Quinta-feira, 05.12.13

Unesco consagra Dieta Mediterrânica como Património da Humanidade


Unesco consagra Dieta Mediterrânica como Património da Humanidade

Subescreveram esta candidatura transnacional sete Estados com culturas mediterrânicas milenares: Portugal (Tavira), Chipre (Agros), Croácia (Hvar e Brac), Grécia (Koroni), Espanha (Soria), Itália (Cilento) e Marrocos (Chefchaouen), tendo sido aprovada durante a reunião da Unesco que teve lugar a 04 de Dezembro em Baku, no Azerbaijão.

A dieta mediterrânica, com origem no termo grego "daiata", é um estilo de vida transmitido de geração em geração, que abrange técnicas e práticas produtivas, nomeadamente de agricultura e pescas, formas de preparação, confecção e consumo dos alimentos, festividades, tradições orais e expressões artísticas.

As culturas mediterrânicas são culturas de partilha e entreajuda comunitária, onde as sociabilidades assumem um papel relevante.

Portugal teve Tavira como sua comunidade representativa que, neste âmbito, assegurou o processo técnico, o qual contou com parecer prévio favorável à inscrição por parte do Órgão Subsidiário da UNESCO para o património cultural e imaterial.

Com a concretização desta classificação, Portugal conta, depois do Fado, com a sua segunda inscrição na lista do Património Cultural Imaterial da Humanidade, sendo a primeira vez que o Algarve vê a sua cultura reconhecida pela UNESCO.      


Retirado do HArdMúsica



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Terça-feira, 19.06.12

Comida na escola da martha

O blogue de Martha Payne tinha 5,9 milhões de visitas a meio da tarde desta segunda-feira e, ao ritmo a que elas chegam, este número ficou logo desatualizado. Tal como a contagem do dinheiro que ela já angariou para ajudar a alimentar crianças em África. Estava em 85 mil libras (105 mil euros). Tudo por causa do blogue de uma menina de nove anos que decidiu fotografar as refeições escolares. E por alguém ter decidido proibi-la.

O blogue chama-se Neverseconds e tem pouco mais de mês e meio. Foi um sucesso imediato, numa semana chegou às 100 mil visitas e foi ganhando visibilidade. Até teve uma mensagem de apoio de Jamie Oliver, o chefe de cozinha famoso pelos programas de televisão e pela campanha contra a má alimentação nas escolas britânicas.

A ideia do blogue, concebido por Martha e pelo pai, era simples. A cada dia ela fotograva o prato do almoço escolar e dava-lhe notas, com vários critérios que ela definiu e incluíam o food-o-meter, que avalia a qualidade global da refeição, o valor para a saúde, a quantidade de garfadas ou a quantidade de... cabelos por prato: «Não vai acontecer, pois não?» 

Milhões de visitas e milhares de libras em donativos para crianças em ÁfricaMartha escreveu coisas como «tinha arroz peganhento que se pegava a si próprio mas não ao meu garfo», e «não consigo concentrar-me só com um croquete», mas muitas vezes até assinou apreciações globais positivas à refeição. As imagens das refeições, com aspeto duvidoso e em poucas quantidades, fizeram o resto.

Rapidamente Martha passou a receber e a publicar fotos enviadas por crianças de todo o mundo que partilhavam com ela as suas refeições escolares. O blogue tornou-se um sucesso. Até que o conselho de Argyll e Bute, a região da Escócia onde fica a escola de Martha, decidiu proibi-la de tirar mais fotografias às refeições. «Esta manhã a minha diretora de turma tirou-me da aula de matemática e levou-me para o gabinete dela. Disse-me que não podia tirar mais fotos dos almoços por causa de um título num jornal de hoje», escreveu Martha na quarta-feira.

Diziam os responsáveis de Argyll e Bute que as fotos dela não eram representativas das refeições na escola e que a exposição que estavam a ter levava os funcionários da escola a temerem pelos seus empregos. O caso tornou-se viral na internet, uma das principais tendências no Twitter. E na sexta-feira as autoridades locais deram o braço a torcer. «Não vamos perseguir uma menina de nove anos», disse Roddy McCuish, presidente do conselho de Argyll, ao anunciar que estava levantada a proibição.

No meio disto há uma causa. Martha associou o seu blogue à Mary's Meals, uma organização que ajuda a alimentar crianças em escolas no Malawi. Foi o avô que lhe falou da iniciativa, e Martha colocou um link no seu blogue para quem quisesse ajudar. Os donativos não param de cair. 

Tinham explicado a Martha que 7 libras chegavam para alimentar durante um ano numa criança na escola no Malawi. E que para construir uma nova cozinha numa nova escola era preciso 7 mil euros. Pois bem, a cozinha vai para a frente e chamar-se-á, a pedido de Martha, «Friends of NeverSeconds». O resto do dinheiro dará para alimentar cinco mil crianças, diz o responsábel pela Mary's Meals.

Quanto a Martha, no meio de solicitações para livros, programas de televisão e entrevistas, aceitou já colaborar com o chefe Nick Nairn, outra personagem famosa da cozinha britânica, para ajudar o conselho de Argyll e Bute a apresentar melhores refeições.

 

Noticia do Push



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Sexta-feira, 25.05.12
A proteína ajuda a queimar calorias mas não aumenta o apetite

A proteína ajuda a queimar calorias mas não aumenta o apetite (Foto: DR)


Calor. A palavra-chave para controlar a obesidade pode estar em aquecer o corpo. Não com sol ou com roupa, mas sim colocando o chamado “tecido adiposo castanho” a trabalhar de forma mais intensa para dissipar a gordura na forma de calor. Para isso, segundo um trabalho da Universidade de Santiago de Compostela, do investigador português Luís Martins, é necessário dar ao cérebro uma proteína óssea.

Bmp8b (ou proteína morfogenética óssea 8b) é o nome da proteína identificada pelo grupo de investigação de NeurObesidade desta universidade espanhola no âmbito do doutoramento de Luís Martins e que foi agora adaptado e publicado na edição deste mês da revista científica Cell

Segundo explicou ao PÚBLICO Luís Martins, nos últimos quatro anos o grupo conduziu uma experiência laboratorial em ratos e ratinhos que foram submetidos a uma alimentação muito rica em gorduras. “Verificámos que os animais que não tinham o gene desta proteína engordaram mais rapidamente do que os outros”, disse. Tiveram também mais dificuldade em controlar a temperatura corporal.

Questionado sobre se está ultrapassado o "mito" de que o tecido adiposo castanho só existia nos bebés e crianças, o investigador assegurou que “cada vez há mais evidência científica de que existe este tipo de tecido nos adultos, ainda que em menos quantidade e mais disperso”. Luís Martins esclareceu que o tecido castanho não armazena lípidos e que, pelo contrário, “utiliza a chamada gordura branca ou normal para produzir energia” que se dissipa na forma de calor – um fenómeno que se denomina “termogénese” e que tem influência na regulação da temperatura do corpo e ajuda a queimar calorias.

Daí que, prosseguiu o investigador, a solução para controlar alguns casos de obesidade possa passar por aumentar a actividade do tecido adiposo castanho que, no máximo, elevará a temperatura corporal em 1º Celcius, o que não deverá gerar desconforto. “Na nossa investigação injectámos no cérebro dos ratos e ratinhos a proteína e esta mostrou-se eficaz, mas é um método desconfortável e seria importante desenvolver uma técnica que por uma via mais periférica conseguisse fazer chegar a Bmp8b ao cérebro ou mesmo ao tecido adiposo castanho”, acrescentou.

Luís Martins salientou que esta não é a primeira proteína a mostrar estes efeitos. Porém, a Bmp8b revelou, pela sua forma de actuação, muito menos efeitos secundários noutros órgãos. Esta proteína actua no cérebro, mais concretamente no hipótalamo, uma zona que tem um papel fundamental na regulação da energia e que faz a ligação entre o sistema nervoso e o sistema endócrino.

Outros estudos com outras proteínas acabaram por esbarrar, por exemplo, em problemas cardiovasculares que faziam com que os riscos ultrapassassem os benefícios. Por outro lado, o investigador concretizou que esta proteína tem a capacidade de colocar o tecido castanho a consumir mais energia do tecido branco sem aumentar o apetite. “É aumentada a actividade do metabolismo mas sem indução da vontade de comer”, explicou.

O estudo surge no mesmo mês em que um relatório da Organização Mundial de Saúde veio alertar para o aumento da obesidade a nível mundial, sendo que em todas as regiões do mundo a obesidade duplicou entre 1980 e 2008. 

Hoje 500 milhões de pessoas são consideradas obesas, ou seja, 12% da população mundial. A América é o continente com mais gordos (26% dos adultos), ao contrário dos asiáticos, que surgem no final da tabela. Em todo o mundo, as mulheres têm mais tendência para ser obesas do que os homens e, por isso, correm mais riscos de vir a ter diabetes, doenças cardiovasculares e cancro. Portugal não é excepção: a obesidade atinge 20,4% dos homens e 22,3% das mulheres com mais de 20 anos.

 

Noticia do Público



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Quarta-feira, 09.05.12
Oregãos

 

Para muitas pessoas a existência dos orégãos começa e acaba numa fatia de pizza. Contudo, estas ervas são - felizmente - muito mais do que isso, sendo o toque essencial em muitas saladas, caldeiradas, caracóis e outras saborosas e saudáveis aplicações.

 

É incontornável sermos transportados para o universo da cozinha italiana quando sentimos o irresistível perfume dos orégãos, no entanto, esta erva aromática não se cinge à gastronomia transalpina, sendo um dos aromas mais característicos das dietas mediterrânicas. De resto, os orégãos são um dos muitos alimentos que, pelo seu simbolismo de felicidade (a origem do seu nome é mesmo “alegria das montanhas”), estão historicamente ligados ao corolário de casamentos em algumas culturas.

 

Muito há a dizer sobre os orégãos e a sua ligação à saúde. Como qualquer erva aromática que se preze, alega-se na medicina alternativa que os orégãos possuem um efeito positivo numa panóplia de maleitas, sendo as mais comuns as dores menstruais, flatulência e gripes. Já no campo das certezas (se é que em ciência podemos utilizar esta palavra), os orégãos são os vice-campeões dos antioxidantes no campeonato das ervas aromáticas e especiarias, sendo apenas ultrapassados pelo cravinho neste domínio.

