Quarta-feira, 30 de Novembro de 2011

Gala do fado no Coliseu

 

Para celebrar a proclamação do Fado a Património Imaterial da Humanidade realiza-se na próxima sexta-feira à noite, dia 02 de Dezembro, uma gala no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, que será transmitida em directo pela RTP.

 

Participam na gala 20 músicos do meio fadista, entre eles, Celeste Rodrigues e o viola baixo Joel Pina.

 

A Gala, à qual assistirão o Chefe de Estado, Aníbal Cavaco Silva, e o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, conta também com a participação de Mariza e Carlos do Carmo que foram os embaixadores da candidatura do fado.

 

Maria da Fé, Aldina Duarte, António Zambujo, Carminho, Cristina Branco, João Braga e Mafalda Arnauth são outros nomes do elenco.

 

A gala, com início marcado para as 21:00 de sexta-feira, conta ainda com a participação de Ricardo Ribeiro, Custódio Castelo, Diogo Clemente, Marco Rodrigues, Pedro Moutinho, Ângelo Freire, Carlos Garcia, Carlos Menezes e Marino de Freitas.

 

No passado domingo, em Bali, na Indonésia, o Fado foi proclamado Património Cultural Imaterial da Humanidade pelo VI Comité Inter-Governamental da UNESCO, a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura. A candidatura portuguesa foi considerada exemplar pelos peritos da UNESCO, tal como as do Paraguai e Espanha.

 

O antigo presidente da Câmara de Lisboa Pedro Santana Lopes lançou a ideia de candidatar o fado a Património Imaterial da Humanidade, em 2004, e escolheu os fadistas Mariza e Carlos do Carmo para embaixadores da candidatura.

 

A candidatura foi aprovada por unanimidade pela Câmara de Municipal de Lisboa no dia 12 de Maio do ano passado e apresentada publicamente na Assembleia Municipal, no dia 01 de Junho de 2010, tendo sido aclamada por todas as bancadas partidárias.

 

No dia 28 de Junho de 2010, foi apresentada ao Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, e formalizada junto da Comissão Nacional da UNESCO. Em Agosto desse ano, deu entrada na sede da organização, em Paris.

 

Via HardMúsica



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Ao todo estima-se que vivam em Portugal mais de 40 mil pessoas com VIH

Ao todo estima-se que vivam em Portugal mais de 40 mil pessoas com VIH (Foto: Miguel Manso)

 

Na véspera do Dia Mundial de Luta contra a Sida, um estudo indica que 28% das mulheres portuguesas ainda acredita que o contacto com fluidos corporais que não sangue (saliva, suor e espirros) e o contacto corporal não sexual podem ser formas de transmissão do Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH).

 

Ainda assim, o “Estudo quantitativo da percepção das mulheres portuguesas sobre VIH/sida” indica que a grande maioria das inquiridas (85%) reconhece que o uso do preservativo é a principal forma de prevenir o contágio. Neste mesmo campo, 80% aponta as relações sexuais, as transfusões de sangue (38%) e as seringas infectadas (17%) como principal factor de transmissão do VIH. E, em termos de comportamento associado à transmissão do vírus, 95% referiu relações sexuais de risco com múltiplos parceiros ou sem preservativo, 83% apontou o uso ou consumo de drogas e 42% as relações sexuais em geral.

O trabalho, feito a pedido da farmacêutica Bristol-Myers Squibb, foi realizado em Novembro com base num inquérito semi-estruturado e contou com uma amostra de 151 mulheres entre os 18 e os 65 anos residentes em Portugal continental, distribuídas de forma proporcional ao universo, sendo a margem de erro de 7,98%.

As conclusões do estudo revelam, também, que 87% das mulheres acredita que numa relação sexual não protegida o risco de uma mulher ser infectada é igual ao do homem, com apenas 10% das mulheres a saberem indicar que o risco é superior – sendo que 90% respondeu estar bem informada sobre a patologia e formas de contágio. Em relação às diferenças de género, para 63% das mulheres o VIH/sida afecta na mesma proporção homens e mulheres, embora quando a resposta foi só homens ou mulheres, 24% das entrevistadas respondeu que afectaria mais homens e apenas 9% mais mulheres.

Solteiros vs. casados

No que diz respeito a formas de recolha de informação sobre o tema VIH/sida a televisão foi referida por 79% das inquiridas, seguindo-se os jornais e revistas (46%) e a Internet (33%), sendo esta última a principal fonte para a faixa etária dos 18 aos 24 anos. As mulheres que participaram no estudo disseram sentir que, em termos de discriminação em relação a esta doença, a sociedade em geral continua a ser o principal problema (69%) e só depois o local de trabalho ou a procura de trabalho (30%).

Questionadas sobre o perfil de pessoas infectadas, houve diferenças entre as faixas etárias: 47% das mulheres entre os 55 e os 65 anos considera que há mais infectados entre os 18 e os 30 anos; 43% das mulheres entre os 31 e os 55 anos diz que a faixa mais afectada tem entre 25 e 35 anos. Além disso, em geral, 29% ainda acredita que o estado civil faz a diferença, afirmando que o VIH afecta mais os solteiros do que os casados.

Os dados deste estudo são divulgados numa altura em que Portugal continua a ser um dos países europeus com mais notificações de VIH/sida, referem os últimos dados do Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças (de 2007) divulgados este mês: na Europa a 15 está em quarto lugar a seguir ao Reino Unido, Bélgica e Luxemburgo.

No entanto, segundo explicou ao PÚBLICO o coordenador nacional para a Infecção VIH/sida, aquando da divulgação destes dados no dia 11 de Novembro, “os números reais de casos novos de infecção devem ser muito mais baixos”, uma vez que está a ser feito um esforço de notificação e de reforço da realização de testes (39% dos portugueses dizem já ter feito um alguma vez na vida). Explicou também que as notificações não se tratam necessariamente de novas infecções, uma vez que dos 2489 casos notificados no ano passado só 1107 é que foram diagnosticados nesse mesmo ano.

Em Portugal estima-se que existam cerca de quatro mil pessoas que estão infectadas e não sabem, uma vez que se pode permanecer até cerca de sete anos sem sintomas, refere. Mas tal como tem acontecido noutros países, a melhoria das terapêuticas e o seu acesso generalizado – cerca de 19 mil pessoas estão a ser tratadas contra o VIH/sida – diminuíram grandemente a mortalidade. Ao todo estima-se que vivam em Portugal mais de 40 mil pessoas com VIH, de acordo com dados da ONUSIDA.

 

Via Público



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Mais jovens a aprender mandarim,

Empregabilidade e emigração são palavras-chave para compreender o aumento da procura dos cursos em Portugal

A pujança da China na economia mundial é um facto. A Europa em crise é outro. Em entrevista ao P3, alguns alunos que frequentam o curso de mandarim, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e no Instituto Confúcio da Universidade do Minho, em Braga, vêem a China como uma hipótese natural de emigração.

 

Thomas Barnstorf é "freelancer" de escrita criativa e edição de texto, tem 30 anos e frequenta o Curso Intensivo de Chinês na Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP). Porquê? Para além de ser uma “mais-valia para o currículo”, o mandarim “é uma língua que abre muitas portas.”

 

Aprender para emigrar

Também Ana Rita Silva, estudante de Mestrado em Ecologia na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e colega de curso de Thomas, afirma que a língua nova é difícil de aprender: a forma de falar, escrever e até de pensar são muito diferentes do português”, mas “como é muito lógica, não é nada que não se consiga.” Emigrar? “Claramente!”

 

Com 26 anos, Sofia Romualdo diz que esta já é a quarta língua que aprende - para além da materna. Escolheu o mandarim porque "queria aprender algo diferente" e esta é uma forma de se diferenciar. Vê a emigração como uma saída, depois de já ter tido vários estágios "sempre não-remunerados e em 'full-time'" e outros "trabalhos que vão aparecendo" na área da fotografia. Garante tentar tudo o que aparece.

 

Trabalha com o mercado asiático e muito embora a condição de efectiva numa empresa de cortiça de Santa Maria da Feira, Loide Costa, de 32 anos, considera vivamente a hipótese de emigrar para Pequim: “com o mandarim será mais fácil, é uma língua muito importante”, remata.

 

Com apenas 20 anos, Samuel Gomes frequenta oInstituto Confúcio - onde a procura de cursos aumentou 30% -, em Braga, e fala português, inglês, francês, japonês (nível básico) e mandarim (nível HSK nº3, numa escala de 1 a 6). Estudante na Licenciatura de Línguas e Culturas Orientais na Universidade do Minho (UM), Samuel, assegura que o chinês "é uma língua do futuro" e que, embora gostasse de seguir a área de representação, se "Portugal não der conta do assunto da crise", a China será o destino.

 

"É difícil, mas é uma língua lógica"

Lu Yanan é solista instrumental de pi'pa e é a professora de Thomas, de Ana Rita, de Sofia e de Loide, na FLUP. Foi pioneira, lê-se no pequeno cartão com o contacto, na radiodifusão bilingue "Português e Mandarim" em 2006, em Portugal. Vive em Portugal há 15 anos e não hesita em afirmar que a procura de mandarim se deve, sobretudo, a questões de empregabilidade. 

 

À semelhança dos alunos, Lu admite ser um idioma difícil de aprender: “a gramática é fácil, mas falar é mais complicado.” Para se conseguir ler um livro são precisos cerca de 3000 caracteres. Ainda assim, as turmas estão cheias. O curso anual da FLUP teve este ano o mais elevado número de estudantes e é procurado maioritariamente por jovens, segundo o Gabinete de Formação e Educação Contínua da faculdade.

 

O mandarim é o dialecto oficial da China e é a língua mais falada em todo o mundo (845 milhões de falantes no total, segundo o Observatório de Língua Portuguesa em Março de 2010).

 

Via P3



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Terça-feira, 29 de Novembro de 2011

Pedro Mota Soares é conhecido por andar de vespa

Ministério da Solidariedade e Segurança Social garante que herdou negócio do anterior Governo.


Pedro Mota Soares é conhecido por andar de vespa

O jornal "Correio da Manhã" diz hoje que, numa altura de grande contenção de despesa e sacríficos para os portugueses, o ministro da Solidariedade e da Segurança Social tem ao seu serviço um carro novo no valor de 86 mil euros.

 

O gabinete do ministério garantiu ao diário que a viatura foi alugada, por um período de 48 meses, num concurso lançado, pela Agência Nacional de Compras Públicas, sob a tutela do anterior Executivo. Fonte do gabinete de Mota Soares afirma que a viatura se destinava a um secretário de Estado.

