Corey Hewitt do Centro de Nanotecnologia da Universidade Wake Forest
Cientistas norte americanos desenvolveram um tecido capaz de recarregar o telemóvel ou o leitor de mp3 enquanto faz desporto.
Cientistas do Centro de Nanotecnologia da Universidade Wake Forest , EUA, estão a desenvolver um tecido que consegue produzir energia a partir do calor libertado pelo corpo humano. Essa energia, dizem os investigadores, poderá ser usada para recarregar as baterias de um telemóvel ou de um leitor multimédia portátil.
Num artigo publicado na "Nano Letters " os cientistas explicam que num pedaço de feltro colocaram nanotubos de carbono que libertam energia a partir da diferença de temperatura entre o corpo e o meio envolvente.
"Perdemos muita energia na forma de calor. Por exemplo, recuperando a energia desperdiçada por um automóvel poderia ajudar a alimentar o rádio, o ar condicionado ou o sistema de navegação" afirma Corey Hewitt , um estudante de douramento envolvido neste projeto. "As tecnologias termoelétricas são pouco usadas para produzir energia", acrescenta o jovem cientista.
Mais energia precisa-se
Claro que há uma boa razão para assim seja. Os dispositivos termoelétricos usam um semicondutor chamado telureto de bismuto para transformar calor em energia que pode custar mais de 750 euros cada quilo. Em contrapartida, acreditam que, dispensando o telureto de bismuto, serão capazes de produzir um carregador de telemóvel em tecido por um dólar (75 cêntimos de euro).
Atualmente, Corey Hewitt procura a melhor forma para inserir mais camadas de nanotubos e torná-las cada vez mais finas, para poder aumentar a energia produzida.
E bem precisa porque, segundo o blogue de tecnologia Gizmodo , os 140 nanowatts que o protótipo produzido tem capacidade de produzir "é um milionésimo da energia gasta por um iPhone quando está em repouso".
Via Expresso