 

É este tremendo potencial antioxidante conferido pelo timol e ácido coumárico e rosmarínico, entre outros compostos, que os tornam num autêntico “antibiótico alimentar” devido à sua comprovada actividade antimicrobiana e antifúngica. Mas, para além destas vantagens per se, os orégãos possuem igualmente um toque de Midas ao melhorar a composição dos alimentos no qual são incorporados. Neste contexto, um estudo recente demonstrou que a adição de uma mistura de especiarias a hambúrgueres, na qual os orégãos eram o componente dominante, diminuiu em mais de 70% a concentração de malonaldeído, composto implicado em processos cancerígenos e ateroscleróticos.

 

Para além de tudo isto, há ainda a acrescentar que mesmo quando ingeridos em pequenas quantidades, os orégãos são uma boa fonte de fibra, vitamina A, K, ferro e cálcio. Tem ainda para oferecer o benefício típico das ervas aromáticas que passa pela diminuição da adição de sal aos pratos que incorporam.

 

Assim, quer à italiana, em saudáveis pizzas caseiras, pastas e saladas de tomate e queijo fresco, quer à portuguesa, com caracóis, caldeiradas e marinadas, os orégãos são daqueles preciosismos dos quais nenhuma cozinha nem a sua saúde devem prescindir.

*Assistente Convidado da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto


pedrocarvalho@fcna.up.pt 

 

Retirado do Público



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Domingo, 29.04.12

Pimenta está entre os alimentos afrodisíacos / Yuri Arcurs/Shutterstock

Além de aumentar o desejo sexual, estes aliados são saudáveis

Se você não aguenta mais imaginar lugares ou posições diferentes para apimentar a sua relação, saiba que é possível dar aquela "pitada" na hora da intimidade utilizando alimentos.

Além de aumentar a excitação e o desejo sexual, estes aliados são saudáveis e ajudam a revitalizar as energias.

Apesar da ciência não comprovar nem desmentir a existência de tais propriedades afrodisíacas destes alimentos, existem grandes evidências para se acreditar que eles realmente funcionam.

Confira algumas opções listadas pelo site "Health.com" e abuse da sua criatividade.

Aspargos


O aspargo é rico em vitamina B6 e ácido fólico, o que pode aumentar a excitação e o orgasmo. Ele também possui vitamina E, que estimula os hormônios sexuais em homens e mulheres.

Abacate


A energia e uma libido saudável são fundamentais para se ter um bom sexo e os abacates podem trazer ambos. Eles são carregados de minerais e gorduras monoinsaturadas (do tipo bom, que protege o coração e diminui o colesterol) e vitamina B6 - tudo o que você precisa para ter energia e desejo sexual. Ele também é uma grande fonte de ômega-3, que aumenta o humor. 

Pimenta


A pimenta pode realmente "apimentar" o clima a dois, graças a capsaicina, uma substância química que induz a liberação de endorfina no cérebro, criando a sensação de euforia. Qual é o retorno? Preliminares bem melhor e sexo mais quente.

Chocolate


Este doce tem sido relacionado ao amor e ao sexo por um bom motivo. Ele contém triptofano, que ajuda o corpo a produzir serotonina, substância química natural do bem-estar, que pode desempenhar um papel satisfatório na excitação sexual. O chocolate também possui feniletilamina, outro estimulante que contribui para uma intensa noite de amor. 

Alcaçuz


Este doce (geralmente vendido em tiras) imita os efeitos do estrogênio e da progesterona, hormônios importantes para as funções reprodutivas e sexuais. Comê-los pode ajudar a pessoa a entrar no clima e, além disso, reduzir os sintomas da TPM. Mas lembre-se: não se contente com apenas um doce; certifique-se de que está comprando uma variedade deles, que contenham o real extrato da raiz de alcaçuz. 

Ostras


Não é a sensação "escorregadia" que faz das ostras serem um alimento sexy. A resposta está no zinco, do qual as ostras são carregadas. O mineral ajuda o corpo a produzir testosterona, hormônio que regula a libido de homens e mulheres e a função sexual.

 

Retirado de Band



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Sábado, 14.04.12

Portugal tem o melhor peixe do mundo

 

Um novo livro propõe-se provar uma ideia: Portugal tem o melhor peixe do mundo. E ensina-nos a aproveitá-lo melhor.

 

É literal? Era inevitável começar a conversa por esta pergunta. Fátima Moura acaba de lançar um livro chamado Portugal – O Melhor Peixe do Mundo, e queremos saber se o título deve ser entendido de forma literal. Sim, responde Fátima, convicta. Portugal tem mesmo o melhor peixe do mundo, e são vários, de médicos a chefs, a testemunhá-lo neste livro.

 

Mas será melhor contextualizar. "Portugal, o melhor peixe do mundo" é uma frase que foi cunhada por José Bento dos Santos, presidente da Academia Portuguesa de Gastronomia e responsável pela concepção do programa Prove Portugal, lançado pelo Turismo, e que pretende promover alguns dos pontos fortes da gastronomia nacional – entre os quais o peixe. Bento dos Santos é coordenador deste livro, editado pela Assírio & Alvim.

 

“Pretende-se que a frase fique no ouvido, que se torne uma marca que leve as pessoas a interiorizar esta ideia”, confirma Fátima Moura. “Pode parecer ousado, mas o próprio livro é um testemunho disso, dado por biólogos, professores de nutrição e que tem o clímax nas receitas dos chefs”. Chefsportugueses, mas não só. Lá está, por exemplo, o espanhol Ferran Adrià, neste momento provavelmente o mais famoso do mundo, mesmo depois do seu restaurante, o elBulli, ter fechado para abrir caminho a novos projectos.

 

Comecemos então pelos factos científicos. “Portugal tem, em termos de espécies marinhas, o melhor de todos os mundos”, explicam Ricardo Serrão Santos, director do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos Açores e Filipe Porteiro, investigador na mesma universidade. Tem “uma ecorregião de variedade e biodiversidade acrescidas” e isto deve-se à “confluência de elementos tropicais vindos do Sul, com as influências frias e temperadas dos mares do Norte”, o que faz com que “a diversidade ecológica das espécies comerciais seja imensa”.

 

Não só os peixes e mariscos podem alimentar-se todo o ano graças à abundância de fitoplâncton e zooplâncton na zona atlântica, como a pescaria de pequena escala, de linha e anzol, e pequenas redes, nunca abandonada pelos pescadores portugueses, tem permitido “manter o sabor e a variedade”.

 

“Temos muita, muita, muita, variedade de peixes”, sublinha Fátima Moura. E o que é curioso é que, sendo os portugueses grandes consumidores de peixe – fomos no passado e continuamos a ser hoje, diz a autora – não conhecemos bem os tipos de peixe que temos à disposição. “As pessoas gostam imenso de peixe, mas se o virem inteiro muitas vezes não conseguem distinguir o robalo da dourada ou a garoupa do cherne”, o que é tanto mais estranho quanto nos nossos mercados o peixe continua a aparecer inteiro.

 

A tradição da venda no mercado merece, aliás, um capítulo do livro, que recorda as peixeiras do antepassado da Praça da Ribeira, quando este funcionava perto da Casa dos Bicos, e o Tejo vinha quase até ali. Já nesse tempo (como mostra um painel de azulejos do Museu da Cidade) a variedade de peixes disponíveis era imensa.

 

Via Público



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Sexta-feira, 13.04.12
Começar por tornar a coisa divertida é o melhor caminho
Começar por tornar a coisa divertida é o melhor caminho

Agora já não há dúvidas: a carne vermelha é mais letal do que se pensava . Há algumas semanas, a notícia esteve em destaque nos principais sites de jornais nacionais e internacionais, na blogoesfera e nas redes sociais, já que um novo estudo da Harvard School of Public Health , nos EUA, provou que, mesmo em quantidades reduzidas, o consumo de carne vermelha aumenta em muito os riscos de doenças cardiovasculares e de cancro. Por isso, o melhor mesmo é trocar o vermelho do sangue pelo verde dos legumes.

Não ponha a saúde dos seus filhos em risco

Como muitos pais constatam, a maioria das crianças adoram (e consomem) carne vermelha, seja em hambúrgueres, seja em bifes ou em almôndegas. Se cruzarmos este facto com os resultados do estudo norte-americano, a situação é preocupante. Foi exatamente por isso que decidi abordar este tema hoje.

 

Você tem de cozinhar todos os dias para as suas crianças e já não sabe mais como variar nos pratos, sobretudo no que toca a comida saudável e, ainda mais agora, sem recorrer à carne vermelha. Ao mesmo tempo, as crianças têm de gostar do que lhes é servido para que comam. Isto tem sido um problema para si? Calma, não desespere. Conheça alguns truques para levar as crianças a comer o que é mais saudável e até a quererem repetir.

 

Sugestões apetitosas da organização de prevenção da obesidade infantil:

 

Massas: já sabemos que as crianças adoram massas, no entanto, em vez de pôr sempre o queijo ou limitar-se ao molho de tomate, experimente servir o esparguete com pedaços de brócolos ou tiras de frango. Se acrescentar um pouco de natas light ou margarina derretida na massa, elas vão adorar.

 

Sopas: experimente variar nas sopas. Além da típica sopa de puré de cenoura, as crianças costumam apreciar sopa de lentilhas, e se ainda acrescentar aipo, não só vão gostar, como também estarão a cumprir parte dos requisitos dietéticos essenciais.

 

Hambúrgueres mais saudáveis: os hambúrgueres são de facto um dos pratos favoritos da maioria das crianças. Mas agora, com as conclusões do estudo da Harvard School of Public Health, torna-se realmente imprescindível repensar o tipo de hambúrgueres que damos aos miúdos. Podemos substitui-los por hambúrgueres de frango, que ficam igualmente deliciosos. Mas em vez de os servir com as tradicionais batatas fritas, que tal servi-los dentro de um pão com cereais, tomate, alface e queijo magro? Acredite que eles vão gostar à mesma. E se ainda quiserem batatas fritas para acompanhar, então experimente substitui-las por batatas assadas no forno. São muito mais saudáveis e não dão trabalho praticamente nenhum a cozinhar.

 

Tortilhas: são outro prato que podem ser muito nutritivos - com ingredientes caseiros -, e as crianças costumam gostar muito.