 

O ministério adianta ainda que "o ministro não dispunha de qualquer viatura" e que uma alternativa passava por "uma forma de contratação mais cara que seria através do aluguer de uma viatura em rent-a-car".

Ministério desmente 


A viatura é um Audi A7 e, segundo o mesmo jornal, foi levantada pelo próprio Pedro Mota Soares, num stand no Parque das Nações, em Lisboa.

Um comunicado do ministério, divulgado hoje de manhã, vem desmentir a informação avançada pelo jornal. "Ao contrário do que quer fazer crer o jornal Correio da Manhã, o Ministro da Solidariedade não escolheu qualquer viatura, e é completamente falso que tenha sido o próprio Ministro que tenha "levantado" o carro no stand."


Via Expresso



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Escandalosas na hora do sexo

 

Cada um extravasa como quer (ou pode) a alegria do ápice do prazer na cama. Tem gente que chora. Tem quem ria, sem parar.

Tem as que ficam em silêncio, curtindo na ausência do som a intensidade do prazer. E tem quem grite. Para potencializar o prazer - ou simplesmente para externar a satisfação - há quem se empolgue e coloque numa boa noite de sexo uma trilha sonora com gritos, altos gemidos e muito, muito escândalo.

 

Mas às vezes, você gosta de fazer barulho - e seu parceiro acha a cena desnecessária. Como não existe receita pronta, o legal é sentir o ritmo da coisa e controlar o volume da empolgação na medida. “Meu marido não gosta que eu grite, mas tem vezes que é incontrolável. Até mordo o travesseiro. Sinto que ele fica assim quando transamos em casa, já que temos duas filhinhas”, conta Suzi Cunha. Segundo ela, mesmo com o quarto distante das meninas, o maridão não se sente à vontade da mesma forma quando eles vão para um motel.

 

Raul Silveira concorda que perto dos filhos não é legal, mas admite que adora quando a mulher grita. “Significa que está mesmo sentindo muito prazer”, diz. “Mas quando tem alguém em casa, não gosto quando minha esposa grita. Não quero que as pessoas fiquem imaginando minha mulher pelada transando comigo”, completa. Pelo jeito os gritos valem mesmo no motel, quando não tem ninguém escutando. “Lá, não vejo problema algum em gritar. Todo mundo vai para o motel para transar mesmo”.

 

Alicia Medeiros diz que o namorado é bem barulhento, fala bastante e sempre comenta depois que ela é muito quietinha na cama. “Eu não gosto de falar nada, nem de gritar. Prefiro curtir o prazer em silêncio”, afirma. “Gemer um pouco alto tudo bem, agora fazer escândalo, ninguém merece”.

 

Então como tanto homem quanto mulher podem preferir o sexo silencioso, mais calminho, o legal é sentir a vibração do parceiro. Mas não deixe de extravasar apenas porque o parceiro não gosta. Encontrar o equilíbrio na equação é muito melhor do que reprimir o prazer.

 

Via Vila Dois



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Bastien já seria vítima de maus-tratos por parte do pai

Bastien já seria vítima de maus-tratos por parte do pai (DR)
Bastien, três anos, terá sido castigado por alegado mau comportamento na escola. Para o punir, o pai terá decidido despi-lo e colocá-lo dentro da máquina de lavar. Porém, os pais negam toda a história e alegam que o seu filho caiu nas escadas. O caso aconteceu em Germingny-l’Evêque (Seine-et-Marne), em França, e está a chocar o mundo.

Cristophe, de 33 anos, é acusado pela morte do seu filho depois de o ter metido dentro da máquina de lavar. A mãe, Charléne (de 25 anos), é acusada de não ter impedido a consumação do crime e de não ter assistido uma pessoa em perigo. O seu filho, de três anos.

A Associated Press cita fontes judiciais para revelar que o pai de Bastien terá colocado o filho nu dentro da máquina de lavar que depois colocou em funcionamento no modo de secagem. Quando a mãe resgatou o seu filho da máquina, Bastien estaria gelado e Charléne terá pedido ajuda a uma vizinha dizendo-lhe que a criança tinha caído pelas escadas, acrescenta o relato do jornal Le Parisien. “

"Eu peguei na criança. Bastien estava branco, desarticulado, como um boneco”, terá contado Alice, a vizinha. “Ele teve um último batimento de coração e nesse momento soube que ele estava morto. Telefonei para o Samu [o serviço de atendimento a situações médicas urgentes em França] enquanto a mãe lhe fazia uma massagem cardíaca, sem conseguir reanimá-lo”, terá relatado também a vizinha fazendo referência ainda ao facto de o pai, Cristophe, se encontrar no sofá da sala enquanto tudo isto acontecia. 

De acordo com o jornal Le Figaro, os pais contestam toda a história e referem que Bastien caiu pelas escadas de casa. Porém, os resultados preliminares do inquérito e dos exames médico-legais serão “compatíveis” com a hipótese de a criança ter sido colocada dentro da máquina de lavar. Bastien morreu na sequência de um “choque na cabeça”.

Há testemunhos que sustentam que o pai da criança tinha um comportamento violento. Mesmo Maud, a irmã de cinco anos de Bastien, terá confidenciado aos seus vizinhos que não foi a primeira vez que o pai colocou o seu irmão dentro da máquina de lavar. Segundo algumas notícias publicadas sobre este caso, os pais de Bastien e Maud estavam já referenciados nos serviços sociais e eram apoiados. “Bastien não era um filho desejado”, terá testemunhado a mãe de Charléne.



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O ranking dos 20 maiores dos portos marítimos do mundo. Em Portugal o porto de Sines que está a duplicar a sua capacidade, deverá entrar para o grupo dos 100 maiores.

 


Fonte: www.ci-online.co.uk

 

TEU (twenty-foot equivalent units) é a unidade de medida dos contentores, correspondendo 1 TEU a um contentor de 20 pés. Um  tem 12 Polegadas ou, no sistema métrico, 30,48 centímetros.

Via Expresso



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Projecto do Restelo é alegoria à vida de S. Francisco Xavier
Projecto do Restelo é alegoria à vida de S. Francisco Xavier (Daniel Rocha)
O bojo que era para ser dourado ficou, afinal, cor-de-ferrugem e a exótica torre de 108 metros de altura não saiu, por enquanto, do papel. Com inauguração marcada para o próximo sábado, a igreja-caravela que o arquitecto Troufa Real desenhou para o alto do Restelo, em Lisboa, é, ainda assim, um dos templos católicos que mais polémica desencadearam nas últimas décadas - a ponto de suscitar a crítica do próprio cardeal-patriarca.

Todo o projecto se baseia numa alegoria à vida de S. Francisco Xavier e aos Descobrimentos portugueses. Daí que a nave do templo, com capacidade para cinco centenas de fiéis, simule o casco de uma embarcação. Enferrujada por fora, graças a uma técnica que consiste em fundir cobre no ferro, esta parte do edifício acompanha, no interior, as formas exteriores: as paredes da igreja são curvas, com janelas em forma de óculo. No exterior, uma grande cruz de ferro deverá ficar tombada no chão. Coladas ao bojo da igreja-caravela, várias cornucópias simularão as ondas do mar.

A casa paroquial foi pintada em cor-de-laranja berrante. Rematado no topo por pequenas pirâmides no lugar do telhado, é uma alusão "à casa mourisca que o arquitecto Raul Lino [meados do séc. XX] soube respeitar", e ainda ao casario da Lisboa do séc. XVI que o missionário deixou atrás de si quando partiu de Lisboa, rumo ao Oriente. O vermelho, o verde e o branco foram também cores escolhidas para as paredes exteriores do complexo religioso. "São as cores das bandeiras indiana e portuguesa", esclarece o pároco de S. Francisco Xavier, António Colimão, nascido em Damão. É ele o grande entusiasta da obra, que só não se apresenta ainda tão profusamente colorida como nos desenhos por falta de dinheiro para tintas. Esta primeira fase da obra custou três milhões de euros. Acontece que as contribuições dos fiéis não chegam sequer a metade. O resto foi pago à custa de um empréstimo bancário contraído pela paróquia. "Estamos à espera de ofertas. Claro que o dinheiro não cai do céu", refere o padre.

A projectada torre da igreja sofre, aliás, do mesmo problema de escassez de dinheiro para subir em direcção ao firmamento. Troufa Real chegou a idealizá-la em forma de minarete, uma opção muito contestada. Mudou, no entanto, de ideias, e agora pretende levantar no Restelo uma estrutura metálica de aspecto mais leve. Para concretizar os seus intentos recorreu a um nome de peso: o pai do satélite português, Carvalho Rodrigues, está apostado em "casar a arte e a tecnologia para produzir energia" eólica e solar na torre. "Parte da torre mover-se-á, como a hélice do ADN", descreve o investigador.

Trocado o dourado pela ferrugem, o epíteto "bolo de noiva" com que a igreja-caravela foi alcunhada quando nasceu perde sentido. As alterações ao desenho inicial não são, ainda assim, suficientes para amainar o enjoo que a construção provoca no seio da própria instituição eclesiástica. Há muito à frente do Secretariado das Novas Igrejas, o departamento do patriarcado que se encarrega dos templos que vão sendo construídos, o arquitecto Diogo Pimentel não consegue explicar cabalmente o processo que culmina no próximo sábado, dia de S. Francisco Xavier, com a inauguração do contestado templo. "Discordo por completo que a igreja promova este tipo de espectáculo no meio da cidade", observa. "A mensagem que um edifício destes deve transmitir às pessoas deve ser "aqui estou eu ao vosso serviço", e não "aqui estou eu em todo o meu esplendor"".

Quando encarrega um arquitecto de conceber uma igreja, este departamento entrega-lhe um documento, a que chama "elucidário", para lhe guiar os passos. Nele se diz que "se devem evitar expressões de triunfalismo ou ostentação". O arquitecto deverá antes "procurar uma expressão de simplicidade e um certo despojamento, que mais se afirme pela qualidade arquitectónica do que pelos recursos decorativos".

