Há quem pense que a mulher perde a sexualidade com o passar dos anos. Isto não é verdade. A mulher madura ou em pré-menopausa que fizer as suas devidas reposições hormonais, dosagens dos sais minerais, medida da pressão vaginal etc., terá sua vida sexual normal.
Não ocorrerão as dificuldades sexuais como: dores vaginais durante a relação sexual (causada por diminuição de período), depressão, dificuldade para atingir o orgasmo ou mesmo hipo-orgasmia, calorões, apatia, astenia, irritabilidade, flacidez de musculatura vaginal (vagina ampla) etc.
Com os avanços da medicina, a descoberta de novos medicamentos, muitas doenças graves, como a infecção puerperal da mulher, que na Idade Média matavam uns cem números de mulheres no pós-parto, ou seja, em plena juventude, deixaram de ser problemas. A mulher até o Século XVII era tida como uma incubadora e sem participação na geração dos filhos e no final deste século passou de verdade a ser a mãe, com carga genética igual a do pai.
A luta da mulher para atingir um lugar ao sol é antiga. Até a igreja com as suas guerras e cruzadas no Oriente Médio auxiliou nesta transformação das mulheres em grandes administradoras e os europeus, seus maridos, chocaram-se duas vezes neste período de guerra. Primeiro ao encontrarem opositores refinados como os árabes mulçumanos do Islã e segundo, quando ao retornarem com ensinamentos científicos importantes aprendidos dos inimigos, verificaram que as suas esposas, a maioria delas usuárias de cinturões de castidade no período de guerra, haviam administrado propriedades rurais e pequenos comércios com cérebro masculino, pois aumentaram o patrimônio do marido e com isto promoveram sua evolução na escala social.
Caminhava a mulher para ser a companheira do homem e não a pecadora, o ser inferior já nessa época. Direito que ainda é a busca de muitas delas. São as mulheres maduras e idosas que culturalmente foram consideradas assexuadas por Kinsey e Richfield na década de 1940. Estas agora sabem que isto não é verdade.
Jacinto Lucas Pires entrou na cabeça de um "verdadeiro actor" e descobriu a sua própria escrita. O seu novo livro faz de Lisboa um palco real demasiado parecido com a ficção
A vida tem destas coisas. Escreve-se um livro e, a seguir, a realidade encarrega-se de agir como se o tivesse lido. E o livro ainda por sair. E a História a ultrapassar a estória. Quando Jacinto Lucas Pires deixou pronto "O Verdadeiro Ator", o seu sétimo livro de ficção que será lançado na próxima quinta-feira pela editora Cotovia, não sabia que, semanas mais tarde, ia haver uma manifestação à porta do Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, a reclamar uma outra democracia. O movimento da "geração à rasca" parecia estar a seguir o que ele próprio havia escrito mas, como em qualquer realidade paralela, "um bocadinho mais ao lado".
No seu livro, essa manifestação, que acabará à porta do Parlamento, parece, ao mesmo tempo, propor uma solução para o que não teve consequência e sugerir uma resposta a um outro livro seu, "Do Sol" (2004), em que um político fazia promessas que agora intuimos terem falhado.
Se quisermos construir um arco narrativo entre esse romance de 2004 e este de 2011, é como se o discurso de Pedro Claristo se revelasse, afinal, igual a todos. Escreveu Lucas Pires: "Minhas amigas e amigos, não estamos aqui porque sim, só porque sim, porque não temos outro sítio para estar. Não estamos na política para ter carros pretos e escritórios bonitos. Não pedimos o vosso apoio para isso. Não. Aliás, muito francamente, aqui onde ninguém nos ouve... hã... deixem que lhes diga outra coisa: não precisamos da política para isso". Agora, em "O Verdadeiro Ator", escreve: "Diz-se muita coisa, mas a verdade é que ninguém sabe ao certo como é que tudo começou, como é que foi possível inventar uma multidão destas. Um corpo imenso que parece ter chegado do nada para encher São Bento, e que agora transborda destas ruas e se vai estendendo para cima, para a Estrela, e para baixo, para o Poço dos Negros". E como que para confirmar que estes são lugares reais, habitados por figuras desenhadas, Lucas Pires acrescenta: "Lugares verídicos tomados por gente inimaginável, gente mais-que-verdadeira feitas das inconsistências próprias da realidade. Gente viva que não vem nas estatísticas, que não responde às sondagens, que não cabe nos estudos de mercado."
Jacinto Lucas Pires diz-nos, hoje, que "foi uma vantagem escrever antes da manifestação": "Pude partir de sinais que já existiam e imaginar em cima deles os problemas [que poderiam acontecer]. Foi uma luta contra a política, e os políticos, sem uma ideia de alternativa política, seja ela qual for. Onde é que isso poderia ser levado? Mesmo que uma coisa dessas atravesse as portas da Assembleia, acaba ou manipulada ou por desaparecer. "
Esse dispositivo ficcional permite-lhe fazer da historieta do actor falhado metáfora de um país em processo de afirmação. "Interessa-me sempre a ideia de provocação. Escrever só em cima da literatura, como alguns fazem, e eu próprio leio, parece-me pouco. Quando faço uma pergunta, gosto que ela seja uma provocação". E essa provocação emana, sempre, de uma observação permanente. Nos livros deste escritor que se diz "viciado em informação" (e a verdade é que o olhar de Jacinto deriva quando falamos com ele, e a sua atenção se dispersa pelo que vai acontecendo à sua volta), a atenção está permanentemente a ser atraída para outro sentido, fazendo com que se construam histórias dentro da narrativa principal. E isso pode fazer com que o leitor se sinta perdido, ou que lhe estão a ser dadas informações que o seu tempo de leitor (diferente do tempo de espectador, eventualmente menos interventivo, e daí que isto seja mais evidente nos romances do que nas peças de teatro do autor) não consegue processar. "Como leitor sei que quando me é contada uma história, não é uma ilusão poder estar lá", explica.
Mais real do que a realidade
O convite que faz ao leitor é, de resto, um convite à reflexão. Para Jacinto Lucas Pires, "a história deste verdadeiro actor fala de um tempo em que tudo parece à superfície". E refere os oráculos dos telejornais, em que Deus, política, sexo e publicidade se misturam, "tudo igual, ao mesmo nível". Numa "sociedade de ecrã" - ou seja, que perdeu tridimensionalidade -, "como é que se conseguem encontrar todas as dimensões?". Esse é, para o autor, "o grande drama do teatro actual". O termo "teatro", aqui, não é apenas referente a uma prática literária, mas ao teatro enquanto ideia de representação e de intervenção pública. "Uma das hipóteses é dizer que a literatura não é deste tempo, pertence às bibliotecas, onde escritores escrevem para escritores, e se esconde. A outra hipótese é tentar, a partir de dentro, ser-se do tempo mas atacando o tempo".
Esse tempo de que o autor fala é um tempo sobretudo ficcional, decorrente do cruzamento e da acumulação de referências comuns, medianas por vezes, mas identificáveis pela maioria do público. Não por acaso, os seus livros decorrem em cenários que sabemos de cor, e são habitados por nomes que nos habituámos a escutar. Seria uma literatura urbana, dos nossos dias, quase imediata, se isso não fosse uma proposta de "reacção".
O autor vai construindo narrativas a partir da filtragem do que o rodeia. É por isso que a cidade de Lisboa não é bem Lisboa, mas uma cidade que parece o esquema formal sugerido pelos filmes, cheia de sol, de manifestações na rua e de carros pretos que param em esquinas para raptar pessoas. E o que acontece a este "verdadeiro ator", Américo Abril de seu nome, é o que acontece a quem tudo acontece: a mulher tem um cargo mais importante do que ele, que é nenhum, o filho não o respeita e parece conspirar contra o pai, os amigos, que o deveriam ajudar, não acreditam que ele tenha verdadeiramente problemas, o pai está internado e mal o reconhece, mas encontra forças para liderar uma pequena revolução no lar onde vive, a mãe não lhe faz perguntas mas sabe que ele lhe mente, e a amante, por quem ele achava estar apaixonado, é uma acompanhante que acaba assassinada, por causa de uma agenda importantíssima. Tão importante que o que acontece no filme que ele deveria protagonizar lhe parece mais real do que a sua própria realidade. Ele é o seu próprio anti-herói, como a maioria das personagens de Lucas Pires, errantes todas elas, suspensas quando a narrativa acaba.
O modo como a realidade se mistura com a ficção é, afinal, um dos pilares da escrita de Lucas Pires que tanto no teatro como no romance tem procurado perceber de que modo os tempos e os modelos narrativos se complementam. Ele, que permanentemente é avaliado como um escritor cinematográfico, pega nessa ideia e leva-a, de facto, para as ruas. O artifício não podia ser mais evidente: um filme onde o protagonista é Paul Giamatti, ou actores a fazerem de personagens banais que, por um acaso, são Paul Giamatti, esse actor que podia ser qualquer um de nós. Ou quase. "Temos todos uma série de referências que vêm do cinema e que convivem com a própria realidade", diz-nos. "Há um lado metafórico que é uma procura sobre a identidade quando tudo é relativo", acredita. Há uma "desmontagem" do espaço e das referências que lhe permite "manipular o próprio tempo". E também "há sempre uma auto-sabotagem", que ele não consegue evitar: "Aqui é o exemplo do filme e a mistura entre o que se passa na cabeça dele e o que é real". Tal como acontecia num outro romance seu, "Perfeitos Milagres" (2007), em que o narrador estava dentro do próprio livro. Aqui, Américo Abril é "a personagem mais próxima do protagonista" e o observador-omnipresente que resgata a estória da História e, no fim, ainda fica com a rapariga.
O álbum da nova banda de Mick Jagger chega às lojas em Setembro (Nuno Ferreira Santos)
Mick Jagger, líder dos Rolling Stones, juntou-se ao fundador dos Eurythmics, Dave Stewart, à cantora Joss Stone, ao compositor A.R. Rahman e ao artista de reggae Damien Marley e criou uma nova banda. Juntos são os SuperHeavy e o novo álbum chega já em Setembro.
Em declarações à NME, Jagger explicou que a banda surgiu de um encontro entre as cinco estrelas. Pensaram no que podiam fazer mas não sabiam ao certo o quê. “Pensámos e se fossemos para o estúdio e fizéssemos alguma coisa, a ver o que acontecia, se nos divertíamos. Não sabíamos nem que tipo de música faríamos.”
Em comunicado, a banda anunciou esta quarta-feira que o álbum chegará às lojas em Setembro, não avançando porém uma data específica. “Miracle Working” é o primeiro single, já está gravado, falta apenas o videoclip, agora em produção. Na próxima semana deverá ser tornado público.
No comunicado, a banda conta ainda que em apenas seis dias Jagger, Stewart, Stone, Rahman e Marley escreveram 22 músicas do disco, gravado em estúdios em França, Chipre, Estados Unidos e Índia.
Esta não é a primeira vez que Mick Jagger e Dave Stewart trabalham juntos. Em 2004, a banda sonora do filme “Alfie e as Mulheres”, de Charles Shyer, tinha a assinatura dos dois músicos.