 

Legumes: as crianças não costumam gostar de legumes e normalmente colocam-nos na borda do prato. Mas é possível faze-los comer alguns. Por exemplo, acrescentando queijo no topo dos brócolos cozidos e levando-os ao micro-ondas durante um minuto. Ficam deliciosos e, mais importante, irresistíveis para as crianças. Há outro prato saboroso com legumes que também é fácil de cozinhar: couve-flor com bacon. Tem dúvidas? Então aqui fica o linka para a receita . Verá como a criançada vai adorar.

 

Por outro lado, há ainda uma regra de ouro para que as crianças não torçam o nariz cada vez que lhe puser legumes ou vegetais à frente: a decoração do prato. Muitos especialistas afirmam, que se a apresentação do prato for divertida, pode ser a chave para um apetite mais aberto a verduras.

Sugestões para tornar um prato mais divertido

 


Retirado de  A Vida de Saltos Alto




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Sábado, 31.03.12

Pão

 

Se a população portuguesa tem vindo sistematicamente a engordar, o pão não tem qualquer culpa disso. A ideia recorrente de que o “pão engorda” ou “estou a engordar, tenho de cortar no pão” pode constituir-se como uma das maiores aberrações nutricionais, entrando mesmo no campo da heresia no que diz respeito à nossa identidade gastronómica.

 

Sendo o pão o alimento mais antigo e provavelmente o mais consumido no mundo, podemos constatar com naturalidade que não foi de um momento para o outro que passou de algo essencial a algo desequilibrado. No entanto, esta recente aversão pelo pão levou a que o seu consumo caísse drasticamente nos últimos anos, tendência que, mesmo sendo analisada tendo por base o seu aumento de preço, continua a não fazer sentido quando enquadrada na opção por alternativas mais caras como bolachas, biscoitos, bolos e cereais prontos a comer. E não é só no factor económico que esta troca não compensa, uma vez que também nos valores de açúcar e gordura, o pão está a léguas de distância dos seus substitutos.

 

No entanto, nem tudo são más notícias em relação ao pão. Para além do seu maior defeito - que diz respeito ao teor de sal - possuir já um limite legal, os últimos tempos têm sido férteis no regresso ao passado de alguns conceitos e no estabelecimento de um novo paradigma em relação à alimentação. Aproveitando esta boleia, o pão tem sido constantemente reinventado e hoje é possível apreciar diversos tipos de pão com variadas formulações que felizmente nos livraram da monotonia do pão branco. Se do ponto de vista calórico não existe uma grande diferença entre este pão proveniente de farinhas mais refinadas e o pão de mistura ou integral, é indesmentível que estes últimos possuem um maior teor de vitaminas e minerais - e principalmente uma maior quantidade de fibra, que ganha especial importância quando enquadramos o consumo de pão numa refeição como o pequeno-almoço, essencial para a regulação da ingestão alimentar ao longo do dia.

 

Um dos melhores critérios para a escolha do pão passa então por aqueles que “dão mais trabalho” a comer. Daí que o pão de centeio, mistura, água, prokorn e da avó serão escolhas mais equilibradas do que o pão branco, de leite, regueifas e pão de forma. O pão deve assim ser encarado numa perspectiva alentejana: onde é feito e comido sem pressa, sendo entrada, refeição e sobremesa daquele que em tempos foi o celeiro de Portugal.

 

O pão nosso de cada dia, qual filho pródigo da nossa alimentação, sai sempre valorizado quando volta às suas pouco refinadas origens. acompanhado por azeitonas, erva-doce, sementes e nozes, deixando de lado as más companhias dos enchidos, manteigas e cremes de chocolate de barrar.

 

Via Público



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Terça-feira, 27.03.12

O chocolate preto pode ter efeitos benéficos, mas não está relacionado com a quantidade

O chocolate preto pode ter efeitos benéficos, mas não está relacionado com a quantidade (Rui Gaudêncio (arquivo))

 

Talvez não seja necessária assim tanta ponderação antes de abrir uma tablete de chocolate. Pelo menos de acordo com um estudo feito nos Estados Unidos que associou a ingestão de chocolate a pessoas com menos peso.

 

O trabalho foi feito por uma equipa liderada por Beatrice Golomb, da Universidade California San Diego, e foi publicado na revista Archives of Internal Medicine. A investigação avaliou o Índice de Massa Corporal (IMC) de 1000 adultos saudáveis, com idades entre os 20 e os 85 anos, e os seus hábitos. Entre os quais, o consumo de chocolate.

O IMC de uma pessoa é obtido dividindo o peso pelo quadrado da altura e avalia se alguém está com peso normal. Em média, os participantes tinham um IMC de 28, o que indica excesso de peso mas não obesidade.

As 100 pessoas recorriam ao chocolate duas vezes por semana, em média. Mas as que comiam com maior frequência, apesar de ingerirem mais calorias, tinham menos peso. O estudo teve em conta a idade, o género e a quantidade de exercício. 

A equipa mediu uma diferença de 2,3 a 3,2 quilos entre os participantes que iam ao armário do chocolate cinco vezes por semana e os que nunca tocavam neste doce. Segundo os investigadores, o efeito não tinha que ver com a quantidade mas com a frequência com que o chocolate era ingerido. 

Segundo a equipa, os antioxidantes do chocolate pode estar por trás dos benefícios para a saúde, como a diminuição da pressão arterial e do colesterol, assim como a perda de massa corporal. “As pessoas assumiram simplesmente que como o [chocolate] tem calorias e é tipicamente comido como um doce, então só pode ser visto como um mal”, disse Beatrice Golomb, citada pela Reuters.

Embora os resultados sejam favoráveis ao consumo de chocolate, a equipa defende que a investigação não prova que se perca peso ao adicionar-se chocolate à dieta. Aliás, segundo um nutricionista não envolvido no estudo, há outras explicações para estes resultados.

A investigação refere-se à população norte-americana e Eric Ding, da Escola Médica de Harvard, argumenta que as pessoas mais pobres compram a comida mais básica e não têm dinheiro para tanto chocolate. Nos EUA a pobreza foi associada ao excesso de peso. 

Outra hipótese avançada pelo nutricionista é que as pessoas que perdem peso comem chocolate como recompensa, em vez do chocolate causar o emagrecimento. Ding refere que o estudo é pequeno e não prova uma relação causa efeito.

Uma das causas que pode ser responsável por este efeito é as catequinas, um tipo de flavenóides presentes no cacau, e que em estudos com roedores associaram-se ao aumento da capacidade de trabalho dos músculos. O chocolate preto, por ter mais cacau, é o tipo de chocolate que mais tem estas substâncias, além de antioxidantes.

“Se consumir chocolate, faça-o em lugar de outro alimento qualquer, em vez de somar às calorias que ingere diariamente. Tente comer chocolate preto”, aconselhou Eric Ding, citado pela Reuters. Para a equipa, a moderação é um factor importante. Os resultados “não dão argumentos para se comer grandes quantidades de chocolate”, disse Golomb.

 

Via Público



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Sexta-feira, 23.03.12

Flores podem ser alimento

Não, não é engano. Está a ler o dicionário dos alimentos e esta semana em comemoração da chegada (oficial) da Primavera vamos falar de flores. Há cada vez mais pratos e chefs que utilizam flores comestíveis - mais do que ornamentação, pertencem ao domínio dos sabores.

 

Em rigor, a incorporação de flores na nossa alimentação não é uma ideia propriamente nova, uma vez que brócolos e couve-flor já nos acompanham há algum tempo e que muitas infusões foram feitas, ao longo dos anos, com flores como a camomila, a rosa ou a alfazema. No que concerne às flores, o primeiro passo é mesmo saber se são comestíveis.

 

O simples facto de ser apresentada num prato não é sinónimo de comestibilidade. E duas espécies idênticas podem ter sofrido tratamentos distintos que tanto as podem tornar comestíveis ou única e exclusivamente aptas para efeitos de ornamentação. A solução passa por adquiri-las em locais adequados para o efeito, que já não são assim tão escassos.

 

Passada a barreira da comestibilidade, todo um mundo de vantagens floresce aos nossos olhos - e já agora no nariz, pois as flores, não entrando na categoria das ervas aromáticas, são efectivamente alimentos que se cheiram, mais do que alimentos que se comem. Sendo este interesse na sua vertente gastronómica relativamente recente, é expectável que poucos dados existam relativos ao seu valor nutricional. Ainda assim, como seria de esperar, as flores são genericamente pouco calóricas uma vez que são compostas por mais de 90% de água.

 

Os macronutrientes que se destacam (ainda que em pequena quantidade) são naturalmente os hidratos de carbono, fruto dos açúcares existentes no néctar e pólen.  Estes, juntamente com as pétalas, são fonte de diversas vitaminas (A e C em grande destaque) e fitoquímicos que variam consoante a flor. Assim, não existem grandes dúvidas em afirmar que as flores são provavelmente as mais sublimes fontes de antioxidantes presentes na nossa alimentação, não sendo de esperar que, quer pela quantidade quer pela frequência de consumo, possuam um grande impacto na nossa saúde.

 

Vencida a reticência inicial em provar flores, a sua versatilidade só tem os limites da nossa imaginação. Saladas, risotto, piza, crepes, geleias, cubos de gelo, chás ou vinagres ganham assim um ingrediente novo que dá aroma, beleza e também saúde.

 

Retirado do Público

 

 



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Quarta-feira, 07.03.12

Os benefícios de se comer peixe

 

Consumido pelo homem desde a Antiguidade, o peixe pode assumir um papel de relevo na alimentação. O seu consumo proporciona ao organismo grandes quantidades de material proteico de muito boa qualidade, usado para fabricar inúmeras estruturas, como músculos, pele, hormonas, indispensáveis à ocorrência de processos biológicos.

 

Os peixes fornecem quantidades apreciáveis de muitos minerais como cobre, zinco, potássio, magnésio, fósforo, iodo, ferro e selénio, e quando ingeridos com espinha, podem também ser uma boa fonte cálcio. Nas suas variedades mais gordas, os peixes podem apresentar quantidades apreciáveis de vitaminas A, D e E.

 

A gordura existente nos peixes, apresenta teores elevados de ácidos gordos polinsaturados da série ómega 3, nomeadamente ácido eicosapentaenóico (EPA) e ácido docosahexaenóico (DHA). Estes ácidos gordos têm um papel reconhecido na prevenção de doença cardiovascular, estando também associados a outras funções importantes. O óptimo desenvolvimento neuronal fetal, por exemplo, está dependente dos ácidos gordos essenciais da série ómega 3, em especial o DHA.

