Terça-feira, 17.04.12

Reaproveitar os desperdícios para os mais pobres é o objectivo do Movimento Zero Desperdício

Reaproveitar os desperdícios para os mais pobres é o objectivo do Movimento Zero Desperdício (Foto: João Gaspar)

 

O primeiro passo é dado na área da alimentação – com um plano de redistribuição de sobras de restaurantes, hotéis e supermercados que já está no terreno na zona de Lisboa – mas a “ambição da equipa” atrás do Movimento Zero Desperdício é alargar o projecto a todo o tipo de “sobras” e a todo o país.

 

A campanha, com o alto patrocínio da Presidência da República, quer “aproveitar os incontáveis desperdícios de bens, produtos e recursos existentes, um pouco por todo o país”. Em Loures, um dos primeiros municípios a aderir, há já 387 famílias que recebem a ajuda alimentar que partiu de uma acção da Associação Dar i Acordar.

Um dos primeiros pontos a esclarecer é que não serão redistribuídos os restos de comida servida em restaurantes, hotéis e supermercados mas antes as sobras que consistem “refeições ou outros bens alimentares que não tenham sido servidos e que, apesar de estarem em boas condições, não possam ser vendidos”. Produtos “cujo prazo de validade está a chegar ao fim ou que não foram expostas nem estiveram em contacto com o público”, são exemplos. Os dados da associação referem que mais de 360 mil pessoas que não têm o que comer em Portugal e contrapõe-se outro número: todos os dias são desperdiçadas cerca de 50 mil refeições em todo o país.

Segundo Paula Policarpo, um dos rostos da Associação Dar i Acordar, o Movimento “Zero Desperdício” já está a ser experimentado na zona de Lisboa (com as autarquias de Lisboa, Loures, Cascais e Sintra) desde o início deste ano. 

Além do apoio do Presidente da República, este movimento com o lema “Portugal não se pode dar ao lixo” terá ainda a voz (literalmente) de mais de 50 artistas portugueses que quiseram participar no hino da campanha.

Para Paula Policarpo esta acção resume-se ao “puro exercício da cidadania” onde todos podem participar a custo zero. “A ideia começa com os alimentos e na zona de Lisboa mas a nossa ambição é replicar este modelo em todo o país e usá-lo também para o aproveitamento de outros desperdícios, como os recursos humanos, livros, ou outros bens”, sublinha.

A acção “Zero Desperdício” surge pouco tempo depois da campanha “DA - Direito à Alimentação”, lançada em 2010 pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (ARESP). A DA também teve o patrocínio da Presidência da República e estava apoiada num conceito muito semelhante que visava o aproveitamento (com o apoio das autarquias) das refeições não servidas no sector. Mas, admite um porta-voz da ARESP, “esta campanha está em risco porque é difícil, manter-se a solidariedade nestes tempos de crise”. Segundo um balanço com data de Fevereiro deste ano, “a campanha está em plena operação nos municípios de Santa Maria da Feira, Entroncamento, Leiria e Ovar, os quais asseguram uma média mensal de refeições doadas de cerca de 2.650. Desde o início da operação, Abril a Dezembro de 2011, já foram doadas cerca de 24 mil refeições”. 

Lisboa e Loures para já

As acções do Movimento Zero Desperdício tiveram início em Novembro do ano passado e desenvolvem-se atualmente em duas freguesias de Lisboa (Campolide e Lapa) e em todo o concelho de Loures. 

Segundo o presidente da Associação Dar i acordar, António Costa Pereira, que falou durante a cerimónia de lançamento, esta manhã, Loures e Lisboa foram municípios piloto do projecto e o objectivo é agora alargá-lo a outras autarquias do país. 

“Este é só um ponto de partida, pois o objectivo é chegar a outros pontos de Portugal e tornar o nosso país um exemplo nesta matéria”, sublinhou o responsável, adiantando que os municípios de Sintra e Cascais serão os próximos a receber este projecto. 

No caso de Loures, a campanha Zero Desperdício teve início em Janeiro deste ano e conta com a colaboração de 11 superfícies comerciais e 11 instituições particulares de segurança social (IPSS), que fazem chegar os excedentes alimentares às famílias mais carenciadas. 

Segundo a vereadora com o pelouro da Acção Social na câmara de Loures, Sónia Paixão, no âmbito deste projecto já foram angariados mais de sete mil quilos de alimentos e apoiadas 387 famílias carenciadas. 

No município de Lisboa o projecto desenvolve-se na freguesia de Campolide, através da Associação Desenvolver Campolide, e mais recentemente na freguesia da Lapa, que escolheu como mediador as Oficinas de São José. Em Campolide, o apoio chega a 16 idosos, 30 famílias carenciadas e 15 crianças de dois estabelecimentos de ensino da freguesia, adiantou o presidente da junta de freguesia, André Couto. 

Já na Lapa, o projecto está a ser apoiado sobretudo pela Assembleia da República, que tem doado diariamente às Oficinas de São José entre 12 a 24 refeições diárias. 

Segundo o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, a autarquia pretende alargar o projecto a todas as freguesias da capital, sendo que a próxima deverá ser a Santa Maria dos Olivais.

 

Via Público



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Quarta-feira, 28.03.12

A Europa continua a liderar o consumo mundial de álcool

A Europa continua a liderar o consumo mundial de álcool (Foto: Nuno Ferreira Santos)

 

Continente europeu continua a liderar o consumo mundial de álcool, com uma média anual de 12,4 litros por habitante. Em Portugal, a média é de 13,4 litros, revela um relatório da Organização Mundial de Saúde.

 

Numa lista de 34 países da Europa, Portugal surge no nono lugar no que se refere à média anual de consumo de álcool puro per capita, com 13,43 litros. Esta é uma das leituras mais imediatas que se podem fazer aos dados revelados ontem no relatório Álcool na União Europeia, da Organização Mundial de Saúde, com o patrocínio da Comissão Europeia.

Os mapas e gráficos mostram também que Portugal é um dos países com maior número de acidentes na estrada que envolvem álcool e que é um dos poucos (no total, são cinco, numa lista de 29 países) a autorizar a venda de álcool a menores de 18 anos. Curiosamente, Portugal mostra ainda ser um dos países com mais abstémios, o que pode indicar que os que bebem, bebem muito.

O título do comunicado que resume o relatório da OMS divulgado ontem é revelador do padrão europeu: "Os adultos na Europa consomem três bebidas alcoólicas por dia". As contas são simples: uma média de 12,5 litros de álcool puro por ano é o equivalente a 27 gramas por dia, o que, por sua vez, é o equivalente a três bebidas por dia. O documento avalia os consumos, mas realça sobretudo os efeitos do álcool na saúde dos europeus (há mais de 40 problemas de saúde associados e um em cada dez cancros nos homens está relacionado com o álcool), concluindo que é possível evitá-los. 

Entre as múltiplas estratégias para minimizar os inúmeros estragos provocados pelo álcool (nos próprios ou em terceiros), aponta-se para a necessidade de dificultar o acesso dos mais jovens às bebidas. Neste preciso ponto - e apesar da intenção manifestada pelo Governo de aumentar para os 18 anos a idade mínima - Portugal permanece num restrito grupo de quatro países (entre 29) que mantém os 16 anos como idade-limite para a compra de álcool (Malta colocou o limite dos 17 anos), independentemente de se tratar de cerveja, vinho ou bebidas espirituosas e do local de venda.

O secretário de Estado da Saúde, Leal da Costa, reafirmou este mês a vontade de legislar de forma a proibir a venda de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos. Já o tinha feito em Novembro do ano passado, mas sem adiantar mais pormenores sobre esta medida, nomeadamente quando será aplicada e se abrange todos os tipos de bebidas alcoólicas e locais de venda. Ontem, o PÚBLICO tentou obter mais alguns pormenores sobre esta estratégia do Ministério da Saúde, mas sem sucesso. 

Para já, sabe-se apenas que, além do aumento da idade-limite dos 16 para os 18 anos para a compra de álcool, o Governo quer também baixar a taxa de alcoolemia (de 0,5 para os 0,2 gramas de álcool por litro) para os recém-encartados e jovens. Em entrevista à Antena 1, Leal da Costa lembrou que "há dados que mostram que há sete vezes mais mortalidade em condutores, abaixo dos 20 anos, quando conduzem com 0,5 gramas quando comparados com 0,2 gramas". O governante falou ainda de uma forma vaga de um conjunto de "outras formas de motivar os jovens a beber menos". 

O relatório divulgado ontem pela OMS valida esta estratégia anunciada pelo Governo e avança ainda com outro tipo de medidas capazes de fazer diminuir o consumo de álcool e, desta forma, minimizar os seus efeitos. Aumentar as taxas para fazer subir o preço das bebidas e regulamentar a publicidade são algumas das propostas. O relatório aponta ainda para a necessidade de monitorizar a eficácia das leis, tais como o limite de idade para a compra de álcool através de acções inspectivas que coloquem o sistema à prova. 

De resto, sobre o retrato do álcool na Europa, a OMS revela que o consumo se mantém estável e que na Europa Ocidental e do Sul tem mesmo diminuído. Portugal surge no grupo da Europa do Sul, região que continua a ser excepção no mapa europeu, ao preferir o vinho à cerveja. No que se refere às mortes provocadas pelo álcool (um em cada sete homens e uma em cada 13 mulheres com idades entre os 15-64 anos morreram por causa do álcool), a Europa do Sul tem os valores mais baixos (uma taxa de 30 homens e 10 mulheres por 100 mil habitantes) perante uma média europeia que é de 57 homens e 15 mulheres. A maior nódoa de Portugal surge no capítulo dos acidentes na estrada que envolvem álcool, com o país a destacar-se entre os que têm piores resultados. Na análise dos abstémios, Portugal aparece com uma impressionante percentagem de 18,6% dos homens e 32% das mulheres, quando a média europeia se fica pelos 5,6% e 13,5%, respectivamente. 

 

Via Público



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Terça-feira, 27.03.12

 

Leonard Cohen
Leonard Cohen (Luke MacGregor/Reuters)
O músico e poeta canadiano Leonard Cohen actuará a 7 de Outubro no Pavilhão Atlântico, em Lisboa, no âmbito de uma digressão internacional com o novo álbum, “Old Ideas”, foi hoje anunciado.

 

De acordo com a promotora Everything is New, os bilhetes para o concerto estarão à venda a partir de sexta-feira e variam entre os 30 e os 85 euros. As datas da “Old Ideas World Tour” foram hoje anunciadas e incluem um concerto em Portugal, assinalando o regresso de Leonard Cohen, que deu três concertos para o público português em 2008, 2009 e 2010. 

Leonard Cohen, 77 anos, editou em Janeiro passado o álbum “Old Ideas”, o primeiro em oito anos, sucessor de “Dear Heather”. O álbum, com o selo da editora Sony Music, reúne dez canções novas, com Leonard Cohen a demonstrar o apreço pelos blues e com a voz ainda mais grave e soturna. 

Nele canta os temas que sempre o acompanharam: a espiritualidade, o amor e a morte. “É um manual para viver com a derrota”, descreveu Leonard Cohen em Janeiro aos jornalistas em Paris, depois de uma audição conjunta do novo álbum. “Eu sempre gostei de blues e da construção musical, mas sempre senti que não tinha o direito de os cantar”, reconheceu o cantor. 

Aos 77 anos, sentiu-se com permissão para se meter nos blues e surgiram as canções novas de “Old Ideas”, como “Show me the place”, “Darkness”, “Amen” e “Banjo”. 