Por sua vez, o último álbum de Joss Stone foi produzido por Dave Stewart, mas também Mick Jagger já colaborou com a cantora.
O objectivo dos SuperHeavy foi juntar músicos de áreas distintas, tentando criar uma sonoridade diferente e característica.
A Apple entrou em divergência com o seu representante e importador em Portugal, Interlog, e terá suspendido o fornecimento de peças e equipamentos ao mercado português. Ao que o Dinheiro Vivo apurou, as duas empresas estão a tentar resolver o desentendimento, mas não conseguiram evitar que os clientes da Apple fossem afectados.
É que o serviço AppleCare, que estende a duração e abrangência da garantia da empresa, exige uma reparação no máximo de três dias - algo que não está a ser cumprido desde que os problemas começaram. Uma situação muito anormal na marca, que é conhecida mundialmente pela rapidez e eficácia do suporte.
Alguns centros de reparação autorizados estão sem receber peças desde meados de Junho e começam a acumular computadores Mac avariados durante semanas. No centro das Olaias "Tou Aqui Tou Aí", um dos mais conceituados do país no arranjo de Macs, há 92 computadores empilhados à espera de peças, que deixaram de chegar a 17 de Junho. O centro, que contactou a Apple norte-americana para tentar contornar o problema, espera que tudo seja seja resolvido "dentro de alguns dias".
Também a Distriloc confirma que não tem recebido peças e por isso suspendeu a garantia de arranjo em três dias. "Depende do problema da máquina, mas não podemos dizer se é em dois dias ou dez dias", explica fonte da empresa.
Nos centros de reparações circula o rumor de que a importadora Interlog, que representa a Apple desde 1986, terá deixado de pagar à empresa e por isso o contrato foi congelado. O Dinheiro Vivo contactou a Interlog para obter esclarecimentos, mas não foi possível conseguir quaisquer explicações.
Para muitas mulheres sexo não é sinônimo de prazer e satisfação. Algumas patologias de fundo emocional ou fisiológico podem atrapalhar a relação ou, até mesmo, impedir que a penetração aconteça.
Dispareunia está entre as causas de fortes dores durante a penetração. Essa é caracterizada por infecções. Diversos órgãos podem ser atingidos, por exemplo, grandes lábios, tubas uterinas e ovários. Endometriose, presença de tecido que reveste o útero fora da cavidade uterina, também age como desencadeador das dores. "Essas são doenças de origem orgânica que atingem a região da pelve", esclarece Dr. Amaury Mendes Júnior, ginecologista, secretário geral da Sociedade Brasileira de Sexologia e professor do ambulatório de sexologia da UFRJ.
Segundo o especialista, mulheres afetadas por infecções desse tipo não suportam a penetração de uma relação sexual: "Quando a mulher fica excitada o sangue se concentra na região e preenche os vasos sanguíneos. Esse processo provoca muita dor, ela acaba não conseguindo prosseguir com o ato sexual".
Já o vaginismo é uma das causas mais comuns de dor durante a relação sexual. Trata-se da contratura involuntária do músculo da vagina. A excitação é o desencadeador da contratura. "O vaginismo é mais frequente em mulheres que sofreram abusos na infância, receberam educação muito severa ou são filhas de pais repressores. É uma doença de fundo psicológico", afirma Dr. Amaury .
O vaginismo tem tratamento e cura. Qualquer pessoa que sinta algum tipo de incômodo durante o sexo, deve procurar ajuda médica. "Os cuidados se dão por meio de terapias", afirma o especialista. O ideal é procurar um ginecologista que tenha especialização em terapia sexual para tratar do assunto. Mas, infelizmente, a falta de informação condena muita gente. "As mulheres que sofrem com a dor durante a penetração tendem a procurar caras bonzinhos, os filhinhos da mamãe. Esses irão acabar aceitando a situação sem queixas".
Dr, Amaury ressaltou que as mulheres necessitam de mais tempo para atingir o orgasmo, se comparada aos homens. Segundo ele, elas necessitam de, pelo menos, vinte minutos. Muitas não atingem o clímax, o que também pode provocar incômodo. "É recomendado que as mulheres passem por uma consulta de rotina todos os anos, embora eu acredite que esse período deva ser reduzido para seis meses", finaliza o especialista.
Edição deste ano foi apresenta esta manhã no Porto (Manuel Roberto)
O cartaz completo para a 19.ª edição do Festival de Paredes de Coura, a realizar-se entre 17 e 20 de Agosto, foi anunciado. Kings of Convenience, The Joy Formidable e Linda Martini foram as últimas bandas anunciadas para o palco principal, que terá o nome de Ritek, empresa angolana que patrocina o festival.
João Carvalho anunciou ainda a restante programação do palco secundário, o after-hours e o Jazz na Relva, e um novo palco, o palco JN, uma parceria entre o jornal e o festival que promove um concurso de bandas para procurar novos talentos musicais na área do pop- rock. As bandas vencedoras actuarão neste espaço entre os dias 17 e 20 de Agosto.
A praia fluvial do Tabuão recebe este ano mais uma edição do Festival Paredes de Coura abrindo oficialmente as portas aos campistas a 17 de Agosto, dia em que actua Vladimir Dynamo, Crystal Castles, Wild Beasts e Omar Soleyman, no palco dois, também conhecido como secundário e no fim da noite como after-hours.
No palco after-hours, para o qual ainda não havia nomes atribuídos, actuam Riva Strarr e Delorean (dia 18), Mixhell e Metronomy (dia 19), Terry Hooligan Vs Rico Tubbs e Orelha Negra (dia 20).
No dia 18 o palco principal recebe Pulp, Blonde Redhead, Warpaint, Twin Shadow e Crystal Stilts enquanto Esben & the Witch, We Trust, Here We Go Magic e Murdering Tipping Blues actuam no palco secundário.
Kings of Convenience e The Joy Formidable foram as grandes novidades anunciadas. As bandas juntam-se aos Deerhunter, Marina & the Diamonds e Battles no dia 19 de Agosto.
Os portugueses You Can’t Win, Charlie Brown sobem ao palco no dia 19, juntando-se a Jamaica, Le Butcherettes e Chapel Club nas actuações do palco secundário.
No dia 20 o palco principal recebe Linda Martini, para o qual já estavam confirmados Dead From Above 1979, Two Door Cinema Club e Foster the People. No mesmo dia mas no palco secundário mais uma banda portuguesa. Peixe Avião sucedem aos confirmados No Age, Viva Brother e Kurt Vile.
Os bilhetes para esta edição estão à venda nos locais habituais e têm o preço de 40 euros (um dia) e 75 euros (passe 4 dias).
Governo de Passos Coelho é reduzido e o número de mulheres também. Entre os 46 ministros e secretários de Estado há oito mulheres. No entanto, o PSD indicou uma mulher para presidir ao Parlamento.
Um muito completo circuito na Guatemala, El Salvador e Nicarágua com guia sábio no tema (o jornalista Carlos Carneiro)? Visitar as tartarugas de Cabo Verde ou mergulhar nas maravilhas da Indonésia ou Zanzibar? Volta aos parques da Tanzânia? Ou, algo mais caseiro, como um profundo passeio pelo Gerês? Ideias para umas férias em grande pelo mundo.
Guatemala, El Salvador e Nicarágua
História, cultura, uma boa dose de aventura e ainda acções sociais em zonas rurais onde poderá conhecer de perto a vida dos seus habitantes, são os ingredientes principais desta viagem de 17 dias pela Guatemala, El Salvador e Nicarágua, que tem como guia o jornalista e viajante Carlos Carneiro. Destaque para a visita à cidade colonial e Património Mundial de Antigua, vulcão Pacaya (última erupção em 2010), o colorido mercado de Chichicastenango e o mágico Lago de Atitlan, na Gualtemala. Já em Perquin, uma pequena e acolhedora aldeia de montanha, conhecida como a capital guerrelheira de El Salvador, vai ouvir falar de guerra e de paz, pela boca de um ex-guerrelheiro da FMLN. Finalmente na Nicarágua, o programa reserva-lhe a visita a León, cidade colonial que alberga a maior catedral da América Central, a idílica ilha de Ometepe, um santuário ecológico, onde pode fazer mergulho, passeios a cavalo, caminhadas, avistar aves, macacos e crocodilos e para terminar a charmosa cidade de Granada, com quase 500 anos de história. Preço: desde 2280 euros por pessoa em quarto duplo, com transporte aéreo e terrestres, alojamento em hotéis e casa familiar, algumas refeições, passeios e contribuição para material escolar. Próxima data de partida: 5 a 21 de Agosto. www.nomad.pt
Tanzânia | Vinte Mil Léguas no Indico São 14 dias de viagem, com cinco dias em camping Safari e quatro noites em Zanzibar. A viagem foca-se nas maravilhas da Tanzânia, terra de planícies, lagos e montanhas com uma estreita franja costeira (mas o maior país da África Oriental), onde a grande atracção (mas não única) são parques de vida selvagem com o Kilimanjaro a coroar o horizonte. O roteiro cruza os esplendores naturais dos parques do Serengeti e Tarangire, oferecendo os cenários inesquecíveis do Lago Manyara e das crateras de Nogongoro. Em Zanzibar, com estada em ecoresort, tem a possibilidade de descobrir outras maravilhas, as subaquáticas, com snorkelling e mergulho. A próxima partida é a 16 de Julho. Preços desde 2236€ + 1100€ (voo). www.papa-leguas.com
Cabo Verde | Observação de tartarugas Esta viagem proporciona a descoberta da ilha da Boavista, considerada a mais hospitaleira de Cabo Verde, berço da morna e com praias que vale a pena desfrutar e também viver uma aventura inesquecível para toda a família, a observação de tartarugas marinhas. Partidas de Lisboa todos os domingos até 25 de Setembro, voo, taxas e estadia de sete noites no hotel e regime escolhido. Preço: a partir de 671 euros por pessoa. www.terraafrica.pt
Nepal e Butão | Reino dos Himalaias Esta viagem de 12 dias ao coração dos Himalaias, oferece ao viajante aventura, paisagens de uma beleza incomparável, exotismo, lendas inimagináveis, contemplação e paz. Percorra as montanhas do Nepal e do Butão, observe os cumes permanentemente gelados dos Himalaias e a vastidão da maior cordilheira montanhosa do mundo, conheça os seus templos e mosteiros sagrados e cidades milenares. Destaque no itinerário para a visita a Katmandu, a capital do Nepal, - onde não pode perder algumas atracções, como a Praça Durbar, os templos de Taleju, Sgiva, Narayan e Krishna - Patan, cidade das artes e um dos maiores centros de peregrinação da Ásia e Punakha, antiga capital do Butão. O preço ronda os 3160 euros por pessoa e inclui a passagem aérea, taxas, nove noites em hotéis, 10 refeições, vistos e taxas de turismo no Butão e visitas com guias. www.lusanovatours.pt