 

Este tipo de gordura apresenta um papel fundamental nas membranas das células, na construção dos tecidos do cérebro, sendo também muito importante para a visão. Sabe-se também que mais de metade do peso seco do cérebro consiste em AGPI de cadeia longa, dos quais o DHA é o ácido gordo ómega 3 mais abundante.

 

O aumento destes ácidos gordos no cérebro do feto, particularmente de DHA, parece ocorrer durante o pico de crescimento cerebral correspondente ao terceiro trimestre de gravidez, o que também confere ao peixe, um lugar de destaque na alimentação da grávida. Este rápido aumento de DHA nos tecidos neuronais pode diminuir após o nascimento, mas continua significativo até aos dois anos de idade.

 

Uma baixa ingestão de peixe durante a gravidez pode levar a insuficiência do feto em ácidos gordos da série ómega 3, podendo resultar em efeitos adversos no desenvolvimento neuronal e na função cognitiva. Os resultados de um estudo publicado em 2007 na revista Lancet, e que envolveu cerca de doze mil mulheres grávidas, concluiu que as mulheres com uma ingestão semanal inferior a 340 g de peixe, apresentavam uma probabilidade aumentada das suas crianças se situarem no quartil mais baixo do quociente de inteligência verbal, quando comparadas com as mães que consumiam mais de 340 g de peixe por semana.

 

Embora seja sabido que o metilmercúrio que o peixe possa ter acumulado tem efeitos adversos no desenvolvimento cerebral, a equipa de investigadores argumenta que o risco de consumir menos peixe e, por isso, de perder os benefícios nutricionais em termos de desenvolvimento neuronal, pode exceder o risco de exposição a concentrações residuais de contaminantes. Limitar o consumo de peixe pode, portanto, reduzir o aprovisionamento de nutrientes necessários ao óptimo desenvolvimento neuronal.

 

Para além destes benefícios, o baixo teor em tecido conjuntivo faz com que os tecidos dos peixes amoleçam rapidamente, permitindo reduzidos tempos de cozedura, mastigação fácil e tempos de permanência no estômago relativamente baixos. Esta reunião de características torna o peixe um alimento especialmente interessante para todas as idades. E quanto às espinhas, a indústria já disponibiliza inúmeras opções isentas de espinhas de óptima qualidade e sabor.

 

Mesmo submetendo o peixe a métodos culinários que possam modificar o conteúdo lipídico total, e respeitando a qualidade das gorduras utilizadas, a contribuição percentual de gordura saturada do preparado pode, ainda assim, ser menor do que a contribuição proveniente da ingestão de outras fontes, o que demonstra a qualidade do peixe e o torna tão importante em alimentação saudável, ao longo do ciclo de vida.

 

Via Público



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Segunda-feira, 13.02.12
Chocolate emagrece, sim, confirma novo estudo

 

 

Levante as mãos para os céus e agradeça: a guloseima tem mesmo esse efeito espanta-gordura, comprova pesquisa recém-saída do forno. E confira as sugestões para tirar o melhor proveito da delícia

Aqui vão outras evidências científicas de que o chocolate amargo é tudo de bom na hora de emagrecer e manter a saúde. 

Saciedade em alta 


Pesquisa coordenada pelo médico dinamarquês Arne Vernon Astrup, chefe do Departamento de Nutrição Humana da Universidade Real de Copenhague, na Dinamarca, e publicada na conceituada revista americana International Journal of Obesity, apontou que os pacientes que consumiram um tablete amargo pela manhã, ainda em jejum, ficaram mais saciados que o restante da turma: eles ingeriram 15% menos calorias ao longo do dia em comparação com o grupo que optou pelo chocolate ao leite. 

Menos vontade de doce 


"O cacau apresenta algumas substâncias, como a 2-feniletilamina e a N-aciletanolamina, que agem no cérebro fechando os receptores que pedem doce", explica a nutricionista Edina Sakamoto, de Campinas, no interior paulista. Resultado: fica mais fácil controlar o desejo por açúcar - e a balança. 

Prazer por mais tempo 


"Ele também concentra compostos que inibem a degradação da anandamida, substância que prolonga a sensação de bem-estar", afirma a nutróloga Tamara Mazaracki, do Rio de Janeiro. "Produzida pelo nosso cérebro, ela tem ação parecida com a dos canabinóides da maconha." 

Insulina sob controle 


"Outra vantagem do chocolate amargo seria a capacidade de melhorar a sensibilidade à insulina em pessoas saudáveis", afirma Anete Hanud Abdo, endocrinologista do Projeto de Atendimento ao Obeso (PRATO) do Instituto de Psiquiatra do Hospital das Clínicas (de São Paulo. Tal mecanismo ajuda não só a combater o diabete como a evitar a produção excessiva de insulina, que está intimamente ligada ao estoque de gordura. E uma pesquisa japonesa com roedores, publicada no periódico americano Nutrition, comprovou essa proeza. 


Humor em alta dosagem 


O chocolate também é rico em carboidratos, que ajudam na produção da serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. Além disso, concentra outras substâncias, como triptofano, teobromina, feniletilamina, tetrahidrocarbolines, fenilalanina e tirosina - esse coquetel todo reforça a sensação de bem-estar e ajuda a levantar o astral, a combater a depressão, a reduzir a ansiedade. Um estado de espírito que é de enorme ajuda na hora de aderir à dieta e controlar a gula.

 

Via Abril



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Segunda-feira, 06.02.12

Cerveja caseira

 

Os Três Cervejeiros e uma cerveja feita lá em casa

 

A marca, a receita e o sabor. “As pessoas têm andado toda a vida a beber sumo de laranja enlatado e só agora vão provar o natural”

 

Não é tão fácil como arrancar a cápsula de uma garrafa e beber pelo gargalo, mas, diz quem sabe, a cerveja feita em casa é “the real thing”. A comparação é de Pedro Sousa, um terço de "Os Três Cervejeiros": “As pessoas têm andado toda a vida a beber sumo de laranja enlatado e só agora vão provar o natural”.

 

É cerveja. A cerveja. Genuína, não filtrada, 100% malte, sem conservantes nem corantes — apenas água, malte de cevada, lúpulo e levedura. É elaborada através de métodos artesanais e pode ser concebida lá em casa.

 

Inspirados pela cultura cervejeira europeia, "Os Três Cervejeiros" (Pedro Sousa, mestre cervejeiro, Alberto Abreu, agente imobiliário, e Arménio Martins, designer têxtil) são responsáveis pela nova cerveja artesanal "gourmet", produzida na cidade do Porto com a marca Sovina.

 

Paralelamente, o trio lançou o site Cerveja Artesanal, uma espécie de biblioteca com tutoriais detalhados sobre a produção de cerveja a partir de "kits", de extrato de malte ou de malte em grão.

 

Um litro por 0,70 euros

Aconselha-se que a primeira aventura neste mundo comece pelo "kit", um investimento inicial (58 euros) que inclui balde, torneira, 100 cápsulas (e um capsulador), desifectante, escovilhão, e borbulhador. Instalada a base de produção, cada litro de cerveja, que dura até um ano, fica a 0,70 euros.

 

No dia 3 de Março (das 10h às 13h e das 14h30 às 18h), Os Três Cervejeiros realizam um workshop de produção de cerveja artesanal a partir de malte em grão e de extracto de malte. O workshop (com direito a almoço) custa 60 euros.

 

“Tem muito mais sabor, mais aroma e é mais nutritiva do que a cerveja normal. É uma experiência sensorial”, garante Pedro Sousa, que deixa um último conselho para quem ainda bebe cerveja industrial: “É demasiado fácil fazer cerveja melhor”

 

Via P3



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Domingo, 29.01.12
Manuel Roberto

Quer pelo seu aspecto esotérico com uma boca circular que funciona como uma ventosa, quer por ostentar o título de "vampiro do mar" por parasitar tubarões, bacalhaus e alguns mamíferos marinhos para se alimentar do seu sangue, a lampreia não ganhará decerto o prémio Miss Simpatia do Universo Marinho.

 

De facto, este pitéu sempre extremou posições em relação ao seu consumo. Se para os romanos era presença indispensável nos seus banquetes, já para os judeus ainda hoje é considerada um alimento proibido uma vez que não possui escamas. E a lampreia não possui escamas porque não é um peixe na verdadeira acepção da palavra, é um ciclóstomo. É inclusive do domínio comum dizer que não é carne nem peixe… É lampreia! E o mais interessante é que também do ponto de vista nutricional a lampreia tem uma composição muito própria que a coloca num limbo nutricional entre carne e peixe. Senão vejamos, a lampreia tem uma quantidade de gordura bastante assinalável (cerca de 15%) para um “peixe”, o que a equipararia a um peixe gordo como a sardinha e o salmão. Mas o mais interessante é que o perfil de saturação das suas gorduras a torna mais próxima da carne ao ter maior teor de ácidos gordos saturados do que polinsaturados, sendo no entanto os monoinsaturados a possuírem o maior destaque.

 

Esta flutuação nutricional entre peixe e carne faz igualmente com que a lampreia seja uma excelente fonte de zinco e ferro, este último ainda mais potenciado em preparações culinárias que utilizem o sangue, como o típico arroz de lampreia. De resto, o arroz de lampreia é um autêntico festim nutricional onde para além do ferro, abundam muitos outros nutrimentos e compostos antioxidantes resultantes dos maravilhosos condimentos que lhe possam ser adicionados como cebola, alho, azeite, vinho tinto ou vinho do Porto, noz-moscada, cravinho, pimenta entre outros. E já dizia o ditado popular “até Março para o patrão e em Abril para o criado”, o que é o mesmo que dizer que o início da época lampreia marca a melhor altura para a degustar.

 

A lampreia ocupa então um lugar muito distinto no nosso património gastronómico, estando longe de ser consensual quer quanto aos seus apreciadores quer quanto à sua composição nutricional. Lampreia é lampreia não se pode comparar com mais nada!

*Professor Assistente Convidado da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto. Este artigo foi escrito com a colaboração do Dr. Mário Jorge Araújo (MIGRANET - CIIMAR/UP) 


pedrocarvalho@fcna.up.pt 

 

Via Público



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Terça-feira, 10.01.12

As vantagens de tomar pequeno-almoço

 

Entende-se por pequeno-almoço a primeira refeição do dia, aquela que nos quebra o jejum nocturno pouco tempo depois de acordarmos. O termo inglêsbreakfast ou o espanhol desayuno têm exactamente esse significado, existindo também em português o termo desjejum.