Leonard Cohen editou o primeiro álbum, “Songs of Leonard Cohen”, em 1967, depois de ter publicado dois romances: “O Jogo favorito”, de 1963, e “Vencidos da Vida”, de 1966, ambos editados em Portugal. Cohen foi distinguido em 2011 com o Prémio Príncipe das Astúrias das Letras, de Espanha, pelo “imaginário sentimental” da escrita e da música. 

Em 2008, Leonard Cohen andou em digressão pelo mundo com o repertório de canções e foi com essa tournée que esteve três vezes em Portugal. 

 

Via Público

 



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Quinta-feira, 08.03.12

As mulheres representam 52,2% da população portuguesa

As mulheres representam 52,2% da população portuguesa (Paulo Pimenta)

 

Instituto Nacional de Estatística (INE) fez as contas no feminino e concluiu que as portuguesas são a maioria, vivem mais tempo, são mais pobres e as que são vítimas de crime têm vindo a aumentar.

 

As mulheres portuguesas são mais pobres, porque têm taxas de desemprego mais elevadas. Vivem mais, em média até aos 82 anos, e têm filhos cada vez mais tarde. As que estão presas têm vindo a diminuir, mas aumentam as que são vítimas de crimes. Em profissões como a Medicina estão em maioria, como, de resto, entre a população: são 5,5 milhões, ou seja, 52,2% portuguesa. Eis um retrato estatístico no feminino. 

Na véspera do Dia Internacional da Mulher, o Instituto Nacional de Estatística (INE) pôs-se a fazer as contas no feminino e concluiu, por exemplo, que a relação de feminilidade se alterou na última década: passou de 107,1 para 109,2 mulheres por cada cem homens. O maior aumento foi no grupo etário dos 75 e mais anos: em dez anos passamos a ter mais 27,3% de mulheres nessa faixa etária. 

Em 2010, a idade média das mulheres ao primeiro casamento era de 29,2 anos. Antes disso, têm o primeiro filho - aos 28,9 anos - o que traduz um adiamento da maternidade em 2,4 anos face ao que se passava em 2000. Eventualmente porque têm menos filhos (1,37 crianças em 2011), as mulheres representam 63,8% da população que vive só. 

Há uma frente em que estão em igualdade com os homens: nas prestações de desemprego. Em 2010, representavam 51,2% dos beneficiários do subsídio de desemprego. O que recebiam era menos, porque também tinham auferido salários inferiores ao dos homens. Entre elas a taxa de pobreza é também, por isso, mais elevada: 18,4%. Se estivermos a falar apenas das que tem 65 ou mais anos, a taxa sobe para os 23,5%. 

No tocante ao crime e à violência, fazem-se representar mais como vítimas e menos como reclusas. Em números, as mulheres constituíam 58,6% dos lesados ou ofendidos em crimes contra pessoas, em 2010. No mesmo ano, representavam apenas 5,4% da população prisional (9,4% em 2000). 

Em média, elas vivem mais do que os homens e têm nas doenças do aparelho circulatório a principal causa de morte. Só 2010 perderam, na sua totalidade, 12.653 anos potenciais de vida por doenças daquele espectro. Os tumores também as matam: 182,6 mulheres em cada cem mil. 

 

Via Público



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Segunda-feira, 05.03.12
Em Washington D.C. entre o mais rico dos habitantes e o mais pobre há 18 anos de diferença na esperança média de vida
Em Washington D.C. entre o mais rico dos habitantes e o mais pobre há 18 anos de diferença na esperança média de vida (Scott Olson/AFP)
Michael Marmot veio ao Portugal em crise relembrar que por cada 1% na subida da taxa de desemprego, os suicídios crescem 0,8%. A boa notícia é que descem as mortes por acidentes de viação, ironiza. Viagem ao mundo das desigualdades na saúde com muito humor negro

Já não soa a surpreendente dizer que a esperança média de vida de uma mulher no Zimbabwe é de 42 anos e a de uma japonesa é de 80 anos, uma diferença de 42 anos, portanto. Ou que um queniano morre em média aos 47 anos e um sueco pode chegar contar aos 82, enuncia Michael Marmot, professor catedrático em Epidemiologia e Saúde Pública e director do Instituto Internacional para a Sociedade e Saúde na University College de Londres.

Mas e se o universo de que falamos for antes uma das zonas mais ricas de Londres, Westminster? Isso mesmo, o sítio onde fica o Parlamento britânico "e onde vivem muitos políticos e pessoas ricas". Pois nesta área geográfica, a diferença entre o mais rico e o mais pobre dos habitantes é de 17 anos. Não é preciso, por isso, apanhar um avião para África. "Eu faço este percurso de bicicleta em cerca de 25 minutos", disse o inglês Michael Marmot, na semana passada, perante uma plateia de profissionais de saúde no Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, em Lisboa. 

"É um mito pensar que a Europa é uma região rica e não tem estes problemas. Há grandes desigualdades entre as pessoas, dentro dos países". E esta não é uma particularidade de Inglaterra, é possível encontrar o mesmo fenómeno, por exemplo, numa simples viagem de metro na capital norte americana, continua. Em Washington D.C. entre o mais rico dos seus habitantes e o mais pobre distam 18 anos de diferença em esperança média de vida, explicita o académico. Este tipo de desigualdades sociais que se reflectem na mortalidade e no estado de saúde das pessoas são tão transversais e tão permanentes que "até na igualitária Suécia há um estudo que mostra que há diferenças entre um detentor de um doutoramento e o de um mestrado, o doutorado tem maior esperança de vida". 

 

Via Público



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Terça-feira, 17.01.12

As declarações de incentivo à emigração por parte de autoridades portuguesas não causam nenhum desconforto ao Brasil, afirmou à Lusa o secretário nacional de Justiça do país, Paulo Abrão, garantindo que essa mão de obra é bem-vinda.

"Não vemos nessa atitude nenhum problema que possa configurar algum tipo de desconforto. A receção de irmãos portugueses, para contribuir para o crescimento da nação, é muito bem-vinda", declarou o responsável.

Nas declarações à agência Lusa, Paulo Abrão afirmou que a relação do Governo brasileiro com as autoridades portuguesas "é de reciprocidade". "São relações diplomáticas irretocáveis", considerou.

O secretário nacional de Justiça do Brasil falava à Lusa para comentar o aumento na concessão de vistos de trabalho a portugueses nos últimos meses, que foi o maior, em termos absolutos, entre todas as nacionalidades.

328.856 portugueses com visto

Segundo dados do Ministério da Justiça, no final de 2009 276.703 portugueses viviam no Brasil com visto temporário ou permanente. Em junho de 2011, esse número atingia os 328.856.

Paulo Abrão atribui o aumento a fatores de ordem "económica, política e cultural", negando que tenha havido qualquer mudança administrativa ou legal por parte das autoridades brasileiras que facilitasse a entrada de portugueses.

"Isso é um reflexo do crescimento económico do Brasil. A nossa economia tem-se consolidado no mercado internacional", declarou.

O governante cita a elevação nos índices de investimentos estrangeiros no país, a sua maior exposição internacional em virtude do Mundial2014 de futebol e dos Jogos Olímpicos de 2016 e a tradição brasileira de receber imigrantes como fatores atrativos de mão de obra.

Tratados de cooperação entre os dois países

Apesar de não ter havido nenhuma mudança recente de regras, a entrada de mais trabalhadores portugueses pode estar relacionada com a consolidação dos tratados de cooperação e de facilitação da circulação de pessoas entre o Brasil e Portugal, assinados no início dos anos 2000.

"É claro que todo e qualquer acordo de cooperação tem um tempo de maturação, seja para a sua difusão entre os agentes governamentais, seja para o conhecimento da população", afirmou o secretário nacional de Justiça.

Abrão rejeitou, assim, as críticas por parte de alguns cidadãos portugueses que dizem ter muitas dificuldades para obter vistos. "Os números falam por si", afirmou o responsável.

A crise em Portugal é considerada o principal motivador do aumento da emigração de trabalhadores. Apesar do prognóstico de agravamento da situação económica em 2012, Abrão disse que o Brasil não pretende impor limites à entrada de portugueses.

Via expresso



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Quarta-feira, 11.01.12
Maternidade de substituição pode avançar
O PS e o Bloco de Esquerda entregaram dois projectos de Lei para alterar a legislação da Procriação Medicamente Assistida, em vigor desde 2006. As propostas deverão ser discutidas no Parlamento dia 19, depois do pedido de adiamento do PSD, que esta quinta-feira fará «uma reflexão interna», revelou o deputado social-democrata José Miguel Santos esta manhã.

No colóquio sobre PMA na Fundação Calouste Gulbenkian, os representantes de todos os grupos parlamentares mostraram abertura à aprovação da maternidade de substituição, em casos em que a mulher esteja fisicamente impossibilitada de gerar filhos, por motivos uterinos. «Preferimos a expressão maternidade de substituição [a barrigas de aluguer] devido aos riscos de mercantilização da vida humana», afirmou o deputado do PSD, acrescentando que aceitaria esta prática de PMA num casal heterossexual, «em caso de ausência de útero da mulher».

 

Já o presidente do Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA), o juiz desembargador Eurico Reis, fez saber que vê com bons olhos a utilização das técnicas de PMA em casais heterossexuais, «que não devem ser hostilizados». «É preciso lembrar que é de pessoas e de sofrimento que estamos a falar», reagiu o presidente do CNPMA.

 

Também os restantes representantes dos partidos presentes no encontro desta terça-feira revelaram uma posição favorável à maternidade de substituição, enquanto «método de subsidiar a procriação e não alternativo».

 

«Os progressos da ciência devem estar ao serviço dos cidadãos», considerou o deputado socialista Manuel Pizarro, acrescentando que também o seu partido aceita a maternidade de substituição «em condições excepcionais».

 

Para o Bloco de Esquerda, esta é uma questão que deve ir mais longe, estendendo a maternidade de substituição a pessoas que não sejam casadas, como mulheres sozinhas. «A Natureza não exige a ninguém que seja casado para procriar», defendeu o deputado João Semedo, do BE.

Além disso, o BE advoga a possibilidade de a maternidade de substituição tornar-se um método alternativo de procriação, «mesmo para casais férteis».

 

O partido Os Verdes partilha estes princípios. Apenas o CDS não revelou o sentido do seu voto.

 

De resto, o deputado do PSD sublinhou que este «não é um tema de coligação» e que os sociais-democratas vão ter liberdade de voto no projecto de lei.

 

Via Sol



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Segunda-feira, 09.01.12
Um grupo de cidadãos «rebaptizou» no sábado seis estações do Metro de Lisboa com nomes de empresas e do FMI para protestar contra o patrocínio da PT na paragem da Baixa-Chiado.

Um grupo de amigos voltou a colar vários autocolantes com logótipos de empresas e do FMI nos diagramas de rede das carruagens das composições que circulam nas linhas verde, vermelha e amarela do Metro de Lisboa.

 

'Restauradores Repsol', 'Marquês de Pombal EDP', 'São Sebastião Banco BIC', 'Campo Grande Zon Multimédia', 'Oriente Vodafone' e 'Terreiro do Paço FMI' (Fundo Monetário Internacional) são os nomes atribuídos mais uma vez pelo grupo, que há uma semana tinha colado a primeira série de autocolantes.

 

«Queremos usar o diagrama como forma de protesto com a parceria da PT na Baixa-Chiado [que alterou o nome da estação para Baixa-Chiado PT Bluestation em Setembro] o Metro está a vender o espaço público, uma decisão que não foi debatida com os cidadãos e da qual não há nenhuma informação disponível», disse à agência Lusa um dos anónimos que está envolvido na acção.