Islândia | Desafio Viking Prepare-se para viver algumas aventuras fantásticas com o programa "Desafio Viking", proposto pela Nordictur, numa viagem de sete dias que o leva até à Islândia, terra do fogo e do gelo. Destaque para algumas visitas e actividades: Parque Pingvellir, Geyser e queda de água Gullfoss, passeio de rafting nos emocionantes rápidos, passeio a pé pelo Glaciar incluindo escalada no gelo, banhos na Lagoa Azul de águas quentes e termais, passeio a cavalo e cruzeiro para observação de baleias e aves marinhas e para terminar veja porque razão comparam a paisagem da Islândia ao solo lunar, num passeio em motos 4x4. Inclui voos com partidas diárias até Agosto, taxas, guia, alojamento com pequeno-almoço, actividades e algumas refeições. Preço: desde 2190 euros por pessoa. www.nordictur.pt
Dinamarca | Copenhaga e Parque Legoland Entre no mundo encantado do Lego, nesta viagem de oito dias, que tem como ponto alto a visita ao Parque Legoland, em Billund. Na construção deste parque de diversões (um dos quatro parques da Lego existentes no mundo), foram usadas mais de 55 milhões de peças de Lego. O itinerário continua pelas cidades de Copenhaga, Roskild, onde vai poder visitar o Museu Viking, um dos mais célebres museus escandinavos e Odense, onde se situa a Casa-Museu de Hans Christian Andersen, autor de numerosos e famosos contos infantis. Avião, taxas, alojamento em hotéis com pequeno-almoço, entradas no parque e aluguer de viatura por quatro dias. Válido até Outubro. Preço: a partir de 1495 euros por pessoa. www.nordictur.pt
Irlanda | Tesouros irlandeses Um circuito de oito dias em autocarro de turismo visitando alguns "tesouros" da Irlanda: Belfast, Derry, Sligo, Kylemore, Clifden, Galway, Cork, Kilkenny e Dublin. Inclui a passagem aérea, taxas, estadia em hotéis em regime de tudo incluído, visita a uma destilaria de whisky e fábrica de cerveja. Partidas a 23 e 30 de Julho; 6, 13, 20 e 27 de Agosto. Preço: desde 1580 euros por pessoa. www.nortravel.pt Finlândia | Observação de ursos Deixamos aqui o convite para umas férias no Norte da Europa, dedicadas à vida selvagem com a observação de ursos nas florestas da Finlândia. São sete dias de viagem com estadia em Helsínquia, a capital, onde não deve perder a visita à Catedral Luterana de São Nicolau, a Praça do Senado e do Mercado, o Palácio Governamental, a igreja escavada na rocha de Tempeliaukio e os bairros de arte de Katajanokka e Ullanlinna. A viagem continua para a localidade de Khumo, situada próximo do Circulo Polar Árctico e da fronteira russa, ponto de partida para a observação de ursos castanhos no seu habitat natural, considerados os "reis da floresta finlandesa". O programa contempla ainda a visita ao Centro Natural de Petola, onde pode ver uma exposição dedicada aos animais carnívoros e predadores e um passeio à noite, pela floresta sob o Sol da Meia-Noite. O preço ronda os 1505 euros por pessoa e incluí a passagem aérea, taxas, alojamento em hotéis e em abrigos no Centro de Observação de Ursos, pequenos-almoços, três jantares, um piquenique e tours mencionados. www.nordictur.pt
Indonésia | Mergulho na Ilha de Sulawesi A Ilha de Sulawesi, na Indonésia, oferece aos amantes de mergulho, uma costa riquíssima com alguns dos melhores locais de mergulho da Indonésia, com uma diversidade inimaginável de vida aquática, tornando-se também um paraíso mundial para a macrofotografia. A ilha é procurada especialmente por um tipo de mergulhador, os chamados critter hunters, ou caçadores de criaturas, já que esta região esconde alguns dos animais mais exóticos dos mares: peixes mandarins, peixes sapos gigantes, ouriços fluorescentes, cavalos-marinhos pigmeus, entre centenas de outras espécies que provavelmente nunca ouviu falar. Além dos mares não deixe de explorar também as paisagens de montanha, parques nacionais, vulcões, campos de arroz e conhecer um pouco da misteriosa cultura do seu povo, com elaborados rituais fúnebres, búfalos como animais de culto, casas gigantes com formas de barco. O valor a pagar por esta aventura ronda os 2594 euros por pessoa em quarto duplo e inclui a passagem aérea, taxas, sete noites em hotel em regime de pensão completa e forfait de nove mergulhos com material necessário (oito diurnos e um nocturno). www.opeixevoador.pt
E ainda
Cruzeiro | Danças no Mar Para quem gosta de cruzeiros temáticos, aqui fica o convite para embarcar no Danças no Mar e entrar no ritmo das danças africanas, salsa, sevilhanas, tango argentino e dança oriental. São três noites a bordo do navio Funchal em regime de pensão completa, transferes grátis de/para Porto e Coimbra, taxas portuárias e espectáculos a bordo. A partida e chegada é de Lisboa, seguindo para Tânger, Málaga e Gibraltar. De 25 a 29 de Agosto. Preço: desde 420 euros por pessoa em ocupação dupla. www.abreu.pt
Gerês | Férias equestres Para quem gosta de cavalos e do contacto com a natureza, a Ecotura preparou um programa de férias equestres em território do lobo e dos cavalos selvagens. Durante cinco ou oito dias desfrute de mergulhos em piscinas naturais, banhos de águas quentes termais, passeios a cavalo pela montanha, aulas de iniciação aos cavalos e maneio, piqueniques ao luar com astronomia e merendas no campo com produtos regionais locais. Preço: 375 euros para cinco dias e 570 euros se optar ficar oito dias. Inclui o alojamento em regime de meia pensão e actividades. www.ecotura.com
Fãs choram à porta do Hospital, onde está o ex-D'ZRT (Nelson Garrido)
O Hospital de Santo António deverá confirmar ao início da noite desta terça-feira o óbito do músico e cantor Angélico Vieira, vítima de um violento acidente de viação na madrugada do passado sábado.
Ao princípio da tarde, a equipa médica que acompanhou o actor nos últimos dias declarou morte cerebral a Angélico Vieira, de 28 anos, após verificar que tinha deixado de respirar espontaneamente.
“De manhã Angélico Vieira estava estável, mas os sinais vitais começaram a desaparecer”, disse esta tarde fonte hospitalar, sem adiantar mais pormenores. Uma outra fonte garantia que o actor permanecia ligado ao ventilador e que ia ser sujeito a um derradeiro teste antes de o hospital confirmar o óbito.
Muitos fãs do actor continuam concentrados junto à entrada principal do Hospital de Santo António, na Baixa do Porto, e muitos acreditam que ainda possa ocorrer “um milagre”. Para além dos familiares mais próximos, têm passado pelo Santo António amigos pessoais do ex-vocalista dos D’ ZRT.
Esta tarde, Edmundo Vieira, que fez parte da banda, esteve no hospital onde Angélico se encontra internado na Unidade de Cuidados Intensivos Polivalente desde sábado, na sequência de um grave acidente de viação na A1.
Na viatura, conduzida pelo músico, que se despistou na sequência do rebentamento de um pneu, seguiam também Hélio Danilson Filipe, 25 anos, que teve morte imediata, e cujo funeral foi hoje, e Arminda Leite, 17 anos, que ficou ferida com gravidade e que permanece internada com prognóstico reservado.
O quarto ocupante da viatura, Hugo Mendonça Pinto, o único que na altura do acidente seguia com o cinto de segurança colocado, sofreu ferimentos ligeiros.
A cama reforça diariamente a união e a cumplicidade do casal. E quando nesse contexto surgem problemas como brigas ou roncos excessivos, a saída encontrada por muitos parceiros é evitar a divisão do leito.
"Dormir em camas distintas, de certa forma, é uma separação. Embora estejam juntos na mesma casa, não há mais a mesma energia entre eles, que passam a viver individualmente e de maneira egoísta", comenta a psicóloga.
Entretanto, a psicóloga Rosana Gabriel, revela que há um lado positivo em dormir em camas separadas. Mas só de vez em quando. "Em momentos de ‘muitas’ discussões, esta é a forma de cada um pensar e repensar suas atitudes, comportamentos e os motivos pelos quais tem alguém ao seu lado. Isso é saudável em desentendimentos sérios". Mas pondera: "Essa atitude passa a ser ruim se em qualquer briguinha o casal passar a dormir separado, em vez de dialogar sobre o assunto e achar que o não compartilhamento da cama vai solucionar o problema."
Independente da importância que se dá ao leito matrimonial, dois princípios não podem faltar numa vida a dois: respeito e consideração, dois fatores que somam valores para o casal. "E não se deve deixar de lado o diálogo, momento em que as partes envolvidas têm a chance de se posicionar na relação, dizer o que está bom e o que não está e, assim, viver um relacionamento mais pacífico", orienta Dra. Rosana.
Pular a cerca na própria cama
Se há gente solteira que não gosta de ninguém sentando ou deitando na sua caminha, imagina se a esposa - ou o marido - descobre que a "pulada de cerca" aconteceu na tradicional e sagrada cama do casal?
Essa pergunta foi tema de uma pesquisa realizada pelo jornal americano "The New York Times". Mais de 50% das 500 pessoas entrevistadas afirmaram que o casamento chegaria ao fim se a traição acontecesse na própria cama do casal. Outro dado interessante: se a "escapada" não acontecer no leito matrimonial a taxa de pessoas que colocariam um ponto final no enlace cai para 30%.
Segundo os advogados e terapeutas consultados pela publicação, uma traição na própria cama é algo de que não se esquece... Então quer dizer que para perdoar uma traição é preciso analisar se ela aconteceu ou não na cama do casal? Por que este móvel é tão essencial na hora definir o futuro de um casamento?
Na opinião da psicóloga, a cama passa a ser um objeto aversivo para a pessoa traída. "Simbolicamente, é onde o casal pode ter suas intimidades, descansar e viver coisas que somente ele sabe. É como se fosse um ‘lugar sagrado’. E trair em um local com todo esse significado é o que causa o sofrimento. A magia do ‘ninho do amor’ se acaba", argumenta.
Cerca de 200 ciclistas participaram na primeira World Naked Bike Ride de Lisboa, para promover o uso da bicicleta na cidade, mas não houve nudez porque a polícia não deixou.
Cerca de 200 ciclistas em trajes menores participaram hoje na primeira World Naked Bike Ride de Lisboa, com partida do Parque Eduardo VII, para promover o uso da bicicleta na cidade, como uma forma de proteger o ambiente.
"Este evento não é uma corrida, nós estamos aqui a manifestar-nos em prol da utilização da bicicleta como meio de transporte, em defesa do ambiente", disse hoje à Lusa Pedro dos Santos, organizador em Portugal da iniciativa, que nasceu em Espanha com o grupo Manifestación Ciclonudista e no Canadá com os Artists For Peace. A primeira corrida realizou-se em 2004 em vários países.
"Censurada"
Como a lei portuguesa proíbe a nudez integral, tal como recordou um agente do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, antes do início do passeio, que terminará junto à Torre de Belém, os participantes foram aconselhados a manter vestida a pouca roupa que envergavam, na maioria calções de banho ou de ciclismo, embora houvesse também kilts escoceses e mesmo um "top" de cartão onde se lia a palavra "censurada".