 

A forma como vários povos ao longo da História foram compondo a sua primeira refeição do dia, dependendo sobretudo da disponibilidade de alimentos nos respectivos tempos e locais, levou a que hoje tenhamos uma variedade muito grande de pequenos-almoços. Alimentos como pão e outros derivados de cereais, leite, ovos, frutas, carnes e enchidos, peixe, hortícolas ou leguminosas fazem parte do início do dia de milhões de pessoas em todo o mundo.

 

Existe a noção generalizada de que é importante tomar o pequeno-almoço diariamente. Trata-se de uma opinião antiga que era muitas vezes propalada por profissionais de saúde de modo empírico, ou seja, ainda sem a confirmação científica da sua veracidade. No entanto, é interessante verificarmos que essa ideia ancestral tem, efectivamente, razão de ser. São já vários os estudos onde se demonstram os benefícios de tomar o pequeno-almoço diariamente e, por outro lado, sabemos que existe uma percentagem de pessoas que omite esta refeição e sabemos também que parte dessas pessoas são crianças e adolescentes. A questão a que tentaremos responder é quais são os benefícios de tomar o pequeno almoço e, por outro lado, qual é a sua composição em alimentos que parece mais adequada.

 

Os benefícios foram demonstrados essencialmente a três níveis. Em primeiro lugar, aqueles que tomam pequeno-almoço são menos obesos que os que não o tomam. Pode parecer paradoxal que alguém que inclui mais uma refeição ao longo do dia possa ser mais pesado que quem o não faz, mas a realidade mostra precisamente isso. Não será demais relembrar aqui o problema da obesidade e das suas nefastas consequências, sobretudo em crianças.

 

Depois, também sabemos que quem toma o pequeno almoço tem normalmente uma alimentação mais equilibrada ao longo do dia. Ou seja, aqueles alimentos que costumamos consumir na primeira refeição do dia contribuem para que o total do nosso dia alimentar seja mais correcto.

Em terceiro lugar, existem dados muito interessante que mostram que as crianças que tomam todos os dias o seu pequeno almoço apresentam melhor rendimento escolar do que aquelas que omitem esta refeição e vão para a escola sem comer.

 

Como já dissemos, existem muitos tipos diferentes de alimentos com que podemos quebrar o jejum no início do nosso dia. Todavia, existem alguns estudos que nos mostram que existem benefícios em incluir alguns deles no nosso pequeno almoço. A combinação de um produto contendo cereais integrais (pão ou cereais de pequeno almoço, por exemplo), um produto lácteo (leite ou iogurte, de preferência magros para a maioria das pessoas) e uma peça de fruta parece preencher todos os requisitos para um início de dia óptimo sob o ponto de vista nutricional. Podemos assim ingerir os hidratos de carbono, fornecedores de energia para o arranque do dia, mas também as proteínas, o cálcio, várias vitaminas e até fibra.

 

Não parece assim difícil cumprir, diariamente, este ritual tão saudável; os ganhos são claramente compensadores, seja em crianças, adultos ou idosos.

 

*Nutricionista e professor 
Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação Universidade do Portonunoborges@fcna.up.pt 

 

Via Público



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Segunda-feira, 02.01.12
Júlia Galhardo lembra que este é um caso de saúde pública
Júlia Galhardo lembra que este é um caso de saúde pública (Adriano Miranda)

A velocidade com que ingerimos os alimentos tem influência no peso corporal e comer devagar tem resultados equiparáveis aos de uma cirurgia bariátrica, revela um estudo realizado por uma investigadora portuguesa que ganhou um prémio internacional.

 

A investigação premiada de Júlia Galhardo durou um ano e teve por base 500 jovens obesos que estavam a ser acompanhados no Hospital Pediátrico de Bristol, em Inglaterra, com o objectivo de estudar as hormonas que estão relacionadas com os hábitos alimentares. São duas hormonas do sistema digestivo que circulam no sangue: a grelina, segregada pelo estômago e que induz a sensação de fome e o peptídeo tirosina-tirosina (PYY), segregado pelo intestino e que dá a sensação de saciedade. 

Os jovens foram divididos em dois grupos e a um foi dada uma balança computorizada na qual colocavam o prato com os alimentos do almoço e do jantar e que media a velocidade a que comiam, sendo que o ritmo pré-formatado era de cerca de 300-350 gramas em 12-15 minutos. Caso a velocidade fosse superior, o computador dizia para comerem mais devagar. 

Ao segundo grupo (de controlo) foi apenas fornecido aconselhamento dietético e físico. 

“Passados esses doze meses fomos ver o índice de massa corporal (IMC) do grupo de controlo e do grupo estudado e o grupo relacionado com a balança tinha uma diminuição do índice de massa corporal significativamente superior à do grupo de controlo. Isto deixou-nos muito contentes porque era uma forma barata e acessível de todos diminuírem o peso”, revelou à agência Lusa a investigadora. 

Júlia Galhardo apontou que é do senso comum que comer devagar faz com que se fique saciado mais depressa e não se ganhe peso, mas que ninguém tinha antes estudado o que acontecia a nível hormonal. 

“No fundo há uma comunicação entre o aparelho digestivo e o cérebro, em que o aparelho digestivo diz: ‘estamos com fome, venha daí comida’. Depois de estarmos a comer, ele diz: ‘já chega, já estamos saciados, não é preciso vir mais comida’”, explicou a investigadora. 

De acordo com Júlia Galhardo, quando as crianças e os adolescentes comiam de forma lenta, as hormonas que regulam a fome e a saciedade, e que tinham estado totalmente alteradas pelos maus hábitos alimentares, ficaram novamente reguladas, regularizando também a comunicação entre o sistema digestivo e o cérebro. 

Segundo Júlia Galhardo, nunca se deve perder menos de trinta minutos a comer, tendo em conta que cada uma das refeições deve incluir uma sopa de legumes e um prato principal. 

A investigadora espera que esta descoberta seja divulgada nos centros de saúde, campanhas de esclarecimento ou mesmo nos estabelecimentos de ensino, lembrando que este é um caso de saúde pública. 

Júlia Galhardo foi premiada este ano com o Henning Andersen da Sociedade Europeia de Endocrinologia pediátrica. 

 

Via Público



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Quarta-feira, 21.12.11
Mesa de consoada criada por Álvaro Roquette, antiquário e designer de interiores

 

Mesa de consoada criada por Álvaro Roquette, antiquário e designer de interiores Enric Vives-Rubio

 Por Pedro Moreira, nutricionista*

O Natal é festa, e muitas vezes é inevitável algum excesso alimentar nesta época. Pode até dizer-se que comer bastante, acima das necessidades, é muitas vezes um comportamento institucionalizado. Precisaremos mesmo de muitos alimentos diferentes como pão de nozes, pinhões, avelãs, frutos secos, bacalhau cozido, ovos, peru assado e recheado, roupa velha de bacalhau ou peru, bolo-rei, broas, rabanadas, filhós, sonhos, mexidos, aletria, bolo podre, tronco de natal, mimos de amêndoa, azevias, borrachões, fios-de-ovos ou outros manjares, num tão curto espaço de tempo? Ou deveríamos preferir estar preocupados com o peso nestes dias?

 

À preparação de grandes refeições no Natal associam-se, muitas vezes, imagens de intenso convívio em que na ceia se juntava família, amigos e até vizinhos, reunindo na cozinha grandes quantidades de alimentos para satisfazer o apetite voraz de número elevado de pessoas. Presentemente, a estrutura das famílias e das refeições não é a mesma do tempo dos nossos avós e cozinhar pode também obrigar a adaptar a tradição alimentar a um contexto de ingestão onde o número de pessoas na refeição é muitas vezes menor do que o de gerações passadas. Além disso, as modificações sociais recentes obrigaram a que o modo como comemos sofresse grandes alterações.

 

Na alimentação actual, é frequente ter disponível ao longo do ano, alimentos saborosos e ricos em açúcar e gordura, como os bolos, que perderam o estatuto da festa, do episódico, e passaram a ser consumidos frequentemente nas refeições quotidianas.

 

A falta de códigos sobre estas práticas alimentares recentes e a escassez de conhecimentos nutricionais, impedem que estes alimentos sejam devidamente integrados no estilo de vida moderno. Um consumidor pode ingerir um café e um queque, sem saber que só o bolo pode ter tantas calorias quantas as que existem no somatório de uma sopa de hortaliças e legumes, um pão, uma maçã e um iogurte magro sem açúcar! Ou, se preferirmos, tantas calorias quantas as que poderíamos gastar a andar cerca de 9 km a pé!

 

O festivo, que deveria representar um momento excepcional, de ingestão eventualmente acima do desejável é, para muitos, a continuação, mais exagerada, de um longo período de acumulação de erros alimentares, traduzido em desequilíbrios nutricionais agravadores do risco de doenças metabólicas e degenerativas (se existir doença que obrigue a cuidados nutricionais, como a diabetes, por exemplo, será importante regular a alimentação neste período).

 

Mais importante do que “sacrificar” o Natal é salientar a necessidade de apelar ao bom senso e equilíbrio alimentar durante o ano e usufruir do ambiente natalício para aproveitar as ofertas alimentares que lhe são tão características. Aliás, bacalhau e peru, por exemplo, apresentam-se como alternativas alimentares mais saudáveis do que carne de mamíferos, no que diz respeito à qualidade das gorduras ingeridas. Se lhe juntarmos outros alimentos tradicionalmente ingeridos como couves, azeite e alho ou frutos gordos promovemos alimentos que deveriam ter espaço privilegiado na nossa alimentação habitual.

 

Aproveite estes alimentos para usufruir do afecto e prazer que nos dão sem medo de comer, respeitando a subtil sabedoria reguladora do corpo, acumulada desde há milénios, e sem forçar uma ingestão excessiva, se já se sentir convenientemente saciado.

 

Via Público



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Quinta-feira, 15.12.11

sushi

Em termos nutricionais, o único problema que podemos apontar ao sushi é o seu teor de sal, que aumenta ainda mais quando se utiliza o molho de soja. Pessoas com hipertensão arterial, por exemplo, devem procurar diminuir a quantidade deste molho para assim não ingerirem uma dose excessiva de sal.