 

As cerca de 20 pessoas envolvidas nesta acção são utilizadores do Metro, estão ligadas à área da comunicação, design e arquitectura, têm entre 25 e 50 anos e viram nos autocolantes uma forma de demonstrarem a sua indignação pela parceria com a PT.

 

«Ninguém diz que não possa haver mecenato de empresas privadas a públicas, mas há outras formas de o fazer. Não esta apropriação do espaço público. Há espaços para a publicidade, não é ocupar todo o espaço, que as pessoas têm de usar especificamente para se deslocarem», afirmou à Lusa outra das pessoas ligadas ao grupo.

 

«Nós somos cidadãos e utilizadores antes de consumidores de marcas. Queremos que as pessoas ao verem os autocolantes debatam este tema. Depois da Baixa-Chiado o que acontece? As restantes estações também vão ser vendidas? Até onde é que vamos? Qual é que é o limite da venda do espaço público», questionaram.

 

Além de lançar o debate, este grupo de cidadãos pretende que a parceria da PT na Baixa-Chiado “seja uma vez sem exemplo” e que «acabe já», pela «invasão da marca» no espaço público.

 

«Queremos dizer basta às marcas, mas também defender que as empresas públicas não podem ser como os cegos que andam no Metro e perguntam 'Quem tem a bondade de me auxiliar?'. Não podem ser os directores de marketing a decidir como é que o espaço público funciona», afirmaram.

 

Com a parceria, que dura quatro anos, além da alteração do nome, a estação da Baixa-Chiado ganhou cores azuis, que identificam a marca da empresa de telecomunicações, um painel informativo, wi-fi grátis, 'delimitadores' de plataforma iluminados e um programa lúdico-cultural durante os 365 dias do ano, com acções temáticas diárias sempre diferentes e um tema por mês.

 

Via Sol



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Quarta-feira, 04.01.12
Livro sobre Salazar plagiado
A jornalista Felícia Cabrita vai avançar para os tribunais com uma acusação de plágio contra a autora francesa Diane Ducret. «O capítulo sobre Salazar do livro Mulheres de Ditadores é um mero resumo do meu, Os Amores de Salazar», afirma a jornalista do SOL, que se sente roubada na investigação exaustiva que fez à vida íntima do ditador.

«O meu trabalho é fruto de várias conversas com fontes em Portugal e no estrangeiro, horas na Torre do Tombo e muitos documentos originais, incluindo a agenda de Salazar e os diários de Felismina Oliveira», diz Felícia Cabrita, explicando que no livro da escritora e jornalista francesa «até as citações de outros livros são iguais às que estão em Os Amores de Salazar. É um plágio do princípio ao fim».

 

Razões suficientes para a advogada da jornalista, Fátima Esteves, estar «a analisar a forma de agir judicialmente» contra Diane Ducret. A jurista não descarta, aliás, a hipótese de estender as acções às edições francesa, espanhola e italiana do livro Mulheres de Ditadores e de pedir a apreensão de todos os exemplares.

 

A obra, que tem tido grande repercussão em França – onde já vai na quarta edição –, tem sido destacada por jornais como o L’Express e o Le Figaro. E, no site da agente de Diane Ducret, pode ver-se que a jornalista – formada pela Sorbonne e publicamente elogiada pelo filósofo Bernard-Henri Lévy – está a preparar um segundo volume para ser editado em 2012.

 

As semelhanças entre a escrita de Felícia Cabrita e a obra de Diane Ducret não passaram, porém, despercebidas a António Araújo – professor de Direito da Universidade de Lisboa – que, no blogue Malomil, publica de forma exaustiva todas as passagens em que ambos os livros se confundem.

 

No seu site, o constitucionalista não hesita sequer em afirmar que o capítulo sobre Oliveira Salazar é «do princípio ao fim, um mero resumo de Os Amores de Salazar», contendo «diversos trechos, paráfrases ou plágios do livro de Felícia Cabrita».

 

Francesa diz que Felícia foi ‘fonte de informação’


Contactada pelo SOL, Diane Ducret sublinha que o livro de Felícia Cabrita se encontra nas suas referências bibliográficas e em notas de rodapé. «Não escondo de maneira nenhuma que encontrei uma fonte de informação no livro muito bem conseguido de Felícia Cabrita» – explica a autora francesa, acrescentando que a obra da jornalista portuguesa «apresenta inúmeros documentos retirados dos arquivos pessoais de mulheres próximas de Salazar, uma dimensão que até aí tinha sido ignorada pelos historiadores».

 

É nessa linha de raciocínio que Ducret assume: «É difícil inventar outras fontes, que eu partilho, por isso, com ela» (Felícia Cabrita). A francesa demarca-se, contudo, de qualquer acusação de plágio, sustentando que o trabalho de Felícia «não apresenta uma contextualização histórica destas relações» e que é aí que as obras de ambas se distanciam: «Foi nesse ponto que centrei o meu trabalho».

 

As explicações não chegam para convencer Felícia Cabrita, que frisa o facto de as frases do seu livro usadas por Diane Ducret não se referirem apenas às passagens relacionadas com os diários de Felismina Oliveira. «Há uma cópia também quando se fala das outras mulheres de Salazar», comenta.

 

Contactada pelo SOL, a Casa das Letras – responsável pela edição portuguesa do livro de Ducret –, através do gabinete de comunicação do Grupo Leya, disse apenas que está «a analisar esta situação». Segundo a mesma fonte, a editora já informou a autora «através da sua agente», estando «a aguardar os seus comentários».

 

Não foi possível obter um comentário da editora de Os Amores de Salazar, A Esfera dos Livros.

 

Comparações


Felícia Cabrita (F.C.) – «Laura (…) não tivera filhos, e também os anos pareciam namorá-la, vincando-lhe a beleza» _(pag. 87)

Diane Ducret (D.D.) – «Maria Laura não teve filhos e os anos parecem fazer triunfar a beleza dos seus traços» (pag. 163)

F.C. – «Um dia (…), por provocação ou por desconhecimento do carácter da colega, diz a Felismina que no Porto se tinham feito várias prisões e que ele escapara por um triz. Mas não demorava muito para o ensaísta estar atrás das grades» (pag. 113)

D. D. – «Um dia, por provocação ou desconhecimento do carácter da sua colega, diz a Felismina que foram feitas várias prisões no Porto, que ele escapou por pouco, mas que não tardará a encontrar-se atrás das grades» (pag. 158).

F.C. – «Enfrentando o défice com mão de ferro, vai equilibrando o orçamento. Congelamento de salários, cortes na função pública, classes médias empobrecidas, proletários na miséria» (pag. 87)

D.D. – «Fazendo face ao défice com mão de ferro, vai gerir as finanças do país como gere os seus amores: congelamento dos salários, cortes na função pública, empobrecimento das classes médias e dos proletários são aceites» (pag. 163)

F.C. – «o agora poderoso ‘Troca-tintas’ adorava o seu cheiro a perfume caro» (pag. 87)

D.D. – «o agora muito poderoso ‘sedutor’ adora o seu perfume de luxo» (pag. 163)

F.C. – «Ele sai da sala e volta munido de martelo, um alicate, um prego e uma chave de parafusos» (pag. 88)

D.D. – «Ele saiu em seguida do salão e voltou munido de um martelo, de uma pinça, de um prego e de uma chave de fendas» (pag. 163)

F.C. – «Um dia soltou os cabelos, o sol atravessou a densa cabeleira que parecia um braseiro» (pag. 33)

D.D. – «(…) solta com um gesto de desafio a sua cabeleira, deixando o sol atravessá-la e animá-la como um braseiro» (pag. 145)

F.C. – «Timidez? Cálculo?» (pag. 42)

D.D. – «Será timidez? Cálculo?» (pag. 149)

F.C. – «nos grandes hotéis, como o Palace Avenida, é contratada para (…) abrir os bailes e chamar os clientes à pista» (pag. 104)

D. D. – «Nos grandes hotéis, como no Avenida Palace, foi contratada para abrir os bailes e levar os clientes para a pista» (pag. 167)

F.C. – «E ganhou a vida dançando nos Palaces e transatlânticos» (pag. 104)

D.D. – «ganha assim a vida, apresentando-se em palácios e transatlânticos» (pag. 167)

F. C. – «que se tornara milionário e levava uma vida de estalo» (pag. 89)

D.D. – «tornou-se milionário e leva uma vida de lorde» (pag. 164)

Comparações retiradas do blogue Malomil

 

Via Sol



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Segunda-feira, 14.11.11
Há ainda poucos pais portugueses a adoptar crianças estrangeiras
Otília adoptou uma criança cabo-verdiana há 15 anos. João descobriu a sua filha em Macau em 2008. Histórias de adopções internacionais, uma alternativa pouco conhecida e praticada em Portugal, país que em 2010 acolheu apenas sete crianças estrangeiras.

A adopção internacional tem ainda uma história recente em Portugal e é em 1993 que uma alteração ao Código Civil introduz um decreto-lei que diz que Portugal adere à Convenção Europeia em Matéria de adopção de Crianças estando presente nos trabalhos preparativos da Conferência de Haia, onde foi tratada a problemática da adopção em países estrangeiros. Portugal ratifica a Convenção de Haia em Março de 2004 e a 01 de Julho do mesmo ano a Convenção entra em vigor.

 

De acordo com a presidente da associação Meninos do Mundo, uma organização que se dedica à promoção da adopção internacional, esta opção «tem muito pouca expressão» em Portugal, mas admite que muita coisa tenha entretanto mudado nos processos.

 

Para Maria João Louro, uma parte da explicação está na pouca divulgação que é feita, apontando que as pessoas não podem optar por algo que não conhecem.

 

Otília tinha já um filho biológico quando, por volta de 1994, decide aumentar a família e candidata-se a ser mãe adoptiva de uma criança. Inscreve-se na Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e diz-se disponível para acolher uma criança mais velha, até aos seis anos.

 

À partida, tudo apontava para que o processo fosse rápido, mas ao fim de dois anos ainda nada estava resolvido e surge a oportunidade de ir trabalhar para Cabo-Verde.

 

«Fui fazer uma reportagem à Ilha do Sal e aquele caso foi-me apresentado por uma freira que lá estava e que me levou ao local onde a menina vivia. A menina tinha já seis aninhos e criou-se logo uma empatia natural. Era uma criança que tinha sido maltratada e abandonada e o processo começou aí», explicou à Lusa.

 

De Cabo-Verde salta para Moçambique, mas nessa altura já com a tutela provisória da filha, e a coisa só se complica quando em 2001 regressa a Portugal. A criança precisa de visto para entrar no país e as autoridades demoram dois anos a reconhecê-la como cidadã portuguesa.

 

A história de João é diferente no tempo e no espaço, mas traz reclamações semelhantes em relação aos serviços portugueses.

 

A mulher de João tem uma doença cardíaca que inviabiliza uma gravidez e em 2007 o casal opta pela adopção. Começam por inscrever-se na adopção internacional porque gostavam de ter um filho chinês e porque entendem que o processo pode ser mais rápido dessa forma. Dois meses depois inscrevem-se igualmente na adopção nacional.

 

Portugal não tem protocolo assinado com a China e isso desvia os planos do casal para Macau. Durante as férias de verão de 2009 viajam até aquele país para perceberem o andamento do processo e no final desse ano recebem a tão aguardada chamada. A criança tem cinco anos e problemas de visão, mas o casal confirma imediatamente estar interessado.