"Esta manifestação tem por base a World Naked Bike Ride, que é uma manifestação de sensibilização para o uso da bicicleta em que as pessoas vão nuas ou podem ir nuas. Aliás, o lema é 'As bare as you dare' [tão despido quanto se atrever] e serve para mostrar a vulnerabilidade do ciclista face ao automóvel", disse à Lusa Ana Brutt, que ajudou a organizar este evento e trazia escrita nas costas a frase "Obsceno é o trânsito".
"Também tinha medo das colinas"
Para Pedro dos Santos, que congregou os presentes gritando palavras de ordem como "Viva a bicicleta!" e "Viva o ambiente!" e trazia nas costas o desenho de um homem, seguido do sinal de mais e de uma bicicleta: homem mais bicicleta é igual a "máquina perfeita" e "menos CO2", a bicicleta é o meio de transporte ideal para se deslocar em Lisboa, apesar de esta ser conhecida como "a cidade das sete colinas".
"Eu ando de bicicleta em Lisboa há cerca de dois anos, três anos, comecei com uma bicicleta pequenina e comecei com muito medo, também tinha medo das colinas, mas se não formos por aquele caminho que nós conhecemos que é mais rápido e formos dar uma volta um bocadinho maior, vemos que não subimos colina nenhuma ou subimos de uma maneira mais suave", observou.
"O maior problema de Lisboa são os carros e a falta de condições para bicicletas"
"É super-possível -- também não há vergonha nenhuma em apearmo-nos da bicicleta e levarmo-la à mão -- e temos uns ótimos transportes públicos, que nos deixam levar a bicicleta, alguns com horários específicos, mas deixam levar a bicicleta de forma gratuita. Portanto, não há razão para não se andar de bicicleta: faz bem à saúde, faz bem ao stress, faz bem a tudo", defendeu.
Ana Brutt está de acordo e aponta alguns aspetos da cidade que podem ser melhorados para facilitar a circulação dos ciclistas, dizendo que o maior problema "não são as colinas e a velocidade".
"O maior problema de Lisboa são os carros e a falta de condições para bicicletas: não há ciclovias, não há estacionamentos e há uma enorme falta de civismo por parte dos automobilistas", enumerou.
A Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) classificou o concelho de Santana, na Madeira, como Reserva Mundial da Biosfera.
A deliberação foi tomada pelo Bureau do Conselho Internacional de Coordenação do Programa “O Homem e a Biosfera”, da UNESCO, mas só será divulgada no final da reunião anual do Comité do Património que decorre até quarta-feira, em Dresden, na Alemanha.
A classificação, já comunicada à câmara de Santana, representa “uma importante distinção para o nosso município e para a nossa região que, uma vez mais, vê reconhecida mundialmente a riqueza do seu património”, sublinhou o presidente da autarquia, Rui Moisés. E, acrescenta, “constitui, por si só, um factor promocional desta localidade “enquanto destino predominantemente turístico e com características e serviços de excelência”.
Esta reserva integra uma componente terrestre, correspondente a toda a superfície emersa do município e ainda uma componente marinha, contendo, no conjunto, uma grande diversidade de valores naturais e humanos, paisagísticos, ambientais e culturais singulares de interesse local, regional, nacional e internacional.
A diversidade natural manifesta-se por uma riqueza faunística e florística que incorpora um alto grau de endemismo e uma representação integral das unidades ecológicas mais relevantes da ilha da Madeira, desde os ecossistemas marinhos e costeiros até à vegetação de altitude, passando pela floresta Laurissilva.
Uma percentagem significativa da área do município possui classificação em termos de protecção, nomeadamente a Reserva Natural da Rocha do Navio (Área Marinha Protegida e Sítio da Rede Natura 2000), o Maciço Montanhoso Central (sítio da Rede Natura 2000) e a Laurissilva (Sítio da Rede Natura 2000 e Património Natural Mundial da UNESCO). Estas áreas correspondem às zonas núcleo da reserva aprovada, reforçando-se, com a classificação como Reserva da Biosfera a contribuição para a conservação e uso sustentável destas espécies e ecossistemas naturais.
Com a classificação de Santana, Portugal passa a ter quatro Reservas da Biosfera. Antes das ilhas do Corvo e da Graciosa, nos Açores, cuja candidatura foi aprovada há um ano, o país dispunha de uma única zona com tal estatuto - a Reserva Natural do Paul do Boquilobo que se estende pelos concelhos de Torres Novas e Golegã.
Segundo especialista, o orgasmo depende da qualidade do estímulo e não do vínculo emocional
O orgasmo da mulher ainda é um daqueles tabus que perseguem a nossa sociedade. Mas, por trás da vergonha, muitas mulheres têm várias perguntas sobre o tema. Em uma reportagem recente, a Revista Época entrevistou o ginecologista e sexólogo Théo Lerner, membro do Programa de Atenção à Violência Sexual da Faculdade de Saúde Pública da Faculdade de Medicina da USP. A seguir, você confere os principais mitos sobre o prazer feminino comentados pelo especialista.
"Não posso mostrar meu corpo se ele tiver algum ‘defeito’ como estrias ou celulite"
A preocupação em esconder o corpo tira o foco das sensações obtidas e coloca a atenção naquilo que o parceiro pode ver ou não.
"O orgasmo verdadeiro só ocorre quando existe amor"
O orgasmo depende da qualidade do estímulo e não do vínculo emocional. A masturbação pode propiciar orgasmos satisfatórios sem qualquer tipo de envolvimento amoroso. A preocupação de muitas mulheres sobre os sentimentos do parceiro ou na avaliação se o relacionamento é "certo" impede que as sensações sejam devidamente registradas.
"O orgasmo certo é quando os dois gozam ao mesmo tempo"
O tempo para atingir o orgasmo varia de uma pessoa para outra e não há problema algum se um dos parceiros chegar lá primeiro. A boa educação recomenda que o parceiro que gozou primeiro mantenha a estimulação para que o outro também possa aproveitar os prazeres da situação no seu próprio ritmo.
"O orgasmo só pode acontecer na penetração vaginal"
O orgasmo é um fenomeno cerebral, e ele pode acontecer com qualquer estímulo. Algumas mulheres relatam atingir o orgasmo sem qualquer tipo de contato físico, usando apenas a fantasia como estímulo. Por outro lado, cerca de 10% das mulheres normais não são adequadamente estimuladas durante a penetração vaginal, necessitando de outras formas de estimulação para que possam atingir o orgasmo.
"No orgasmo feminino a mulher solta um líquido igual ao do homem"
A ejaculação feminina ocorre em um número relativamente pequeno de mulheres, geralmente associado a uma resposta orgástica de grande intensidade.
"Toda mulher grita quando goza"
As formas de expressão do orgasmo são tão particulares quanto os estímulos necessários para obtê-lo. Um orgasmo "mudo" pode ser tão ou mais satisfatório que um orgasmo escandaloso. A qualidade de um orgasmo não se mede em decibéis.
"A responsabilidade pelo meu orgasmo é do meu parceiro"
Somente você sabe qual é o local, a intensidade e a duração do estímulo que vai funcionar no seu corpo. Se o parceiro conseguir acertar esse estímulo sem que você diga nada, sorte sua. Se não, não espere que ele adivinhe. Ensine-o a dar prazer e aproveite!
"O orgasmo tem que acontecer em todas as relações que eu tenho"
O objetivo final de uma relação sexual não é a obtenção do orgasmo, e sim a busca de um momento de prazer compartilhado com outro ser humano. Se esse momento for divertido, agradável e produzir bem-estar, ele pode ser perfeitamente válido e significativo com ou sem orgasmo.
Gonçalo M. Tavares foi mais uma vez premiado (Nuno Ferreira Santos)
“Uma Viagem à Índia”, editado pela Caminho, valeu a Gonçalo M. Tavares o Grande Prémio de Romance e Novela atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores (APE), em conjunto com o Ministério da Cultura (MC).
O prémio, no valor de 15 mil euros, é considerado um dos mais importantes em Portugal, distinguindo anualmente um autor. Segundo o comunicado da APE, Gonçalo M. Tavares foi escolhido por maioria, “ao reunir pela terceira vez”.
O júri, presidido por José Correia Tavares, foi constituído por Cristina Robalo Cordeiro, Fernando Dacosta, Isabel Cristina Rodrigues, José Manuel de Vasconcelos, Violante Magalhães, Isabel Cristina Rodrigues e José Manuel de Vasconcelos, estes dois últimos foram os únicos que não votaram no escritor mas sim em “A Cidade do Homem”, de Amadeu Lopes Sabino.
A concurso foram apresentadas 99 obras, mais 14 do que no passado, sendo de 74 homens, 25 mulheres, de 43 editoras diferentes, mais dez do que no ano passado.
O Grande Prémio de Romance e Novela já distinguiu 25 autores, de 16 editoras, havendo 4 que bisaram: Vergílio Ferreira, António Lobo Antunes, Agustina Bessa-Luís e Maria Gabriela Llansol.
Gonçalo M. Tavares nasceu em Angola, em 1970, e já recebeu vários prémios, entre os quais alguns dos mais importantes para a literatura em língua portuguesa, nomeadamente o Prémio José Saramago 2005 e o Prémio LER/Millennium BCP 2004, ambos para o romance "Jerusalém".
Recebeu também o Grande Prémio de Conto da Associação Portuguesa de Escritores Camilo Castelo Branco 2007, para a obra “Água, cão, cavalo, cabeça".
O escritor foi ainda distinguido internacionalmente, com o Prémio Portugal Telecom 2007, o Prémio Internazionale Trieste 2008 (Itália), o Prémio Belgrado Poesia 2009 (Sérvia) e o Prix du Meilleur Livre Étranger 2010 (França), para o livro "Aprender a rezar na era da técnica".
"Uma Viagem à Índia" já tinha sido distinguido com o Prémio Melhor Narrativa Ficcional 2010 da Sociedade Portuguesa de Autores e com o Prémio Especial de Imprensa Melhor Livro 2010 Ler/Booktailors.
Alertar para os problemas ambientais através da música é o objectivo do Musa. A 13.ª edição está aqui à porta
"Preocupas-te?" Essa é a pergunta que se impõe e quem a faz é a organização do Festival Musa, que pretende levar para o palco, nos dias 2 e 3 de Julho, a importância dos problemas ambientais. Para o fazer opta por dar música, junto à praia de Carcavelos, ao mesmo tempo que passa a mensagem. Tudo em boa onda.
O objectivo não é apenas musical: passa por alertar e fazer pensar sobre o ambiente, principalmente sobre a importância do mar na vida humana: "Temos como parceiro social o SOS - Salvem o Surf, que dá enfoque à preservação das ondas. A nossa perspectiva acaba por recair nos oceanos", conta Pedro Guilherme, presidente da Associação Criativa, grupo juvenil de voluntários que organiza o evento.
"A maioria das pessoas não sabe, mas mais de metade do oxigénio que respiramos vem dos oceanos", explica Pedro Guilherme. É por isso que a organização convida o público a participar em provas de surf, longboard e bodyboard, com largada às 15h de 2 de Julho na praia da Baía, em Cascais. Por volta das 17h prevê-se que todos os participantes já tenham regressado. Nessa altura, os atletas vão formar "um cordão humano no mar com uma mensagem ambiental", diz.