 

Se é verdade que o mundo ocidental abriu as suas portas ao sushi, também constatamos que o sushi se deixou "ocidentalizar". Sobretudo nos Estados Unidos da América, é frequente termos sushi com maionese ou outros ingredientes que lhe aumentam substancialmente o valor energético e assim diminuem o seu interesse como refeição sofisticada e saudável. Mais uma vez, os métodos tradicionais acabam por se revelar como os mais adequados e desvirtuá-los raramente apresenta vantagens.

 

Recomendar o consumo de sushi à população em geral será inviável dada a pouca acessibilidade e custo elevado, mas, e ao contrário do que tantas vezes sucede, com o sushi podemos pelo menos conjugar prazer e saúde de forma harmoniosa.


Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação Universidade do Porto nunoborges@fcna.up.pt 

 

Via Público



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Segunda-feira, 28.11.11

Crise leva mais gente para as florestas em busca de cogumelos
Todos os anos, por esta altura, as florestas da região de Viseu enchem-se de apanhadores de cogumelos, mas, este ano, a crise está a levar mais gente para as matas em busca da "carne dos pinhais".

No topo da lista dos mais procurados estão os carnudos míscaros (Tricholoma Equestre) e os suculentos boletos (Boletus Edulis) por serem as mais conhecidas e também as que oferecem mais confiança a quem os consome.

 

Poucas são as mercearias tradicionais na cidade de Viseu que, mal chega o outono, não têm à venda, quase sempre em sacos de meio quilo, cujo preço varia entre os 10 e os 20 euros, dependendo da fartura ou míngua de quem apanha, os míscaros, claramente os preferidos para fazer com arroz, acompanhados de entrecosto ou coelho.

 

Helena Fernandes, desde que se lembra, sempre andou pelos pinhais na apanha de míscaros, para fazer em casa, quase sempre com arroz, ou fritos, no caso dos boletos, mas este ano, como contou à Agência Lusa a escassos quilómetros de Viseu, “há menos para apanhar e mais quem ande à procura da carne dos pinhais”.

 

“Com isto da crise, com o desemprego, este ano nota-se bem que há mais gente nos pinhais”, sinalizou Helena Fernandes, quando, ao fim de duas horas já tinha, em conjunto com mais três familiares, cerca de cinco quilos de míscaros e alguns boletos, um deles com mais de um quilo, tudo para meter no tacho e na frigideira.

 

Com o aumento da procura, as espécies mais apreciadas sofrem uma “enorme pressão”, disse à Lusa José Manuel Costa, especialista em micologia da Escola Superior Agrária de Viseu (ESAV), que entende ser esta altura de maiores dificuldades económicas “propícia a um regresso às origens”, sendo a apanha de cogumelos um indício disso mesmo.

 

“Há um saber que passa de pais para filhos que é válido e é usado na recolha de cogumelos, mas grande parte das espécies comestíveis não são conhecidas pelas pessoas, o que permite evitar alguma confusão com outras que são tóxicas ou mortais”, explicou.

 

Para além do risco de apanhar cogumelos perigosos, há ainda o problema, salientou José Manuel Costa, da “enorme pressão exercida sobre algumas espécies, como a 'Tricholoma Equestre' é um bom exemplo, que corre risco de simplesmente desaparecer devido ao excesso de procura”.

 

Este excesso de procura, segundo o professor da ESAV, que se dedica à micologia há mais de 25 anos, tem origem na acentuada quebra do trabalho na agricultura nos últimos anos, com a recolha de míscaros a ser uma alternativa económica.

 

Desde 2009 que existe legislação que regulamenta a apanha de cogumelos, impondo, por exemplo, um limite máximo de cinco quilos por pessoa, mas esta é pouco mais que ineficaz por falta de fiscalização, advertiu José Manuel Costa.

 

“É claramente expectável que, neste período de crise, aumente a procura de cogumelos e a pressão sobre as espécies, mas não parece que a fiscalização tenha um aumento proporcional a essa crescente procura”, acrescentou o técnico.

 

Via Sol



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Segunda-feira, 21.11.11

C de Chocolate Quente

A combinação de sabor, textura, aroma e compostos bioactivos fazem-nos querer que o chocolate foi um projecto divino, mais do que uma simples criação da natureza.

 

É reconfortante a ideia de que os alimentos que nos dão mais prazer e estimulação sensorial podem igualmente trazer benefícios para a saúde. O chocolate quente, bebida de eleição e já com cheirinho a Natal, é um dos já falados healthy guilty pleasures que com a sua conta peso e medida poderá fazer perfeitamente parte integrante de um estilo de vida saudável.

 

Não existem dúvidas que o chocolate é um alimento extremamente calórico com grandes quantidades de gordura e açúcar. Sendo certo que uma boa parte dessa gordura é saturada o impacte no colesterol sanguíneo não é tão grande como seria de esperar. A verdadeira “desvantagem” da manteiga de cacau e fonte da gordura do chocolate acaba por ser a sua propriedade de derreter à temperatura corporal, fazendo do momento da ingestão não apenas um mero episódio alimentar mas uma experiência sensorial reconfortante.

 

Este conforto associado ao consumo de chocolate acaba por ser explicável à luz de muitos dos seus constituintes que vão desde a cafeína e teobromina com efeito estimulante a aminas biogénicas e ácidos gordos que poderão ser responsáveis por um certo efeito aditivo do chocolate ao mimetizarem o efeito de algumas drogas canabinóides no cérebro. Apesar destes fenómenos ocorrerem em ambos os sexos, existem outros mecanismos que fazem das mulheres um grupo alvo no que diz respeito aos desejos por chocolate. Se a fase pré-menstrual é em si fértil em desejos alimentares, o chocolate lidera indubitavelmente esta lista, constituindo-se porventura como um desejo inconsciente por magnésio, um mineral cuja concentração no organismo diminui no período pré-menstrual e no qual o chocolate é extremamente rico.

 

Os benefícios do consumo do chocolate estão intimamente associados ao seu teor de cacau e consequentemente à quantidade de polifenóis nele existente. A redução de processos inflamatórios, melhoria dos mecanismos antioxidantes e diminuição do risco de doenças cardiovasculares está dependente da quão criteriosa for a escolha do chocolate. As opções com adição de leite, amêndoas, passas, caramelo possuem menor percentagem de cacau que o chocolate negro sendo que o “chocolate” branco nem sequer possui cacau na sua constituição.

 

Assim, acrescente na sua receita de chocolate quente um bom chocolate negro com alto teor em cacau (acima de 70%) e outros ingredientes como canela, gengibre e malagueta para potenciar o seu efeito antioxidante.

 

É caso para dizer que o chocolate é uma associação perfeita de palatibilidade, propriedades farmacológicas e hormonais, e já os Mayas explicavam o seu culto pela sua "capacidade de despertar desejos insuspeitos e revelar destinos"...

 

Por Pedro Carvalho, nutricionista*

 

Via Público



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Sábado, 22.10.11
M de Mel

É difícil não estabelecer uma empatia com o mel. Pela sua cor, pela sua origem e pelo seu misticismo intercalado entre o potencial terapêutico e a ligação à infância, este “néctar” goza de elevada popularidade. Desde a Grécia antiga que o mel era apenas reservado para “aqueles que o mereciam”, rezando a lenda que foi o único alimento consumido por Pitágoras em toda a vida…

 

Numa primeira análise podemos dizer que, na sua essência, o mel é apenas água e açúcar possuindo inclusive valores de vitaminas e minerais não muito díspares dos do seu homólogo proveniente da cana sacarina. Mas é precisamente no tipo de açúcar que o mel se começa a tornar especial. O seu alto teor em frutose diferencia o mel do açúcar devido a um menor índice glicémico e, consequentemente, subidas menos acentuadas dos níveis de glicemia e insulina, fazendo dele um alimento mais apelativo para diabéticos numa perspectiva de substituição do açúcar.

 

A já ancestral receita de leite quente com mel para diminuir a tosse possui alguma sustentação científica. Apesar da composição nutricional do mel não diferir substancialmente do açúcar do ponto de vista “major”, a quantidade de polifenóis deste néctar confere-lhe alguns efeitos interessantes na saúde. Estes fitoquímicos possuem desde logo um efeito antioxidante e por norma encontram-se em maior quantidade nas versões de mel mais escuras, diminuindo com o seu tempo de armazenamento.

 

Existem mesmo estudos que demonstraram um efeito positivo do mel na aceleração do metabolismo do álcool e com propriedades minimizadoras dos efeitos de uma noite anterior bem regada! O mel possui ainda propriedades antibacterianas (menor potencial causador de cáries em comparação com o açúcar), anti-inflamatórias e anti-mutagénicas. A sua forte conotação na resolução de problemas do foro gastrointestinal é igualmente consubstanciada no seu poder inibidor da bactéria Helicobater pylori, agente causador de úlceras gástricas.

 

A maioria destes benefícios para a saúde decorrentes do consumo de mel está presente apenas com ingestões na ordem dos 50g/dia, algo que pela quantidade calórica associada não será razoável. Em todo o caso não existem dúvidas que este néctar é preferível ao açúcar.

Assim sendo: Mel sim... mas em substituição do açúcar!

 

*Professor Assistente Convidado da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto 


pedrocarvalho@fcna.up.pt



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Quinta-feira, 13.10.11
Protecção cardiovascular, Vai uma maçã

 

Os principais objectivos da alimentação saudável para prevenir a doença cardiovascular visam levar a valores adequados de peso corporal, pressão arterial e, no sangue, de glicose, colesterol LDL (muitas vezes denominado “colesterol mau”), colesterol HDL (conhecido como “colesterol bom”) e triglicerídeos. Para o conseguir, as sociedades científicas reconhecem a importância de:

 

- Ter uma ingestão energética equilibrada;- Fazer uma alimentação rica em hortícolas e fruta;

 

- Escolher cereais integrais e alimentos ricos em fibras;

 

- Consumir peixe, especialmente peixe gordo, pelo menos duas vezes por semana;

 

- Limitar a ingestão de gordura saturada, gordura trans, gordura parcialmente hidrogenada e colesterol, escolhendo carnes magras e alternativas de origem vegetal, leite e produtos lácteos com teor reduzido de gordura;

 

- Limitar a ingestão de bebidas e alimentos com adição de açúcar;

 

- Escolher e preparar alimentos com teores reduzidos (ou isentos) de sal; e 

 

- Se consumir bebidas alcoólicas, fazê-lo com moderação; se for vinho, por exemplo, moderação será um copo pequeno (cerca de 145 ml de vinho com 12% de álcool) por dia, nas mulheres adultas (está contra-indiciado o consumo de “álcool” na gravidez, no aleitamento e antes do estado adulto), e 2 copos pequenos, por dia, nos homens adultos; o chá será uma belíssima bebida a promover;

Destaca-se também o conjunto crescente de trabalhos que associam o consumo de frutos gordos (amêndoas, nozes ou avelãs, por exemplo) - também chamados "secos" ou "oleoginosos" - e bagas (amoras, framboesas, arandos, mirtilos, ou morangos, por exemplo), a menor risco de doença cardiovascular.

