitarras e discos de estrelas do rock'n roll: Hank Williams, Buddy Holly ou Bo Diddley. O jovem seguirá esse sonho: muda o seu nome e "foge" para Nova Iorque em 1961, dando falsas pistas sobre a sua vida aos que o recebem. Tiago Guillul (Fados para o Apocalipse contra a Babilónia), de uma geração de músicos portugueses que integra Dylan como influência decisiva nas suas canções [ver texto nestas páginas], diz ao Ípsilon que Dylan foi "talvez o primeiro a mudar as circunstâncias da sua vida, e despreza as pessoas ansiosas em decifrá-la." Samuel Úria (Nem Lhe Tocava) diz-nos que "muita dessa ficção foi sugerida pelo próprio, forjou o seu trajecto e personalidade." E como os mitos populares do seu país, Úria compara-o "aos vendedores ambulantes de elixires milagrosos do velho Oeste." 

O poder da palavra

É o fascínio de Dylan pelos portadores de mitos do seu país que o aproxima da folk no final dos anos 50. O seu grande ídolo é Woody Guthrie (de quem vemos cartas, desenhos ou discos), que deambula pelo país para cantar as suas histórias às camadas populares. Dylan inventa, então, a sua primeira personagem nos bares de Greenwich Village e, mais tarde, no seu primeiro disco em 1962. O músico Cão da Morte (Ainda Sem Nome) nota aí tudo o que marcou a sua carreira: "A interpretação dele já existia toda, e sabendo que o disco não tem muitas músicas suas, é fantástico. Canta grandes letras mas nunca deixa de lhes dar uma interpretação incrível." E as fotografias de John Cohen mostram um actor vagabundo e chaplinesco desconfortável nas roupas. "Quando fazem dele um novo Guthrie, Dylan mostra um desconforto que levará sempre consigo", diz Guillul. "Tem o mérito de nunca se ter sentido bem em lado nenhum independentemente das honrarias que recebe."

folk encontra o seu auge na luta pelos direitos civis e Dylan usa a força do protesto para criar grandes narrativas, comprovadas, aqui, nas letras de Masters of War ou The Lonesome Death of Hattie Carroll. Jorge Cruz (Roque Popular) vê-o como "uma alma-gémea de Zeca Afonso, conta tudo através de uma história ou personagem. Foi um espírito livre da canção, podemos retirar dali o que quisermos em vez de ter o pensamento dirigido." Uma foto do festival de Newport de 1963 mostra Dylan com Joan Baez e Pete Seeger a cantar We Shall Overcome, mas é como se o seu olhar já se encontrasse noutro sítio. "As pessoas diziam que ele representava uma geração, mas trata-se dos efeitos secundários da viagem que fez", explica Cruz. Para Úria, "Dylan agradava aos intelectuais puristas de Greenwich Village e ao monasticismo hippie, mas isso escondia uma maior sede de estrelato."

Uma entrevista de Murray Lerner, que filmou as presenças de Dylan no festival folk, define Mr. Tambourine Mancomo uma passagem para o imaginário surrealista. Jorge Cruz complementa: "Dylan tinha uma bagagem maior que o habitual: a América rural dos jornais, onde procurava histórias; os westerns [Dylan entrou em Pat Garrett & Billy the Kid (1973) de Sam Peckinpah]; a música negra do blues que dá no rock'n roll e no conceito de espectáculo; ou a poesia francesa e a poesia americana beatnik influenciada pelo bebop."

A explosão eléctrica

Mas a ruptura vem com a actuação de Dylan com guitarras eléctricas, em Newport, em 1965, concerto projectado na exposição. Nasce o escândalo de um artista que dá ao público o contrário do que deseja, mas também o encontro das formas da música popular através do folk-rock, popularizado na interpretação das músicas de Dylan pelos Byrds. "É a fascinação com o folk que legitima o rock", explica Guillul. "Quando não há ainda um discurso de validação, o rock começa a nascer com pessoas como Dylan." Like a Rolling Stone é o cume da sua criatividade, explosiva canção de 6 minutos (duração invulgar para a época) aqui presente no single original. 

Mas no pico da sua carreira, Dylan iria contrariar as vogas do seu tempo (o psicadelismo) e refugiar-se nocountry. Manuel Fúria (ex-Os Golpes) defende que "apesar de não ter seguido a linha da sociedade civil, Dylan foi sempre fiel à sua incoerência, e é fundamental um artista não estar demasiado agarrado a si próprio. Interessava-lhe a música, que tem uma ordem diferente da do mundo."

As fotos de Daniel Kramer formam o único corredor de um percurso labiríntico: imagens de tournées, das gravações de Bringing It All Back Home ou de retratos de um olhar sempre escondido. Para Fúria, "um dos principais atributos do seu magnetismo é o seu silêncio, só descodificamos a personagem através da obra." Do mesmo modo, as imagens são testemunhos de um método de composição ímpar. Jorge Cruz explica que "tudo é feito nos primeiros takes com bandas que não conhecem as músicas, vem tudo da vivacidade do momento. Essa energia ficou na música mais recente, até no punk."

Depois de imagens das passagens de Dylan por França, a exposição encerra com a projecção de Don't Look Back (1965) de D.A. Pennebaker, retrato de bastidores dos concertos do músico, em Inglaterra, em 1965. Aí, vemos que Dylan já se encontra fora do palco que ele construiu. "Vendeu a alma ao diabo, como os grandesbluesmen", diz Cruz. "Para o nível a que quis estar sujeito, decide fazer um grande teatro e abdica da sua vida. A fase actual já é o reconhecimento disso, como se não tivesse direito ao arrependimento e se deixasse nas mãos de Deus, tal como um bandido."