Sustentabilidade O Musa sabe que um festival implica emissão de carbono, mas está preparado para isso: "Tentamos fazer com que o evento seja sustentável ao máximo", esclarece o presidente. Como o evento não tem fins lucrativos, os recursos financeiros são uma barreira: "Ainda não conseguimos usar biodiesel e temos geradores." Para contornar a poluição, a organização tenta compensar o ambiente plantando árvores em Carcavelos. Pedro Guilherme afirma que a maior parte das emissões de carbono produzidas no Musa vêm do público: "Muita gente traz carro." A associação criou então o carpool, opção que permite aos espectadores inscreverem-se para dividir transporte. Basta aceder a festivalmusa.org, onde também se encontra o programa do evento.
"Há uma comunidade musa muito forte. Juntamos música e cidadania por um planeta saudável". Há praia, surf, e concertos de reggae unidos pelo ambiente: "É uma forma ligeira para alertar, com diversão, pelo preço simbólico de 10 euros", conclui Pedro Guilherme.
Há crianças que manifestam um enorme medo, angústia e ansiedade em frequentar a escola. Com certeza que todos os pais já se depararam com esta situação. Se por um lado a maioria das crianças tem apenas preguiça em frequentar o estabelecimento de ensino, por outro há quem não queira ir por razões mais plausíveis, às quais os pais devem estar mais atentos
Existem duas razões que podem estar na origem destes sentimentos: o atraso dos pais para a ir buscá-la, levando-a a pensar que estes não querem saber dela, e o facto de serem vítimas de bullying por parte dos colegas, sentindo-se tristes e solitárias.
Conselhos aos pais:
1- Não ignore o medo O seu filho precisa de compreensão e tolerância. Não subestime os medos e as angústias da criança.
2- Converse com o seu filho É essencial que converse com o seu filho sobre o que se está a passar. Só assim ficará a saber a razão pela qual ele não quer ir à escola. O mais certo é não lhe revelar de imediato os seus problemas, por isso, insista.
3- Oiça-o com atenção Evite menosprezar o assunto e oiça o seu filho com atenção, demonstrando interesse. Garanta-lhe que tudo se vai resolver sem que ele tenha de faltar às aulas.
4- Evite fazer-lhe a vontade É natural que a criança insista em permanecer em casa. Evite fazer-lhe a vontade, caso contrário, a situação vai-se arrastar, tornando a readaptação à escola mais difícil.
5- Crie boas expectativas em relação à escola Os pais deverão criar expectativas positivas face à escola, explicando que esta é um local seguro e agradável, onde a criança pode aprender e criar amizades.
6- Espere que o seu filho entre dentro do estabelecimento de ensino Assim que deixa a criança na escola, espere que esta entre acompanhada pela auxiliar de educação. No fim do dia, vá buscá-la à hora combinada e evite atrasar-se. No entanto, sempre que precisar chegar mais tarde, avise o seu filho com devida antecedência.
7- Ajude-o a ultrapassar as dificuldades Por vezes, quando a criança tem dificuldades na aprendizagem sente-se envergonhada perante os restantes colegas. Demonstre que todos têm dificuldades em algumas áreas e que os colegas não são excepção.
8- Inscreva-o em outras actividades As actividades extra-curriculares ajudam no desenvolvimento físico e psicológico da criança. Deixe-o escolher uma actividade e inscreva-o.
9- Fale com os professores A interacção entre a família e os agentes educativos é crucial. Os pais deverão falar com os professores sobre o que se está a passar. Todos os pedagogos devem estar atentos e ajudar a criança na resolução do problema.
Sou casada há 14 anos com um homem, mas me sinto sexualmente atraída por mulheres. Isso significa que sou lésbica? - Ana Duarte, Recife (PE)
Todo mundo tem capacidade para fantasiar, e tudo pode e cabe em nossas fantasias. O fato de você sentir-se atraída por mulheres não necessariamente determina sua homossexualidade. O que de fato a caracteriza é o desejo real de querer se envolver sexual e afetivamente com alguém do mesmo sexo. Você busca o contato ou pensa em mulheres apenas como uma possibilidade?
Algumas mulheres reprimem sua capacidade de fantasiar sexualmente por razões individuais que envolvem muito da educação recebida ao longo da vida. No entanto, asfantasias são importantes pois nos colocam em contato com todas as possibilidades do nosso prazer sexual, seja ele concretizado ou não.
Sobre ser ou não lésbica, creio que valha a pena reavaliar sua relação e o que você chama de sentir-se excitada sexualmente por outras mulheres. Se for muito complicado pensar sozinha, sugiro que busque ajuda de um profissional da psicologia que trabalhe diretamente com as questões da sexualidade. Outro ponto a avaliar é a relação com seu marido. Sente certo desgaste? Converse com ele e proponha mudanças. Nada de rótulos e nem de medos nesse momento. Mas vá com a certeza de ter entendido o que está vivendo.
Não sou ingrato. E por isso tenho de agradecer a este senhor que treinou o FC. PORTO, ou melhor, a quem o FC Porto deu a oportunidade de ouro de ser treinador principal de uma equipa de futebol profissional de topo. Uma das melhores do mundo. E por isso aqui fica o meu obrigado ao André pelos serviços prestados ao FC Porto. Mas agora tenho uma coisa a dizer-lhe: o meu caro amigo é de uma ingratidão a roçar a traição. E digo isto não porque saiu do cargo que ocupava, pois acho que foi um excelente negócio tanto a nível pessoal como para o FC Porto, mas porque o fez de uma forma escusada, imatura e quase provocadora. Se o fez por ingratidão, medo ou cobardia só o André saberá.
Eu, adepto confesso do clube, não precisava de o ver durante meses a vender o peixe de que ocupava a sua "cadeira de sonho", a pedir a jogadores para não saírem do clube, a fazer juras de amor eterno e de fidelidade, e depois fazer esta triste figura, evitando quem acreditou em si e enviando para o clube um fax a comunicar a rescisão contratual, porque um russo qualquer com mais dinheiro no bolso do que valores no cérebro o corrompeu (provavelmente através daquele senhor que anda sempre vestido de agente funerário) ao ponto de o André não perceber que existem várias formas de se crescer, mesmo a nível profissional. Vendeu o respeito a um clube e aos seus adeptos. Vendeu-se a si próprio. É a sua escolha.
O clube, os adeptos e a sua cidade natal mereciam muito mais de si. O próprio André deveria ter feito a mesma escolha mas de outra forma pois é um jovem, iria receber os mesmos 5 milhões de euros por ano, ninguém o impediria. Esqueceu-se que se não lhe tivessem sido dadas as condições que teve, uma aposta em si como poucos fariam do Presidente do clube pessoalmente sem medo de pôr a cabeça no cepo, o André e seus adjuntos continuariam ainda hoje a tomar café na pastelaria junto ao estádio Cidade de Coimbra.
E ressalvo que acho muito bem que queira subir na vida, mas não se esqueça que a vida dá muitas voltas e o oligarca que agora o levou foi o mesmo que pôs José Mourinho a andar do clube quando se fartou dele. Para ele "o André é o gajo que o Inter queria, mas eu tenho dinheiro e eles não". E o André não é Mourinho e jamais irá ser por mais que o pintem de ouro. O Mourinho é Mourinho, o André era um adepto e treinador do FC Porto até há uns dias. E até Mourinho, depois de ganhar a taça UEFA, não sendo adepto do clube teve a inteligência e coragem de, mesmo assediado por todos os clubes europeus, ficar no Porto. Resultado: ganhou a CHAMPIONS LEAGUE.
Lembre-se disto: o meu Porto vai ser sempre muito maior do que o seu Chelsea. Nem há comparação possível. E tenho pena que não tenha percebido isto quando virou as costas à equipa que o fez valer 15 milhões de euros. O André até pode gritar ao mundo que é o special 2 (two), porque não é. Resta-me desejar-lhe toda a sorte do mundo. E não será preciso dizer-lhe que mesmo que não precise da equipa que o lançou para nada pois ficará rico num ano, para si o fax da SAD do FC Porto dará sempre o mesmo sinal: ocupado.
O medo de ter o prazer comprometido ou de perder a ereção faz com que alguns homens tremam na base quando o assunto é colocar o preservativo. Em certos casos, a resistência tem base fisiológica. Mas em boa parte deles, é puramente emocional.
A psicóloga e terapeuta sexual, Arlete Gavranic, conta que até os anos 70 e 80 os preservativos causavam perda parcial da sensibilidade, porque possuíam uma espessura maior. "Mas hoje já é possível encontrar no mercado preservativos mais modernos e que não comprometem o prazer", afirma.
A especialista, que também é coordenadora do curso de pós-graduação em Terapia Sexual do ISEXP (Instituto Brasileiro Interdisciplinar se Sexologia e Medicina Psicossomática), lembra que alguns homens sentem desconforto porque não usam o preservativo corretamente.
"Uma parcela deles possui pênis com calibre mais grosso e deveria comprar preservativos de tamanho maior para não ‘estrangular’ o órgão, afinal de contas, existem três tipos: teen, normal e large. Da mesma maneira que o homem com pênis pequeno precisa usar o preservativo teen, para que ele não fique escapando com facilidade", orienta.
Sobre este tema, a psicóloga dá outro alerta: a grande maioria dos homens se atrapalha na hora de colocar o preservativo. "E não são pessoas ignorantes não! São universitários, profissionais bem estabelecidos, de 25, 30 anos de idade. Isso é um absurdo", lamenta. "Há 18 anos se faz campanhas sobre a importância do preservativo por conta da AIDS, mas não há instrução, nem mesmo nas escolas, de como colocar o preservativo corretamente".
A ansiedade e a insegurança pessoal também atrapalham o homem na hora de colocar o preservativo. "Só o medo de perder a ereção faz com que eles deixem de lado a proteção. Pode-se dizer que 99% deles não têm problemas fisiológicos. A procura pelo médico deve acontecer quando há meia ou nenhuma ereção durante toda a relação, inclusive nas preliminares", orienta Dra. Arlete.
O correto, afirma a terapeuta, é colocar o preservativo logo no início da relação. É comum que a proteção seja colocada somente depois das brincadeiras, mas se o intuito é evitar gravidez ou doenças sexualmente transmissíveis, é preciso lembrar que apenas uma gotinha de lubrificaçãoque sai da glande é suficiente para causar grandes dores de cabeça.
"Para não perder o clima, uma opção é a mulher estimular o pênis e fazer da colocação do preservativo uma brincadeira, um jogo sensual", sugere. Dra. Arlete comenta que há homens que não sabem lidar com a situação e chegam a acusar a parceira pelo mau desempenho. Ao mesmo tempo, eles também encontram mulheres que não entendem a ansiedade masculina e ficam bravas quando os parceiros brocham. "Um casal equilibrado sabe que a proteção é para ambos resolvem a situação por meio de uma boa conversa".
Há um Peter Falk de que toda a gente se lembra: o detective de olho de vidro e gabardina amarrotada que, durante quase dez anos, resolveu crimes numa das mais populares séries televisivas de sempre, Columbo.
