Sexta-feira, 15.06.12
Escultura a promover a política de um filho, em Pequim
Escultura a promover a política de um filho, em Pequim (Reuters/Guang Niu)

Um aborto forçado aos sete meses de gestação na China está a gerar uma onda de indignação contra a política de controlo de natalidade no país, depois de uma imagem do feto morto deitado ao lado da mãe ter ido parar à Internet.

 

Grupos de direitos humanos dizem que as autoridades da província chinesa de Shaanxi obrigaram a mulher, Feng Jianmei, a abortar a 2 de Junho porque não tinha dinheiro para pagar a multa de 40.000 yuan (4975 euros) por exceder o limite imposto pela política de controlo de natalidade de “um filho”.

As autoridades da localidade de Zhenping dizem que Feng Jianmei, de 22 anos, concordou. Mas a versão dos familiares ouvidos pela AFP é bem diferente. Segundo um familiar, que confirmou a autenticidade da fotografia que foi posta a circular na Internet, tanto ela como o marido estavam contra a interrupção da gravidez. Os responsáveis do hospital recusaram-se a fazer quaisquer comentários.

“Isto é o que eles dizem que os demónios japoneses e nazis fizeram. Mas isto está mesmo a acontecer e não é, de maneira nenhuma, caso único”, escreveu um cibernauta chinês no site Netease.com. 

Desde os anos 1970 que, numa tentativa de controlar o crescimento da sua população de 1,3 mil milhões, a China impõe duras políticas de natalidade. Cada família pode ter apenas um filho, nas zonas urbanas, e dois, nas rurais e apenas se o primeiro for menina.

“A história de Feng Jianmei mostra que a política de um filho continua a permitir a violência contra as mulheres todos os dias”, disse à AFP Chai Ling, do grupo de defesa dos direitos humanos sedeado nos Estados Unidos All Girls Allowed.

 

Noticia do Público



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Quinta-feira, 14.06.12

Um banco de bébés

Um banco de bébés

Já havia os bancos de hospital, os bancos de tempo, os bancos propriamente ditos. Agora há os bancos de bebés, também alcunhados caixas. Uma espécie de incubadoras externas onde se depositam recém-nascidos para outras pessoas ficarem com eles.

 

Ao contrário dos outros bancos, aqui o depositante não se identifica; o seu objetivo é precisamente ficar anónima (quase sempre é uma ela).

Os bancos ficam geralmente num hospital, uma igreja ou outra instituição pública. A mãe deposita-os do lado de fora, soa um alarme, e alguém lá dentro vai logo recolhê-lo.  

 

Quando se tem um bebé mas faltam condições - financeiras, familiares, emocionais ou outras - para o criar e educar, este tipo de solução pode ser uma resposta.

Comité das Nações Unidas discorda

É a resposta que nos EUA e um pouco por toda a Europa, sobretudo a Leste, estão a dar grupos de natureza ainda não muito definida, mas que se julga terem ligações à Igreja, pelo menos nalguns casos.

 

Só na Alemanha já existem oitenta desses bancos. Na Bélgica, Hungria, Lituânia, Polónia (e até em Portugal, segundo Kevin Browne, da universidade de Nottingham) há mais uns quantos. Ao todo são já umas centenas. A crise tem-nos feito multiplicarem-se. Aliás, também do outro lado do Atlântico, nos EUA.

 

Parece prático. Mas há quem não concorde. E um dos desmancha-prazeres é um organismo das Nações Unidas: o comité para a proteção dos direitos da criança.

 

Lembra esse comité, brandindo a convenção internacional homónima, que as crianças têm direito à identidade. O que implica saber quem são o pai e a mãe.

"Com boa vontade, tudo se resolve" 

A lei varia conforme os países. Nalguns o abandono à nascença à crime, outros só se causar perigo à saúde da criança. 

 

Para os defensores dos bancos, o importante é que os bebés nasçam e fiquem em segurança. O resto vem depois. É bom conhecer os pais, mas poder nascer e viver uma vida inteira é mais importante. Os bancos de bebés são uma forma de lutar contra o aborto.

 

Conforme disse um eurodeputado da direita cristã ao Guardian, "o essencial é proteger a vida das crianças em situações extremas. Todos os outros problemas podem ser resolvidos com boa vontade, desde que a criança esteja viva".

 

"Não é um comité das Nações Unidas que vai decidir o que fazemos para ajudar os nascituros e os que já nasceram", acrescenta o eurodeputado.

 

Noticia do Expresso



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