 

Retirado do Ipsilon



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Quinta-feira, 31.05.12

 

Letra

 

 don't wanna go another day
So i'm telling you exactly what is on my mind
Seems like everybody is breaking up
Throwing their love away
But i know i got a good thing right here
That's why i say (hey)

Nobody gonna love me better
I must stickwitu forever
Nobody gonna take me higher
I must stickwitu
You know how to appreciate me
I must stickwitu my baby
Nobody ever made me feel this way
I must stick with you

I don't wanna go another day
So i'm telling you exactly what is on my mind
See the way we ride
In our privated lives
Ain't nobody getting in between
I want you to know that you're the only one for me (one for me)
When i say

Nobody gonna love me better
I must stickwitu forever
Nobody gonna take me higher
I must stickwitu (oh baby)
You know how to appreciate me
I must stickwitu my baby
Nobody ever made me feel this way
I must stick with you

And now
Ain't nothing else i can need (nothing else i can need)
And now
I'm singing 'cause you're so, so into me
I got you
We'll be making love endlessly
I'm with you (baby i'm with you)
Baby, you're with me (baby you're with me higher)

So don't you worry about
People hanging around
They ain't bringing us down
I know you and you know me
And that's all that counts (hey)
So don't you worry about
People hanging around
They ain't bringing us down
I know you and you know me
And that's, that's why i say (hey)

Nobody gonna love me better
I must stickwitu forever
Nobody gonna take me higher
I must stickwitu (come on)
You know how to appreciate me
I must stickwitu my baby
Nobody ever made me feel this way
I must stick with you

Nobody gonna love me better
I must stickwitu forever
Nobody gonna take me higher
I must stickwitu
You know how to appreciate me
I must stickwitu my baby
Nobody ever made me feel this way
I must stick with you



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Quarta-feira, 30.05.12

 

Letra

 

t’s a cold and crazy world that’s ragin’ outside
Well baby me and all my girls are bringin’ on the fire
Show a little leg, gotta shimmy your chest
It’s a life, it’s a style, it’s a need, it’s burlesque
E-X-P-R-E-S-S.
Love, sex, ladies no regrets
E-X-P-R-E-S-S.
Love, sex, ladies no regrets
Been holding down for quite some time
And finally the moment’s right
I love to make the people stare
They know I got that certain savoir faire
Fasten up, could you imagine what would happen if I let you close enough to
touch?
Step into the fantasy, you’ll never want to leave, baby let’s give it to
you

http://www.hotnewsonglyrics.com/christina-aguilera-express-burlesque-lyrics.html

[WHY?]
It’s a passion, and emotion, it’s a fashion, burlesque
It’ll move, goin’ through you, so do what I do, burlesque
All ladies come put your grown up, boys throw it up if you want it
Can you feel me, can you feel it? It’s burlesque.
I tease ‘em ’til they’re on the edge
They screamin’ for more and for more they beg
I know it’s me they come to see
My pleasure brings them to their knees
Fasten up, could you imagine what would happen if I let you close enough to
touch?
Step into the fantasy, you’ll never want to leave, baby let’s give it to
you

[WHY?]
It’s a passion, and emotion, it’s a fashion, burlesque
It’ll move, goin’ through you, so do what I do, burlesque
All ladies come put your grown up, boys throw it up if you want it
Can you feel me, can you feel it? It’s burlesque.

[DANCE BREAK!]
It’s a passion, and emotion, it’s a fashion, burlesque
It’ll move, goin’ through you, so do what I do, burlesque
All ladies come put your grown up, boys throw it up if you want it
Can you feel me, can you feel it? It’s burlesque.

Christina Aguilera – Express (Burlesque) Lyrics



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Milton NascimentoMilton Nascimento (Enric Vives-Rubio)

Milton Nascimento, a cantora de jazz Dianne Reeves ou o grupo californiano de roots reggae Groundation são algumas das estrelas do programa Verão na Casa, que a Casa da Música inaugura a 22 de Junho com uma sessão de clubbing, na qual actuarão vários DJ da editora Cómeme.

 

Até ao final de Julho, os vários espaços do edifício projectado por Rem Koolhaas, incluindo a sua praça exterior, receberão mais de meia centena de concertos, a maioria deles de entrada gratuita. Sem o apoio do Turismo de Portugal, que em 2011 tinha contribuído com 175 mil euros para esta programação estival, a Casa da Música teve de recorrer a uma dezena de fundadores, que aceitaram reforçar a sua contribuição anual, e ainda a um patrocínio especial da marca Super Bock, da cervejeira Unicer.

Contribuições que permitiram manter a diversidade de géneros musicais que costuma marcar esta programação, ainda que a contenção de custos tenha obrigado a reduzir a presença de grandes nomes da música pop ou do jazz.

A antecipar as festas sanjoaninas, o programa abre no dia 22, com uma noite de clubbing, que decorrerá em vários espaços do edifício, e prossegue no dia seguinte com o tradicional concerto de S. João, interpretado pela Orquestra Sinfónica do Porto. 

Ainda em Junho, no dia 27, Vitorino apresenta o espectáculo Ergue-te ó Sol de Verão, uma homenagem a José Afonso e Adriano Correia de Oliveira, e o clubbing regressa na noite de 30, com actuações de vários DJ, entre os quais se destacam o músico Nicolas Jaar, um génio precoce da música electrónica, autor do projecto Darkside, e Matthew Herbert, a estrela de cartaz, cujo mais recente projecto, One Pig, conta, em sons, a história de um porco desde que nasce até chegar ao prato onde irá ser comido. 

