Soube-se há poucos dias que Davies-Carr, de 42 anos, recebeu 100 mil libras (116 mil euros) depois de o seu vídeo “Charlie bit my finger - again!" [O Charlie mordeu-me o dedo - outra vez!] já ter sido visto quase 400 milhões de vezes no YouTube.
Uma parte desse dinheiro foi para férias e para “um castelo para o jardim” desta família com três crianças, mas o grosso do dinheiro - revelou o pai e autor do vídeo ao “The Sun” - está a ser investido na educação dos infantes. Estão todos em colégios privados e assim continuarão, com a ajuda do gigante dos vídeos online.
A boa notícia para todos nós é que qualquer pessoa que apanhe um instantâneo divertido dos filhos, dos animais domésticos ou da família alargada pode receber dinheiro do YouTube.
Caso algum vídeo deste género se torne viral, o YouTube irá dividir os lucros com as pessoas que o colocaram online, relatam diversos media. É que vídeos deste género são um íman para os internautas e costumam atrair muita publicidade.
O acordo entre o YouTube e os autores dos vídeos virais pode ser posto em marcha de forma bidireccional. Ou os responsáveis desta plataforma entram em contacto com os autores, e lhes oferecem a possibilidade de ganharem dinheiro, ou podem ser os próprios autores a entrarem em contacto com a empresa, chamando-lhes a atenção para um vídeo em particular.
Davies-Carr não foi até agora a única pessoa a lucrar. Jamie Hagan, de 18 anos, também já arrecadou 40.000 libras (46.000 euros) em três anos ao colocar vídeos cómicos com o seu irmão de 11 anos, Jacob. Por cada mil visitas, Jamie recebe cerca de 70 cêntimos, afiançando que dá uma parte ao seu irmão.
De acordo com o “The Sun”, especula-se que alguns utilizadores norte-americanos já tenham conseguido arrecadar somas de seis dígitos. O YouTube não fornece, porém, quaisquer garantias sobre quanto poderá encaixar um autor de um vídeo viral.
Mesmo em tempos de dificuldades como este talvez o leitor não se arrependa de comprar uma câmara digital. Mesmo que não grave um vídeo viral sempre ficará com boas recordações. De qualquer forma, para ter mais hipóteses de sucesso, o “The Guardian” recomenda que, antes de mais, aponte a câmara aos seus filhos (de preferência bebés) e a seguir aos seus animais de estimação (de preferência bichos estranhos, tipo lémures). Se puder juntar os dois numa sala pode ser que “chegue ao ouro”.
Para que o seu vídeo se torne viral em todo o mundo, evite os diálogos e aposte na comédia física. Se o vídeo tiver diálogos em Português, perca algum tempo a acrescentar-lhe legendas. Outra dica: comece já este Natal.