Foi pouco depois de este documento ter sido elaborado, no início dos anos 90, que Troufa Real acedeu a desenhar a igreja para a paróquia sem cobrar honorários. "Processos como este são uma enorme ratoeira", nota o padre João Norton, da equipa de arquitectura do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura. "O pobre aceita a semente que lhe dão e cresce-lhe uma árvore de que não estava à espera". Neste caso, demasiado espalhafatosa para a função a que se destina: "Uma das qualidades de uma igreja deve ser o silêncio – mesmo visual – e a serenidade", advoga João Norton, para quem o simbolismo empregue no Restelo é "pobrezinho, superficial, de centro comercial". A contradição flagrante entre as orientações do elucidário e a obra do Restelo, explica-a o padre com uma simples frase: "Não é um documento vinculativo", tal como não o é o parecer do Secretariado das Novas Igrejas.Maçon e ao mesmo tempo católico – "como muitos bispos e até papas", salienta -, Troufa Real gosta de se comparar a Gaudi quando fala da incompreensão de que tem sido alvo nesta obra. Embora já tenha admitido gostar de ideias "que se aproximam do limiar entre o kitsch e o piroso", neste momento prefere descrever esta obra como um trabalho surrealista, "que parece feito por vários arquitectos diferentes".

"Considero-me um arquitecto de templos. Fiz esta igreja a pensar em Deus", declara. E pôs-lhe símbolos maçónicos? Onde? "São segredos meus", responde Troufa Real. "Como cardeal adjunto, foi D. José Policarpo [actual patriarca] quem lançou a primeira pedra da igreja", recorda. Certo é que a construção só avançou há dois anos. Como a obra não está pronta, depois da inauguração a empreitada ainda durará mais um ou dois meses.

Para fases posteriores do projecto, sem data marcada para avançar, ficarão quer a torre quer um outro edifício de grande porte. O padre Colimão já anunciou que não irá morar Na casa paroquial: "Gosto das coisas simples e pequenas". Então e a igreja? "Para a glória de Deus, tenho de fazer o melhor". Para declarar a seguir, orgulhoso: "Esta obra vai marcar a cidade de Lisboa. Deve ser a maior igreja construída em Lisboa nos últimos 25 anos". Quando ficar tudo pronto, os custos finais ascenderão "a sete ou nove milhões de euros".

Mais modesta no seu orçamento de 3,1 milhões, a igreja que está em construção em Miraflores, Algés, também granjeou desde cedo alguma antipatia. Aqui, o que serviu de inspiração a Troufa Real foi o cosmos. O povo, esse, chama-lhe "igreja-foguetão", mas também "supositório". "Aquele cilindro tem lá dentro uma cúpula invertida que é um meteorito", explica o arquitecto. Ignora-se, no entanto, quando poderá semelhante nave desafiar o espaço sideral: desentendimentos entre a paróquia e o arquitecto levaram a que a empreitada parasse há ano e meio. "É uma vergonha", queixa-se o projectista, alegando que alterações feitas ao projecto sem o seu consentimento transformaram o foguetão "num paliteiro sem segurança estrutural". Está previsto que o enorme cilindro seja forrado a azulejos de Querubim Lapa.

O pároco local, Daniel Henriques, admite que o objectivo da transformação foi tornar a obra mais leve mas também mais barata - mas nega que isso tenha comprometido a segurança do imóvel. E deixa uma crítica velada: "Pode ser que, depois de inaugurada a igreja do Restelo, o arquitecto tenha mais disponibilidade para acompanhar esta obra". Tal como o anterior, também o projecto de Miraflores foi oferecido. "A cavalo dado não se olha o dente", diz Diogo Pimentel, assegurando que não estão previstas para Lisboa mais igrejas espalhafatosas. "Não tenho dúvida nenhuma de que a igreja do Restelo se vai tornar uma atracção turística", acrescenta. Mesmo que por razões erradas.

 

Via Público



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C de canela

 

Já começa a cheirar a Natal e dentro de todos os abusos alimentares que se cometem nesta quadra existe uma boa notícia: não há sobremesa natalícia que dispense a canela!

 

A canela está intimamente ligada à nossa história, sendo o monopólio do lucrativo comércio desta especiaria (à época, a mais procurada na Europa) uma das razões para Portugal ter estado no centro do mundo durante o século XV. Não foi no entanto necessário esperar tantos séculos para o valor da canela ser reconhecido. Já na antiguidade egípcia a canela chegava a ser mais preciosa do que o ouro sendo utilizada como bebida, agente medicinal e embalsamante.

 

Os egípcios não estariam enganados pois são hoje reconhecidas as propriedades antimicrobianas da canela tal como o seu efeito anti-inflamatório resultante do seu elevado teor em polifenóis. Esta potencialidade terapêutica da canela é um dos tópicos de investigação emergente, algo que se traduz em muitas hipóteses e (ainda) poucas conclusões. Ainda assim, estas evidências preliminares são bastante optimistas quanto a um efeito benéfico da canela na prevenção de doenças cardiovasculares, na modulação do sistema imunitário e quiçá na actividade anti-tumoral.

 

Também ao nível da redução dos níveis de colesterol sanguíneo e pressão arterial, a canela tem mostrado resultados interessantes, mas é no seu potencial efeito antidiabético que se tem centrado a maioria das atenções. A sua capacidade para “imitar” os efeitos da insulina no organismo e potenciar a sua actividade traduzindo uma diminuição dos níveis de açúcar no sangue após as refeições, poderão constituir a canela como um sério adjuvante na terapêutica desta patologia a curto prazo.

 

Esta estratégia poderá fazer pouco sentido se analisarmos a utilização da canela quase exclusivamente em sobremesas e sempre associada ao açúcar. Em todo o caso, existem outros modos menos convencionais de a consumir seja no chá, café, fruta, pão, iogurtes e batidos, não existindo grandes preocupações com a dose, pois quer pelo escasso valor calórico associado, quer pela pequena quantidade normalmente ingerida, a canela nunca será um grande contributo do ponto de vista energético. Possui ainda a vantagem de ser uma excelente fonte de fibra, cálcio e ferro.

 

Fixe então a primeira dica de Natal: Use e abuse da canela… Mas prefira-a no leite-creme, aletria e arroz doce do que nas rabanadas, sonhos e azevias!

 

Via Público



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As datas comemorativas serão celebradas ao domingo em vez de o dia ser feriado
As datas comemorativas serão celebradas ao domingo em vez de o dia ser feriado (Nuno Ferreira Santos)
 O Governo propôs hoje aos parceiros sociais a eliminação dos feriados de 15 de Agosto, o dia de Corpo de Deus (móvel), 5 de Outubro e 1 de Dezembro, afirmou o ministro da Economia à saída de uma reunião de concertação social.

Na reunião de hoje dos parceiros sociais, além da questão do aumento da meia hora de trabalho diário, esteve hoje a ser discutida a supressão de quatro feriados, dois civis e dois religiosos. Estes últimos estão ainda a ser negociados entre o Governo e a Igreja Católica, segundo o ministro Álvaro Santos Pereira.

"Em relação aos [feriados] religiosos estamos a falar com a Igreja, e em relação aos civis propusemos a supressão do feriado de 5 de Outubro e de 1 de Dezembro", anunciou Álvaro Santos Pereira. No entanto, "é importante celebrar essas datas. Não será feriado mas serão celebradas no domingo", disse ainda Santos Pereira aos jornalistas.

As centrais sindicais insurgiram-se contra as propostas do Executivo e garantem não aceitar qualquer uma delas, quer no que concerne ao aumento do tempo de trabalho, quer à supressão de feriados e férias, conforme propõe a Confederação do Comércio (CCP), liderada por João Vieira Lopes.

No final de mais uma reunião, que começou às 10h00 e que durou mais de três horas, o ministro da Economia afirmou ainda que "o Governo disse aos parceiros sociais que se existirem alternativas [o Governo] está disposto a ouvir essas alternativas", mas sem mais detalhes.

A próxima reunião entre Governo e parceiros sociais terá lugar a 20 ou a 22 de Dezembro.

 

Via Público



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Segunda-feira, 28 de Novembro de 2011
O que eles gostam de ouvir na cama


Sexo é sempre uma caixinha de surpresas. E para que elas sejam sempre positivas é preciso conhecer o parceiro e saber do que você e ele gostam.

Será que a maioria dos rapazes preferepalavras picantes, o silêncio ou os termos mais cabeludos?

 

A psicóloga e sexóloga Maria Lúcia Beraldo afirma que o que as mulheres dizem tem o poder tanto de potenciar, quanto de inibir a excitação do parceiro. "Os homens maismaduros não se importam somente com o próprio prazer. Para eles, uma boa transa é aquela em que fizeram a sua parceira delirar!", afirma Maria Lúcia.

 

Esse mecanismo vai além, a sexóloga explica: "Assim, quando eles fazem algo e têm de alguma forma um retorno positivo, sua masculinidade é aumentada, por conta do efeito dessa atitude em sua autoestima e sua autoconfiança. Isso desencadeia ainda mais prazer na relação, onde se tem prazer em dar prazer. É um mecanismo de retroalimentação, que funciona tanto para o homem quanto para a mulher".

 

Pode ser que se mostrar muito desinibida entre quatro paredes assuste o moço. A sexóloga diz que é possível que os mais inseguros e desconfiados precisem de garantias, como uma mulher sexualmente inibida para se relacionar. Palavras mais pesadas, dignas de filmes adultos, costumam dividir os rapazes. Maria Lúcia garante que é possível ser sexy sem pesar no jargão.

 

O engenheiro civil Wesley Talaveira, 26 anos, diz que gosta de ouvir algumas palavrinhas, mas poucas e curtas. "Algumas palavras picantes ajudam muito na hora do sexo. Palavras de ordem, coisas como ‘mais rápido’, ou pequenos elogios, por exemplo, ‘que delícia’ ao pé do ouvido também ajudam. Isso serve para você saber se está agradando", revela. "Mas poucas palavras, e rápidas", ressalta.

 

"Além disso, a mulher não precisa mostrar tudo o que é capaz de fazer de imediato... Ela pode ir se mostrando na medida em que vai conhecendo-o, também", comenta a psicóloga. "Isto pode ser divertido e é uma fase importante na relação", completa. Maria Lúcia Beraldo lembra que em caso de transas eventuais não é necessário haver a preocupação em agradar, já que não há expectativas de relacionamento afetivo.

 

Ricardo Tourais, promotor de vendas, 32 anos, diz que não gosta de palavras mais pesadas. "Acho que não há necessidade desse tipo de vocabulário. Surpresas na hora do sexo são boas, mas muitas podem acabar tirando o foco. Se for uma mulher que no dia a dia costuma falar alguma sacanagem você já espera algo assim dela na cama, mas, caso contrário, pode ficar estranho", alerta Ricardo.

