Sexta-feira, 20.04.12

Um dos novos meios de diagnóstico usados na prevenção do cancro da mama, aquele que afeta mais mulheres em todo o mundo

Identificação de 10 subtipos de cancro da mama, através dos códigos de ADN, permitirá evitar mortes assim como tratamentos desadequados e desnecessários. É uma investigação anglo-canadiana que conta com dois coordenadores portugueses. 

 

A investigação cientifica anglo-canadiana, publicada na revista "Nature ", promete revolucionar os diagnósticos e tratamentos do cancro da mama mas vai demorar ainda bastantes anos até a generalidade das mulheres poder beneficiar inteiramente das novas descobertas.

 

Pela primeira vez, cientistas conseguiram identificar 10 subtipos de cancro da mama, cada qual com uma identificação genética única, o que permitirá estabelecer tratamentos diferenciados mais eficazes para cada um dos casos.

 

Os novos dados surgem da análise de 2000 amostras congeladas de tecidos com cancro da mama, recolhidos em mulheres britânicas e canadianas nos últimos dez anos.

 

Levada a cabo pela Cambridge University e pela University of British Columbia de Vancouver, a investigação recorreu às novas técnicas de análise de ADN, o que permitiu ir muito para além da análise tradicional dos tecidos, que apenas determina uma condição geral de cancro da mama, com três ou quatro variedades.

 

A investigação anglo-canadiana conta com dois coordenadores portugueses: Carlos Caldas, da Cambridge University, e Samuel Aparício, da British Columbia.  

 

Novos tratamentos e novas drogas

 

A diferenciação em 10 subtipos permitirá aumentar significativamente as hipóteses de sobrevivência das mulheres afetadas, assim como evitar agressivos tratamentos desnecessários e desadequados, nomeadamente quimioterapia.

 

O Departamento de Saúde e Investigação do Cancro no Reino Unido deverá publicar ainda este ano uma análise do seu programa para o cancro da mama, que aponta para que até dez mulheres podem estar a ser submetidas a tratamentos desnecessários por cada vida que se salva.

 

A identificação de 10 subtipos de cancro da mama permitirá devenvolver novas drogas e tratamentos mais apropriados para cada um. "Não haverá já amanhã um teste para uma paciente que vá a uma clínica. O que (os novos dados) nos fornecem é um novo mapa do cancro da mama que nos ajudará a avançar para testes clinicos", afirmou Carlos Caldas ao "The Telegraph ". 

 

A investigação irá avançar assim nos próximos anos com tratamentos experimentais a efetuar em grupos específicos de pacientes


Retirado do Expresso



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Quinta-feira, 10.03.11

 

Como o pénis perdeu as espinhas e o que mudou por isso

 

O que faz com que os seres humanos tenham um aspecto distinto, tão facilmente identificável por outro ser humano? O segredo, estão os cientistas a descobrir, está na regulação da actividade dos genes, tal como um cozinheiro põe mais ou menos pimenta. Hoje, uma equipa relata na revistaNature ter identificado centenas de eventos moleculares com impacto na evolução humana. Entre eles, o que fez com que desaparecessem as espinhas queratinosas do pénis nos humanos.

 

 

A equipa de Gill Bejerano e David Kingsley, da Universidade de Stanford (EUA) beneficiou da última década de avanços da sequenciação genómica, que oferece já um leque vasto de espécies cujos genomas podem ser comparados. “A tecnologia permite-nos comparar os genomas de humanos e outros mamíferos e procurar o que nos torna únicos”, comentou Philip Reno, da Universidade da Pensilvânia, um dos autores do trabalho, citado num comunicado. “E podemos relacionar essa informação com características físicas humanas específicas.”

Usando a genómica comparativa, a equipa identificou 510 sequências genéticas muito conservadas em todas as espécies de mamíferos, inclusivamente nos chimpanzés (os nossos parentes mais próximos), mas que estão ausentes no genoma humano. São sequências de ADN que, se forem encaradas como palavras, escrevem instruções regulatórias, que influenciam a actividade dos genes.

Uma dessas sequências fica perto do gene que codifica a produção de um receptor de androgénios. A sua ausência leva à perda das pequenas espinhas queratinosas no pénis, que têm muitos outros mamíferos (como os chimpanzés e gorilas). Essa deleção pode ter tido consequências importantes para os humanos, em termos evolutivos: uma “morfologia simplificada do pénis tende a ser associada com estratégias reprodutivas monógamas nos primatas”, escrevem os cientistas na Nature.

Esta característica será uma coisa tipicamente humana: “Temos as sequências genéticas de três Neandertais, e não têm este receptor”, sublinha Reno. Esta diferença genética terá então surgido há sete milhões de anos, quando o nosso ramo evolutivo se separou dos chimpanzés, favorecendo actos sexuais mais longos, em vez de rápidos, como os dos chimpanzés.

Outra sequência reguladora de ADN que não existe nos seres humanos localiza-se perto de um gene supressor dos tumores no cérebro. "Durante o desenvolvimento dos mamíferos, morrem muitos neurónios, quando se está a desenvolver o cérebro. A ausência desta sequência nos seres humanos atenua a actividade deste gene, que leva à morte morte celular. Isto ajuda à formação de cérebros maiores", diz Reno.

 

Via Público



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