Na programação de Julho, os primeiros momentos fortes vêm do Brasil, com Milton Nascimento (dia 2), que está a celebrar o 40.º aniversário de um dos álbuns míticos da música popular brasileira: Clube de Esquina, e o grupo de world reggae Ponto de Equilíbrio, que actuará no dia seguinte. 

No dia 11, a Casa da Música recebe o projecto internacional Playing for Chance, criado pelo produtor Mark Johnson, que se dedica a descobrir talentos entre os músicos de rua. 

A cantora norte-americana Dianne Reeves, vencedora de quatro Grammys e considerada uma das grandes herdeiras dessa linhagem de divas do jazz que remonta a Sarah Vaughn ou Ella Fitzgerald, actua no dia 11, na sala Suggia, integrada no The Mosaic Project, da compositora e baterista Terri Lyne Carrington. 

Como é habitual, também o fado estará presente neste programa de Verão: António Zanbujo, que recentemente lançou o seu quinto álbum - laconicamente intitulado Quinto , dará a ouvir no dia 21 o seu fado atravessado por correntes várias, do cantar alentejano à morna. E no dia 26 será a vez de o grupo Fado Violado, um trio formado pela vocalista Ana Pinhal, pelo guitarrista Francisco Almeida e pelo contrabaixista David Baltazar, mostrar o que acontece quando se mistura a melancolia do fado com a exuberância do flamenco. 

Dois dias antes, a 24, a Casa da Música recebe os californianos Groundation, uma banda de roots reggae fundada em 1998 e que inclui nove músicos. 

O Verão na Casa, que este ano se chama Verão na Casa é Super Bock, fecha no dia 28 com um concerto do grupo de pop-rock Lissabon, formado por Pedro Lourenço, Inês Vicente, Soraia Simão e Garcês.

 

Retirado do Público



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Segunda-feira, 28.05.12

 

Letra

 

Yellow diamonds in the light
And we're standing side by side
As your shadow crosses mine
What it takes to come alive

It's the way I'm feeling I just can't deny
But I've gotta let it go

We found love in a hopeless place
We found love in a hopeless place
We found love in a hopeless place
We found love in a hopeless place

Shine a light through an open door
Love and life I will divide
Turn away cause I need you more
Feel the heartbeat in my mind

It's the way I'm feeling I just can't deny
But I've gotta let it go

We found love in a hopeless place
We found love in a hopeless place
We found love in a hopeless place
We found love in a hopeless place

Yellow diamonds in the light
And we're standing side by side
As your shadow crosses mine

We found love in a hopeless place
We found love in a hopeless place
We found love in a hopeless place
We found love in a hopeless place

We found love in a hopeless place
We found love in a hopeless place
We found love in a hopeless place
We found love in a hopeless place 


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Domingo, 27.05.12

 

Letra

 

If you ever leave me, baby
Leave some morphine at my door
'Cause it would take a whole lot of medication
To realize what we used to have
We don't have it anymore

There's no religion that could save me
No matter how long my knees are on the floor
So keep in mind all the sacrifices I'm makin'
To keep you by my side
And keep you from walkin' out the door

Cause there'll be no sunlight
If I lose you, baby
And there'll be no clear skies
If I lose you, baby
Just like the clouds
My eyes will do the same
If you walk away, everyday it will rain
Rain, rain-a-a-ain

I'll never be your mother's favorite
Your daddy can't even look me in the eye
Oooh if I was in their shoes, I'd be doing the same thing
Sayin' there goes my little girl
Walkin' with that troublesome guy

But they're just afraid of something they can't understand
Oooh, but little darlin' watch me change their minds
Yea for you I'll try, I'll try, I'll try, I'll try
I'll pick up these broken pieces 'till I'm bleeding
If that'll make it right

Cause there'll be no sunlight
If I lose you, baby
And there'll be no clear skies
If I lose you, baby
Just like the clouds
My eyes will do the same
If you walk away, everyday it will rain
Rain, rain-a-a-ain

Don't you say (don't you say)
Goodbye (goodbye)
Don't you say (don't you say)
Goodbye (goodbye)
I'll pick up these broken pieces 'til I'm bleeding
If that'll make it right

Cause there'll be no sunlight
If I lose you, baby
And there'll be no clear skies
If I lose you, baby
Just like the clouds
My eyes will do the same
If you walk away, everyday it will rain
Rain, rain-a-a-ain 



publicado por olhar para o mundo às 13:48 | link do post | comentar

A grande maioria estava presente no festival por causa dos californianos Linkin ParkA grande maioria estava presente no festival por causa dos californianos Linkin Park (Foto: Patrícia de Melo Moreira/AFP)
Cerca de 83 mil pessoas passaram neste sábado pelo Rock in Rio, numa noite de nostalgia rock, onde os mais aguardados acabaram por ser os Linkin Park e Smashing Pumpkins.

A maior parte não vai ao Rock in Rio para ser surpreendido, em termos musicais, entenda-se. As marcas no terreno, essas sim, dão o máximo para serem criativas na forma como tentam seduzir as milhares de pessoas para os seus espaços, mas das bandas, a larga maioria, espera apenas que repliquem os êxitos de sempre e cumpram com o que anseiam, gerando um efeito de reconhecimento, principalmente quando falamos de grupos que tiveram sucesso em décadas passadas, como é o caso dos Linkin Park, Limp Bizkit, Offspring ou Smashing Pumpkins. 

Mas por vezes acontecem surpresas. Raramente, mas ocorrem. Foi no intervalo de meia hora entre o concerto dos Linkin Park e dos Smashing Pumpkins, quando muito público partiu em debandada depois de ver os primeiros, que aconteceu. Foi no espaço Vodafone, um lugar de passagem, que a coisa se deu. 