Há outro Peter Falk de que só os mais cinéfilos se recordam: o actor de composição que fez parte dos lendários filmes independentes de John Cassavetes como Maridos e Uma Mulher sob Influência, ou que foi um dos anjos das Asas do Desejo de Wim Wenders.
O actor, esse, era um e o mesmo. Nova-iorquino nativo, filho de imigrantes de Leste, Peter Falk morreu quinta-feira na sua casa de Beverly Hills, aos 83 anos. Teve o seu último papel no cinema em 2009, após uma carreira de mais de 50 anos iniciada no teatro e na televisão quando se aproximava dos 30 anos de idade.
A sua carreira não arrancara mais cedo devido ao que viria a ser uma das "marcas registadas" do tenente Columbo: o olho de vidro. Não era maquilhagem: Falk perdera o olho direito aos três anos na sequência de um tumor maligno, o que levou produtores a fechar-lhe primeiros papéis em produções de Hollywood. Mas a sua interpretação do gangster nova-iorquino Abe Reles em Murder, Incorporated (1960) valeu-lhe uma nomeação para o Óscar de actor secundário e lançou a sua carreira de actor de composição, que lhe trouxe nova nomeação para o Óscar (Milagre por um Dia, 1961). Entre a sua filmografia estão clássicos de culto da comédia americana como Um Cadáver de Sobremesa (1976); Por Favor Não Matem o Dentista (1979); um dos mais aclamados filmes de autor dos anos 80, As Asas do Desejo (1987); e três filmes do seu velho amigo John Cassavetes, Maridos (1970), Uma Mulher sob Influência (1974) e, numa curta participação, Noite de Estreia (1977).
Foi na televisão que Falk se tornou numa vedeta global ao aceitar o papel do tenente Columbo da polícia de LA, detective cuja aparente distracção escondia um modo peculiar de resolver crimes, num telefilme de 1968. O primeiro episódio da série foi para o ar em 1971, e Columbo continuou no ar, primeiro, regularmente, até 1977, e depois em telefilmes esporádicos entre 1989 e 2003, valendo-lhe quatro Emmys. É ainda hoje uma das séries americanas mais populares de sempre em todo o mundo.
Em 2007 foi-lhe diagnosticada a doença de Alzheimer.
Marchas do orgulho gay acontecem todos os anos, em junho, por todo o mundo. Este fim-de-semana milhares de pessoas marcharam pela igualdade em várias cidades, incluindo Lisboa. Veja as imagens.
As Marchas do Orgulho LGBT - Lésbico, Gay, Bissexual e Transgénero - acontecem todos os anos em várias cidades do mundo para lembrar o dia 28 de junho de 1969, data em que, na cidade de Nova Iorque (EUA), homossexuais e transsexuais resistiram coletivamente às habituais rusgas policiais.
Os membros do Governo não pagam bilhete na TAP quando viajam em serviço e o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, não poupou dinheiro ao Estado com a sua opção de viajar esta semana para Bruxelas em classe económica.
A informação de que os membros do Governo não pagam bilhetes na transportadora aérea nacional (uma empresa pública) foi avançada pelo Jornal de Negócios e confirmada pelo PÚBLICO junto de um membro de um anterior Governo.
Esta prática já vem de longa data, mas a TAP não quis explicá-la ao PÚBLICO. “A TAP não fala sobre viagens dos seus clientes nem sobre as condições que têm ou não têm”, disse o director de comunicação da empresa, António Monteiro.
Todos os membros do Governo, do primeiro-ministro aos secretários de Estado, estão isentos de pagamento das viagens em serviço na TAP (tal como acontece também na CP). No entanto, isso já não acontece com os membros dos seus gabinetes, cujos bilhetes são pagos, mas que normalmente já viajavam em económica. Se houver necessidade de membros do Governo viajarem noutras companhias aéreas, a nova política de Passos Coelho já levará a poupança de verbas.
Na quinta-feira, Passos Coelhos confirmou que ele próprio e todos os restantes membros do Governo viajarão para a Europa sempre em classe económica, para “dar o exemplo”, conforme disse na altura à agência Lusa, cumprindo assim uma promessa que tinha feito antes das eleições.
O Jornal de Negócios contactou o gabinete do primeiro-ministro, onde um assessor não quis comentar o assunto, tendo adiantado que a fuga de informação não partiu do Governo.
Ao pôr os membros do Governo a viajar em económica para os destinos na Europa (não se sabe como será no longo curso), Passos Coelho não poupa directamente dinheiro mas liberta lugares na TAP em classe executiva, onde os preços dos bilhetes é muito superior, podendo por esta via permitir que nalguns casos a empresa venda bilhetes nesta classe que de outro modo estariam indisponíveis.
O Económico procurou os melhores restaurantes de Norte a Sul do País.
Tradição, inovação, espírito e criatividade, tudo pesou na ementa. No fim, escolhemos dez e com pena. Queríamos ter escolhido mil
Vila Joya
É o único restaurante em Portugal com duas estrelas Michelin, fruto do engenho de Dieter Koschina, que aqui veio parar por acaso. Hoje, não é fácil marcar mesa no Vila Joya. Mas também não vale desistir. A história começa como tantas outras que povoam o nosso Algarve. Não por "era uma vez...", mas por uma paixão. A tal paixão que dita que seja esta a região mais multilingue de Portugal. Depois, como acontece com outras tantas histórias felizes, foi tudo um pouco fruto do acaso. A paixão, que ditou que Klaus e Claudia Jung trocassem a sua Alemanha natal pelo sol da Praia da Galé, em Albufeira, poderia ter tido outro desfecho. A ideia de recuperar uma antiga casa de férias para abrir um hotel de charme numa das regiões mais turísticas de Portugal poderia não ter ido além de mais do mesmo. Com o Vila Joya não foi assim, por razões que nada têm a ver com o acaso. Mas foi por mero acaso que o ‘chef' austríaco Dieter Koschina veio parar àquele que hoje se pode gabar de ser o único restaurante com duas estrelas Michelin em Portugal. Tudo começou com um telefonema. Claudia Jung procurava alguém que lhe tomasse conta da então pequena cozinha do Vila Joya. Dieter Koschina, que na altura exercia o cargo de ‘chef' no Hilton Vienna Plaza, aceitou o desafi o. A ideia de vir viver para o Sul da Europa agradava-lhe. A experiência de alguns anos passados em Palma de Maiorca aguçava-lhe o apetite e, afi nal de contas, não conhecia Portugal. Chegou em 1990 e por cá ficou. Mais de duas décadas que se fundamentam em cerca de 10 horas de trabalho diárias, porque para este homem de espírito prático, a dedicação é o grande segredo do sucesso e as duas estrelas Michelin que brilham no seu fi rmamento valem sobretudo pela responsabilidade acrescida. Um fardo que nem parece pesar assim tanto quando se trabalha por paixão. A pequena cozinha cresceu e ganhou fama. Recebeu a sua primeira estrela em 1995 e "bisou" a proeza quatro anos depois. Hoje, não é fácil marcar mesa no restaurante do Vila Joya, mas vale a pena não desistir. A história de Dieter Koschina e a história do restaurante do Vila Joya escrevem-se com a mesma tinta e usam as mesmas palavras. São inseparáveis. Falam dos produtos frescos, de produtos regionais e do saboroso peixe do Atlântico, que ali chegam todos os dias e passam sob o olho clínico e sempre exigente de um ‘chef' criativo que, meritoriamente, projectou aquele recanto algarvio nos quatro cantos do mundo. Uma projecção a que não é de todo alheio o festival que organiza em cada mês de Janeiro, em homenagem à fundadora e grande mentora do Vila Joya. Nada por acaso, "Tribute to Claudia" é actualmente um dos eventos gastronómicos mais conceituados internacionalmente.
Morada: Estrada da Praia da Galé, Albufeira - Algarve. Tel: 289 591 795. www.vilajoya.com
FIALHO
Por aqui, passaram presidentes e príncipes, cantores de ópera e seleccionadores nacionais. A todos o Fialho recebeu com a tradição e o tempero que há mais de 60 anos caracterizam esta casa. Referência incontornável no panorama da gastronomia regional alentejana, conta-se aqui a história de uma família que já vai na terceira geração. Começou por ser tasca e, mais tarde, casa de pasto, crescendo e ampliando-se, mercê da fama que ia ganhando. Primeiro com petiscos e pratos de tradição alentejana, de confecção simples, mas cuidada. Depois, com alguns pratos de prestígio regional que o passar dos tempos quase votara ao esquecimento, como a favada real de caça, ou a poejada de bacalhau. Évora tem as suas jóias, o Fialho é uma delas.
São também histórias que nos conta o Tavares. Histórias que falam de um passado que remonta a 1784. "Mais do que um restaurante, o Tavares é um verdadeiro marco na história da cidade de Lisboa", pode ler-se hoje no seu ‘site' oficial. É, sem dúvida, o restaurante mais antigo de Portugal e o segundo mais antigo da Península Ibérica. Nem que fosse só por isso mesmo, não podia deixar de figurar nesta lista. Situado em pleno coração do Chiado foi, durante muitos anos, poiso eleito de ilustres fi guras da literatura nacional, como Eça de Queiroz, Guerra Junqueiro ou Ramalho Ortigão. No início do ano, foi notícia de destaque, com a saída do ‘chef' executivo José Avillez que, em 2009, valeu ao Tavares uma estrela Michelin. A sucessão não se fez tardar e a continuidade teria obrigatoriamente que manter os padrões elevados por que sempre se regeu o Tavares. Assim, é o francês Aimé Barroyer, antigo ‘chef' do Valle-Flôr (Pestana Palace), quem responde hoje pela cozinha do Tavares.
Morada: Rua da Misericórdia, nº 35, R/C, Lisboa. Tel.: 213421112 ou 213470906. www.restaurantetavares.pt
ELEVEN
Primeiro, é a vista que surpreende. O olhar mergulha no verde da vegetação em redor para, mais abaixo, se embrenhar nas luzes da cidade, cada vez mais longe, até mergulhar no rio, ao fundo. Mas depressa outras "vistas" se sobrepõem à panorâmica, porque se - como dizem - os olhos também comem, a mesa do Eleven não é excepção. A mestria é do ‘chef' Joachim Koerper, alemão de nascimento, mediterrânico de coração e alma e um dos onze sócios do espaço. A ele se deve o conceito gastronómico do Eleven, que inventa mil recriações para os pratos tradicionais, onde nunca falta o que de melhor os nossos mercados têm para oferecer, seja um lombo de porco preto ibérico com crosta de salva e legumes da época, ou uma garoupa com maçã caramelizada e molho de caril. Todas as histórias têm os seus momentos menos bons e a do Eleven não é excepção. No fi nal do ano passado perdeu a estrela Michelin que detinha desde 2005. Talvez na próxima edição do guia a recupere.
