As causas da morte da cantora britânica Amy Winehouse, ontem encontrada sem vida no seu apartamento londrino, continuam por apurar, embora algumas fontes indiquem que a cantora poderá ter sido vítima de uma overdose.
A polícia metropolitana de Londres comunicou ontem: “Fomos chamados pelo London Ambulance Service para uma morada de Camden pouco depois das 16h05. Fomos informados que uma mulher tinha sido encontrada morta. À chegada, os nossos agentes encontraram o corpo de uma mulher de 27 anos que foi declarada morta no local”, cita o “The Guardian”.
A cantora há muito que lutava contra a dependência de álcool e drogas e algumas fontes indicam que a sua morte poderá estar relacionada com uma dose excessiva de estupefacientes - escreve o “The Guardian” - embora oficialmente se desconheçam ainda as causas da sua morte.
A cantora tinha tentado recentemente mais uma desintoxicação do álcool, mas a sua carreira atravessava um período complicado, depois de a sua digressão europeia - incluindo uma participação agendada para o Festival do Sudoeste, em Agosto - ter sido cancelada.
A digressão foi cancelada por “motivos de saúde”, depois de um concerto em Belgrado que, mais uma vez, trouxe a palco uma Amy cambaleante e pouco profissional.
O “Daily Mail” avança hoje que a cantora estava devastada pela recente separação do namorado Reg Traviss, de 34 anos. O mesmo jornal diz que Traviss decidiu pôr termo à relação de ambos depois de ter percebido que não conseguia ajudar Amy a lutar contra a dependência de drogas nem contra os seus “demónios interiores”.
Winehouse tinha sido vista pela última vez com a sua afilhada, Dionne Bromfield, no início desta semana quando a adolescente participou no festival iTunes.
A morte de Amy Winehouse aos 27 anos coloca-a junto a uma série de outros artistas que também morreram com esta idade, nomeadamente Jimi Hendrix, Jim Morrison, Janis Joplin, Kurt Cobain e Brian Jones, dos Rolling Stone.
Fãs e amigos homenageiam cantora
Após a notícia da sua morte, os media e as redes sociais começaram a homenagear uma das artistas mais talentosas e polémicas da actualidade.
Mark Ronson, que produziu o multi-premiado álbum “Back to Black”, disse: “Ela era a minha alma gémea musical e como uma irmã para mim. Este é um dos dias mais tristes da minha vida”.
Quem com ela privou intimamente fala de uma voz poderosa numa mulher “doce” e frágil. Ronnie Wood, dos Rolling Stones, lembrou os bons momentos que viveu com a cantora. Tony Bennett, que com Winehouse gravou um dueto do seu novo álbum, elogiou-lhe as capacidades vocais. Uma artista frágil com a “mais natural voz de jazz” dos cantores contemporâneos, como referiu ao “The Guardian”.
O produtor de hip hop Salaam Remi, que trabalhou com Winehouse nos álbuns “Frank” e “Back To Black”, escreveu, via Twitter: “É um dia muito, muito triste. Acabei de perder uma grande amiga e uma irmã”. E acrescentou: “Que descanses em paz, minha pequena irmã Cherry Winehouse. Amar-te-ei para sempre”.
A apresentadora de televisão Kelly Osbourne também escreveu, via Twitter: “Nem consigo respirar de tanto chorar. Acabei de perder uma das minhas melhores amigas. Amar-te-ei para sempre Amy e nunca me esquecerei da verdadeira pessoa que eras”.
“Triste notícia sobre Amy Winehouse. Os meus pensamentos estão com a sua família”, escreveu a cantora Emma Bunton. “Terei sempre um amor profundo por Amy Winehouse”, comentou Lady Gaga.
A modelo britânica Kate Moss também não escondeu a tristeza de “ver partir um talento” como o de Amy Winehouse.
Via Público