 

Quase dois anos depois regressam a Macau para estreitarem laços com a criança e é quando regressam com ela para Portugal que começam os «grandes problemas». O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras chega a dizer que as decisões dos tribunais macaenses não são válidas em Portugal e a negar a autorização de residência à criança com o argumento de que esta não tinha visto para entrar em Portugal, mas o processo de pré-adopção mantém-se e a adopção definitiva deve sair em Janeiro.

 

A presidente da associação Meninos do Mundo lembra que os processos ainda são muito burocráticos e que pode levar muito tempo até à sua conclusão.

 

De acordo com Maria João Louro os entraves não ficam por aqui e lembrou que o Código do Trabalho não prevê dias de ausência ao trabalho no seio de uma adopção internacional e que, ao contrário da licença de maternidade e paternidade, a licença de adopção não pode ser partilhada ao mesmo tempo pelos dois pais.

 

Via Sol



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Domingo, 06.11.11
Voluntariado: Mulheres são mais solidárias
Há mais mulheres voluntárias do que homens nas instituições de solidariedade social, a maioria chega às instituições através de familiares e amigos e é motivada pelo “bem-fazer”, refere um estudo sobre o voluntariado em Portugal.

O estudo, que faz a caracterização dos voluntários que colaboram em Instituições de Solidariedade Social, foi realizado em 2010 pela associação 'Entreajuda' e a Universidade Católica, em parceria com os Bancos Alimentares.

 

Na Bolsa do Voluntariado da 'Entreajuda' - instituição privada de solidariedade social – estão inscritos actualmente 22.000 voluntários e 1.300 instituições, um número que tem vindo a aumentar paulatinamente, disse à agência Lusa a coordenadora da área de voluntariado da instituição, Helena Presas.

 

Os voluntários chegam às instituições através de familiares e amigos (39,8 por cento) e das paróquias (29,7 por cento), refere o estudo, adiantando que 4,2% oferecem-se através da internet e 2,8% chegam por iniciativa própria.

 

Metade dos voluntários é motivada pelo bem-fazer, um em cada três (33,7%) pela realização pessoal e 12,0% para ocupar o tempo.

A maioria dos voluntários (78,4%) colabora com as instituições de uma forma regular: Uma em cada quatro (26%) afirma que os seus voluntários colaboram duas a três vezes por semana, uma em cada cinco tem voluntários a trabalhar todos os dias.

 

Apenas uma em cada quatro instituições tem voluntários a trabalhar na instituição ocasionalmente.

 

Relativamente à idade dos voluntários, o maior grupo (34%) tem idades entre os 56 e os 65 anos, 32,9% entre 26 e 55 anos, 21,6% mais de 65 anos e um em cada 10 (10,7%) tem entre 15 e os 25 anos.

 

De acordo com o estudo, 28,1% dos voluntários têm actividade profissional, 10,9% são estudantes e 7,3% estão desempregados.

 

Quanto às habilitações literárias, menos de metade (39,6%) das instituições têm voluntários que terminaram o liceu, 30,7% referem que os seus voluntários têm curso superior e 29,7% têm voluntários com o ensino básico.

 

Na Bolsa do Voluntariado estão inscritos maioritariamente jovens e jovens adultos do sexo feminino e que se concentram nos distritos de Lisboa (41,5%), Porto (17,4%) e Setúbal (9,8%).

 

Com base nos dados estatísticos retirados da Bolsa do Voluntariado, constata-se que as áreas de actuação mais privilegiadas são a solidariedade social (31,2%), a saúde (15,1%) e a educação (14,9%).

 

O trabalho na comunidade, envolvendo crianças, bebés, jovens e mulheres grávidas ou mães solteiras representa mais de metade (64%) das preferências em termos de destinatários. Estes voluntários apresentam elevadas qualificações e uma diversidade de competências.

 

Quanto a áreas de especialidades, o maior grupo é o estudantil (14,5%), seguido de voluntários professores (6,6%), 4,8% administrativos (4,8%), psicólogos (4,3%), engenheiros (4,1%) e gestores (4%).

 

O voluntariado vai estar em debate na terça-feira, em Lisboa, no seminário “Serviço Social e Voluntariado: Tensões e Desafios”.

 

As Instituições Particulares de Solidariedade Social, estimadas em mais de 4.500 com actividade real, contribuem para cinco por cento do Produto Interno Bruto (PIB), empregam 270 mil pessoas e envolvem milhares de voluntários, segundo dados da associação 'Entreajuda'.

 

Os últimos dados oficiais do Conselho Nacional para a Promoção do Voluntariado apontam para cerca de 1,5 milhões de voluntários distribuídos por várias áreas.

 

Via Sol



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Terça-feira, 18.10.11
O livro escolhido pelo júri é o primeiro de João Ricardo Pedro
O livro escolhido pelo júri é o primeiro de João Ricardo Pedro (DR)
O escritor João Ricardo Pedro é o vencedor do prémio LeYa 2011, com o romance "O teu rosto será o último", anunciou hoje o júri, presidido por Manuel Alegre, em Alfragide no edifício sede da editora.

Depois de no ano passado, o júri ter decidido não atribuir o prémio, invocando falta de qualidade dos textos apresentados a concurso, João Ricardo Pedro torna-se no terceiro escritor distinguido com o prémio, ao qual concorreram este ano 162 romances. "O teu rosto será o último" é o livro de estreia do autor, que não tinha até agora nenhuma obra editada, tendo sido escolhido por maioria. "É a minha primeira obra, a minha primeira tentativa de fazer qualquer coisa", diz ao PÚBLICO João Ricardo Pedro, revelando que estava confiante numa vitória. "Se não estivesse à espera, não tinha concorrido."

Para o júri, o livro "é uma composição delicada de histórias autónomas, que se traçam em fios secretos, o romance apoiado em imagens fortes, constrói um perturbador painel do presente português". 

"É um livro arriscado e que facilmente toca as pessoas que o lêem e acho que o júri foi tocado", continua o escritor, que achava que podia ganhar, notando no entanto que não leu nenhuma das outras obras a concurso. 

O júri foi constituído pelos escritores José Castello, Nuno Júdice e Pepetela; o professor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, José Carlos Seabra Pereira; Lourenço do Rosário, reitor do Instituto Superior Politécnico e Universitário de Maputo; e Rita Chaves, crítica literária e professora da Universidade de São Paulo.

O Prémio Leya foi criado em 2008 no sentido de distinguir um romance inédito escrito em português. 

O prémio, de 100 mil euros – e que é o maior em valor pecuniário no domínio da literatura de expressão portuguesa –, foi criado em 2008 com o objectivo de distinguir um romance inédito escrito em português. Nas duas primeiras edições foi conquistado pelo brasileiro Murilo Carvalho, com a obra “O Rastro do Jaguar” (2008), e pelo moçambicano João Paulo Borges Coelho, com “O Olho de Hertzog” (2009).

Via Público



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Segunda-feira, 17.10.11
Após 14 anos de obras, Barragem do Alqueva abastece quase 200 mil pessoas
Após 14 anos de obras e um investimento superior a 1,8 mil milhões de euros, Alqueva rega quase 30 mil hectares, produz energia e pode abastecer 200 mil habitantes, mas há dúvidas sobre a data de conclusão do projecto.

O projecto Alqueva, que arrancou no terreno em 1997 com a construção da barragem, prevê um investimento total de 2.563 milhões de euros, dos quais 1.845 milhões de euros já foram investidos nas valências agrícola, hidroeléctrica e de abastecimento público de água.

 

A albufeira de Alqueva, localizada no «coração» do Alentejo, no rio Guadiana, começou a encher a 8 de Fevereiro de 2002 e atingiu a capacidade máxima (cota de 152 metros) e iniciou descargas controladas a 12 de Janeiro de 2010.

 

O anterior Governo PS e a Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA) anteciparam a conclusão do projecto para 2013, depois de prevista para 2025 e revista para 2015.

 

Entretanto, a ministra da Agricultura do novo Governo PSD/CDS-PP, Assunção Cristas, já disse que «não é possível» concluir o projecto em 2013, mas prometeu «grande empenho» para o terminar «tão cedo quanto possível», «desejavelmente até final de 2015», mas «depende das condições de financiamento do Estado».

 

Dos 110 mil hectares de regadio previstos no projecto global, estão instalados cerca de 52 mil, dos quais 21 mil estão a ser regados por agricultores e aos quais somam-se 8.041 hectares de regadios por captação directa autorizados pela EDIA no âmbito da concessão do domínio público hídrico.

 

Os hectares instalados dividem-se pela Infra-estrutura 12 (Ferreira do Alentejo), pelo bloco de rega da Aldeia da Luz (Mourão) e por nove aproveitamentos hidroagrícolas, oito no distrito de Beja e um no de Évora.

 

No âmbito da rede secundária, estão em construção três aproveitamentos hidroagrícolas (Loureiro/Alvito, Alvito e Aljustrel) e quatro blocos de rega, dois do aproveitamento hidroagrícola de Pedrógão e outros dois do de Selmes, num total de 14 mil hectares.

 

Segundo a EDIA, para concluir o projecto falta construir 44 mil hectares de regadio e outras infra-estruturas da rede primária e são necessários 200 milhões de euros da parte da comparticipação nacional, que é assegurada pelo Estado.

 

Em 2010, a EDIA terminou as ligações entre a albufeira «mãe» e as albufeiras de abastecimento público de água abrangidas pelo projecto, que já pode «reforçar» o abastecimento a cerca de 200 mil habitantes nos distritos de Beja e Évora, sempre que as albufeiras apresentem necessidade de água.

 

Na valência de energia, além das centrais de Alqueva e do Pedrógão, concessionadas à EDP, a EDIA terminou este ano a instalação das cinco centrais mini-hídricas, localizadas junto às barragens de Alvito, Odivelas, Pisão, Roxo e Serpa, no distrito de Beja, e que juntas irão produzir 30 gigawatts de energia em ano médio.

 

O projecto obrigou à construção de uma nova povoação para alojar os habitantes da antiga aldeia da Luz, submersa pelas águas da albufeira, e Alqueva já é o maior lago artificial da Europa, com uma área de 250 quilómetros quadrados e cerca de 1 160 quilómetros de margens.

 

Via SOL



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Quinta-feira, 22.09.11
O filho exigia refeições feitas
O filho exigia refeições feitas (João Gaspar/arquivo)
O dia em que os filhos saem de casa é quase sempre difícil para os pais, mas para os progenitores de um italiano de 41 anos esse seria um dos dias mais felizes das suas vidas. Um casal de Veneza quer expulsar o filho de casa e recorreu ao apoio de advogados. A mãe queixa-se de stress com as exigências diárias do filho.

Roupa lavada e refeições caseiras. Estes são alguns dos privilégios que o filho do casal veneziano acha que devem continuar a ser respeitados enquanto morador na casa dos pais. Mas estas exigências estão a levar ao desespero da mãe que devido ao stress já foi hospitalizada. 

“Não podemos aguentar mais”, afirmou o pai, citado pelos media italianos. “A minha mulher sofre com o stress e teve que ser hospitalizada. Ele [o filho] tem um bom emprego mas ainda vive em casa. Exige que a sua roupa seja lavada e passada a ferro e que as suas refeições estejam feitas. Ele não tem qualquer intenção de sair”, continuou o queixoso.

O casal recorreu à ajuda do departamento jurídico da associação de consumidores Adico. Citado pela BBC, Andrea Camp, advogado da Adico, avançou que já foi enviada uma carta ao filho do casal a alertá-lo que terá que abandonar a habitação no prazo de seis dias ou irá enfrentar uma acção judicial. Caso se recuse sair, o advogado irá recorrer a um tribunal de Veneza para que o indivíduo seja sancionado.