 

A sexóloga ressalta: "Para a maioria dos homens, a mulher mais ‘gostosa’ não é aquela de corpo perfeito, mas aquela que percebe que está ali fazendo o que realmente quer". Maria Lúcia afirma que sentir-se intensamente desejado por uma mulher que lhes interessa é um dos maiores afrodisíacos para o homem, assim como olhares, gemidos, sorrisos e expressões corporais, como arqueamento do corpo e abraços fortes.


"Contudo, é muito importante que a mulher esteja realmente vivendo aquilo da forma como apresenta, pois, do contrário, ela se tornará artificial, estará representando um papel que, ao invés de intensificar o prazer de ambos, irá tirar a atenção dela para o que fazer ou dizer, distraindo-a dos estímulos em si", alerta a sexóloga. "E isto sairá como um tiro pela culatra, fazendo com que ela perca a excitação. Assim, a meta continua sendo colorir a situação, mas sem perder a autenticidade", finaliza.

 

Via Vila Dois



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Crise leva mais gente para as florestas em busca de cogumelos
Todos os anos, por esta altura, as florestas da região de Viseu enchem-se de apanhadores de cogumelos, mas, este ano, a crise está a levar mais gente para as matas em busca da "carne dos pinhais".

No topo da lista dos mais procurados estão os carnudos míscaros (Tricholoma Equestre) e os suculentos boletos (Boletus Edulis) por serem as mais conhecidas e também as que oferecem mais confiança a quem os consome.

 

Poucas são as mercearias tradicionais na cidade de Viseu que, mal chega o outono, não têm à venda, quase sempre em sacos de meio quilo, cujo preço varia entre os 10 e os 20 euros, dependendo da fartura ou míngua de quem apanha, os míscaros, claramente os preferidos para fazer com arroz, acompanhados de entrecosto ou coelho.

 

Helena Fernandes, desde que se lembra, sempre andou pelos pinhais na apanha de míscaros, para fazer em casa, quase sempre com arroz, ou fritos, no caso dos boletos, mas este ano, como contou à Agência Lusa a escassos quilómetros de Viseu, “há menos para apanhar e mais quem ande à procura da carne dos pinhais”.

 

“Com isto da crise, com o desemprego, este ano nota-se bem que há mais gente nos pinhais”, sinalizou Helena Fernandes, quando, ao fim de duas horas já tinha, em conjunto com mais três familiares, cerca de cinco quilos de míscaros e alguns boletos, um deles com mais de um quilo, tudo para meter no tacho e na frigideira.

 

Com o aumento da procura, as espécies mais apreciadas sofrem uma “enorme pressão”, disse à Lusa José Manuel Costa, especialista em micologia da Escola Superior Agrária de Viseu (ESAV), que entende ser esta altura de maiores dificuldades económicas “propícia a um regresso às origens”, sendo a apanha de cogumelos um indício disso mesmo.

 

“Há um saber que passa de pais para filhos que é válido e é usado na recolha de cogumelos, mas grande parte das espécies comestíveis não são conhecidas pelas pessoas, o que permite evitar alguma confusão com outras que são tóxicas ou mortais”, explicou.

 

Para além do risco de apanhar cogumelos perigosos, há ainda o problema, salientou José Manuel Costa, da “enorme pressão exercida sobre algumas espécies, como a 'Tricholoma Equestre' é um bom exemplo, que corre risco de simplesmente desaparecer devido ao excesso de procura”.

 

Este excesso de procura, segundo o professor da ESAV, que se dedica à micologia há mais de 25 anos, tem origem na acentuada quebra do trabalho na agricultura nos últimos anos, com a recolha de míscaros a ser uma alternativa económica.

 

Desde 2009 que existe legislação que regulamenta a apanha de cogumelos, impondo, por exemplo, um limite máximo de cinco quilos por pessoa, mas esta é pouco mais que ineficaz por falta de fiscalização, advertiu José Manuel Costa.

 

“É claramente expectável que, neste período de crise, aumente a procura de cogumelos e a pressão sobre as espécies, mas não parece que a fiscalização tenha um aumento proporcional a essa crescente procura”, acrescentou o técnico.

 

Via Sol



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O Dicionário Priberam, a funcionar na aplicação Kindle para PC
O Dicionário Priberam, a funcionar na aplicação Kindle para PC (D.R.)
Nos novos modelos do Kindle, o leitor de ebooks da Amazon, já é possível escolher o português como língua a utilizar e o Dicionário Priberam de Língua Portuguesa está pré-instalado.

A empresa norte-americana fez uma parceria com a portuguesa Priberam, que desenvolve software de linguística, entre os quais o corrector ortográfico do popular Microsoft Office.

A Amazon pediu à Priberam um dicionário com definições e sinónimos, em que o texto escrito nas entradas e definições de cada palavra estivesse em português do Brasil. “Disseram-nos que estavam, em primeiro lugar, a apontar para o mercado brasileiro, embora quisessem as duas variantes do português, o europeu e o do Brasil”, explica Carlos Amaral, director-executivo da Priberam.

Para além do dicionário, os modelos anteriores do Kindle só utilizavam a língua inglesa na interface de utilização, mas as novas versões dão acesso a outras línguas: português do Brasil, francês, italiano e espanhol, alemão (um trabalho de tradução que não esteve a cargo da Priberam).

A empresa portuguesa fez para a Amazon uma edição específica do dicionário, que reconhece ambas as grafias (europeia e brasileira) para cada uma das palavras, embora as definições estejam sempre em português do Brasil.

“Posso ter no Kindle um livro em português do Brasil ou de Portugal e o dicionário reconhece as palavras dos dois países e dá a definição. Fomos ainda mais longe: o dicionário consegue reconhecer todas as formas.” O dicionário de português reconhece neste momento cerca de um milhão de palavras, incluindo as alterações previstas pelo Acordo Ortográfico – assim, é possível reconhecer formas como “electrónica”, “electrônica” ou “eletrónica”.

O licenciamento foi feito à Amazon para todos os dispositivos e para todas as aplicações. O que significa que nas aplicações do Kindle para leitura em outras plataformas (PC, computadores Mac, e telemóveis e tablets) e no Cloud Reader (para leitura na web, através do browser) também existe o dicionário Priberam. Se se descarregar um livro em português nestas aplicações, ao clicar numa palavra, aparece a pergunta: “Quer fazer o download do dicionário em português?”.

Foi a Priberam que foi contactada directamente pela Amazon. “Vieram ter connosco. Tínhamos feito uma edição do nosso Dicionário de Português Europeu para Kindle em Março deste ano. Era um livro que estava à venda na loja Kindle da Amazon para quem o quisesse integrar nos dispositivos. Ainda vendemos uns milhares de dicionários, o que para o mercado que existe já era interessante.” 

Essa poderá ter sido uma das razões para escolherem a empresa portuguesa e também “a notoriedade” que a versão online do Dicionário Priberam tem na Internet. “Mesmo no Brasil é muito conhecido: 60% dos acessos ao dicionário online são feitos a partir do Brasil. E, no Brasil, quando se compra o dicionário Aurélio recebe-se um CD com o corrector ortográfico da Priberam”, explica Carlos Amaral.

Neste projecto estiveram envolvidas cinco pessoas (linguistas e programadores) durante três meses. Foi necessário trabalhar a parte do português do Brasil para que o dicionário o reconhecesse também.

A empresa avançou também este mês para o mercado espanhol – através de uma parceria com uma empresa local – e já fez pequenas incursões nos mercados nórdicos.

 

Via Público



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Domingo, 27 de Novembro de 2011
As melhores cenas de sexo do cinema

Cartaz do filme 9 e meia Semanas de Amor. Foto reprodução site Imdb

 

O cinema já nos presenteou com cenas fenomenais de sexo, mais picantes ou mais românticas, todas elas nos dão ideias e nos deixam cheios de vontade de repetir.

 

Então, dessa difícil tarefa escolhemos algumas cenas, com muito prazer, é claro, querida vila amiga.

Pedro Almodóvar, é um especialista, fetiches, leves sadismo e prazer. Em nossa galeria ganha a cena de sexo do filme "Carnê trêmula", de Pedro Almodóvar, onde o sexo acontece como um excitante e apaixonado balé de dois apaixonados que se desejam há muito tempo. Outro filme de Pedro, de 1986, "Matador", tem cenas bem interessantes.

 

Sempre bom lembrar do polêmico filme,"Instinto Selvagem" com salas de cinema lotadas, e a expectativa da cena de sexo antológica eu diria, de Sharon Stone, no auge, e Michael Douglas em 1992. Cena essa, que deixou Michael, na época um galã, um pouco perturbado. Ele teve que ser internado numa clínica por estar sexualmente compulsivo.

 

Os filmes atuais podem ser legais, mas nada se compara com os clássicos como "9 ½ semanas de amor" de 1986, com Kim Basinger e Michey Rourke ambos no auge da carreira e da beleza. Quem é que pode se esquecer da cena do striptease embalada pela trilha sonora de Joe Cocker?

 

Para fechar a seleção mais um cult movie, do diretor Roman Polanski, com a primeira atuação de Hugh Grant, "Lua de Fel" de 1992, um thriller erótico de primeira, tem cenas de sexo e strip, ótimas.

 

Via Vila Dois



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Moçambique precisa de profissionais e oferece oportunidades de negócios

 

O presidente de Moçambique, Armando Guebuza, disse neste domingo em Lisboa que o país precisa de profissionais para trabalharem nas explorações de carvão e gás natural e que oferece oportunidades de negócio em várias áreas.

 

O presidente Guebuza está em Lisboa para participar na primeira Cimeira Luso-Moçambicana, prevista para os dias 28 e 29 de Novembro, durante a qual será reforçada a relação entre os dois países.

 

Num evento, junto da comunidade moçambicana, o chefe de Estado destacou a calorosa saudação com que foi recebido pelas cerca de 500 pessoas (de uma comunidade total de 3600 a viver em Portugal) presentes num hotel em Lisboa para o ouvirem.

 

Descobertas de recursos naturais

“Parece que estou de novo em Moçambique”, referiu o Presidente, num evento animado por música e dança tradicional e em que foi entoado o hino do país. O discurso centrou-se depois na economia moçambicana e sobretudo nas “descobertas recentes de recursos naturais”, com destaque para o gás natural e o carvão.

 

“Um dos grandes desafios que estas descobertas nos colocam tem a ver com a disponibilidade de técnicos moçambicanos para trabalhar nestes empreendimentos. As nossas instituições de ensino superior estão a fazer essa formação mas os números não correspondem à procura. Precisamos de muitos mais técnicos”, afirmou o chefe de Estado.