 

Entre os frutos gordos, as amêndoas têm recebido interesse crescente pelo perfil particular de gorduras que as constituem (sobretudo insaturadas e sem colesterol), fitoesteróis (potenciais redutores de colesterol plasmático), fibras e outros nutrimentos cardioprotectores; este perfil nutricional parece favorável para reduzir múltiplos factores de risco, incluindo o “mau colesterol”, a inflamação e o ataque de radicais livres às estruturas do nosso organismo.

 

As bagas são frutas que se destacam por apresentarem fibras, cálcio, folato, carotenos e outras vitaminas antioxidantes, e fitoquímicos. Muitos destes químicos podem estar concentrados na “pele” ou “casca” das frutas (o que contribui para as suas diferentes tonalidades), e participar em complexos e importantes mecanismos de defesa do nosso organismo. Entre os mecanismos possíveis de cardioprotecção, decorrentes do consumo destes alimentos, realçam-se também a diminuição da inflamação e o aumento da defesa antioxidante.

 

Neste domínio de poder antioxidante, quando comparadas com outras frutas (arandos, mirtilos, morangos, uvas, pêssego, limão, pera, banana, laranja e ananás), as maçãs podem surgir num patamar muito elevado, logo atrás dos arandos. Aliás, a actividade antioxidante total de 100 g de maçãs (uma maçã pequena) pode equivaler a cerca de 1500 mg de vitamina C, ainda que estas frutas, com e sem casa, possam apresentar apenas cinco e sete mg de vitamina C por 100 g, respectivamente. Isto significa que a maçã beneficia da acção sinérgica antioxidante dos seus múltiplos constituintes bioactivos para se apresentar, com toda a exuberância, como peça importante de revalorização na alimentação saudável portuguesa.

 

 Pedro Moreira*

*Nutricionista e Professor Catedrático da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto

 

Via Público



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Sábado, 08.10.11

 

Chegaram as castanhas

 

O seu nome científico é "castanea sativa" e pode ser preparada das mais diversas maneiras - assada, cozida, estufada, em puré, na sopa, em bolos e sobremesas.

 

 

Ao contrário dos frutos secos (nozes, amêndoas, pinhões, etc.), que podem conter aproximadamente 70% de gordura, embora de teor saudável, as castanhas contêm apenas cerca de 2% de gordura, sendo por isso menos calóricas.

 

Por ser um hidrato de carbono, a castanha substitui bem os restantes hidratos (pão, massa, arroz, batatas),ao mesmo tempo que permite enriquecer em diversidade as nossas escolhas culinárias. Não é, no entanto, aconselhável consumi-la crua. Isto, porque a castanha apresenta o dobro do amido da batata. O amido é um reserva de energia das plantas e existe, sobretudo, nas raízes e nas sementes. O consumo em cru dificulta a digestão, podendo gerar flatulências.

 

É um alimento isento de colesterol e glúten, com baixo teor de sódio mas elevado teor em potássio e ainda é um produto com um baixo índice glicémico. Por estas qualidades adequa-se bem à composição de dietas em patologias como a diabetes, hipertensão arterial e hipercolesterolémia.

Para melhor perceção, comparamos dois alimentos e os seus constituintes (informação retirada da Tabela da Composição de Alimentos, do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge):

 

 

 

 

 

(1 batata média/pequena tem cerca de 100g)

 

No momento da compra, certifique-se de que a pele das castanhas está intacta, sem cortes ou gretas, e brilhante. Em casa devem ser guardadas em local fresco e seco e é importante que não sejam comprimidas nem amassadas, para evitar que fiquem moídas.

 

Resumindo, a castanha é um alimento de grande valor nutritivo, rico em hidratos de carbono de absorção lenta e com um baixo índice glicémico, o que o torna excelente para todas as idades, em especial, crianças, estudantes e desportistas.

Deixo-vos com este magnífico fado que, só por si, provoca o "apetite".

 

 

O homem das castanhas

 



Via A vida de Saltos Altos



publicado por olhar para o mundo às 17:22 | link do post | comentar | ver comentários (2)

Quinta-feira, 06.10.11
C de cerveja

 

Depois do tremoço e do amendoim, esta semana falamos sobre a fiel companheira de ambos num final de tarde estival: a cerveja.

À semelhança do tremoço, durante o império romano a cerveja era considerada a bebida das classes mais desfavorecidas e dos bárbaros, pois nesta época era o vinho que fazia o deleite das elites.

 

Curioso é também o facto de a cerveja ser a bebida alcoólica menos calórica – uma imperial tem cerca de 70kcal - e estar constantemente a ser conotada com a célebre “barriguinha”.

 

Pois bem, a maioria das bebidas alcoólicas adquire o seu valor calórico através da quantidade de álcool, e de açúcar em alguns casos - espumantes, vinhos generosos e licores, por exemplo. Não tendo a cerveja açúcar e sendo a bebida alcoólica mais pobre neste calórico nutriente (um grama de álcool fornece quase tantas calorias quanto um grama de gordura) é fácil perceber que não será certamente pelo consumo moderado de cerveja que a barriguinha vai ficando proeminente.

 

Relativamente às propriedades nutricionais da cerveja, esta é fundamentalmente uma bebida com mais de 90 por cento de água, quatro a cinco por cento de álcool (com excepção das cervejas gourmet) e quantidades vestigiais de fibra solúvel e hidratos de carbono. É uma fonte de vitaminas do grupo B e de alguns minerais destacando-se um ratio potássio - sódio muito favorável e co-responsável (juntamente com o álcool) pelo efeito diurético desta bebida.

 

É difícil dissociar se a origem dos efeitos positivos na saúde do consumo moderado de cerveja derivam do seu teor em álcool, se de outros componentes nutricionais. Em todo o caso, alguns estudos epidemiológicos revelam um menor risco de desenvolvimento de diabetes associado ao consumo moderado de cerveja, tal como uma melhoria da densidade mineral óssea. Neste último caso, para além do efeito positivo do etanol, existe outro mineral específico da cerveja que promove a formação óssea: a sílica. Também na prevenção de eventos cardiovasculares e formação de trombos, a cerveja desempenha um papel significativo sendo o seu consumo regular muito importante para manter este efeito.

 

Em suma, todas as vantagens descritas poderão ser obtidas respeitando dois critérios no consumo: regularidade (quase todos os dias) e moderação (dois a três copos por dia). A partir de agora, em vez de culpar a cerveja pela “barriguinha”, poderá contar o número de copos em cima da mesa ou o tipo de aperitivos que a acompanhou!

 

*Professor Assistente Convidado da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto


pedrocarvalho@fcna.up.pt

 

 

Descubra o processo de fabrico da cerveja bem como a sua história em Portugal em O segredo da cerveja, um trabalho dos jornalistas Ana Rute Silva, Cátia Mendonça e Joaquim Guerreiro.

 

Via Público



publicado por olhar para o mundo às 08:27 | link do post | comentar

Segunda-feira, 29.08.11

 

A vida de saltos altos - Truque para crianças que não comem legumes
 
 

Incluir legumes na alimentação das nossas crianças, por vezes torna-se uma tarefa muito complicada, daí uma grande parte dos pais para não estarem permanentemente a negociar com os filhos acabam por desistir de tentar incutir estes hábitos.

 

Em julho de 2011, o American Journal of Nutrition , publicou um artigo onde os autores debruçaram o seu estudo em tentar "esconder" os legumes de modo a aumentar o consumo dos mesmos e, simultaneamente, reduzir o consumo energético diário das crianças.

 

Este estudo foi realizado a 40 crianças, dos 3 aos 5 anos, onde foram introduzidos diferentes purés de legumes em diferentes refeições, ao longo do dia.

 

No prato da criança continuava a existir os legumes na sua forma "natural" e não em puré, pois não queremos perder de vez a parte visual da criança em se habituar a incorporar sempre legumes na sua refeição.

 

Como resultado, os autores conseguiram um aumento bastante significativo no consumo de legumes (cerca de 85% das crianças triplicaram o seu consumo). E ainda alcançaram uma redução calórica de cerca de 142 kcal por dia.

 

Deste modo, por mais "dores de cabeça" que os pais estejam a ter com os seus filhos, temos que reinventar as receitas, e a ideia de transformar os legumes em puré até pode ser bastante divertido. Já se imaginou a fazer um puré azul (couve roxa), verde (espinafres ou grelos), branco (couve-flor), Verde-claro (curgete), cor-de-laranja (abóbora ou cenoura), ou rosa (beterraba).

 

Pode também utilizar estes purés coloridos e fazer um "Empadão de arco-íris" , com certeza que vai ser apelativo aos olhares desconfiados do seu filho.

Não se esqueça que estas dicas não excluem o prato de sopa nem os legumes no prato.

 

Mas isto, para vos dizer que as dores de cabeça irão sempre existir se não é pela alimentação é por outra preocupação, ser pai ou mãe é estar sempre em alerta, com ou sem dores de cabeça. E não se esqueçam, tal como Napoleão III citou "A imaginação governa o mundo"

 

DICA: Coza os legumes em pouca água e sem sal, e no final transforme-os em puré.


Via Expresso



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Terça-feira, 26.07.11
Os especialistas aconselham duas ou três peças de fruta diárias durante o VerãoOs especialistas aconselham duas ou três peças de fruta diárias durante o Verão (António Pinto)

Com o Verão e o calor, a falta de apetite aumenta entre muitas crianças. E é frequente ver adultos a forçá-las ou a tentar convencê-las a comer as quantidades que eles consideram adequadas. “Mas o apetite não é normalizado”, varia de pessoa para pessoa e de criança para criança e “não são os pais que devem normalizar o apetite das crianças” afirma a médica Isabel do Carmo, especialista em comportamento alimentar.