Em palco, quatro músicos na casa dos vinte anos, com ar de ianques (de Nova Iorque, diriam depois) que dão pela designação de Oberhofer. Não são a melhor banda do mundo, nem provavelmente a melhor lá do seu bairro, mas mesmo assim foram aquilo (nervo, irreverência, energia, espontaneidade) que quase não se viu ao longo de toda a noite. 

Em meia hora os Oberhofer mostraram que o rock está bem vivo, quando ligado organicamente ao pulsar da vida, no seu sentido mais urgente. Quando é apenas espectáculo pelo espectáculo, sucumbe. Ficam os tiques. As astúcias repetidas à exaustão. A quantidade – de som, de cenário, de canções que repetem a mesma receita – em vez da pulsão inevitável. Na segunda metade da década de 90, depois do efeito Nirvana, o rock cresceu para os lados, desligou-se da vida, tornou-se balofo. Sim, existem excepções. Mas são isso: excepções. 

O chamado nu-metal cresceu assim, mas foi tendo sempre muitos adeptos. Que o digam os Limp Bizkit, durante muitos anos porta-estandartes do género, há alguns anos algo esquecidos, mas que no Parque da Bela Vista mostraram que em Portugal ainda têm imensos partidários. O vocalista Fred Durst fez aquilo que se espera dele, puxou pela assistência e escalou duas torres de câmaras, enquanto o resto da função ficou a cargo, essencialmente, da guitarra ruidosa de Wes Borland, num início de noite de rock cuidadosamente encenado, algo inconsequente, mas ainda assim com muitos seguidores. 

Horas mais tarde, os Linkin Park repetiram a fórmula, mas ainda para mais seguidores. Das 83 mil pessoas presentes – números da organização – a grande maioria estava lá por causa dos californianos. E saíram satisfeitos, cantando em coro canções como In the endNumb,Given upCrawlingSomewhere i belong ou Breaking the habit, com o vocalista Chester Bennington a revelar-se o principal impulsionador de um grupo que apostou na exposição dos temas de maior sucesso do seu percurso. Do novo álbum Living Things, quase a ser editado, acabaram por tocar apenas dois temas. 

Mas ninguém se importou. A imponente assistência cantou, colocou os braços no ar sempre que solicitada do palco, puxou dos telemóveis e dos isqueiros nos momentos mais melosos e do corpo nas alturas mais enérgicas. Ou seja, a prescrição funcionou sem grande mácula. Mas também, valha a verdade, sem grande emoção. A não ser quando endereçaram uma curta homenagem aos Beastie Boys (Sabotage) ou quando Bennington desceu até ao público e empunhou um cachecol do F.C. Porto que lhe foi oferecido (sem saber, claro, o que estava a fazer) e acabou por ser, com gentileza é certo, assobiado. 

Antes já haviam tocado outros repetentes no Rock in Rio, os americanos The Offspring, praticantes de um punk-rock reciclado para grandes audiências, que é tudo aquilo que o punk nos idos anos 70 não queria ser: enfadonho e previsível. 

No palco secundário, não se pode dizer que tenham existido grandes rasgos de criatividade na apresentação conjunta dos portugueses Xutos & Pontapés e dos brasileiros Titãs, mas seja em que circunstância for existe sempre verdade e uma forma, ao mesmo tempo empenhada e descontraída de estar em palco, que acaba por conquistar. E foi isso que aconteceu com a ‘superbanda lusobrasileira’, com dez músicos em palco, a divertir-se e a contagiar quem assistia, tocando canções de uns e outros, trocando de papéis (o cantor dos Titãs a cantar À minha maneira, por exemplo) e colocando em acção canções catárticas como Não sou o único (Xutos) ou Porrada (Titãs). Do concerto dos Smashing Pumpkins não se sabia muito bem o que esperar. Em mais de que uma ocasião, Billy Corgan havia dito que mais este regresso do grupo ao activo não significava que iriam fazer render os hinos de sempre. Mas perante tamanha multidão, nem eles resistiram à tentação, optando por uma solução mista: concentrando-se no material do antigamente como ZeroTonight ou Today, misto de rock furioso e rock sonhador, em versões arriscadas de canções conhecidas (The end is the beginning is the end) e alguns temas que farão parte do novo álbum de originais,Oceânia

De todos os grupos que passaram pelo palco principal, os Smashing Pumpkins foram, apesar de tudo, os que mais arriscaram. Talvez por isso, em alguns momentos, a assistência tenha parecido algo dormente, mesmo quando foram tocadas, no final, versões como Space oddity (David Bowie) ou Black Diamond (Kiss). Não deve ser fácil um grupo como o de Billy Corgan automotivar-se, apresentando novas canções, e não desiludir quem espera ouvir as canções da sua adolescência. Mas, louve-se o gesto, os Smashing Pumpkins estão a tentar. 

Para lá da música, o Rock in Rio, também já não surpreende, com montanhas russas, rodas gigantes, ofertas de sofás insufláveis, enfim, uma Disneylândia no meio do rock, que atrai gente de todas as idades. Há no entanto uma excepção: a zona onde foi recriado o ambiente de Nova Orleães. E foi aí que aconteceu outra das surpresas musicais do festival. Às tantas, ao início da noite, nesse local, fez-se ouvir uma banda americana de clássicos do blues. Sim, era apenas uma banda competente de versões. Mas no meio do alarido, conseguiram criar um clima de algum intimismo. Um milagre na Bela Vista.