 

Já nesta semana, o presidente da Câmara de Comércio Portugal-Moçambique defendeu, em declarações à Lusa, que Maputo deveria alterar a legislação laboral para facilitar a entrada de trabalhadores portugueses qualificados no mercado de trabalho moçambicano porque o país “tem uma enorme carência de quadros”.

 

Ainda no seu discurso, o presidente Guebuza apelou aos empresários Moçambicanos para olharem para este “nicho de oportunidade” porque há ainda “falta de fornecimento bens e serviços para essas empresas”.

 

Via P3



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A atuação das forças de segurança na manifestação de quinta-feira está a gerar polémica após a divulgação de um vídeo na Internet, filmado junto à Assembleia da República. PSP já anunciou a abertura de um inquérito interno de averiguações ao caso.


 

Um responsável da Plataforma 15 de Outubro, que integra o movimento dos indignados, defendeu hoje que o Procurador-geral da República (PGR) devia abrir um inquérito na sequência do vídeo relativo às agressões "desproporcionadas" da PSP a um jovem alemão.

 

Em declarações à agência Lusa, Renato Guedes, da Plataforma 15 de Outubro, considera que as imagens, que percorrem a Internet e as redes sociais, são elucidativas da "atuação vergonhosa" de vários agentes policiais contra um jovem alemão de 21 anos, no seguimento da manifestação realizada junto do Parlamento no dia da greve geral.

 

O membro da Plataforma 15 de Outubro defende ainda que o inquérito da Procuradoria-Geral da República (PGR), enquanto garante da legalidade democrática, devia estender-se à atuação da PSP logo no início do dia da greve, ao impor aos piquetes de greve o que "podiam ou não podiam fazer".

 

"Há uma subversão do Estado de Direito democrático", argumentou Renato Guedes, lembrando que também na anterior manifestação do Rossio houve erros na atuação policial, que terminaram com a absolvição de dois jovens detidos na ocasião por alegados insultos à autoridade.

 

Quanto às informações policiais, veiculadas pela imprensa, de que o jovem alemão está referenciado pela polícia dos dois países e que é uma pessoa perigosa, o membro da Plataforma 15 de Outubro respondeu que "até agora o que existe são boatos" que servem de "cortina de fumo" para tapar a atuação "vergonhosa" da polícia, de que as imagens em vídeo não permitem desmentir.

 

Renato Guedes diz desconhecer que factos concretos são imputados ao jovem alemão, cujo julgamento por alegada agressão à autoridade, resistência e desobediência foi adiado para 6 de dezembro, uma data bem distante dos acontecimentos.

 

Além do cidadão alemão, na quarta-feira foram também detidas mais seis pessoas, uma das quais uma francesa de 16 anos.

 

Aquele membro da Plataforma 15 de Outubro referiu que a "polícia tem o monopólio da violência" e que a sua utilização tem sempre que ser "justificada", o que no caso do jovem alemão não aconteceu, pois foi "desproporcionada", independentemente da campanha mediática em contrário desenvolvida pela PSP.

 

Entretanto, a PSP já anunciou a abertura de um inquérito interno de averiguações sobre o caso.

 

A Plataforma 15 de Outubro, formada na sequência do protesto realizado nessa data nas escadarias da AR, reúne-se domingo à tarde, estando em discussão a análise deste e de outros acontecimentos e a realização de ações futuras.

 

A Lusa tentou obter um comentário da PSP, mas até ao momento tal não foi possível.



 



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O governo avançou, ondem ao fim da manhã, com números de adesão à greve geral - que qualquer pessoa com olhos na cara percebeu que foi superior há de há um ano - na administração pública3,6%. O relatório dos números era hilariante, com sectores inteiros de milhares de trabalhadores e fortes níveis de sindicalização com zero grevistas (é que nem os delegados sindicais fizeram greve, meus senhores). A preocupação deste governo com a sua própria imagem é tão baixa que nem se preocupa que a sua palavra possa ser facilmente posta em causa por aqueles que, nem tendo feito greve, sabem que colegas seus a fizeram. rating da credibilidade deste governo está como o da nossa dívida pública: no lixo. Mas quem tem, no dia da greve geral, como seu principal porta-voz, uma figura como Miguel Relvas não precisa de se esforçar para se ridicularizar.

 

Depois atualizou os números: 10%. Não sei se, de madrugada, já tinham chegado a qualquer coisa que merecesse sequer a nossa atenção. Mas tenho um conselho para o governo: da próxima vez, nomeia um grupo de trabalho - talvez dirigido por João Duque- para analisar os números da greve. Com sorte, dizem uma coisa ainda mais estapafúrdia do que diria Miguel Relvas. Tem resultado: fazer encomendas a gente com ainda menos credibilidade do que ele para ele parecer apresentável.

 

Agora mais a sério. Dizia António Aleixo que "para a mentira ser segura e atingir profundidade tem de trazer à mistura qualquer coisa de verdade". É que nem para aldrabar esta gente tem talento.

 

Mas o governo não fica sozinho na falta de rigor e na manipulação. O jornal I fez ontem uma capa onde se lia: "Bom dia Portugal e bom trabalho". A folha de couve em que se tornou aquele jornal apelava assim à não adesão à greve. Está no seu direito. Como por lá os colunistas escrevem à borla - há quem ache, lá saberá porquê, que é isso que vale o seu trabalho -, compreende-se o ponto de vista do ativista que dirige tão singular publicação: se vendemos o trabalho gratuito dos outros como poderíamos sequer tolerar a ideia de que quem trabalha faça exigências? Talvez por isso pouca gente compre a coisa. Com capatazes assim e "empresários" do mesmo calibre (Jaime Antunes, mandatário, nas últimas eleições, de Passos Coelho em Ourém, deve ser recordista de flops editoriais) percebe-se porque este país não anda para a frente.

 

As televisões também fizeram bem o seu trabalho. Às vezes nem percebo porque tentam os governos manipular os jornalistas. Nem precisam de se dar ao trabalho. É fazer figas (ou mais do que isso) para que haja um "incidente" e está feito o noticiário de uma greve. E o argumento: a austeridade é inevitável e só arruaceiros se opõem a ela. E, para falar da greve, Miguel Relvas e o presidente da CIP fizeram as honras da casa em televisões generalistas e por cabo. Ainda assim, a greve aconteceu. Como sabe quem conhece o País fora do telejornais e dos delírios do ministro Relvas.


Via Expresso



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Depois de uma espera de quase dois dias, a candidatura portuguesa foi finalmente aprovada
Depois de uma espera de quase dois dias, a candidatura portuguesa foi finalmente aprovada (Enric Vives-Rubio/arquivo)
A notícia chegou via SMS: “O Fado já é património imaterial da humanidade”. Sara Pereira, directora do Museu do Fado, estava sentada na sala onde o comité intergovernamental da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) esteve a votar as candidaturas a património cultural imaterial da humanidade, em Bali, na Indonésia, quando o resultado da votação foi anunciado e enviou a mensagem.

Foram precisos pouco mais de cinco minutos para que a decisão fosse tomada por unanimidade (os 23 delegados presentes – faltou apenas um – votaram a favor), com grandes aplausos, conta ao PÚBLICO pelo telefone o musicólogo Rui Vieira Nery, presidente da comissão científica da candidatura. “Foi uma grande alegria que pôs fim a uma grande ansiedade”, admite Nery, referindo-se ao ritmo lento dos trabalhos na reunião de Bali. “Já não acreditávamos que fosse aprovada hoje.” 

O fado foi a última candidatura avaliada na sessão desta quinta-feira, que terminou às 20h30 (12h30, hora de Lisboa), depois de terem passado à votação mais de 30 propostas. E, mesmo assim, foi recebido com grande entusiasmo, diz o musicólogo. Para esse clima de festa contribuiu, “e muito”, o breve discurso de António Costa, presidente da Câmara Municipal de Lisboa, entidade que formalizou a candidatura junto da UNESCO: “O Dr. António Costa decidiu terminar as suas palavras, já a fechar a intervenção de Portugal, chegando o seu iPhone ao microfone e deixando que a sala ouvisse Amália cantar ‘Que estranha forma de vida’. Foi uma emoção acabar com a voz de Amália num fado de [Alfredo] Marceneiro. A sala levantou-se num enorme aplauso.”

A partir de agora, o fado não é apenas a canção de Portugal, a canção de Severa, Marceneiro, Amália, Carlos do Carmo, Camané, Ana Moura e Carminho - é um tesouro do mundo. Um tesouro que fala de Portugal, da sua cultura, da sua língua, dos seus poetas, mas que também tem muito de universal nos sentimentos que evoca: a dor, o ciúme, a solidão, o amor.

Optimismo comprovado


O optimismo à volta da eventual entrada do fado para a Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade era grande desde que, em Outubro, a comissão de peritos da UNESCO considerou a candidatura portuguesa “exemplar”, mas vê-la formalizada compensa definitivamente anos de trabalho de uma série de especialistas, músicos e intérpretes.

Foi em 2005 que Portugal começou a preparar mais seriamente esta candidatura que o Museu do Fado, em nome da Câmara Municipal de Lisboa, formalizou em Junho do ano passado (tinham passado apenas dois anos sobre a aprovação da Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial). Mas a ideia, ou o sonho, tem quase 20 anos - surgiu por altura da Lisboa Capital Europeia da Cultura, em 1994, garantiu ao PÚBLICO há dias Ruben de Carvalho, vereador da CDU em Lisboa e um dos que mais apoiaram o projecto desde o início.

Em 2010, o fado apresentou-se à UNESCO como “símbolo da identidade nacional” e “a mais popular das canções urbanas” portuguesas, tendo por embaixadores dois intérpretes que, por motivos bem diferentes, fazem parte da sua história de forma incontestada: Carlos do Carmo e Mariza. 

A canção que deve a Amália os primeiros grandes esforços de internacionalização foi uma das 49 candidaturas a património imaterial da humanidade avaliadas por delegados de 24 países até dia 29.

A lista do património imaterial - uma designação que abrange tradições, conhecimentos, práticas e representações que fazem a matriz cultural de um país e que, juntas, formam uma espécie de tesouro intangível do mundo - tinha até à reunião de Bali 213 bens de 68 Estados, como o tango ou o flamenco, só para falar em dois exemplos de universos semelhantes. O fado é o primeiro bem português, mas, se tudo correr bem, já não faltará muito para que o cante alentejano lhe faça companhia. 