Surpreendeu no Porto, voltou a surpreender em Lisboa e Lisboa ganhou com isso. Falamos de Miguel Castro e Silva, claro. O Largo abriu no início do ano passado e é um dos espaços mais bonitos da capital. Mesmo à frente do Teatro de São Carlos, o restaurante conjuga a tradição arquitectónica do antigo claustro que ocupa com a decoração moderna de Miguel Câncio Martins - o mesmo do Buddha Bar de Paris. Não há quem não comente a decoração do local, quanto mais não sejam os enormes aquários iluminados onde nadam placidamente várias medusas. A ementa, com assinatura de Miguel Castro e Silva, aposta na criatividade e nos produtos bem portugueses, como podemos encontrar no bacalhau 80º de cura portuguesa com migas de poejo e hortelã da ribeira ou na carrilheira de porco preto em vinho tinto com cominhos.
É a alma de Henrique Sá Pessoa ou, por outra, será este a alma do restaurante. Sá Pessoa é um dos mais jovens ‘chefs' portugueses e o Alma o seu primeiro projecto individual. Abriu portas em 2009 e, logo no mesmo ano, foi considerado o melhor restaurante pela "Revista de Vinhos". O espaço é pequeno e intimista e a decoração, onde predomina o branco, faz jus ao nome escolhido. Uma vez mais, a criatividade vai buscar inspiração à cozinha portuguesa e o limite fi ca num céu onde não há culpas para o pecado da gula. A degustação é a alma do negócio, quer se faça pelo badaladíssimo leitão confi tado com ‘fondant' de batata-doce, quer se opte pela tempura de sardinha e tomate seco. Aqui, os complexos fi cam à porta.
Tradição, frescura, inovação e sabor são os quatro elementos básicos com que Leonel Pereira defi ne a sua cozinha. Para o ‘chef' executivo do Panorama, no Sheraton Lisboa Hotel & Spa, a criação começa pelo "respeito pela cozinha tradicional portuguesa e os seus produtos" que, do primeiro ao último, se exigem frescos, porque todos eles têm a mesma importância. Passa pela "surpresa" e sempre por "alguma inovação" e encontra no sabor o "elemento mais importante", já que este é um universo que fala de fruição e que se rende à mercê dos seus múltiplos intérpretes. Quanto a escolhas, tudo depende das milhentas vontades que ali chegam, quer estas tendam para o fi lete de robalo selvagem em vapor do mar com espinafres, pétalas de tomate confi tadas e algas frescas, ou para o naco de novilho ‘Black Angus' sobre terrina invertida de batata e cenoura com ‘jus' de moscatel. E, para coroar, porque não um ‘capuccino' de chocolate gianduja sobre menta e ‘crumble' de laranja?
É dos poucos restaurantes portugueses com estrela Michelin que pode gabar-se de ter um ‘chef' português. Albano Lourenço é, desde 2008, o responsável pela cozinha do Arcadas da Capela, na Quinta das Lágrimas, que conta ainda com a consultoria de Joachim Koerper, do Eleven. Naturalmente, as propostas vão buscar aos produtos tradicionais da região o alento para, sazonalmente, criarem receitas ao sabor da época, aquecendo as almas que por ali passam, animadas pela fama de um local que, seja pelo já consagrado prestígio gastronómico, pelo charme da oferta hoteleira ou pela lenda incontornável dos amores de Pedro e Inês, se reveste de uma graça única. Independentemente dos motivos alheios, a tradição ali é sagrada para Albano Lourenço, que não se cansa de recuperar e actualizar os receituários do passado da Quinta das Lágrimas. Coisas antigas, ou talvez não.
Morada: Quinta das Lágrimas, Rua António Augusto Gonçalves, Coimbra. Tel.: 239802380. www.quintadaslagrimas.pt
DOP
Só o nome promete, mas nunca seria por aí. Fosse apenas uma questão de nomenclatura e tudo seria mais fácil no mundo da restauração. Valeu-lhe, por certo um DOC, que o antecedeu na Régua. Valeu-lhe sem dúvida o nome de Rui Paula. Valer-lhe-á sempre a tradição duriense, que lhe está na raça e que se traduz em memórias de sabores antigos, apreendidos na cozinha da avó. Uma tradição que vai buscar a génese aos produtos únicos de uma terra que se quer singular. Falamos do norte, falamos do Porto. O DOP abriu portas no primeiro trimestre de 2010, no Palácio das Artes, zona histórica da cidade Invicta. Seguiu-se ao sucesso DOC e, claro está, teria sempre que escolher a diferença. A aposta foi para um conceito urbano, naturalmente, privilegiando a decoração moderna mas mantendo o ambiente familiar. Quanto às propostas gastronómicas, há três menus à escolha - Douro, Artes e Mar - em amena convivência com as 14 propostas do ‘show cooking' que, como o nome indica, traz para a mesa a animada mais-valia de uma cozinha ao vivo.
Morada: Palácio das Artes, Largo de S.Domingos, nº 18, Porto. Tel.: 222014313. Telm.: 910014041. www.ruipaula.com
LARGO DO PAÇO
É em Amarante que vamos encontrar o último eleito desta lista. O Largo do Paço, o restaurante do hotel de charme Casa da Calçada, está hoje nas mãos do Vítor Matos, que há um ano sucedeu a Ricardo Costa com a saída deste para o Hotel Yeatman. A estrela Michelin, perdida em 2007 e recuperada em 2009 pelo anterior ‘chef', continua hoje a brilhar no fi rmamento deste lugar de eleição, localizado entre o Porto e o vale do Douro. A cozinha de Vítor Matos revela alguma inspiração mediterrânica, privilegiando os sabores nacionais e apostando nos produtos sazonais, sempre frescos, e na originalidade, num equilíbrio constante entre o tradicional e o contemporâneo, o simples e o sofisticado.
Morada: Largo do Paço, nº 6, Amarante. Tel.: 222014313. Telm.: 255410830.
As festas e Verão rimam sempre bem com as sardinhas. Mas nem sempre elas estão no ponto quando o freguês mais as deseja. Ainda assim, fomos à procura dos melhores lugares para saborear a santa sardinha. Na altura do nosso percurso, não tivemos muita sorte. Mas é ir provando e, se for caso disso, saber esperar. Para já ou para depois, escolhemos dez restaurantes por Lisboa e Porto com fama de as terem como manda a tradição.
Quando a mulher apresenta dificuldades na hora da penetração, o problema pode ser mais sério do que se imagina. Por achar que o pênis vai machucá-la, a parceira trava a musculatura da vagina, impedindo a entrada do pênis.
Esse distúrbio emocional recebe o nome devaginismo.
Segundo a Dra. Maria Cláudia Lordello, psicóloga, sexóloga e coordenadora da Psicologia no CATVA (Centro de Apoio e Tratamento ao Vaginismo), as mulheres que sofrem desse problema apresentam, entre outras características, ansiedade e baixa resistência à dor.
"Elas também possuem grande dificuldade em realizar mudanças de vida e de pensamentos. São dominadoras na relação a dois e, comumente, possuem maridos pacientes, compreensivos e que cedem às exigências das parceiras", completa.
O vaginismo é uma condição emocional, porém, se manifesta por meio de uma reação física, que é a contração dos músculos da vagina. A psicóloga explica que os fatores que desencadeiam o distúrbio são educação moral e religiosa severas, desconhecimento do próprio corpo, por dificuldade de tratar da região genital com naturalidade, e traumas decorrentes da primeira relação sexual, como abuso ou estupro.
Por conta do grande número de mulheres diagnosticadas pelo Departamento de Ginecologia da Unifesp, em janeiro de 2011 foi criado o CATVA.
No local, as mulheres passam por três avaliações: médica, fisioterápica e psicológica. "Esta primeira triagem ocorre mensalmente e pode ser agendada pelo telefone (11 - 5549-6174). Ao confirmar o diagnóstico de vaginismo, a paciente realiza tratamentos de fisioterapia, psicoterapia em grupo e individual", conta Dra. Maria Cláudia.
Ao contrário do que se pensa, a mulher vagínica sente prazer normalmente durante o sexo, se relacionamento por meio de carícias e de masturbação, podendo chegar ao orgasmo. Entretanto, ela procura sempre manter uma boa distância do orifício da entrada da vagina, que é onde se localiza a sua maior dificuldade.
A alta resistência da parceira durante a relação sexual acaba afetando outros campos da vida dela. "Com frequência, o vaginismo traz um sentimento de inferioridade perante as outras mulheres consideradas ‘normais’, acarretando um grave problema de autoestima", comenta Dra. Maria Cláudia.
O parceiro muitas vezes sofre junto com a mulher, mas quando tem conhecimento do problema pode até mesmo incentivá-la a procurar tratamento. "Mais do que compreender, o homem não pode permitir que a vagínica se acomode, pois somente se ela enfrentar o problema poderá aprender a superá-lo", orienta Maria Cláudia.
Há cada vez mais pais que levam os filhos a cirurgiões plásticos, endocrinologistas e nutricionistas para que fiquem perfeitos.
Um filho alto, magro e bonito é o sonho dos pais que acreditam que a beleza se traduz em felicidade e sucesso. Cada vez mais crianças e adolescentes chegam aos consultórios médicos trazidos por mães e pais que querem corrigir defeitos que às vezes nem têm.
O caso de Britney, uma menina californiana de oito anos, que recebe injecções de botox porque a mãe não quer que tenha rugas, chocou os EUA.
Em Portugal não se conhece uma situação semelhante, mas há quem faça pedidos radicais a cirurgiões plásticos, endocrinologistas, pediatras e nutricionistas. «É mesmo muito frequente», admite o cirurgião plástico Biscaia Fraga, habituado a receber mães preocupadas com o aspecto físico de filhos e filhas.
«Às vezes, é complicado explicar que não precisam ou ainda não podem fazer alguma cirurgia, porque sei que saem daqui e vão tentar fazê-la noutro lado», conta.
No caso de Britney, a mãe queria que vencesse os concursos de beleza infantis, muito populares nos EUA, e que o pediatra Armando Fernandes considera perigosos: «Há uma erotização precoce e desadequada da criança». O cirurgião plástico Vinício Alba reconhece que «a pressão dos média», que mostram corpos perfeitos tem parte da culpa. «Mas no caso da americana que injectava botox na filha, é a mãe que está doente».
São sobretudo as mães que insistem com os clínicos para que façam tratamentos estéticos aos filhos. No caso das raparigas, o que mais as preocupa é o peso, o nariz e o peito. No caso dos rapazes a altura e as dimensões do pénis.
Mas muitas vezes ouvem um «não» dos médicos. A endocrinologista Isabel do Carmo, do Hospital de Santa Maria, já pediu a várias «mães para que saíssem da consulta» por pressionarem os filhos a emagrecer.
Biscaia Fraga teve de convencer uma mãe a não operar um filho de seis anos ao pénis, por este ser «perfeitamente normal». O endocrinologista Galvão Teles «manda embora muitos pais» que querem submeter os filhos, perfeitamente saudáveis, a um tratamento para crianças com défice de crescimento e que não se importam de pagar 1200 euros por mês, durante um ano.
O médico Armando Fernandes fez tudo para dissuadir um casal a submeter «a filha de onze meses a uma cirurgia para tirar um angioma do rosto», que normalmente desaparece aos dois anos. Mas há situações em que os defeitos dos menores levam os cirurgiões a aceitar intervir.
