A banda britânica Arctic Monkeys é cabeça-de-cartaz no primeiro dia de Super Bock Super Rock. Na sua décima sétima edição e pelo segundo ano consecutivo, o festival instala-se na Herdade do Cabeço da Flauta, no Meco. Para hoje há ainda as actuações de Beirut e Tame Impala.
Ainda antes de serem anunciadas pela promotora Música no Coração diversas alterações, já os bilhetes voavam a bom ritmo. A música, claro. Os Portishead e os Arcade Fire, lendas regressadas e lendas em construção, levaram a que esgotassem, primeiro, os bilhetes para amanhã. Os Strokes, Ian Brown e Slash, em cartaz na noite de sábado, e os supracitados Walkmen ou Beirut (ambos no Palco Super Bock, hoje, às 20h20 e 23h, respectivamente) fizeram o resto. Anteontem, estavam esgotados os passes para os três dias, mas a organização dizia que, mediante cancelamento de reservas e a "confirmação em concreto da lotação do espaço", serão disponibilizadas mais entradas. São esperadas cerca de 30 mil pessoas por dia.
No festival estará a geração indie que surgiu após a explosão da Internet e da quase implosão da indústria discográfica tradicional. Estarão bandas que não passam habitualmente nos antigos canais prioritários de divulgação - as rádios de grande audiência e as televisões em canal aberto. Estarão as que ascenderam do frenético passa-palavra informático ao estatuto de, pelo menos, futuros clássicos (Arcade Fire, Arctic Monkeys, Walkmen), figuras de culto associadas (os Junip de José Gonzalez, Beirut, El Guincho) ou veteranos que atravessaram sem mácula os ventos de mudança (Portishead ou, pela carga icónica dos Stone Roses, Ian Brown).
Os nomes portugueses em cartaz, de resto, são representativos do mesmo. Hoje, sobem a palco Sean Riley & The Slowriders (Palco Super Bock, 19h15) e os Glockenwise (Palco EDP, 20h00). Amanhã, além de Rodrigo Leão e The Gift, actuarão Legendary Tiger Man, B Fachada e Noiserv. Sábado, os X-Wife e os PAUS, cujo álbum de estreia, a editar nos próximos meses, é antecipado com grande expectativa.
Via Público