 

Via Público



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Resolvido o mistério do Triângulo das Bermudas

A ciência não pára de encontrar as respostas para os maiores mistérios da humanidade. Esta semana, dois cientistas australianos anunciaram que descobriram porque navios e aviões desapareceram na região designada 'Triângulo das Bermudas'. 

 

E a resposta não se encontra em magnetismo, túneis do tempo, extra-terrestres ou qualquer outro tipo de fenómeno metafísico. Na realidade, os fenómenos estranhos relatados na famosa região entre Porto Rico, Florida e as ilhas Bermudas resumem-se a um problema de... gás. Concretamente, gás metano.

 

Esta a conclusão do trabalho do professor Joseph Monaghan e do seu pupilo David May, da Universidade Monash de Melbourne, Austrália, publicado no American Journal of Physics.

Segundo estes investigadores, grandes bolhas de gás metano que se desprendem do solo do oceano são capazes de fazer naufragar navios e despenhar aviões. Um fenómeno que poderá mesmo explicar outros desaparecimentos noutros locais do mundo.

 

Já nos anos 60 o investigador Ivan T. Sanderson tinha identificado regiões do planeta onde se encontram grandes concentrações de metano. Além do famoso 'Triângulo das Bermudas', também o Mar do Japão e o Mar do Norte tem áreas onde se detectam estas 'bolsas' de gás.

 

O metano, formado após intensa actividade vulcânica submarina, está normalmente contido no interior das rochas, sob a alta pressão oceânica. Mas pode soltar-se naturalmente.

 

Via DN



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Sábado, 26 de Novembro de 2011

As mulheres mais jovens são as mais perseguidas

As mulheres mais jovens são as mais perseguidas (Enric Vives-Rubio)

O primeiro estudo sobre o fenómeno de assédio persistente em Portugal foi apresentado nesta sexta-feira. Reclama-se legislação capaz de abarcar todas as formas de stalking e, sobretudo, de punir este crime.

Ser mulher, solteira ou separada/divorciada e jovem são os factores de risco para a vitimação por stalking, segundo o primeiro estudo realizado em Portugal sobre este fenómeno que se define por uma perseguição ou um “assédio persistente”. O trabalho, coordenado pela investigadora da Universidade do Minho, Marlene Matos, foi apresentado hoje e conclui que 19,5 por cento das 1210 pessoas (homens e mulheres) inquiridas já foram vítimas de perseguição.

stalking é definido como um “padrão de comportamentos de assédio persistente que integra formas diversas de comunicação, contacto, vigilância e monitorização de uma pessoa-alvo por parte de outra – o/a stalker”. Tentativas insistentes de entrar em contacto por cartas, telefonemas ou emails, perseguir, agredir, ameaçar, filmar ou tirar fotografias sem autorização, invadir ou forçar a entrada em casa, são algumas das muitas formas de stalking.

Marlene Matos defende a criação de legislação em Portugal para punir criminalmente ostalking, um “assédio persistente” cujas principais vítimas são as mulheres. “Em Portugal, ostalking não é crime, mas há necessidade de criar legislação específica para este fenómeno, à semelhança do que já acontece em vários outros países”, sustenta a investigadora, que gostaria de ver criada “legislação que inclua todas estas formas intrusivas”.

De acordo com as conclusões do estudo realizado na Universidade de Minho, as mulheres (67.8 %) são as principais vítimas destas várias formas de perseguição e os homens são os principais stalkers (68 %). Na maior parte das vezes o stalker é alguém conhecido (40,2 %) ou ex-parceiro da vítima (31,6%). Apenas 24,8 % dos inquiridos declarou que o stalker era um desconhecido

O risco de ser vítima de stalking é maior entre os 16 e 29 anos (26,7 % numa amostra de 80 pessoas) do que nos anos seguintes, entre os 30 e 64 anos, onde a prevalência baixa para os 20,3% numa amostra de 138 pessoas. Acima dos 65 anos a prevalência encontrada nas 18 pessoas inquiridas foi de 7,8 %. 

As três formas mais declaradas de stalking neste estudo foram as tentativas de entrar em contacto (79,2 %), o “aparecer em locais habitualmente frequentados pela vítima” (58,5%) e ser perseguido (44,5 %). Em média, as vítimas são alvo de mais de três comportamentos que podem ser definidos com stalking. “Genericamente, homens e mulheres relatam os mesmos comportamentos de vitimação. Duas excepções para “ser filmado ou tirar fotografias de forma não autorizada” que foi uma experiência mais comum entre os homens e “ser perseguido” que foi um comportamento de vitimação mais frequente nas mulheres”, refere o estudo. 

Independentemente do sexo da vítima, a perseguição tende a prolongar-se entre as duas semanas (21,7 por cento) e os seis meses (31,9 por cento). “À medida que a intimidade da relação aumenta, aumenta a duração do stalking”, verificou o estudo notando ainda que “as agressões à vítima ou a terceiros ocorreram principalmente quando a duração do stalking foi superior a dois anos”. 

As vítimas declararam ter sido afectadas na sua saúde psicológica (36,6 %) e no estilo de vida (25,4 %) e apenas 40 % procurou algum tipo de apoio, sendo que os pedidos de ajuda partiram sobretudo das mulheres (48,1 % vs 25 %). E a quem pediram ajuda? Em primeiro lugar a amigos (66,7 %), seguidos dos familiares (64,6%) e dos colegas de trabalho/estudo (30,2 %). Apenas 26 % optaram por recorrer às forças de segurança e 21,9 % a profissionais de saúde.

stalking não está previsto como crime no Código Penal português, que, no entanto, pune várias acções singulares relacionadas com o fenómeno, como assédio sexual, ofensas à integridade física simples ou grave, violência doméstica, ameaça, violação de domicílio, devassa ou perturbação da vida privada. A expectativa deste estudo da UM é estimular o desenvolvimento de legislação específica e a implementação de medidas para protecção destas vítimas. Actualmente, na Europa, a lei anti-stalking já vigora em nove países, designadamente Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Holanda, Irlanda, Itália, Malta e Reino Unido.

 

Via Público



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Se o homem broxa alguém tem culpa

 

 

Se o homem broxa ninguém tem culpa. Isso pode acontecer por variados motivos, entre eles a ansiedade em satisfazer sua parceira.

 

Querida vilamiga, isso pode acontecer, sim. Imagine só um homem cortejando uma mulher desejada por meses, e aí, no dia em que ele consegue a tão almejada noite, ele simplesmente a deixa vendo navios, por assim dizer.

 

Provavelmente, a melhor coisa seja tentartranquilizar o cara e dizer a ele que isso acontece, simples assim, e usar de toda a sua feminilidade e carinhos para levá-lo às alturas novamente.

 

Os especialistas da vida cotidiana, ou seja, os homens, os que escrevem na internet e os amigos, comentam que não há nada que livre este homem de cair em total desânimo. O principal motivo de algo dar errado, só pode ser a ansiedade, uma vez que esse cara cortejou a mulher por muito tempo.

 

Eles sentem a mesma coisa que nós, só que para a mulher, broxar não é tão visual. Para o homem tudo precisa acontecer primeiro internamente, para somente depois tudo evoluir no quesito harmonia por fora.

 

Não há culpados, há apenas as vítimas daansiedade. Essa sensação que acomete quem desbrava novos terrenos. Tenhamos bom humor e bola pra frente!

 

Via Vila Dois



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Rua das Galerias de Paris é citada

Rua das Galerias de Paris é citada (Paulo Pimenta (Arquivo))
A "movida" do Porto chegou às páginas doNew York Times, através de uma reportagem do jornalista de viagens Seth Sherwood que elogia a nova oferta cultural, turística e de lazer da cidade.

"Um novo quarteirão "à pinha" de vida nocturna está a ganhar forma, e uma florescente cena criativa que tem de tudo, desde um emergente centro de design a uma vanguardista Casa da Música desenhada por Rem Koolhaas, um espaço de concertos deslumbrante", descreve Sherwood.

O jornalista, baseado em Paris, afirma que a "segunda maior metrópole de Portugal" já não precisa de se "encostar" à reputação do famoso vinho digestivo com o mesmo nome. "E há grandes notícias para os enófilos também. Com a emergência da região do Douro como berço de vinhos tintos premiados - não apenas o Porto -, o Porto (conhecido também como Oporto) pode agora inebriá-lo com uma miríade de "vintages", novos restaurantes ambiciosos e até hotéis vínicos temáticos", realça o repórter.

No artigo 36 Horas no Porto, Portugal, já disponível on-line e a ser publicado na edição de domingo do New York Times em papel, são apresentados 11 pontos de passagem/paragem de um percurso pela cidade que começa às 18h de uma sexta-feira e termina ao meio-dia de domingo.

Um "passeio barato (2,50 euros)" de eléctrico entre a Praça do Infante e a Foz marca o início da viagem, que é seguida de uma SuperBock saboreada numa esplanada à beira-rio e de um jantar de francesinha, "a sanduíche local não aprovada por cardiologistas". O dia termina no Hard Club, no "renascido" Mercado de Ferreira Borges, e o sábado começa noutro mercado, o do Bolhão, a que se segue uma visita às galerias da Rua de Miguel Bombarda e à Casa da Música.

Depois do jantar num "restaurante literário", Sherwood "mergulha" na incontornável movida dos bares do quarteirão das ruas da Galeria de Paris e de Cândido dos Reis.

Os Jardins e Museu de Serralves e as caves do vinho do Porto, em Gaia, completam o passeio, que é acompanhado de 17 fotografias e de duas propostas extremas de alojamento, num hostel (20 euros) e num hotel vínico (139 euros).

 

Via Público



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Chef austríaco Hans Neuner, do Ocean, conquistou a segunda estrela
Chef austríaco Hans Neuner, do Ocean, conquistou a segunda estrela (Foto: Virgílio Rodrigues)
Doze restaurantes portugueses estão distinguidos na edição de 2012 do Guia Michelin Espanha e Portugal, dois dos quais com duas estrelas, foi hoje anunciado em Barcelona.

O Ocean, chefiado pelo austríaco Hans Neuner, conquistou a segunda estrela Michelin. Já o Vila Joya, comandado por Dieter Koschina, viu renovada a distinção de duas estrelas Michelin que tem recebido desde 1999.