 

Noticia do Público



publicado por olhar para o mundo às 13:39 | link do post | comentar

 

letra

 

There's a lady who's sure all that glitters is gold
And she's buying a stairway to heaven
And when she gets there she knows if the stores are all closed
With a word she can get what she came for

Oh, and she's buying a stairway to heaven

There's a sign on the wall but she wants to be sure
'Cause you know sometimes words have two meanings
In the tree by the brook there's a songbird who sings
Sometimes all of our thoughts are misgiving

Oh, it makes me wonder
Oh, it makes me wonder

There's a feeling I get when I look to the west
And my spirit is crying for leaving
In my thoughts I have seen rings of smoke through the trees
And the voices of those who stand looking

Oh, it makes me wonder
Oh, and it makes me wonder

And it's whispered that soon, if we all called the tune
Then the piper will lead us to reason
And a new day will dawn for those who stand long
And the forest will echo with laughter

Woe, oh
If there's a bustle in your hedgerow
Don't be alarmed now
It's just a spring clean for the May Queen

Yes there are two paths you can go by
But in the long run
There's still time to change the road you're on

And it makes me wonder

Oh

Your head is humming and it won't go, in case you don´t know
The piper's calling you to join him
Dear lady can you hear the wind blow and did you know
Your stairway lies on the whispering wind

And as we wind on down the road
Our shadows taller than our souls
There walks a lady we all know
Who shines white light and wants to show

How everything still turns to gold
And if you listen very hard
The tune will come to you at last
When all are one and one is all, yeah

To be a rock and not to roll

Oh

And she's buying a stairway to heaven 



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Sábado, 26.05.12
Excepção feita aos clássicos que todos sabem de cor, os Metallica não sobressaltaram a multidão
Excepção feita aos clássicos que todos sabem de cor, os Metallica não sobressaltaram a multidão (Miguel Manso)

A banda de Seek and destroy interpretou na íntegra Black Album, o seu disco de maior sucesso, mas não deslumbrou. O primeiro dia de Rock in Rio foi dedicado ao metal e isso, tal como o resto – o conceito, as atracções e as distracções -, já não é novidade. Num dia sem surpresas, 42 mil pessoas passaram pelo Parque da Bela Vista

 

Ainda o sol deste quente final de Maio iluminava o Parque da Bela Vista quando Andreas Kisser, o guitarrista dos Sepultura, a banda que inaugurou o palco Mundo, o principal do Rock in Rio, declarou para todos ouvirem: “Estamos aqui celebrando o heavy-metal. Melhor dia do festival, com certeza”. E sim, foi com certeza o melhor dia do festival para os tantos com t-shirts dos Metallica, dos Kreator (que tocaram no palco Sunsert) ou dos Motorhead (que veríamos estampados nas costas de James Hetfield, vocalista dos cabeças de cartaz).

Neste ano em que o Rock in Rio arrancou com o dia dedicado ao metal, a organização contabilizou 42 mil espectadores. Apesar da descarga eléctrica violenta, conturbada, das bandas em palco, foi um arranque sereno. Os Metallica encerraram a noite interpretando na íntegra o seu álbum mais bem-sucedido comercialmente, homónimo mas conhecido comoBlack Album, mas excepção feita aos clássicos que todos sabem de cor, não sobressaltaram a multidão.

Os Sepultura depararam-se com público muito considerável e tiveram nos Tambours Du Bronx, grupo de percussão francês, colaboradores perfeitos no acentuar da carga tribal-urbano-apocalíptica da sua música (o início, com uma barreira de percussão que desembocou em Refuse/Resist, foi exemplar). Mas era ainda muito cedo (às 18h estavam cerca de 20 mil espectadores na Bela Vista) para grandes tumultos entre a multidão metaleira que, como sempre, acorreu para celebrar a sua música, a sua comunidade. Que o digam os Mastodon, a muito celebrada banda a caminho de clássica que se seguiu aos Sepultura.

No extremo oposto ao palco principal, o palco Sunset lotou para os Ramp e assistiu-se a uma pequena debandada quando os Teratron, a banda electro rock mutante dos Da Weasel João Nobre e Quaresma (que eram ali parceiros de palco dos clássicos do metal português), tomaram o protagonismo e tocaram, por exemplo, uma versão de Firestarter, dos Prodigy.

Os fãs de metal são tão admiráveis na sua devoção e conhecimento das bandas e dos heróis do género quanto, muitas vezes, conservadores perante música que fuja às bases clássicas do rock'n'roll. Como tal, os sintetizadores, os ritmos e o cantor/MC dos Teratron – banda a pedir o escuro da noite ou da pista de um clube -, mostraram-se incapazes de cativar toda a multidão que, depois de os Mão Morta inaugurarem aquele palco com a companhia dos Mundo Cão e do escritor Valter Hugo Mãe, que se juntou para seguir os Ramp. O facto é que, de costas para o sol no Sunset, muito havia a explorar.

Este é, afinal, o Rock in Rio, um festival que, mais que qualquer outro, se promove enquanto experiência familiar com entretenimento diversificado. Oito anos após a primeira edição, tal não é novidade: lá vimos o slide que atravessa a zona fronteira ao palco principal; a roda gigante e a montanha-russa; sessões de karaoke e o lufa-lufa das ofertas dos patrocinadores que surgem a cada passo. Ao final da noite, o público carregaria para casa os tão concorridos sofás insufláveis, caminhando com os óculos de sol oferecidos na mão e com cristas cor-de-rosa na cabeça. Nessa altura, já se tinha visto o fogo-de-artifício que iluminou os momentos finais do concerto dos Metallica, a banda que todos esperavam e que surgiu no festival em modo de celebração.

