A afeição física é uma poderosa ferramenta de alívio do estresse para os casais – e quanto melhor for a qualidade da relação, mais forte será o poder do toque. Num intrigante estudo da Universidade da Virgínia, 16 mulheres casadas concordaram em se submeter a choques elétricos muito suaves enquanto os pesquisadores estudavam sua atividade cerebral com ressonância magnética. Ao mesmo tempo, cada mulher segurou a mão do marido, a mão de um estranho do sexo masculino ou não segurou a mão de ninguém.
Os resultados? Ponto para o casamento. Quando os maridos conseguiam alcançar a mão de suas mulheres no aparelho de ressonância, a atividade na parte cerebral que registra a antecipação da dor acalmava consideravelmente nas mulheres. Elas diziam sentir menos aflição. E as imagens também revelavam menos agitação no hipotálamo, a área do cérebro que controla a liberação de hormônios do estresse. As mulheres que estavam mais satisfeitas com seus casamentos obtinham os maiores benefícios.
Em contraste, segurar a mão de um estranho reduzia apenas um pouco do estresse. “Não podemos ver o que nossos parceiros fazem por nosso cérebro e nossas emoções até surgir uma situação estressante, mas isso acontece o tempo todo”, observou o pesquisador-chefe James Coan logo após a publicação do estudo. “Quando uma mulher abraça ou afaga o marido, ela está realmente atingindo as partes mais profundas do cérebro dele, acalmando a resposta à ameaça neural.”
O toque é a segunda natureza de um casamento unido, mas, quando um companheiro está doente, isso pode mudar. Os especialistas sugerem que os casais tornem prioridade permanecer fisicamente próximos, e até retomem o relacionamento sexual. Entretanto, a dor, a fraqueza muscular, as cicatrizes cirúrgicas, os problemas respiratórios, os efeitos colaterais dos medicamentos e as preocupações com o vigor ou os efeitos de uma atividade física como o sexo poderão fazer com que ambos se sintam cautelosos. O parceiro doente pode não se sentir atraente; o parceiro sadio pode não querer exigir demais do outro. Seu instinto poderá ser esperar, mas por quanto tempo?
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