
Unesco consagra Dieta Mediterrânica como Património da Humanidade
Subescreveram esta candidatura transnacional sete Estados com culturas mediterrânicas milenares: Portugal (Tavira), Chipre (Agros), Croácia (Hvar e Brac), Grécia (Koroni), Espanha (Soria), Itália (Cilento) e Marrocos (Chefchaouen), tendo sido aprovada durante a reunião da Unesco que teve lugar a 04 de Dezembro em Baku, no Azerbaijão.
A dieta mediterrânica, com origem no termo grego "daiata", é um estilo de vida transmitido de geração em geração, que abrange técnicas e práticas produtivas, nomeadamente de agricultura e pescas, formas de preparação, confecção e consumo dos alimentos, festividades, tradições orais e expressões artísticas.
As culturas mediterrânicas são culturas de partilha e entreajuda comunitária, onde as sociabilidades assumem um papel relevante.
Portugal teve Tavira como sua comunidade representativa que, neste âmbito, assegurou o processo técnico, o qual contou com parecer prévio favorável à inscrição por parte do Órgão Subsidiário da UNESCO para o património cultural e imaterial.
Com a concretização desta classificação, Portugal conta, depois do Fado, com a sua segunda inscrição na lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade, sendo a primeira vez que o Algarve vê a sua cultura reconhecida pela UNESCO.
Retirado do HArdMúsica

O primeiro Presidente negro da África do Sul morreu nesta quinta-feira, anunciou o presidente sul-africano. O líder da luta anti-apartheid tinha 95 anos.
Nelson Mandela foi um homem de gestos. Como este: apenas aceitou sair da prisão quando recebeu garantias de que todos os outros prisioneiros políticos seriam libertados como ele. O advogado e activista acreditou na luta pela libertação de todo um povo. Depois de 27 anos preso, foi eleito o primeiro Presidente negro na África do Sul. O seu legado vai muito além do seu país e do tempo em que viveu. Morreu nesta quinta-feira, com 95 anos, na sua casa em Joanesburgo
Quando anunciou que deixava a política, Nelson Mandela fê-lo com a mesma naturalidade com que dizia: “Toda a gente morre.” Escolheu deixar a presidência da África do Sul no fim do primeiro mandato dois anos depois de decidir abandonar a liderança do Congresso Nacional Africano (ANC), que transformou num farol da luta de libertação do seu país. Na sombra, manteve uma actividade pública, por vezes próxima da política. Estávamos em 1999.
Cinco anos depois, com 86 anos, anunciou brincando que ia “reformar-se da reforma”. Era a sua maneira de dizer que desta vez era mesmo de verdade. “Não me telefonem, eu telefono-vos”, disse na altura num encontro com jornalistas. “Não lhe telefonámos”, escreveu o jornalista Ido Lekota em 2010 no jornal The Sowetan, “mas a sua figura ‘maior do que a vida’ continua a pairar sobre a nossa democracia e o panorama político” da África do Sul, acrescentou.
Retirado do Público