Neste momento, o quarteto de São Francisco é no metal uma instituição assemelhada aos Rolling Stones. Vê-los é recordar uma história e as canções que as construíram. Ontem, isso foi mais evidente que nunca – a começar pelo colete do vocalista e guitarrista James Hetfield, onde se destacava o nome dos Motorhead e o logótipo dos Misfits.

Precisos como sempre, com uma produção sintomática da sua dimensão actual – palco de dois “andares”, ecrãs gigantescos, corredores entrando plateia dentro -, foram bombásticos e demoníacos no início onde se ouviram Master of puppets ou For whom the bell tolls. Foram, depois disso, inevitavelmente previsíveis. Esta é, afinal, a Black Album 2012 Tour.Nos ecrãs surgiram imagens que nos transportaram a 1991, data da edição do Black Album. Ouviu-se então esse mesmo álbum, o que lhes abriu as portas ao reconhecimento das massas, tocado da última à primeira canção, ou seja, de The struggle within a Enter sandman. Claro que se viram os braços de milhares movendo-se sincopadamente e claro que se ergueram telemóveis (e, momento retro, isqueiros) na balada das baladas Nothing else matters; obviamente que a rapariga à nossa frente, apoiada numa muleta, a ergueria quando se anunciou o riff dos riffs que é Wherever I may roam e também foi natural, digamos, aqueles dois à direita dela, jovens metaleiros há vinte anos, metaleiros com sinais de calvície hoje, abraçarem-se e saltarem de contentes, cerveja saltando do copo em todas as direcções, quando se anunciou a ainda deliciosamente sinistra Unforgiven.

Ainda assim, constatámos que se actualmente, culpa das facilidades da net, ninguém tem pachorra para ouvir um álbum do princípio ao fim, o mesmo sucedia há duas décadas (assim se explica que as últimas canções do Black Album tenham sido recebidas como completas desconhecidas). Ficou também a sensação, apesar da cortesia da praxe - “Metallica loves you” e por aí fora -, que a banda estava tão decidida a “despachar” o concerto quanto o público desejoso de se “despachar” a fruí-lo. É certo que o encore, com Fight fire with fire e One, com pirotecnia e fumos, devolveu alguma chama ao concerto (perdoe-se a redundância). É certo que teremos sempre Seek and destroy, mas faltou a química, o êxtase, o desejo rock'n'roll.

Não era certamente isso que antecipava o homem dobrado sobre si próprio que, a meio da noite, berrava desesperado ao telemóvel. “Mas eu estou no mesmo sítio, porra!”, insistia uma e outra vez. Em palco estavam os Evanescence e nós partilhámos aquela dor. A banda de Amy Lee, valquíria de saia de folhos e muitos malabarismos vocais, provoca precisamente aquela sensação: “Mas eu estou no mesmo sítio, porra!”. Uma melodia ao piano a puxar ao barroco sentimental via Kate Bush, a detonação da distorção das guitarras para dar a entender, sem qualquer vestígio de subtileza, que aquilo é coisa da pesada e, por fim, um refrão que cumpre ponto por ponto as regras de playlist de rádio anónima. Canção após canção, os Evanescence insistiram nisto.

Felizmente que, depois deles, apareceria no pequeno palco da Vodafone FM o punk hardcore dos portugueses Devil In Me. Irados, felicíssimos, transbordantes de energia, fizeram o público levantar toda a poeira que o chão guardava – e ainda homenagearam Adam Yauch, dos Beastie Boys, com uma versão de Sabotage.

Felizmente, enquanto Amy Lee contorcia a voz pela enésima vez, algo acontecia num espaço chamado Rock Street, rua inspirada em Nova Orleães e montada como cenário de estúdio de cinema. É a zona comercial do Rock in Rio e inclui restauração, loja de vestuário ou cabeleireiro. Também tem um coreto e, nele, estavam uns Antwerp Gipsy-Ska Orchestra que, enfiados nos seus fatos de gajos com pinta, saltitavam ao ritmo do ska e de fanfarra cigana (o nome da banda é realmente descritivo), com teclado borbulhante e saxofone que bamboleava em bom ritmo. Perante eles, algumas dezenas dançavam de sorriso estampado no rosto. Perante nós, uma surpresa agradável num espaço, a Rock Street sem rock, que surge como a novidade deste Rock in Rio que, à quinta edição, para o bem e para o mal, já conhecemos demasiado bem.

O festival continua neste sábado com os Smashing Pumpkins como nome principal. O cartaz que inclui ainda, no palco principal, Linkin Park, Offspring e Limp Bizkit.

 

Noticia do Público



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letra

 

Hello darkness, my old friend,
I've come to talk with you again,
Because a vision softly creeping,
Left its seeds while I was sleeping,
And the vision that was planted in my brain
Still remains
Within the sound of silence.

In restless dreams I walked alone
Narrow streets of cobblestone,
'Neath the halo of a street lamp,
I turned my collar to the cold and damp
When my eyes were stabbed by the flash of a neon 
light
That split the night
And touched the sound of silence.

And in the naked light I saw
Ten thousand people, maybe more.
People talking without speaking,
People hearing without listening,
People writing songs that voices never share
And no one dared
Disturb the sound of silence.

"Fools" said I, "You do not know
Silence like a cancer grows.
Hear my words that I might teach you,
Take my arms that I might reach you."
But my words like silent raindrops fell,
And echoed
In the wells of silence

And the people bowed and prayed
To the neon god they made.
And the sign flashed out its warning,
In the words that it was forming.
And the sign said, "The words of the prophets are written 
on the subway walls
And tenement halls."
And whisper'd in the sounds of silence.



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Sexta-feira, 25.05.12

 

Letra

 

Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic 'til I'm gathered safely in
Lift me like an olive branch and be my homeward dove
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

Oh let me see your beauty when the witnesses are gone
Let me feel you moving like they do in Babylon
Show me slowly what I only know the limits of
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

Dance me to the wedding now, dance me on and on
Dance me very tenderly and dance me very long
We're both of us beneath our love, we're both of us above
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love

Dance me to the children who are asking to be born
Dance me through the curtains that our kisses have outworn
Raise a tent of shelter now, though every thread is torn
Dance me to the end of love

Dance me to your beauty with a burning violin
Dance me through the panic till I'm gathered safely in
Touch me with your naked hand or touch me with your glove
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love
Dance me to the end of love



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Quinta-feira, 24.05.12

 

letra

 

And who by fire, who by water,
who in the sunshine, who in the night time,
who by high ordeal, who by common trial,
who in your merry merry month of may,
who by very slow decay,
and who shall I say is calling?

And who in her lonely slip, who by barbiturate,
who in these realms of love, who by something blunt,
and who by avalanche, who by powder,
who for his greed, who for his hunger,
and who shall I say is calling?

And who by brave assent, who by accident,
who in solitude, who in this mirror,
who by his lady's command, who by his own hand,
who in mortal chains, who in power,
and who shall I say is calling?



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Quarta-feira, 23.05.12


Letra


Não encontrei a letra desta música


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Terça-feira, 22.05.12

 

Letra

 

Go!
It all comes down to this
I miss your morning kiss
I won't lie, I'm feeling it
You don't know and I'm missing it
I'm so gone, I'm must admit
It's too much to hold it in
I can't say no more than this
I just hope your heart hear me now
I let you know how I'm feeling
You own my heart, he just renting
Don't turn away, pay attention
I'm pouring out my heart, oh boy

I, I'm not living life
I'm not living right
I'm not living if you're not by my side

I, I'm not living life
I'm not living right
I'm not living if you're not by my side

Let's meet at out favourite spot
You know the one, right around the block
From a nice place, let's look to shop
Can you get away?
Care to sit down, let's talk it out
One on one, without a crowd
I wanna hold your hand
Making love again, I need to be near you
Gotta let you know how I'm feeling
Own my heart, and she just renting
Don't turn away, pay attention
I'm pouring out my heart, girl

I, I'm not living life
I'm not living right
I'm not living if you're not by my side

I, I'm not living life
I'm not living right
I'm not living if you're not by my side

I can't eat
I can't sleep
What I need
Is you right by my side

I can't eat
I can't sleep
What I need
Is you right by my side

It ain't your spit game, it's your dick game
That got me walking 'round ready to wear your big chain
I only argue wit' 'em when the Lakers on
Other than that I'm getting my Marc Jacob's on
When my pussy game so cold
That he always seem to come back
Cause he know that it'd be a wrap
When I'm riding it from the back
Wait, oh, let me see your phone
Cause all them bitches is ratchet
And let me get in my truck
Cause all them' bitches'll catch it
Wait wait wait, there I go again
I be trippin', I be flippin, I be so belligerent
Man, this shit that we be fighting over so irrelevant
I don't even remember though I was probably hella bent

I, I'm not living life
I'm not living right
I'm not living if you're not by my side

I, I'm not living life
I'm not living right
I'm not living if you're not by my side

I
Life
I
If you're not by my side

I can't eat
I can't sleep
What I need
Is you right by my side 



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Segunda-feira, 21.05.12

 

Letra

 

I was looking for a breath of life,
A little touch of heavenly light,
But all the choirs in my head say no
To get a dream of life again,
A little vision of the start of the end,
But all the choirs in my head say no

And I need one more touch,
Another taste, a heavenly rush,
And I believe, I believe it so
And I need one more touch,
Another taste, a divine rush,
And I believe, I believe it so

Whose side am I on,
Whose side am I?
Whose side am I on,
Whose side am I?

And the fever begins to rage,
From my heart down to my legs,
But the room is so quiet
And although I was losing my mind,
It was a chorus so sublime,
And the room is too quiet

I was looking for a breath of life,
A little touch of heavenly light,
But all the choirs in my head sing no
To get a dream of life again,
A little vision of the start of the end,
But all the choirs in my head sing, no

It's a long way and it's come from paper
And I always say,
We should be together
I can see the look, because this song'll be ended
And if you are gone, I will not be long
(Be long, be long, be long)

And I started to hear it again,
But this time it wasn't the end,
But the room is so quiet, oh,
And my heart is a hollow plain,
For the devil to dance again
But the room is too quiet

I was looking for a breath of life,
A little touch of heavenly light,
But all the choirs in my head sing no 


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Robin Gibb, a voz dos Bee Gees, morreu aos 62 anos

Cantor sofria de cancro no cólon e no fígado (Foto: Luke MacGregor/Reuters)

 

O cantor Robin Gibb, vocalista e um dos fundadores da banda Bee Gees, morreu no domingo à noite, aos 62 anos, em Londres. O músico que fundou uma das bandas mais conhecidas do disco sound lutava há anos contra o cancro.

 

Robin fundou os Bee Gees com os irmãos Barry e Maurice. O cancro de que padecia tinha atacado o cólon e o fígado. Nas últimas semanas, o estado de saúde tinha piorado, graças a uma pneumonia, e depois melhorou, mas a doença acabou por vencer.

