O Governo vai desativar até ao final do ano os serviços de passageiros nas linhas ferroviárias do Leste, do Vouga e do Oeste, entre Caldas da Rainha e Figueira da Foz, segundo o Plano Estratégico dos Transportes.
O documento que define as linhas orientadoras para os transportes entre 2011 e 2015, a que a Lusa teve acesso, refere também que será desativada, até ao final deste ano, a Linha do Alentejo, entre Beja e Funcheira, mantendo-se a ligação ferroviária de mercadorias às minas de Neves Corvo e "sendo assegurada a mobilidade das populações através de concessões rodoviárias".
Até ao final do ano serão também desativados os serviço de passageiros da Linha do Leste - mantendo a linha ativa para o transporte de mercadorias - e da Linha do Vouga.
Em ambos os casos, garante o Governo, será "assegurada a mobilidade das populações através de concessões rodoviárias".
O final de 2011 é também a data limite para a desativação do serviço de transporte de passageiros na Linha do Oeste, entre Caldas da Rainha e Figueira da Foz, mantendo-se, também neste caso, a linha ativa para o transporte de mercadorias e sendo assegurado transporte rodoviário alternativo.
Também este ano o modelo de exploração dos serviços ferroviários internacionais Lusitânia e Sud-Express será reestruturado.
"O novo modelo de exploração, através da Linha da Beira Alta, mantém os tempos de percurso para Madrid e realiza o transbordo para Paris em Valladolid, ao invés do atual transbordo nos Pirinéus, permitindo equilibrar financeiramente este serviço, atualmente deficitário em sete milhões de euros por ano", avança o Plano Estratégico dos Transportes.
Como consequência da reestruturação do serviço internacional, será desativada a Linha de Cáceres, onde apenas circulam comboios de passageiros do serviço Lusitânia.
Quanto às Linhas do Tua, Tâmega, Corgo e Figueira da Foz, atualmente com circulação suspensa, também serão desativadas.
O Governo refere ainda que, durante 2012, "será reanalisada a necessidade de implementação de outras medidas de racionalização de oferta, de modo a atingir o equilíbrio operacional do sector ferroviário".
Via Expresso