Este é o segundo caso do género reportado à Adico num mês. Segundo a associação, o filho de um outro casal acabou por sair da casa dos pais, que assim que este saiu trocaram as fechaduras da porta de entrada.

Via Público



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Sexta-feira, 16.09.11
Igreja analisa 'grau' de homossexualidade para anular casamentos

 

A declaração de nulidade de um casamento em que um dos cônjuges é homossexual depende do «grau» em que se encontra, disse hoje à Lusa o presidente da Associação Portuguesa de Canonistas (APC).

«A orientação que temos é que deve ser feita uma perícia psiquiátrica» para aferir se se trata «de uma homossexualidade prevalente ou exclusiva, ou algo de acidental», precisa o cónego Joaquim da Assunção Ferreira, que coordenou o VII Encontro Nacional sobre Causas Matrimoniais, que terminou hoje em Fátima.

 

Joaquim da Assunção Ferreira explica que há uma escala e que os últimos «graus» tornam a pessoa em causa «incapaz de realizar funções conjugais». Em causa estão os «graus» em que as pessoas são «predominantemente homossexuais, os só acidentalmente heterossexuais e os exclusivamente homossexuais».

 

Pelo contrário, os «exclusivamente heterossexuais, só acidentalmente homossexuais, predominantemente heterossexuais» e os que são «igualmente uma e outra coisa» podem ser considerados como aptos para «desempenhar perfeitamente os papéis e os fins do matrimónio».

 

Afinal, «a pessoa pode não ser um heterossexual puro, mas, se algumas tendências pouco significativas existirem, esse matrimónio certamente que se manterá», desde que o indivíduo assuma que «a obrigação dele é viver em castidade [homossexual] e corrigir», argumenta o cónego, que é também vigário Judicial do Tribunal Diocesano de Lamego.

 

O presidente da APC opina que «há a possibilidade em medicina de correcção, mas não tem sido muito eficaz» porque «a natureza é muito forte», acrescentando que «o psiquiatra pode medir-lhe o grau [de homossexualidade] e receitar algo [medicamentos] que lhe permita recusar essa tendência que o próprio mostre vontade de eliminar».

 

O VIII Encontro Nacional sobre Causas Matrimoniais teve início na quinta-feira e encerrou hoje em Fátima, organizada pela APC, associação que integra 185 membros.

 

A iniciativa dirigiu-se a membros dos tribunais eclesiásticos – juízes, defensores do vínculo, notários e advogados -, sacerdotes, psiquiatras e «juristas civis interessados».

 

O novo presidente da APC, eleito na sexta-feira, e coordenador do encontro, revela que neste momento existem cerca de 150 pedidos de nulidade de casamento nos tribunais eclesiásticos, e que em média os processos esperam entre 18 meses a dois anos para obter uma sentença em primeira instância.

 

Os motivos invocados mais frequentemente são relativos à «incapacidade por causa psíquica», mas também «à exclusão de elementos essenciais do matrimónio», que vai desde existência de um(a) amante antes do casamento, recusa prévia de ter filhos ou de não assumir o casamento para toda a vida, por exemplo.

 

Joaquim de Assunção Ferreira diz que «a Igreja sente uma descristianização crescente» e observa «uma mentalidade divorcista», mas lembra que a Igreja continuará a afirmar a sua doutrina e possui muita oferta tanto para a preparação de casamentos, como para a sua consolidação.

 

Via Público



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Segunda-feira, 12.09.11
A orquestra ensaia desde Junho neste edifício do Intendente
A orquestra ensaia desde Junho neste edifício do Intendente (DR).

Lisboa não é só portuguesa. É também indiana, africana, sul-americana. O primeiro concerto da Orquestra Todos é esta noite, no Intendente.

 

De Portugal, tinha apenas uma cidade no nome. Max Lisboa chegou do Brasil há sete anos. Nessa altura tinha mulher, queria fazer dinheiro para a família. Veio para trabalhar, acabou a tocar na rua, para os turistas, que lhe vão dando o bastante. Max também compõe, mas cantar originais na rua "não compensa". O melhor é cantar "aquilo de que as pessoas gostam".

Um dia, Francesco Valente, um músico italiano a viver em Portugal que procurava outros músicos para uma orquestra multicultural que estava a ser criada em Lisboa, passou por ele, gostou e fez-lhe a proposta. De repente, Max estava numa sala no Intendente, frente a Mario Tronco, maestro da Orquestra Todos, e a Pino Pecroelli, director musical. 

Como uma orquestra não é a rua e nesta, em particular, é suposto ser a identidade dos músicos a construí-la, Mario e Pino usaram duas composições de Max, que depois foram trabalhadas. Maria bonita e lampião e outra que "não tem nome ainda mas pode ser Grito da terra".

Já desde Junho, altura dos primeiros ensaios da Orquestra Todos, que as janelas do Sport Clube Intendente (SCI) deitam música para a rua, a que o Largo do Intendente Pina Manique, em Lisboa, já se habituou. 

Hoje, às 21h, os músicos saem do edifício para o primeiro concerto da orquestra, num palco montado no largo em que têm ensaiado para o Todos - Caminhada de Culturas, um festival de culturas que propõe uma viagem pelo mundo sem sair da Mouraria e que termina esta noite. No mesmo largo onde a Orchestra di Piazza Vittorio, também dirigida por Mario Tronco, deu um concerto na edição de 2009 do Todos.

Mario costuma contar que quando olhou para o público viu que era igual aos seus músicos e que, por isso, teve vontade de criar uma nova orquestra de culturas no Largo do Intendente, tal como fizera em Itália em 2002, numa espécie de protesto contra a lei "Bossi-Fini", que criminalizou a imigração ilegal.

"Uma liberdade absoluta"

O SCI é um lugar num edifício que parece devoluto onde os sócios se encontram para jogar cartas ou bilhar enquanto bebem cervejas, ou apenas para uma conversa e um cigarro à janela, contemplando a calma do largo. Foi aí que se fez a orquestra. A maioria dos seus 14 músicos são profissionais, como Susana Travassos, uma portuguesa numa orquestra do mundo que se junta em Lisboa, que tem usado a música como forma de intercâmbio entre as culturas portuguesa e brasileira e a quem este projecto "veio abrir novos horizontes", como ela diz.

"Para além da parte musical, que é muito interessante, consistente, bonita, este projecto vai muito para além disso", acredita. "Um dos músicos nem fala português, é incrível ver as barreiras que a música consegue quebrar."

Susana está a falar de Ali Regep, um romeno de origem turca. Anda sempre pelas ruas de Lisboa - do Chiado à Mouraria, passando pela Baixa, não é difícil encontrá-lo. A partir de uma gravação do que canta pelas ruas, compuseram uma música, que Ali cantará esta noite.

No primeiro disco que Susana gravou, Oi Elis, uma homenagem à brasileira Elis Regina, decidiu recriar o universo da cantora. "Mas não vou para lá [Brasil] cantar com sotaque do Brasil." O que faz na Todos não será muito diferente. Pediram-lhe, por exemplo, que cantasse uma música napolitana "à portuguesa".

Esta orquestra é isto, uma amálgama de toda a diversidade possível em Lisboa. "Temos músicos muito diferentes, uma liberdade absoluta, que aproveitámos para fazer um repertório muito diverso, que pode parecer não ter ligação, mas que é o som desta cidade", explica o maestro. "É o som da nova Lisboa: indiana, africana, sul-americana."

Bollywood no Intendente

O português de Rubi Machado tem sotaque de Lisboa. As suas origens estão em Goa, mas nasceu em Moçambique. Tem muito de português - conta que os pais "foram sempre atrás da bandeira". Assim vieram dar a Portugal, estava Rubi "a fazer 14 anos". Já se passaram 32.Trabalha numa loja de bijutarias do Martim Moniz que o marido comprou há uns anos - a mesma onde se conheceram eram ainda empregados. E onde Francesco Valente, que durante o processo de formação da orquestra fez a ponte entre Mario e Pino e os músicos de Lisboa, entrou à procura da voz indiana de que lhe tinham falado.

"Nunca tive aulas de música. Comecei a cantar", diz Rubi. Desde os tempos de Lourenço Marques que a vão convidando para cantar em casamentos indianos. Música indiana. Rubi nunca viveu na Índia, sempre falou português em casa e fora dela, mas fala hindi e outras duas línguas regionais indianas.

No ano passado, foi convidada para cantar ao vivo os temas do último disco de António Chainho, Lisgoa. A sua voz "é uma dádiva", acredita. Mas nem por isso vive da música.

No concerto desta noite, a voz de Rubi, sari vermelho, está em dois antigos êxitos de Bollywood, modificados ao jeito desta orquestra, que, explica Giacomo Scalisi, programador convidado do Todos e tutor deste projecto, está sempre em movimento. "Os meses até Dezembro serão de consolidação."

A orquestra nasceu do Todos, mas não se esgota nesta noite. Há concertos agendados para o Teatro São Luiz e para a Gulbenkian, que financiou este projecto colectivo.

Desde Junho, houve, no total, um mês de ensaios. "Ninguém estava à espera deste resultado", confessa Giacomo Scalisi. O concerto mudou das 17h, horário que vem na programação, para as 21h. "A ideia inicial era fazer uma apresentação da orquestra com quatro ou cinco peças musicais. Mas a dado momento tínhamos um alinhamento de 14, que dava para um verdadeiro concerto."

 

Via Público



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Quinta-feira, 08.09.11
"In The Car", um quadro de Roy Lichtenstein
Perderam estatuto. Já não é por causa delas - as amantes - que a maior parte dos casamentos acaba. E, nisto das rupturas, os homens britânicos estão a ficar mais corajosos.

Um estudo realizado junto de 90 advogados especializados em família no Reino Unido concluiu que é o fim do amor a principal razão para os divórcios no país. Antes, eram as relações extraconjugais as responsáveis pela maior parte das rupturas.

Em época em que a longevidade impera e nos dizem que é normal não pensarmos no casamento como para toda a vida, sobretudo quando o amor e o desejo acabam (o afecto pelo outro pode durar para sempre), os britânicos não querem prolongar uniões estéreis e sem sentido. E divorciam-se.

Por isso, 27 por cento dos advogados (ou firmas) inquiridas pela empresa de consultadoria Grant Thorton (que há sete anos realiza, anualmente, este inquérito; o agora divulgado diz respeito aos divórcios de 2009) disseram que as principais razões dos seus clientes são o fim do amor e o "fomo-nos afastando". É uma subida significativa em relação a 2008, ano em que apenas seis por cento dos inquiridos mencionaram a falta de amor.

"O caso típico é a relação ir saindo da lista de prioridades, substituída pela pressão do trabalho, pelas questões financeiras ou pelo que significa criar uma família", disse ao Daily Telegraph Christine Northam, consultora da organização não-governamental Relate. "As relações precisam de atenção e de tempo para crescerem, caso contrário os casais vão-se afastando".

Razões muito válidas. Mas mais válidas do que ter amantes? O estudo dá conta de um decréscimo nos divórcios devido a relações extramatrimoniais (25 por cento, o que faz esta justificação perder o primeiro lugar que mantinha desde o primeiro inquérito). Porém, o perdão das infidelidades tem mais a ver com o decalque do comportamento dos outros do que a convicção própria. 

"Há um número crescente de celebridades que aceitam a infidelidade nos seus casamentos ou relações. Esse comportamento pode estar a começar a ter efeito nos casais, com mais casamentos a sobreviverem à infidelidade", disse, também ao Telegraph, Louisa Plumb, da Grant Thorton UK. Afinal, se as estrelas do futebol Peter Crouch, Ashley Cole e Wayne Rooney ultrapassaram os affairs e fizeram por salvar os seus casamentos, por que não havemos nós de fazer o mesmo?

Um motivo que as celebridades não invocam para o divórcio é o dinheiro, mas cinco por cento dos advogados disseram que a ele se devem as separações. Também há casais que mantêm uma união falhada para não perderem qualidade de vida. Oitenta e dois por cento dos inquiridos disseram que a recessão está a impedir as pessoas de tomar a decisão e 54 por cento disseram que a perda de valor dos bens (sobretudo das casas) também impede os casais de se separarem. Se no passado a venda de uma casa permitia comprar duas, mais pequenas, agora essa aritmética é impossível. 

"Apesar de oficialmente a economia já não estar em recessão há mais de um ano, ainda há indicadores claros de que a questão financeira é um factor decisivo para decidir o momento do divórcio e da divisão de bens", disse Geoff Mesher, da Grant Thorton UK, ao jornal The Guardian.

E porque há sempre histórias feias quando se fala de divórcios, os advogados revelaram que há casos em que um "já não gosto de ti" não chega. Há quem queira passar mensagens mais claras, ou mais fortes, não hesitando em liquidar todos os bens neste momento tão desfavorável, aceitando perder dinheiro só para penalizarem o outro na partilha.

 

Via Público



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Sábado, 03.09.11
Quatro professores 'à rasca' convocam protesto
Um grupo de professores desempregados lançou na Internet o apelo a um protesto na rua contra o número de docentes que ficou sem colocação, afirmando estar a lutar quer pela sua vida quer pela qualidade do ensino.

«É um protesto espontâneo, não há aqui partidos, não há aqui sindicatos. Apelamos a toda a gente que queira vir, que tragam aquilo que quiserem, cartazes, amigos», disse um dos quatro organizadores, Miguel Reis.

 

Apesar de ser sindicalizado e membro do Bloco de Esquerda, Miguel Reis reitera que o protesto não tem por trás nenhum partido ou organização mas também não lhes é hostil.

 

«Sou sindicalizado, mas a verdade é que nas últimas concentrações de professores contratados e desempregados convocadas pelos sindicatos junto ao Ministério da Educação esteve sempre muito pouca gente, 40, 50 pessoas», notou.

 

Por isso, decidiram-se por «uma coisa mais informal, mais espontânea», convocando o protesto para dia 10 de Setembro, no Rossio, em Lisboa, através da rede social Facebook.

 

Mas Miguel Reis garante que também apoiam a manifestação já apontada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof) para 16 de Setembro.

 

Há um mês que a convocatória do Protesto dos professores desempregados foi publicada porque os quatro organizadores «já previam» os resultados do concurso de colocação de professores. Para já, cerca de 600 pessoas se comprometeram a participar no protesto.

 

Recordando o protesto da Geração à Rasca, também convocado por quatro pessoas na rede social, que juntou centenas de milhares de pessoas em Lisboa e em outras cidades, esperam que as pessoas «se identifiquem mais» com esta forma de acção.

 

Professor de Filosofia, Miguel Reis afirmou que nos dois anos de profissão que tem andou sempre de escola em escola. Este ano, não conseguiu colocação.

 

Como ele, cerca de 37 mil professores não conseguiram colocação no concurso para professores contratados.

 

«Nunca ficaram tantos professores de fora. É uma irresponsabilidade, porque estamos a desperdiçar profissionais qualificados que são necessários e fazem falta às escolas para combater o insucesso. É a nossa vida e a qualidade do ensino que estão em causa», salientou.

 

Belandina Vaz, outra organizadora, é professora de História desde 1999 e este ano também não conseguiu colocação.

 

«Estive sempre com contrato a termo certo, nunca sabendo em Setembro se fiquei colocada ou em que local do país. Já estive no Algarve, no Alentejo, no distrito de Setúbal e também perto de casa, mas com horários incompletíssimos», referiu.

 

Este ano, como ficou desempregada, resta-lhe «esperar pelos resultados da Bolsa de Recrutamento», em que há lugares disponibilizados semanalmente conforme as necessidades das escolas.

 

Assim não é maneira de trabalhar, indica Belandina, salientando que «traz instabilidade ao corpo docente e aos alunos, que também são prejudicados porque são capazes de estar um mês sem professor».

 

As dezenas de milhares de professores desempregados têm que arranjar outros empregos: «Todos os anos vamos ao centro de emprego inscrever-nos, porque pelo menos agora temos direito ao subsídio de desemprego», referiu Belandina.

 

Agora, afirma que é preciso que «as pessoas voltem à rua, protestem, façam ouvir a sua voz», argumentando que «em 2008 e 2009 houve grandes manifestações e acabou por não acontecer nada...a classe anda um bocado desacreditada».

 

Via Sol



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Segunda-feira, 29.08.11
Preço dos medicamentos genéricos vai reduzir para 50%

 

O ministro da Saúde prepara-se para anunciar uma forte baixa do preço dos genéricos: vão passar a ser 50% mais baratos do que os medicamentos originais (de marca).

Trata-se de um ajuste de última hora entre a troika e o Governo, apurou o SOL junto de fonte governamental. No memorando de entendimento, estava previsto que os genéricos – que actualmente têm um preço inferior ao original em 35% – passassem a ser 40% mais baratos. «Houve uma revisão da medida porque havia margem para isso e agora têm de ser a metade do preço do original», explica fonte do sector.

Numa primeira fase, a medida será aplicada aos genéricos que entretanto entrem no mercado. Mas no próximo ano, quando se processar a revisão anual de preços, outros genéricos serão abrangidos por esta redução.

O presidente da Associação Portuguesa de Genéricos (APOGEN), Paulo Lilaia, diz ao SOL que desconhece a alteração: «Isso não faz sentido. O que estava previsto no memorando era que o primeiro genérico a entrar no mercado tivesse um preço 40% inferior ao do medicamento original».

Mas o ministro Paulo Macedo tem avisado, nos últimos dias, que vêm aí cortes elevados na área dos medicamentos, que segundo o Tribunal de Contas representam 21,8% dos gastos em Saúde. Aliás, fonte do gabinete do ministro refere que é com os genéricos que se irá «assistir ao maior valor de poupança».

E, na quarta-feira, numa visita ao Algarve, o governante alertou a indústria farmacêutica para o facto de ter de «participar no esforço de redução» de 500 milhões de euros na despesa com Saúde. E não só com a baixa dos preços dos genéricos. O ministro quer também, sabe o SOL, um novo sistema de determinação do preço da indústria, que equivale a rever as margens de lucro dos laboratórios.

Impedir juízes de suspender genéricos

Além disso, o Executivo está decidido a impedir que as farmacêuticas travem em tribunal a entrada de novos genéricos no mercado. Para isso, vai aprovar, em breve, legislação que impede os tribunais administrativos de suspenderem a autorização de introdução no mercado de genéricos. Isto na sequência de providências cautelares interpostas pelos laboratórios, que acusam as empresas de genéricos de violarem as patentes.

«Para nós, as patentes já expiraram. Mas, enquanto se discute essa questão em tribunal, não faz sentido que os juízes decretem a suspensão pois estão a tomar como verdadeira a versão de um dos lados», defende Paulo Lilaia, sublinhando que, neste momento, estão em tribunal mais de 800 genéricos referentes a 20 moléculas, o que equivale, assegura, a um prejuízo de 100 milhões de euros por ano para o Estado e os utentes.

Mas os laboratórios que produzem os originais alegam, explica fonte do sector, que «não faz sentido o Estado dar cobertura a ilegalidades». E garantem que a maioria dos genéricos «viola a patente, que impede a cópia dos originais».

Além de apostar nos genéricos – uma promessa feita por todos os ministros da Saúde nos últimos dez anos – , Paulo Macedo quer reduzir os gastos dos hospitais com medicamentos. O que será feito, revelou o ministro esta semana, através de «monitorização e orientações clínicas» para a prescrição de medicamentos no meio hospitalar.

«Há uma enorme anarquia. Na área dos antibióticos e na oncologia são precisas orientações clínicas mais concretas», explicou fonte médica ao SOL. Ou seja, a tutela, com a colaboração das entidades científicas e médicas, quer normas claras dos medicamentos a usar em cada situação, especialmente na área oncológica, sida e medicamentos biológicos. «Vão passar a dar os medicamentos mais baratos aos doentes», contrapõe um outro médico, preocupado com o efeito dos cortes na qualidade da saúde.

 

Via Sol



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Quinta-feira, 28.07.11
Ser portador de HIV dificulta acesso ao emprego
A infecção por VIH/SIDA dificulta a procura de emprego ou potencia a situação de desemprego, levando a que muita vezes as pessoas infectadas ocultem a doença perante a entidade laboral, revela um relatório.

O documento, divulgado na terça-feira, resulta de um protocolo entre a Coordenação Nacional para a infecção VIH/SIDA e o departamento de Sociologia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE).

 

Na análise do impacto da infecção VIH/SIDA nas condições laborais, o relatório aponta que «existe um conjunto de aspectos que levam, de forma gradual, os indivíduos a desistir de procurar um novo emprego».

 

«A saber: a necessidade de terem que faltar para efeitos de consultas, tratamentos, levantamento de receitas e/ou medicamentos; os atrasos daqui decorrentes; a realização de um exame médico de admissão ao novo emprego; a possibilidade dos futuros empregadores pedirem referências de empregos anteriores o que conduz os portadores a recearem que o seu diagnóstico seja divulgado e que não sejam admitidos», lê-se no documento.

 

Das 1.634 pessoas inquiridas, num estudo que decorreu entre finais de 2009 e meados de 2011, a maioria (51,3 por cento) encontrava-se a trabalhar, sendo que a situação de desemprego afectava 437 pessoas (26,8 por cento).

 

«De facto, na nossa população, 51,3 por cento não conseguiu encontrar emprego, e, entre aqueles que conseguiram, para 17,3 por cento, tal só sucedeu após 24 meses”, revelam os investigadores.

 

Acrescentam que «a juntar à fraca escolarização e qualificação profissional, a infecção veio acentuar a dificuldade de acesso a um novo emprego, tornando estes inquiridos em desempregados de longa duração, condição em si mesma indutora de pobreza e exclusão social».

 

O estudo sublinha que «a infecção emerge como uma dificuldade acrescida no acesso ao emprego» e que isso é principalmente constatado nas pessoas cuja fonte de rendimento se insere nos perfis «reformado», «subsídio de desemprego» e «acção social pública e privada».

 

«Os indivíduos agrupados nestes perfis referem que as principais dificuldades na procura de emprego estão ligadas à escassez do mercado de trabalho, às dificuldades em conciliar as condições de trabalho com as novas exigências em termos de apoio médico, mas também ao facto de não encontrarem emprego adequado à sua condição de saúde», revela o estudo.

 

Os investigadores apontam também que «a ocultação da infecção em meio laboral é uma evidência neste estudo», onde apenas 15,2 por cento informou a entidade patronal.

 

«São as mulheres e os indivíduos mais escolarizados (ensino graduado e pós-graduado) que menos revelam o diagnóstico em contexto profissional», sendo que «o receio de discriminação e de despedimento estão na origem deste comportamento», indica o estudo.

 

Acrescenta que «o medo de despedimento é real: 22,7 por cento dos inquiridos acabaram por ser despedidos ou despediram-se por pressão da entidade patronal. Para 50 por cento, tal aconteceu ao fim da primeira semana».

 

De acordo com os investigadores, a não divulgação da doença é uma «estratégia de protecção destas pessoas em contexto profissional», sendo que a experiência de despedimento ocorreu principalmente entre as mulheres (30 por cento) e os menos escolarizados (44,4 por cento).

 

Via Sol



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Quarta-feira, 27.07.11
Governo espera criar mais 20 mil vagas em creches com desburocratização
O ministro da Solidariedade e da Segurança Social anunciou hoje que o número de vagas em creches poderá aumentar em 20 mil lugares com a desburocratização das regras dos equipamentos sociais, medida a alargar a lares ou centros de dia.

«É hoje possível simplificar regras de creches, aumentando uma, duas vagas em muitas salas, garantindo uma resposta maior. Equipamento a equipamento poderemos estar a falar, a nível nacional, de qualquer coisa como quase mais 20 mil vagas, do ponto de vista da resposta que podemos dar em creches», disse Pedro Mota Soares, em declarações aos jornalistas, no final da sessão solene do 107.º aniversário do Hospital Ortopédico de Sant'Ana (HOSA), em Cascais.

 

De acordo com o ministro, a medida insere-se no Plano de Emergência Social (PES) e pressupõe que não se mexa na actual capacidade instalada dos equipamentos, mas que se maximize essa mesma resposta através da simplificação de regras burocráticas sem aumento da despesa pública.

«Há muitas regras que hoje não se justificam e quem conhece as instituições conhece vários casos em que, por eventualmente o pé direito ser 1,97 metros e não ser 2 metros como é exigido nas regulamentações, o que acontece é que equipamentos ficam fechados», exemplificou Mota Soares, sublinhando que simplificar regras significa aumentar a capacidade de resposta.

 

O ministro garantiu que, com a desburocratização das regras, o Governo poderá aumentar o número de respostas no país durante este ano, «garantindo que se aumentam o número de vagas e se aumenta a capacidade desta resposta para muitas pessoas que continuam a precisar colocar os seus filhos numa creche».

 

Medida que será alargada a outros equipamentos sociais como lares ou centros de dia, anunciou Mota Soares.

 

«Várias instituições sociais têm equipamento de cozinha e é fundamental conseguir simplificar regras administrativas de utilização dessas cozinhas, tal como já está a acontecer para muitas micro, pequenas e médias empresas. Não faz sentido exigir mais a uma instituição social que está a dar de si aos outros quando não exigimos essas mesmas regras para estruturas comerciais», defendeu.

 

De acordo com Mota Soares, esta simplificação das regras não põe em causa a segurança de quem utiliza estes equipamentos ou a qualidade dos mesmos, solução que vai permitir «sem mais despesa pública poder dar mais resposta às pessoas».

 

O ministro revelou, também, que serão anunciadas brevemente as alterações legislativas necessárias, tanto para as creches como para os restantes equipamentos.

 

Mota Soares acrescentou que esta medida vem complementar a construção da rede de equipamentos sociais e poderá significar um «desagravamento dos custos unitários» das instituições.

 

«Numa altura de austeridade, as próprias instituições sociais também sentem as suas dificuldades e tudo o que possamos fazer para aumentar a resposta e também garantir mais sustentabilidade financeira às instituições é muito importante», sublinhou.

 

Via Sol



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Terça-feira, 05.07.11
Carros poluentes banidos da Baixa de Lisboa
A partir de hoje, os carros mais poluentes não podem entrar na Baixa de Lisboa, onde também estacionar é mais caro, para ver se os condutores optam por deixar o carro em casa.

O aumento do preço do estacionamento pretende fazer com que as pessoas pensem duas vezes antes de levar o carro para o centro da cidade, enquanto que a limitação da entrada de carros anteriores a 1993 e que não tenham entretanto adoptado um catalisador pretende que a avenida da Liberdade e a Baixa constituam a primeira Zona de Emissões Reduzidas (ZER) da cidade.

 

Na prática, trata-se de um sinal de sentido proibido, que permite excepções aos táxis, aos autocarros, aos residentes, aos veículos de emergência e de transporte de deficientes, aos veículos clássicos e aos veículos classificados com a norma Euro 1 ou superior.

 

José Marques, taxista, destaca que muitos «carros, de facto, são velhos, mas estão reparados e passam nas inspecções», pelo que não têm problemas de emissões, «senão, não passavam».

 

Para este taxista, o trânsito que entra pela avenida da Liberdade não é o que pior faz à qualidade do ar da Baixa e «um autocarro da Carris polui por 50 carros» de táxi.

 

«O senhor presidente da câmara fez aquele trabalho que fez, o ter metido os autocarros a passar pela rua do Arsenal e Praça do Comércio junto ao arco da Rua Augusta, isto foi a pior coisa que podia ter feito nesta cidade em termos de poluição. Poluem mais estes autocarros entre o Cais do Sodré e o Terreiro das Cebolas do que quantos carros sobem e descem a avenida da Liberdade e não só», afirmou.

 

Já Rui Santa considera exagerados estes limites, por causa das poucas condições económicas que os portugueses têm, e salienta que «não é do pé para a mão» que se pode mudar de carro.

 

Se fosse ele a mandar, dava «para aí um ano» às pessoas para se prepararem.

 

«Se vem uma pessoa que mora, por exemplo, em Aveiro ou em Coimbra e depois entra na Baixa sem se aperceber, é difícil. Numa altura em que tanto se fala na extinção de fronteiras, se calhar vamos ter de criar fronteiras à volta de Lisboa», sugeriu.

 

Tal como a novidade das restrições à entrada dos carros mais velhos, uma nova lista vermelha desenhada no asfalto da Baixa indica aos condutores que, se estacionarem, vão pagar o parqueamento mais caro da cidade.

 

A EMEL, a empresa municipal que gere o estacionamento, dividiu hoje a cidade em três zonas com preços de parqueamento diferenciados - a verde”, a “amarela” e a “vermelha”, sendo esta a mais cara.

 

Estacionar na zona vermelha, essencialmente no centro de Lisboa, custa 1,60 euros na primeira hora e está limitado ao máximo de duas horas.

«É muito elevado, mas como não conheço bem Lisboa, tenho de pagar. Não tenho sítio para por o carro, não conheço bem a cidade, posso ser multado, tenho de pagar», considera Hélder Diniz da Silva, que veio hoje de Alcobaça à capital, enquanto olha surpreendido para o bilhete, porque «um euro só dá para pouco mais de meia hora».

 

Por seu lado, Mário, que desde há dois anos se desloca de bicicleta, tem a solução para todos estes problemas, porque nem polui, nem paga estacionamento.

 

«O povo deveria andar de bicicleta. O país está em crise, é mais económico, fazemos preparação física e dá-nos saúde», defende este desempregado, realçando que todas as medidas que evitem a poluição do ar são boas.

 

Via Sol



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Sexta-feira, 24.06.11
Pais submetem crianças a operações estéticas

 

 

Há cada vez mais pais que levam os filhos a cirurgiões plásticos, endocrinologistas e nutricionistas para que fiquem perfeitos.

Um filho alto, magro e bonito é o sonho dos pais que acreditam que a beleza se traduz em felicidade e sucesso. Cada vez mais crianças e adolescentes chegam aos consultórios médicos trazidos por mães e pais que querem corrigir defeitos que às vezes nem têm.

 

O caso de Britney, uma menina californiana de oito anos, que recebe injecções de botox porque a mãe não quer que tenha rugas, chocou os EUA.

Em Portugal não se conhece uma situação semelhante, mas há quem faça pedidos radicais a cirurgiões plásticos, endocrinologistas, pediatras e nutricionistas. «É mesmo muito frequente», admite o cirurgião plástico Biscaia Fraga, habituado a receber mães preocupadas com o aspecto físico de filhos e filhas.

 

«Às vezes, é complicado explicar que não precisam ou ainda não podem fazer alguma cirurgia, porque sei que saem daqui e vão tentar fazê-la noutro lado», conta.

 

No caso de Britney, a mãe queria que vencesse os concursos de beleza infantis, muito populares nos EUA, e que o pediatra Armando Fernandes considera perigosos: «Há uma erotização precoce e desadequada da criança». O cirurgião plástico Vinício Alba reconhece que «a pressão dos média», que mostram corpos perfeitos tem parte da culpa. «Mas no caso da americana que injectava botox na filha, é a mãe que está doente».

 

São sobretudo as mães que insistem com os clínicos para que façam tratamentos estéticos aos filhos. No caso das raparigas, o que mais as preocupa é o peso, o nariz e o peito. No caso dos rapazes a altura e as dimensões do pénis.

 

Mas muitas vezes ouvem um «não» dos médicos. A endocrinologista Isabel do Carmo, do Hospital de Santa Maria, já pediu a várias «mães para que saíssem da consulta» por pressionarem os filhos a emagrecer.

 

Biscaia Fraga teve de convencer uma mãe a não operar um filho de seis anos ao pénis, por este ser «perfeitamente normal». O endocrinologista Galvão Teles «manda embora muitos pais» que querem submeter os filhos, perfeitamente saudáveis, a um tratamento para crianças com défice de crescimento e que não se importam de pagar 1200 euros por mês, durante um ano.

 

O médico Armando Fernandes fez tudo para dissuadir um casal a submeter «a filha de onze meses a uma cirurgia para tirar um angioma do rosto», que normalmente desaparece aos dois anos. Mas há situações em que os defeitos dos menores levam os cirurgiões a aceitar intervir.

 

É o caso das crianças gozadas por terem um nariz grande ou orelhas de abano. De resto, muitos médicos estão a pôr limites de idades (16 ou 17 anos) para fazer lipoaspirações e reduções mamárias.

 

Via Sol



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Domingo, 19.06.11

ONU aprova resolução histórica sobre homossexuais

 

Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas aprovou hoje o documento para promover a igualdade entre homens, independentemente da orientação sexual de cada um

O momento é histórico, ou não fosse esta a primeira resolução de defesa de homossexuais a ser aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU).

 

Hoje, reunido em Genebra (Suíça), o Conselho de Direitos Humanos da organização aprovou - com 23 votos a favor, 19 contra e três abstenções - uma resolução destinada a promover a igualdade de homens e mulheres sem distinção de orientação sexual.

 

O documento foi apresentado pela África do Sul e gerou um intenso debate entre os membros do Conselho, que é actualmente presidido pela Nigéria - que votou contra e que continua a ser um dos países mais discriminatórios quanto à orientação sexual dos seus cidadãos.

 

No documento lê-se que "todos os seres humanos nascem livres e iguais no que diz respeito à sua dignidade e aos seus direitos e cada um pode beneficiar do conjunto de direitos e liberdades (...) sem nenhuma distinção".

 

A aprovação do texto foi classificada de "histórica" por várias ONG de defesa dos direitos dos homossexuais. Na resolução, o Conselho pede ainda um estudo sobre as leis discriminatórias nacionais e sobre a violência em vários países contra pessoas pela sua orientação sexual.

 

Via Ionline



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Domingo, 05.06.11
Um casamento homossexual por dia em Portugal

 

 

Casaram-se 820 pessoas homossexuais desde a entrada em vigor, há um ano, da lei que autoriza aqueles casamentos. As associações falam em homofobia de alguns oficiais de justiça, mas também do medo de os casais assumirem a relação.

A Lei nº9/2010 entrou em vigor a 5 de Junho de 2010 e dois dias depois os cartórios começavam a receber os primeiros noivos. Mas a euforia inicial abrandou já que, em média, casou-se apenas um casal por dia. De acordo com dados do ministério da Justiça, até 31 de Maio de 2011, realizaram-se 380 casamentos entre pessoas do mesmo sexo nas conservatórias portuguesas e outros 30 em consulados. 

“Estes números não me surpreendem. Em Espanha, no ano em que se aprovou a lei casaram-se milhares de pessoas, em Portugal são apenas centenas. Mas nós ainda somos um pouco diferentes”, lamentou João Paulo, da Portugalgay.pt. 

O receio de ser mal tratado no cartório, o medo de ser criticado pelos "vizinhos" ou mesmo discriminado no local de trabalho leva a que alguns casais nem sequer pensem em formalizar a sua união, contou à Lusa António Serzedelo, da Opus Gay. 

“Claro que ainda existem muitos medos, algumas teias de aranha na cabeça das pessoas homossexuais que depois não correspondem à realidade. Ainda há muitas pessoas com medo de sair do armário, mas também existem cartórios onde a discriminação é real”, lamentou António Serzedelo. 

João Paulo é da mesma opinião, lembrando que “não é por se mudar a lei que a sociedade vai mudar”. 

E em algumas zonas do país as mudanças ainda são mais lentas, segundo António Serzeledo. “Portugal é um pais a dois tempos. Uma coisa são as cidades grandes e outra coisa é o interior, onde a homofobia é mais sentida”, garante. 

Os números do ministério da Justiça confirmam esta perceção: de um total de 380 casamentos, realizaram-se 117 só na cidade de Lisboa e outros 36 no Porto e Vila Nova de Gaia. As cidades da zona metropolitana da capital, como Oeiras (15 casamentos), Almada (14), Cascais (11) e Setúbal (10), reúnem o grosso dos restantes casamentos. 

Depois, existem muitos cartórios com apenas um e muitos mais onde não se chegou a realizar qualquer casamento no último ano. 

Entre a comunidade gay, alguns destes espaços já estão referenciados como sendo pouco tolerantes à diferença. Mas também existem serviços que vão ficando conhecidos pelos bons motivos. 

“Uma das coisas que tenho dado indicações é sobre cartórios onde sei que os oficiais de justiça são pessoas que não vão fazer má cara”, conta João Paulo, que se casou no ano passado, em Outubro. 

O responsável pelo Portugalgay.pt já ouviu “relatos de pessoas que tiveram alguns problemas no cartório, mas depois tiveram muita sorte com a festa do casamento”. Serzedelo diz que “com a lei, nasceu um mercado pensado para estes casamentos”. 

Os dois responsáveis garantem que as empresas que realizam o “copo de água” estão conscientes deste pequeno nicho de mercado e que nesta matéria as histórias dos casais têm tido um final feliz.

 

Via SOL



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Sexta-feira, 03.06.11

De certeza que já não se recordam deste vídeo. Algumas jovens que se intitulavam "amigas de Paulo Portas" acharam que a melhor maneira de apoiar o candidato seria divulgar chavões do CDS aparecendo num vídeo a "dançarem" em biquíni, revelando assim não só os atributos físicos como uma clara inaptidão para a arte da dança. Isto porque já tive oportunidade de ver leões-marinhos e algumas focas dançarem com mais ritmo ao som dos Queen. Neste pequeno vídeo só faltou aparecer um tratador e começar a mandar-lhes sardinhas para a boca para tornar o espectáculo num show habitual do Zoomarine mas com seios a abanar à mistura e assim.

Diziam as senhoritas: "Achamos que o Paulo Portas é um borracho e por isso decidimos fazer um vídeo para ajudar a divulgar algumas das ideias do CDS. Juntem-se a nós para fazermos um Portugal melhor." Mas que raio de Portugal queriam estas meninas fazer? Uma espécie de quintal da mansão do Hugh Hefner à beira mar plantado?

Posso estar enganado, mas não me parece que o candidato Portas aprecie este tipo de divulgação de conteúdos e mensagens políticas por parte do partido de que é Presidente, muito menos da forma que são feitas. Podiam ter tido pelo menos o cuidado de vestir as meninas com mais roupinha e já agora (porque não? estou certo que Paulo Portas não é homofóbico) pôr também alguns rapagões vestidos de marinheiro a dançarem pendurados nos cabos do Tridente ou agarrados ao periscópio do Arpão. Ou uma dança conjunta, quem sabe um musical sensual a bordo de um porta-aviões. Isso sim seria bonito. Não temos porta-aviões? Não faz mal encomendam-se já dois no dia 6 de Junho.  

 



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Saiba quais os telemóveis mais e menos seguros
A Organização Mundial de Saúde classificou os telemóveis como produtos «possivelmente cancerígenos». Um site especializado em tecnologia francês revela agora uma lista com as marcas dos aparelhos mais e menos nocivos.

A lista revela os 10 equipamentos que emitem menos ondas nocivas e os 10 que emitem mais, além de uma lista completa com as radiações em todos os modelos de telemóveis existentes no mercado.

 

Os 10 modelos mais seguros :

1. Samsung Galaxy S 0,23 W/kg

2. Samsung Galaxy S 2 0,33 W/kg

3. HTC Desire S 0,35 W/kg

4. Sony Ericsson Xperia Play 0,36 W/kg

5. Samsung Nexus S 0,50 W/kg

6. HTC 7 Mozart 0,53 W/kg

7. LG Optimus 2X P990 0,54 W/kg

8. Apple iPhone 4 0,59 W/kg

9. Samsung Wave 2 0,62 W/kg

10. Samsung Player 5 0,63 W/kg

10 bis. HTC HD2 0,63 W/kg

 

Os 10 modelos menos seguros :

1. Sony Ericsson X10 Mini Pro 1,61 W/kg

2. Sony Ericsson Satio 1,58 W/kg

3. BlackBerry Curve 9300 1,45 W/kg

4. BlackBerry Bold 9780 1,11 W/kg

5. Sony Ericsson Yendo 1,07 W/kg

6. Nokia C6 1,05 W/kg

7. Sony-Ericsson Vivaz 1,04 W/kg

8. Nokia N8 1,02 W/kg

9. BlackBerry Curve 8520 1,02 W/kg

 

Veja aqui a lista completa

Via Sol


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Quinta-feira, 05.05.11
Portugal entre os 15 melhores países do mundo para se ser mãe

 

 

De acordo com o índice que a ONG Save the Children divulga anualmente, e que compara o bem-estar de mães e crianças em 164 países do mundo, Portugal é o 14º melhor país do mundo para se ser mãe, à frente de países como a Suíça, Irlanda, Itália, Canadá, Japão e Estados Unidos.

Os EUA ocupam o 31º lugar, o que significa que uma americana tem sete vezes mais probabilidades de morrer de problemas decorrentes da gravidez do que uma portuguesa e que uma criança nos Estados Unidos da América tem duas vezes mais probabilidades de morrer antes dos cinco anos do que uma criança em Portugal.

 

Os dez primeiros lugares da tabela são ocupados por cinco países nórdicos - Noruega, Islândia, Suécia, Dinamarca e Finlândia -, dois do hemisfério sul – Nova Zelândia e Austrália – e três nações europeias – Bélgica, Holanda e França.

 

Estes países ocupam os lugares cimeiros porque ao nível dos cuidados durante a gravidez, parto, saúde infantil e educação são os que oferecem melhores condições às suas mães, crianças e gerações vindouras.

 

Dos países analisados 43 são desenvolvidos e 121 são não desenvolvidos.

 

Dentro deste grupo, o Afeganistão é o pior local do mundo para se ser mãe. Comparando com a Noruega, o primeiro país do ranking, a diferença é dramática. Enquanto na Noruega todos os nascimentos são assistidos por pessoal especializado, no Afeganistão apenas em 14% dos casos isso acontece. 

 

Quanto aos últimos dez países da tabela, oito estão no continente africano – República Centro-Africana, Sudão, Mali, Eritreia, República Democrática do Congo, Chade, Guiné-Bissau e Nigéria – e dois no continente asiático – Iémen e Afeganistão.

 

Neste grupo de países do final da tabela uma em cada 30 mulheres morre com problemas relacionados com a gravidez, uma criança em cada seis crianças não chega aos cinco anos e em três uma sofre de malnutrição. Quase 50% da população não tem acesso a água potável.

 

Diminuir as taxas de mortalidade maternal e infantil é um dos oito objectivos do Millenium delineados pelas Nações Unidas

 

Via Sol



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Domingo, 10.04.11
Educação sexual embaraça pais e professores

 

 

A escolha da linguagem mais adequada à educação sexual dos jovens é uma «angústia permanente» que embaraça pais e professores, foi hoje realçado em Coimbra num seminário sobre a matéria.

«A questão da linguagem a adoptar, por exemplo o nome dos órgãos genitais, é uma angústia permanente dos pais», disse Sónia Araújo, uma técnica da Associação para o Planeamento da Família (APF) que participou nos trabalhos.

Também o director executivo da APF, Duarte Vilar, defendeu que «a questão da linguagem é um problema fundamental, não só para os pais, mas também para os professores».

«A educação sexual lá em casa» foi o tema do seminário, uma iniciativa conjunta da APF e da Confederação Nacional de Associações de Pais (CONFAP), que decorreu no auditório do Conservatório de Música de Coimbra.

O sociólogo Duarte Vilar corroborou a opinião de Sónia Araújo para dizer que importa saber «como falar» com os jovens de educação sexual, em casa e na escola, abordando com clareza temas como relações sexuais, homossexualidade, menstruação ou doenças sexualmente transmissíveis, entre outros.

«Qual o quadro de valores pelo qual se rege a educação sexual nas escolas?», afirmou, ao salientar a importância da informação e preconizando que «não é preciso um momento especial para falar disto».

Duarte Vilar sublinhou que, dois anos após a entrada em vigor da lei da educação sexual nas escolas, persistem ainda na sociedade portuguesa diversas «dúvidas e inseguranças nesta matéria».

«Como falar, o que dizer, quando e como?» são algumas das interrogações mais frequentes, designadamente entre pais e docentes, disse.

Segundo um estudo da APF, realizado em 2009 e discutido na sessão, «hoje em dia, os pais estão mais envolvidos na educação sexual dos filhos».

«O estudo revela que pais e mães estão, de facto, envolvidos na educação sexual dos filhos e sempre com grande grau de informalidade», adiantou o mesmo responsável.

Intitulado Ditos e não ditos - Educação sexual e parentalidade , o estudo foi apresentado pela psicóloga Vanda Beja.

O presidente da CONFAP, Albino Almeida, falou dos Mitos, tabus e constrangimentos neste domínio.

«Os constrangimentos são aqueles que decorrem do acertar daquilo que os filhos querem saber», declarou Albino Almeida.

Um dos actuais desafios consiste em «perceber, à luz do conhecimento científico, como podemos melhorar a nossa atitude», referiu, preconizando uma maior aposta na formação dos pais nesta área.

 

Via Sol



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Sexta-feira, 08.04.11
Censos 2011: INE alarga prazo de resposta via Internet

 

 

O Instituto Nacional de Estatística (INE) alargou por dois dias, até terça-feira, o prazo de resposta aos Censos 2011 pela Internet face à «grande adesão da população» ao preenchimento virtual dos dados.
 

«O INE solicita a todos quantos pretendem ainda responder por esta via que o façam o mais cedo possível, de forma a evitar concentração e picos de resposta no último dia, facto que poderá dar origem a congestionamentos», apela a entidade.

 

Utilizando como referência as respostas pela Internet até hoje às 17.30, o INE diz que o número de alojamentos familiares recenseados é de 1,639.296 e as pessoas recenseadas via digital são já 4,426.734.

 

Nas respostas em papel, e tendo como referência a passada quarta-feira, o número de alojamentos familiares é de 1,813.187 correspondentes a 2,061.920 pessoas.

 

Via SOL



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