Era a voz principal da banda que vendeu mais de 200 milhões de discos, desde os anos de 1960. Um volume de vendas que colocava esta banda masculina – que se distinguiu no panorama mundial pelos falsetes cantados sobre tessituras disco sound, dançáveis ou românticas baladas – num plano de sucesso comercial equivalente ao de outras bandas históricas do pop rock mundial como os Rolling Stones ou Pink Floyd.

 

Noticia do Público



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Durante 1h40, os Coldplay deram um concerto ensaiado ao milímetro

Durante 1h40, os Coldplay deram um concerto ensaiado ao milímetro (Manuel Roberto)

 

Quem viu os Coldplay ao vivo em Agosto de 2000, em Paredes de Coura, não poderia imaginar que, cerca de uma década depois, estariam a lutar pelo título de maior banda de estádio do mundo. Então, um tímido Chris Martin quase pedia desculpa pelo facto do quarteto ter chegado a número um do Reino Unido. Esta sexta-feira, no Estádio do Dragão, viu-se um colectivo rodado e conhecedor de todos os truques deste tipo de espectáculos, que investiu maioritariamente no mais recente álbum,Mylo Xyloto (do qual foram apresentados dez temas), e nos hinos pop que têm invadido as rádios nos últimos anos.

 

Interessa, nestes casos, agradar às massas, em modo best of. Foi isso que sucedeu, mesmo que canções como Shiver (uma dos melhores da história da banda) tenham ficado de fora. Do disco de estreia sobrou apenas Yellow e percebe-se porquê: Parachutes é um misto de melancolia e de canções construídas tendo por base uma série de bons riffs, com menos potencial para gerar cantorias colectivas. Viva la vida ou Paradise resumem em si o conceito de rock de estádio: são músicas redondas, polidas, com refrões acessíveis e viciantes; perfeitas no seu objectivo, mesmo que musicalmente pouco desafiantes. Três anos depois da primeira digressão em megarecintos, os Coldplay competem com os U2 pelo título de reis do estádio, mas ainda só lhes podemos chamar “príncipes”. Os irlandeses já atingiram dimensões que Chris Martin e companhia não tocam.

Já lá vamos. Primeiro, há que dizer que a chuva esteve prestes a estragar a festa (estragou, pelo menos, os concertos de arranque de Rita Ora e Marina and the Diamonds), mas, como por milagre, parou no momento em que os Coldplay entraram em palco. Viu-se então fogo-de-artifício e chegariam depois confetes e bolas coloridas; para além disso, os cinco ecrãs gigantes alternaram imagens ao vivo com animações e as pulseiras cintilantes que foram entregues ao público na entrada brilhavam no escuro. Talvez a dimensão deste “folclore” tenha sido sobredimensionada, porque, a dada altura, era legítimo perguntar qual era o papel da música no meio de tudo aquilo.

Arrancando com Mylo xyloto e tirando partido de um som quase perfeito (nítido e equilibrado), os Coldplay cumpriram um alinhamento que alternava temas mais rockeiros com outros mais pop. In my place (um single quase perfeito, que já data de 2002) foi o primeiro grande sucesso apresentado, tendo-se seguido outros momentos interessantes como Lovers in Japan ou Charlie Brown. Quando a receita era mais electrónica (por exemplo, no dueto virtual com Rihanna, em Princess of China) ou mais delicada (pensamos especificamente numa versão acústica de Speed of sound, num pequeno palco no extremo oposto da estrutura principal), o resultado foi algo insosso. Clocks, no encore, terá sido o momento alto: trata-se de uma bela canção pop, interpretada com o nervo necessário, no momento certo.

Como não poderia deixar de ser, tratou-se de um espectáculo ensaiado ao milímetro, que terá satisfeito 98 por cento do público. Porém, não podemos deixar de notar alguma falta de sal e pimenta. A banda britânica quer ter a alegria e a euforia como imagens de marca, mas, ao longo de 1h40 de concerto, pede-se alguma diversidade de emoções. A comparação é inevitável: os U2, nos seus melhores momentos de estádio nos anos 90, conseguiam ser simultaneamente mordazes, expansivos, sombrios, apaixonados e experimentais. Apesar de toda a competência demonstrada, os Coldplay não chegam a esse cume, porque a pop pode ser mais do que aquilo que apresentaram.

 

Noticia do Público



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Domingo, 20.05.12

 

letra

 

If you leave me now
You'll take away the biggest part of me
Oooh no, baby please don't go

And if you leave me now
You'll take away the very heart of me
Oooh no, baby please don't go
Oooh girl, I just want you to stay

A love like ours is love that's hard to find
How could we let it slip away

We've come too far to leave it all behind
How could we end it all this way

When tomorrow comes and we both feel bad
The things we said today

A love like ours is love that's hard to find
How could we let it slip away

We've come too far to leave it all behind
How could we end it all this way

When tomorrow comes and we both feel bad
The things we said today

If you leave me now
You'll take away the biggest part of me
Oooh no, baby please don't go

Oooh doll, just got to have you by my side
Oooh no, baby please don't go
Oooh my my, just got to have your lovin



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Sábado, 19.05.12

 

Letra

 

Strumming my pain with his fingers, 
singing my life with his words, 
killing me softly with his song, 
killing me softly with his song, 
telling my whole life with his words, 
killing me softly with his song 

I heard he sang a good song, I heard he had a style. 
And so I came to see him to listen for a while. 
And there he was this young boy, a stranger to my eyes. 

I felt all flushed with fever, embarrassed by the crowd, 
I felt he found my letters and read each one out loud. 
I prayed that he would finish but he just kept right on. 

He sang as if he knew me in all my dark despair 
and then he looked right through me as if I wasn't there. 
But he just came to singing, singing clear and strong. 



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