É o caso das crianças gozadas por terem um nariz grande ou orelhas de abano. De resto, muitos médicos estão a pôr limites de idades (16 ou 17 anos) para fazer lipoaspirações e reduções mamárias.
A decisão sobre manifestantes pedalarem completamente nus pertencerá no domingo à PSP, mas a organização da primeira World Naked Bike Ride Lisboa (Passeio Nu Mundial de Bicicleta - WNBR) mantém o lema: «Vem pedalar o mais nu que conseguires!».
Pedro dos Santos, da organização, relatou à Lusa que a autorização do Governo Civil de Lisboa foi dada até porque legalmente não se podem impedir manifestações.
Mas estando em causa nudez pública há outros quadros legais a ter em conta e por isso a PSP «terá de decidir no dia e no momento conforme as condições envolventes».
Entre essas «condições» pode estar uma queixa de um cidadão, exemplificou o impulsionador da iniciativa, que não deixou de sublinhar que o mais importante é passar a mensagem ambiental e de que é possível usar bicicleta como meio de transporte nas cidades.
«Vamos o mais nus que pudermos: de fato de banho ou de lingerie», ou seja, situações que já se repetiram em Espanha, no México ou mesmo na Grécia, no passado fim-de-semana.
Na rede social Facebook, a WNBR de Lisboa tem 400 seguidores, 74 pessoas com a presença confirmada, mas Pedro dos Santos prefere dar cerca de 60 participantes como garantidos.
«No Brasil, a primeira WNBR, há oito anos, teve dois participantes», lembrou.
O ponto de encontro será a Praça Marquês de Pombal, pelas 15e30, e a partida cerca de uma hora depois em direcção a Belém.
A hora de ‘intervalo’ servirá para concentrar participantes, que podem pintar no seu corpo as mensagens que queiram transmitir em prol do ambiente.
A iniciativa nasceu em Espanha com o grupo Manifestación Ciclonudista e no Canadá com os Artists for Peace.
Em 2004 realizou-se a primeira WNBR em vários países a 12 de Junho, uma data que nem sempre se manteve ao longo dos anos.
A primeira edição em Portugal esteve inicialmente prevista para 5 de Junho, mas a marcação de eleições legislativas e a proibição legal de manifestações nesse dia levou ao adiamento para domingo.
Visite o sítio do Projecto SOS Azulejo e conheça alguns dos paineis que são procurados pela policia. Quem sabe não reconhece algum e ajuda a recuperá-lo!
Sabia que os azulejos podem valer pequenas fortunas no mercado negro? É verdade. Por isso, um pouco por todo o país, painéis incompletos e fachadas esburacadas dão conta de uma autêntica pilhagem. A necessidade de combater a grave delapidação do património azulejar português que cresce de forma alarmante, sobretudo por furto, mas também por vandalismo e incúria levou à criação do Projeto SOS Azulejo, encabeçado pelo Museu da Polícia Judiciária.
Esta iniciativa que comemora hoje o seu 3º aniversário conta com vários parceiros, entre eles, a Associação Nacional de Municípios Portugueses, o Instituto de Gestão do Património Arquitetónico e Arqueológico, além de outras forças de segurança.
Dados da PJ, relativos ao período entre 2002 e 2006, apontam para cerca de 10 mil azulejos antigos roubados, só na área de Lisboa e o cálculo baseia-se apenas nas queixas apresentadas.
Todos os cidadãos podem ajudar a combater este crime, estando atentos e informando de imediato as forças de segurança caso seja vitima ou testemunha de furto ou vandalismo de azulejos. No sítio www.sosazulejo.com podem ser vistas imagens de alguns dos painéis que atualmente são procurados pela polícia. Esta divulgação pretende dificultar a circulação nos circuitos comerciais e facilitar a identificação e recuperação. Não quer dar uma ajuda?
Sonhos eróticos: não existe cartilha Sonhar que está com outra mulher, traindo o marido, transando com o chefe – o que tudo isso quer dizer?
A única pessoa que já chegou para a reunião é o seu chefe. Ele passa tão perto que dá para sentir sua respiração. Tranca a porta, puxa você pela cintura e dá um beijo sem permitir recuo. A mesa de reunião vira o palco para a melhor transa de todos os tempos. Então você acorda e percebe que foi só um sonho erótico louco, pois nunca sentiu atração por ele.
Não mesmo?
Muitos sonhos eróticos podem atordoar porque simplesmente não fazem sentido. Neste caso, a psicóloga Arlete Gavranic explica que o sonho pode refletir um desejo maior – não pelo outro especificamente, mas por alguma qualidade excitante que ele tenha. “Para algumas pessoas, o poder [no caso, do chefe] seduz”, diz a terapeuta sexual e psicóloga do Instituto Brasileiro Interdisciplinar de Sexologia e Medicina Psicossomática (Isexp).
Mas apesar das diversas possibilidades de interpretações, a erotização do sonho muitas vezes revela o que realmente parece: desejo. O sonho deixa fluir a necessidade de sedução tão natural das mulheres e de criar fantasias.
Eles sonham, elas sonham Fantasiar com pessoas idealizadas é mais natural entre as mulheres, conforme mostrou uma pesquisa feita pela Universidade de Montreal, no Canadá, que analisou 3.500 sonhos de homens e mulheres durante quatro semanas. De acordo com o estudo, anunciado em 2007 no encontro anual da American Association of Sleep Professionals, os gêneros têm a mesma quantidade de sonhos eróticos, a diferença está no tipo.
As mulheres registraram o dobro de sonhos eróticos com pessoas famosas em comparação aos homens. Elas também sonharam mais com amantes do passado e do presente. Já a ala masculina sonhou duas vezes mais com várias parceiras na cama ao mesmo tempo, além de fantasiar com sexo em público e em local proibido. “A mulher idealiza mais os parceiros, por isso sonha com o Brad Pitt e o George Clooney”, diz Arlete.
Do Brad Pitt, ninguém reclama. Mas e quando o sonho erótico traz imagens perturbadoras e mensagens confusas, como relações extraconjugais ou homossexuais? De acordo com Karina Hinsching, mestre em psicologia analítica, o sonho pode refletir uma provável insatisfação sexual. “Sonhar com traição pode significar uma situação desconfortável com o parceiro atual. Você acaba buscando no sonho a compensação de algo que está faltando na vida”, diz. Outras explicações são desejo de vingança e monotonia na relação.
Quanto à fantasia homossexual, apesar da possibilidade da existência de um desejo sexual legítimo, sonhar com uma parceira na cama pode refletir a vontade de viver a sensualidade feminina projetada na sensualidade de outra mulher. Um momento difícil no relacionamento também pode justificar um sonho como esse, um tipo de fuga de um modelo que não está dando certo. Pode ser tudo e não pode ser nada? Apesar de alguns pesquisadores modernos ensaiarem, o fato é que não dá para montar uma cartilha incontestável de sonhos e significados. No jogo do consciente com o inconsciente durante o sono, tudo parece metafórico demais para uma compreensão simplista. “O sonho vem com imagens que o inconsciente manda por meio de símbolos. Descobrir o significado desses símbolos pede uma autoanálise profunda”, diz a psicoterapeuta Monica Levi.
Se o sonho dá pistas – e não a mensagem pronta, uma análise consciente dele pode trazer respostas. “Analise qual é a sensação que aquele sonho traz. Se você fica assustada, desagradada, com prazer. Depois, pergunte-se como gostaria que fosse o final daquele sonho”, ensina. Dessa forma, você conseguirá chegar a conclusões importantes e pessoais sobre os seus sonhos eróticos.
Decotes, mini-saias, collants de rede, calças bem justas ao rabo, saltos altos (como não podia deixar de ser), vestidos provocantes: no próximo sábado, as mulheres portuguesas vão dar largas à imaginação (e ao guarda-roupa) para saírem à rua na primeira "Slut Walk" (qualquer coisa como "Marcha das Galdérias" ) em Portugal.
Começaram em abril e confesso que tenho vindo a assistir com alguma curiosidade às proporções que estas "SlutWalks " contra o machismo têm ganho. A ideia partiu de um grupo de mulheres canadianas, após as declarações de um polícia que dizia: "as mulheres devem evitar vestir-se de forma provocante se não quiserem ser violadas". A indignação do mundo dos saltos altos espalhou-se como um rastilho e a "Marcha das Galdérias" chegou a mais de 70 cidades, desde Sidney, a Londres e Brasília. Será um sinal de que comentários tão idiotas como o deste senhor polícia são, afinal, comuns nos mais diversos países? Parece que sim.
Ontem li o manifesto da marcha portuguesa - que acontece em Lisboa, pelas 17h30, desde o Largo Camões ao Rossio - e fez-me sentido: "Recusamos totalmente a culpabilização das mulheres face a situações de violência sexual. Recusamos a cumplicidade com a agressão e com quem agride, seja pelo silêncio ou pela benevolência". Já aqui escrevi várias vezes esta frase e hoje volto a dizê-lo: nada justifica uma violação.E se é preciso irmos para a rua, descascadas, em protesto para conseguirem perceber isto, então que seja.
Não é não!
Tenho amigas que adoram usar micro-saias. Outras gostam de pôr o ombro de fora, em camisolas justas, sensuais. Eu própria sou adepta dos decotes e das pernas ao léu em vestidos vaporosos. Mas isso faz de mim "uma galdéria que está mesmo a pedi-las"? Não me parece. E faço minhas as seguintes palavras, do manifesto português:
"Se ponho um decote... Não é Não! Se pus aquelas calças de que tanto gostas... Não é Não! Se uso burqa... Não é Não! Se durmo com quem me apetece... Não é Não! Se sou virgem... Não é Não! Se passo naquela rua... Não é Não! Se vamos para os copos... Não é Não! Se me sinto vulnerável... Não é Não! Se sou deficiente... Não é Não! Se saio com xs maiores galdérixs...Não é Não! Se ontem dormi contigo... Não é Não! Se sou trabalhadora sexual... Não é Não! Se és meu chefe... Não é Não! Se somos casadxs, companheirxs, namoradxs... Não é Não! Se sou tua paciente... Não é Não! Se sou tua parente... Não é Não! Se sou imigrante ilegal... Não é Não! Se tenho relações poliamorosas... Não é Não! Se sou empregada de hotel... Não é Não! Se tens dúvidas se aquilo foi um sim, então... Não é Não! Se és padre, imã, rabi ou pujari... Não é Não! Se beijo outra mulher no meio da rua... Não é Não! Se sou brasileira, cabo-verdiana, angolana ou de outro país que sofreu colonização... Não é Não! Se tenho mamas e pila... Não é Não! Se disse sim e já não me apetece... Não é Não! Se sou empregada doméstica... Não é Não! Se adoro ver pornografia... Não é Não! Se ando à boleia... Não é Não! Se estamos numa festa swing, numa sex party ou numa cena BDSM... Não é Não! Se já abrimos o preservativo... Não é Não!
NÃO é sempre NÃO. Quando é SIM, não há ambiguidades ou dúvidas porque sabemos o que queremos e sabemos ser claras".
Depois disto, a mim já não me resta dizer mais nada, a não ser: alguém ficou com dúvidas?
Veja aqui algumas imagens de "SlutWalks" noutros países: