Durante os primeiros três dias do evento, que começou terça-feira, a praia em Alcochete recebeu cerca de 800 crianças que aprenderam a fazer papagaios e moinhos de vento, usando apenas materiais reciclados.
Na sexta-feira, a praia da pequena terra de Setúbal começou a encher-se de gentes de fora, que falavam outras línguas. É que «o Festival Internacional de Papagaios de Alcochete (FIPA) atrai equipas de Espanha, França, Holanda, Itália, Suíça, Grã-Bretanha e Índia», explicou o organizador do evento Carlos Soares.
Entre os concorrentes encontravam-se «alguns dos melhores praticantes mundiais» nas vertentes de papagaios estáticos, acrobáticos e de tracção, além de ‘kite surf’ e ‘board cross’, contou ainda Carlos Soares, sublinhando o espetáculo nocturno que atraiu «milhares de pessoas» ao passadiço da praia para ver os papagaios iluminados.
Já sobre as equipas portuguesas, a organização sublinhou o facto de «terem um nível cada vez melhor». Hoje de manhã, a equipa nacional - Guincho Kite Clube - apresentou o seu número sincronizado.
Cinco dos oito pilotos do Clube KiteTeam estiveram na Praia do Moinho a mostrar as suas habilidades na exibição de papagaios sincronizados. Em média, treinam três a quatro horas por semanas, todos juntos. Depois, quando estão sozinhos, tentam aperfeiçoar a técnica: «É importante treinar sozinho, porque a equipa tem o valor do seu pior piloto», sublinhou Luís Candeias, vice-presidente do clube, onde todos são amadores na arte de manobrar o papagaio.
O clube tem apenas sete anos e 18 sócios. A sede é em casa do vice-presidente e as cotas são «uma espécie de pequeno mealheiro» para cobrir algumas despesas, admitiu Luís Candeiras. Normalmente encontram-se ao fim-de-semana na praia, mas depois também há reuniões de convívio em casa uns dos outros ou em fins-de-semana que haja festivais. «Para nós o mais importante é estarmos juntos e divertirmo-nos. Os papagaios são um bom motivo para bons momentos de convívio».
Via Sol