Quanto aos estabelecimentos com uma estrela, a lista do próximo ano, conta entre as novidades o Feitoria, cuja cozinha é da responsabilidade de José Cordeiro, e The Yeatman (Vila Nova de Gaia), que tem à frente Ricardo Costa. Ambos os chefes de cozinha já trabalharam na Casa da Calçada, em Amarante, para quem haviam conquistado uma estrela Michelin.

Na edição do próximo ano, que estará à venda esta sexta-feira por 23,90 euros, Portugal regista uma saída: o Amadeus (Almancil), que perde a estrela que detinha.

Mantêm a estrela os restaurantes Tavares (Lisboa) – que em 2011 viu sair o chefe José Avillez, sucedido por Aimé Barroyer –, Willie’s (Quarteira), São Gabriel e Henrique Leis (ambos em Almancil), Il Gallo d’Oro (Funchal), Arcadas da Capela (Coimbra), Casa da Calçada (Amarante) e Fortaleza do Guincho (Cascais).

O anúncio foi feito em Barcelona, na cerimónia de apresentação do guia para 2012, pelo director de mapas e guias de Espanha e Portugal da Michelin, Fernando Rubiato.

 

Via Público



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Sexta-feira, 25 de Novembro de 2011
A melhor arma sexual  a auto estima

 

 

Na hora do sexo, no jogo de sedução, use uma arma sexual infalível: a sua auto estima. Ela levanta realmente a cotação dele com você. Sentir-se bem, sorrir e esbanjar segurança é o que conta.

 

Se você acha que seu homem está reparando nos seus defeitinhos, está enganada. Se você também acha que aquela celulite, aquelaestria ou aquela gordurinha teimosa também está chamando a atenção do gato, pare agora, isso tudo é coisa de mulher insegura. Se você se sentir gostosa, ele vai te enxergar assim.

 

Imagine só na hora do striptease, se você souber se mostrar e tirar a roupa devagar, vai impressionar, com certeza. Para isso, precisa estar com sua cabeça e a auto estima em dia, sentindo-se bem.

 

visão é um sentido super aguçado na ala masculina, mas ele vai ver somente a sua sensualidade. E numa hora dessas a última coisa que ele vai enxergar são pequenos defeitos. Acredite, ele não dá a mínima para isso!

 

A mulher segura sabe que seu corpo é um poderoso instrumento para dar prazer e receber também. As paranóias femininas com relação à aparência infelizmente são comuns e, se você costuma deixar esse tipo de coisas estragarem sua brincadeira, pare já! Não vale a pena. O grande lance na hora do sexo é se soltar e se entregar. Afinal se o gato chegou até a sua cama é porque ele curte você, como você é.

 

Via Vila Dois



publicado por olhar para o mundo às 21:44 | link do post | comentar

Alguns pensos higiénicos da linha especial criada para meninas de oito anos

Alguns pensos higiénicos da linha especial criada para meninas de oito anos

O fenómeno é histórico. Desde que há registos, constata-se que as raparigas têm a sua primeira menstruação cada vez mais cedo, mas qual é o limite? Uma marca de higiene íntima lançou pensos higiénicos para meninas dos 8 aos 12 anos. A culpa pode ser da obesidade nas crianças. Ou talvez não.

Têm estampados estrelinhas e coraçõezinhos em verde, amarelo, azul e cor-de-rosa, padrão que parece saído de uma daquelas páginas de blocos coloridos e perfumados de meninas pequenas, mas são pensos higiénicos que parecem brinquedos. "São mais pequenos e estreitos para se adaptarem ao teu corpo", anuncia a marca norte-americana Kotex, que tenta assim apelar às raparigas que têm a sua primeira menstruação cada vez mais cedo.

Com uma linha de produtos inicialmente dirigida às mulheres dos 14 aos 22 anos, esta marca de produtos de higiene íntima decidiu lançar este ano esta gama de pensinhos "18 por cento mais pequenos do que o tamanho normal", que vêm em caixinhas coloridas e infantis. Têm como público-alvo raparigas dos 8 aos 12 anos, isso mesmo, dos 8 aos 12 anos.

A primeira vez que ouviu falar deste tipo de produto, que não existe em Portugal, Susan Kim, co-autora do livro Flow: The Cultural Story of Menstruation ("Fluxo: A história cultural da menstruação"), confessou ao New York Times que ficou assustada. "A minha primeira reacção foi: 'Oh meu Deus, pensos para miúdas de oito anos!'", mas depois pensou que era uma resposta do mercado ao que está a acontecer: a primeira menstruação (cujo termo técnico usado é "a menarca") está a surgir cada vez mais cedo.

O fenómeno é histórico. Em meados do século XIX, a idade média da primeira menstruação nas populações europeias era de 16 a 17 anos; entre o início do século XX e a década de 1960, verificou-se uma diminuição dos 15 para os 13 anos. Nos Estados Unidos, a diminuição entre meados do século XIX e meados do século XX foi de 17 para os 14 anos. "O adiantamento da idade da menarca observado em vários países ocorreu a uma taxa constante de cerca de três em cada cem anos (3,6 meses por década)", resume Raquel Leitão na sua tese de doutoramento na área de Saúde Infantil, no Instituto de Educação da Universidade do Minho.

Em estudos mais recentes, o abaixamento é documentado em vários países desenvolvidos. A investigadora dá dois exemplos: na Alemanha houve uma variação de 13,3 para 13,0 anos entre 1979/80 e 1989; em Espanha parece persistir um declínio acentuado na idade da menarca, de cerca de 0,22 anos por década.

 

 

 

Via Público



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Este decisão remonta a 2004 e teve origem num litígio entre um ISP chamado Scarlet e uma empresa de gestão de direitos de autor belga, a Sabam
O Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) deliberou hoje que é ilegal um juiz pedir a um fornecedor de Internet para que este controle o tráfego de Internet dos seus clientes de modo a evitar downloads de ficheiros protegidos por direitos de autor.

A sentença estipula que este tipo de vigilância põe em causa os direitos fundamentais dos clientes, como a protecção de dados ou a liberdade de receber e comunicar informações, e também viola a liberdade da própria empresa que fornece Internet.

Esta decisão remonta a 2004 e teve origem num litígio entre um ISP chamado Scarlet (que opera na Bélgica e na Holanda) e uma empresa de gestão de direitos de autor belga, a Sabam. Nesse ano, a Sabam queixou-se de que alguns clientes da Scarlet usavam os seus serviços de Internet para descarregar, sem pagar os respectivos direitos de autor, obras constantes do seu catálogo.

O processo foi a tribunal e foi decidido, em primeira instância por um tribunal de Bruxelas, que a empresa Scarlet teria de pôr fim às infracções, sob pena de multa caso o não fizesse.

Não contente com a decisão deste tribunal, a empresa recorreu a um tribunal de apelo de Bruxelas alegando que esta decisão não era conforme ao direito comunitário, uma vez que o obrigava a supervisionar as suas redes, o que era incompatível com a directiva sobre comércio electrónico e com os direitos fundamentais dos cidadãos europeus, relata o “El País”.

Os juízes de apelo consultaram, por isso, o TJUE e, agora, foi finalmente decidido que “o pedido judicial pelo qual se ordena o estabelecimento de um filtro implica supervisionar, no interesse dos titulares dos direitos de autor, a totalidade das comunicações electrónicas efectuadas na rede do fornecedor de Internet afectado (... Por isso) O dito requerimento judicial implicaria uma vulnerabilidade substancial da liberdade da empresa Scarlet, dado que a obrigaria a estabelecer um sistema informático complexo, gravoso, permanente e exclusivamente às suas expensas”.

Por outro lado, os efeitos do pedido judicial não se limitariam [a afectar a] empresa Scarlet, já que o sistema de filtros também iria “vulnerar os direitos fundamentais dos seus clientes. A saber: o direito à protecção de dados de carácter pessoal e à liberdade de receberam ou comunicarem informações, direitos que se encontram protegidos pela Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia”, ressalva ainda o TJUE, citado pelo “El País”.

Além do mais - salienta o tribunal - este controlo e bloqueio poderiam impedir a liberdade de comunicações de conteúdo lícito.

 

Via Público



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Alguns organismos sugerem a redução da dose máxima recomendada e da quantidade de comprimidos por embalagem
Alguns organismos sugerem a redução da dose máxima recomendada e da quantidade de comprimidos por embalagem (Foto: Paula Abreu/arquivo)
A toma prolongada de paracetamol, um dos medicamentos mais vendidos e consumidos em todo o mundo, pode levar a uma overdose. A conclusão faz parte de um estudo publicado no British Journal of Clinical Pharmacology, sendo cada vez mais frequentes os alertas para os riscos deste analgésico, muito associado a falências hepáticas.

O paracetamol é o medicamento não sujeito a receita médica mais vendido em Portugal e é a substância activa de vários medicamentos antipiréticos (para baixar a febre) e analgésicos (para as dores) que mais se vende no país, em quantidade, segundo o Infarmed (Autoridade Nacional do Medicamento). Nos postos de venda livre (fora das farmácias) tem mais de 12% da quota de mercado e só entre Janeiro e Setembro de 2011 foram vendidas quase 550.000 embalagens. Dados da consultora IMS Health Portugal indicam que, em 2009, foram vendidos pelos armazenistas às farmácias mais de 16 milhões de embalagens com esta substância, o que dá uma média de mais de uma embalagem por ano por cada pessoa.

De acordo com a investigação desenvolvida por um grupo de cientistas da Universidade de Edimburgo, a toma prolongada e regular de paracetamol pode ser fatal, já que é difícil detectar as situações em que o doente está em risco, sendo muitas vezes demasiado tarde para inverter as lesões provocadas pelo medicamento, sobretudo no fígado.

Apesar de ser de fácil acesso, o paracetamol pode provocar lesões hepáticas e, em casos mais graves, hepatites fulminantes que podem obrigar a um transplante. Contudo, é mais inofensivo para o esófago, estômago e intestino do que alguns analgésicos e anti-inflamatórios. Estão-lhe igualmente associados problemas renais, quando tomado de forma prolongada e em doses elevadas. Estas são, no entanto, situações normalmente atribuídas ao consumo excessivo desta substância – mais de quatro gramas por dia – ou quando associadas à ingestão de produtos igualmente lesivos para o fígado (como bebidas alcoólicas). 

O grupo de Edimburgo acompanhou 161 casos de overdoses relacionadas com utilização prolongada deste medicamento, que é frequentemente escolhido para situações como febre, dores musculares ou dores de cabeça – um consumo que é facilitado por ser, na maioria dos países, à semelhança de Portugal, um fármaco de venda livre.

O perigo dos antigripais

O farmacêutico e presidente da secção regional de Lisboa da Ordem dos Farmacêuticos António Hipólito de Aguiar, contactado pelo PÚBLICO, corrobora as preocupações emanadas pelo estudo e reforça que “a margem de segurança do paracetamol é muito pequena”. O especialista exemplificou que com a proliferação de marcas de paracetamol no mercado há muitas pessoas que, por desconhecimento, “tomam uma marca para a febre e outra para as dores, sem saberem que é o mesmo medicamento”. Há também medicamentos, sobretudo antigripais, que têm mais do que uma substância activa, o que faz com que os doentes muitas vezes não saibam que estão a tomar um fármaco com paracetamol.

Em 2009, também o organismo norte-americano responsável por regular o sector do medicamento, a Food and Drug Administration (FDA), recomendou que se reduzisse a dose máxima permitida por cada comprimido (de 1000 miligramas para 650) e que o consumo máximo diário permitido passasse a ser de 3250, em vez dos actuais 4000, de modo a evitar situações de overdose. A FDA pretendia também embalagens mais pequenas e com alertas mais visíveis para os efeitos secundários e para os casos em que se recomenda o uso da substância. Recentemente tanto Estados Unidos como Reino Unido reduziram a dose máxima recomendada para crianças.

Hipólito de Aguiar assegura, porém, que na Europa e concretamente em Portugal, “pouco ou nada tem sido feito” para evitar complicações com este medicamento. O farmacêutico lamenta que as recomendações sobre doses e dimensão das embalagens não tenham sido acolhidas e reitera que a venda livre fora das farmácias representa um perigo, insistindo que “esta posição não pretende ser proteccionista” e que visa, pelo contrário, “a segurança dos doentes”.

O investigador Kenneth Simpson, que liderou o trabalho agora publicado, especificou que as situações fatais aconteceram principalmente em pessoas que tinham casos de dores crónicas e que tomavam paracetamol com regularidade. Simpson referiu, ainda, no trabalho que as análises sanguíneas na maioria dos casos não ajudam a despistar o problema, visto que níveis elevados da substância activa são associados a uma toma excessiva pontual (normalmente casos de tentativa de suicídio) e não ao uso prolongado.

O grupo alertou, contudo, que é nos casos de uso prolongado que o fígado sofre lesões mais graves e, muitas vezes, irreversíveis. A conclusão baseou-se na análise das notas clínicas de 663 doentes a quem foi diagnosticada doença hepática induzida por paracetamol. Destes doentes, 161 tomavam paracetamol de forma prolongada e apresentavam lesões hepáticas, cerebrais, renais e problemas respiratórios mais acentuados, assim como maior risco de morte.

Desvendada actuação do paracetamol

Este estudo surge na mesma semana em que o King’s College de Londres anunciou que descobriu a forma exacta como o paracetamol actua no corpo humano. O funcionamento do medicamento, apesar de ser utilizado há largos anos, permanecia por explicar. Mas este novo estudo publicado na Nature Communications revelou que o paracetamol inibe a presença da proteína TRPA1 nas células nervosas, o que permite controlar a dor. Os investigadores esperam que a descoberta sirva para procurar mais substâncias que actuem no mesmo campo, mas que tenham uma toxicidade mais baixa.

 

Via Público



publicado por olhar para o mundo às 11:38 | link do post | comentar

Uma activista da organização não governamental PETA 'vestiu' hoje a pele de uma cobra e 'ocupou' o centro histórico de Macau para exortar os consumidores a não adquirirem produtos fabricados à custa da morte cruel de animais exóticos.

A campanha da PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) é protagonizada por uma activista asiática, que se despiu no Largo do Senado em defesa dos animais, tendo apenas o corpo pintado como a pele de cobra, segurando um cartaz onde se lê: «Os animais sofrem por causa das peles exóticas», 'slogan' que já percorreu outras cidades asiáticas como Taipé ou Banguecoque.

 

«A PETA quer que turistas e consumidores saibam que os animais exóticos são esfolados vivos, espancados até à morte ou mortos de outras formas cruéis só por causa da sua pele», refere a organização num comunicado, justificando, assim, a campanha de sensibilização que está a desenvolver na Região Administrativa Especial chinesa, que acolhe mais de 25 milhões de turistas por ano.

 

De acordo com aquela organização não governamental, marcas de moda internacionais como a Victoria's Secret e a H&M já concordaram em deixar de fabricar e vender produtos à base de peles de animais exóticos, mas outras, como a francesa Hermès, continuam a lucrar à custa do sofrimento dos animais.

 

Por isso, Ashley Fruno decidiu despir-se de preconceitos por constatar que «anualmente milhões de animais são alvo de uma crueldade inqualificável, tudo para que a indústria da moda possa fazer malas, cintos e sapatos».

 

«Ao desistirem de utilizar peles de animais exóticos nas suas colecções, empresas como a Victoria's Secret e a H&M enviaram a mensagem de que a crueldade não está nunca na moda», acrescentou.

 

A PETA desenvolveu uma investigação sobre o comércio de animais exóticos na Indonésia, alegando que os répteis são esfolados vivos. «Todos os anos, milhões de animais, como cobras e lagartos, são alvo de tortura para darem origem a botas, cintos, malas e outros artigos de moda», alerta a organização.

 

O Largo do Senado, marcado pela arquitectura colonial portuguesa, foi o local escolhido para o protesto da PETA por integrar o centro histórico de Macau, onde se cruzam diariamente milhares de turistas.

 

A organização decidiu realizar esta semana a sua campanha na capital mundial do jogo, que acolhe inúmeras lojas de marcas de luxo internacionais nos vários hotéis-casino.

 

Via Sol



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Quinta-feira, 24 de Novembro de 2011
Este sábado 26 Novembro, pelas 17h00, no Teatro São Luiz, os Fadomorse farão o pré-lançamento do seu novo disco "Fadomorse Magála Invisível", no âmbito do Festival Lisboa Mistura.

Reconhecidos no panorama musical português e além-fronteiras pela sua música genuinamente embebida nas raízes portuguesas e no expoente contemporâneo da sonoridade do mundo, Fadomorse promete um concerto singular com estreias absolutas e o revisitar do lado mais conceptual da sua arte sonora.

Este novo disco, que assinala os treze anos do colectivo, será editado a 29 de Fevereiro de 2012 com o selo d'Eurídice, braço editorial da d'Orfeu Associação Cultural, e quem assistir ao seu pré-lançamento em Lisboa, terá acesso exclusivo ao single de "Fadomorse Magála Invisível".


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Ménage à trois

 

Nunca a expressão francesa fez tanto sentido. Solteiras ou não, as pessoas tem aderido à prática do sexo a três sem maiores pudores.

Apesar de potencializar o risco de doenças sexualmente transmissíveis e de banalizar um pouco às relações formais, a moda pegou mesmo. E a desculpa pode ser variada. Uns fazem para apimentar uma relação. Outros, depois de uma boa festa e vestindo os óculos do álcool, acabam a noite com outras duas pessoas.

 

Independente do caso, a terapeuta e educadora sexual Ana Canosa, de São Paulo, acha que essa liberação do fetiche e das práticas sexuais diversas é reflexo de um comportamento da sociedade que dá a essas práticas o ar de "politicamente corretas". "A tentativa é de legitimar o desejo considerado ‘perverso’ na sociedade contemporânea com a criação de regras éticas", diz.

 

Essas regras éticas, segundo ela, são as normas de atitudes entre as pessoas que aderem à prática. Em casas de swing, por exemplo, existem códigos e princípios a serem seguidos. E o mesmo vale para os casais, na hora do ménage. "Muitos deles criam regras para evitar o envolvimento emocional com essa terceira pessoa", conta.

 

Mas mesmo assim, com tanta regra, colocar um terceiro no meio do casal pode complicar a relação. "As pessoas não controlam emoção e sentimento", alerta Ana. Segundo ela, as regras mais comuns que os casais se estabelecem são não deixar o outro beijar o terceiro elemento e não trocar telefones nem sob decreto. "Essas regras são muito importantes antes de um casal cair de cabeça num sexo a três. É importante limitar até onde cada um vai e quais serão os sinais para que os dois não percam a intimidade e a cumplicidade na cama".

 

Se o terceiro for um amigo ou conhecido, o risco de envolvimento é maior ainda. Por isso, ela indica que antes de qualquer coisa, o casal se pergunte o motivo de querer alguém a mais na cama. "Se for uma prática esporádica, para apimentar o sexo, tudo bem. Agora se for para tentar salvar um casal emocionalmente em crise, duvido muito que vá funcionar. Pode gerar um ciúmedesnecessário".

 

Ana se lembra de um caso onde a mulher percebeu que o marido estava perdendo o interesse sexual por ela e pior: na cama, a três, desconfiou que ele tivesse atração homossexual e acabou se separando. Em outro caso, o casal participava de grupo de swing e, como o os participantes acabaram mais amigos, gerou desconfiança nela de que o parceiro estivesse tendo um caso com outra participante. Também se separaram.

 

A prática é mais comum do que se imagina. Legitimada pela cultura da liberação sexual, hoje quem não faz corre o risco de ser taxado de careta. Mas é preciso ter cuidado. Ana recomenda fortemente, no caso de um casal, que a vontade seja dos dois. Segundo ela, muitas vezes o desejo por essa fantasia é maior nos homens.

 

Ana tem medo que práticas desse tipo levem a banalização do sexo. "O corpo da gente é muito erotizado e brinco sempre que quatro mãos devem excitar bem mais que duas. Mas essa busca ilimitada pelo prazer não é saudável". Para ela, a eterna insatisfação - e consequente busca incessante - leva ao sexo vazio. "A pessoa às vezes tenta preencher os medos com prazeres descartáveis e perecíveis, e acaba consumindo inconscientemente. Acontece a mesma coisa com o sexo", analisa.

 

Cada um tem o direito de escolher quais fantasias deseja ou não vivenciar. Na hora de apostar no ménage à trois (ou arranjo a três) lembre sempre que as carícias e intimidades devem acontecer dentro da relação - e não fora dela. O envolvimento entre o casal deve ser sólido, a fantasia não deve ser imposta. Quando o acordo é mútuo, qualquer prática fica ainda mais prazerosa. Lembre-se de não envolver menores de idade na prática e sempre use camisinha. Livre para decidir até onde quer ir com o seu desejo e com o seu corpo, o prazer ficará ainda melhor.

 

Via Vila Dois



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