 

O importante é que os adultos procurem que a criança ou o adolescente “coma com qualidade” em porções consideradas “razoáveis”. Usando a persistência, mas sem ansiedade. “Em geral, o apetite tende a regular-se biologicamente de forma natural”, nota Pedro Teixeira, da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade. Para contrariar este problema sazonal em vez de obrigar a comer, será preferível “adequar as refeições à estação com alimentos mais frescos e com mais água”, considera.

A ideia de que comer bem é comer muito ainda subsiste em muitos meios, sobretudo entre as pessoas mais velhas e que passaram fome, refere Isabel do Carmo. Mas é preciso contrariar esta convicção no âmbito de uma educação para a saúde. “O apetite não está normalizado”, explica a especialista, considerando que é um erro obrigar os mais novos a comer. “Tem é de se saber por que não querem comer” para despistar doenças do comportamento alimentar, como a anorexia nervosa, diz. E “oferecer-lhes os alimentos que eles mais gostam”.

Um estudo realizado em 2009 pela Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, revela que, apesar das boas intenções dos pais quando tentam obrigar os filhos a comer vegetais ou a “limpar o prato”, e não deixar comida, esta atitude não é aconselhável. 

Segundo o autor desse estudo, Brian Wansink, quanto mais os pais insistem com os filhos para comer de forma saudável, mais estes preferem alimentos menos saudáveis. 

O investigador recomenda que os pais ofereçam às crianças quantidades moderadas, mas variadas, de comida, encorajando-as a experimentar diferentes tipos de alimentos e deixando-as decidir que quantidades querem consumir. 

Uma alimentação em excesso com a consequente energia extra que se vai acumulando pode contribuir para que a criança se torne num adolescente obeso, alertam os nutricionistas. A hora da refeição deverá ser um momento de prazer e não de tensão e de angústia, salientam. 

O essencial é que a criança coma bem, ainda que pouco: dois ou três copos de leite por dia que podem ser substituídos por iogurtes, duas ou três peças de fruta diárias, além de vegetais. A carne e o peixe não devem ser consumidos em grandes quantidades e não devem falhar os hidratos de carbono, recomenda Isabel do Carmo. 

Refeições leves ao almoço

Durante as férias, tal como os adultos, muitas crianças preferem almoçar na praia e portanto fazer refeições muito mais leves ao almoço. Nestes casos, é essencial comer um bom pequeno-almoço, consumir pequenos lanches de sandes e de fruta durante a tarde e desfrutar do sol e do mar. 

Isabel do Carmo nota também a importância das regras e da disciplina relativamente aos horários das refeições, salientando que estas devem ser realizadas em família em contextos de socialização, o que – está provado – “traz benefícios para a saúde”. 

A alimentação é, sobretudo “um hábito” que se ganha desde tenra idade – sublinha - notando que é mais fácil incutir o hábito de consumo de determinados alimentos, oferendo-os repetidamente às crianças logo de pequeninas, do que mais tarde ter de mudar as más práticas adquiridas.

 

Via Público



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Sábado, 16.07.11
Este fim-de-semana há Festival da Melancia
Mais de mil litros de sumo aguardam os visitantes do Festival da Melancia, no Ladoeiro, hoje e amanhã. É o sétimo ano em que esta freguesia de Idanha-a-Nova celebra o fruto que cresce às cinco mil toneladas, nos campos daquela zona de regadio.

«A junção de calor, sol e terras regadas, não barrentas, faz com que esta região seja perfeita para a produção de melancia», diz António Galante, da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova e responsável pelo festival.

 

Em 2011 mantém-se a qualidade do fruto apanhado em anos anteriores, só as temperaturas baixas deste Verão impedem que a melancia cresça mais. «Ainda sonho ter uma melancia de 50 quilos», confessa António Galante, para quem um dos momentos altos do festival é a atribuição do prémio da melancia mais pesada. Já aconteceu pesarem uma com 32 quilos, mas o mais provável é encontrar-se agora melancias à volta dos 20.

 

A variedade mais abundante para venda e degustação é a melancia riscada. A partir deste fruto é possível fazer sumo, gaspacho ou compotas. Nestas últimas, pode aproveitar-se a parte encarnada e também a branca, junto à casca: «O doce da casca, como lhe chamamos, está a ter um sucesso inesperado». Galante assegura que é «superior» ao doce da polpa de melancia, mas demora mais tempo a preparar – fica a ‘marinar’ em sal e limão, depois coze durante três horas.

 

A melancia é uma aposta de uma região onde já se cultivou dez mil toneladas deste fruto por ano. Apesar da redução da quantidade produzida em relação à farta década de 60, o número de agricultores aumentou nos últimos anos.

 

Via Sol



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Segunda-feira, 11.07.11

 

Os Afrodisíacos Naturais

 

Se acha que as plantas apenas servem para dar paladar à comida ou para dar cheiro à casa, veja o que elas podem fazer pela sua vida sexual. Muitas plantas, frutas e especiarias que utiliza diariamente na sua cozinha, podem ter mais poder do que aquele que pensa. Bem usados, podem ajudar a despertar os nossos sentidos e aumentam o desejo sexual. Esta é uma oportunidade para os ficar a conhecer, e colocar de lado o Viagra.

 

Estas plantas de que lhe vamos falar são afrodisíacos naturais e ao contrário do comprimidinho azul, que actua apenas ao nível do órgão sexual, estes actuam ao nível da sexualidade, revitalizando o corpo e despertando a libido. Além disso, os perfumes de alguns apuram os sentidos e conduzem ao maior prazer. Tudo começou com Afrodite.

A deusa do amor da mitologia grega nasceu depois de Cronos ter castrado Urano e atirado os seus genitais ao mar. Da espuma das águas, surge a deusa, e por isso é dado também um grande valor erótico aos alimentos vindos do mar, como ostras, por exemplo.

Em todas as idades do Homem, este tem procurado melhorar a sua performance sexual. Os gregos e os romanos usavam inúmeros afrodisíacos e mesmo na Bíblia há uma referência ao uso de mandrágora por Raquel para engravidar. Durante a Idade Média, surgiram inúmeras receitas de misturas de ervas que, mastigadas, facilitariam o acto sexual.

Na cultura muçulmana o sábio Al-Ghazali ensinava que o Profeta, em diálogo com o arcanjo Gabriel, se queixara um dia de uma certa inapetência para o coito com as suas muitas mulheres. Então o arcanjo aconselhou-o a apimentar a comida com uma pasta à base de guindas e coentros, de que resultou o prato típico da Tunísia, o harissa.

Dos mais conhecidos afrodisíacos a cantárida é o mais famoso. Este é o nome dado a uma espécie de moscas comuns nas regiões mediterrâneas que, depois de secas são moídas para preparar um pó de aplicação medicinal que provoca irritação nos orgãos sexuais masculinos e femininos e faz afluir o sangue para essas zonas, provocando uma comichão que pode ser considerada excitante. Em contrapartida é um elemento perigoso para a saúde, provocando secura de boca e da garganta e infecções nos órgãos sexuais.

Muito menos perigosos e mais saborosos são os que a seguir indicamos e que podem ser usados sem qualquer tipo de restrições.

Açafrão – Tem um enorme prestígio como estimulante sexual nos países do Oriente e não falta nos pratos espanhóis. Supostamente torna as zonas erógenas mais sensíveis.

Alecrim – É um excelente revigorante e estimulante e funciona bastante bem em casos de astenia sexual e impotência. Tem ainda a fama de reforçar a memória e cedo se tornou o emblema da fidelidade dos amantes. Antigamente, esta erva era queimada no quarto dos doentes, para purificar o ar, e, nos tribunais, espalhavam-se os seus ramos, a fim de afastar a ‘febre das cadeias’ (o tifo). Em tempos de peste, era transportado em bolsinhas à volta do pescoço, que se cheiravam quando se viajava por zonas suspeitas.

Alho – Se bem que o hálito após o seu consumo não seja muito agradável, este problema resolve-se mastigando alguns grãos de café. O alho possui uma molécula que fluidifica o sangue, que se reflecte numa boa erecção, para o que deve ser consumido cru. O principal constituinte do seu odor é o mesmo da secreção vaginal das mulheres quando estimuladas sexualmente.

Amendoim - Rico em vitamina E, pode ajudar ao acto sexual se for consumido regularmente, sem excessos. Reza a lenda que o amendoim dá potência aos homens, reforçando as suas energias.

Baunilha – Termo de origem castelhana, vanilla é um derivado do latim vagina, decido à semelhança da sua raiz com o canal vaginal. Tempera doces e o seu suave aroma estimula sexualmente, o mesmo acontecendo com o seu sabor. A essência de baunilha pode ser adicionada ao seu banho para produzir um suave efeito de estímulo amoroso, especialmente quando você e a sua parceira tomarem banho juntos.

Canela –Esta especiaria é conhecida por estimular a acção dos estrógenos sobre os órgãos sexuais.

Cravo-da-Índia - Os cravos foram considerados como afrodisíacos primeiro na China, mas rapidamente adquiriram fama na Europa. O naturista dinamarquês medieval H. Harpenstreng dizia que os cravos aumentavam o desejo do homem pela mulher além de melhorar a digestão. O cravo-da-índia é aromático e seu chá pode ser utilizado para um banho altamente erótico. Atrai bons fluidos, revigora as energias e aumenta o vigor.

Gengibre – Produz um afluxo de sangue aos órgãos genitais que aumenta o desejo sexual. Mais uma lenda conta que a Madame du Barry, uma cortesã francesa e a favorita de Luís XV, do século XVIII, misturava gemas de ovos e gengibre para induzir seus amantes.

Kava kava - Da família das pimentas, produz um efeito calmante, relaxando os músculos e reduzindo consideravelmente a ansiedade quanto ao desempenho sexual. Qualquer loja de produtos naturais tem cápsulas de kava kava. Também muito usado para os casos de ejaculação precoce.

Noz-moscada - Tem efeitos afrodisíacos se consumida em pequenas doses (menos de meia noz deverá ser o suficiente), e tem sido usada como tal por Hindus, Árabes, Gregos e Romanos por favorecer a erecção. No Oriente era especialmente apreciado pelas mulheres. No entanto, os efeitos secundários, se consumido em grandes doses, podem ser graves e não causar o efeito desejado.

Pinhões - Possuem substâncias que actuam sobre a debilidade sexual masculina, nomeadamente fitohormonas. Na época romana eram utilizados numa mistura em que também entrava cebola cozida, mostarda branca e pimenta.

Na Grécia Antiga é referida uma mistura de pinhões, mel e amêndoas, que deveria ser ingerida, antes de deitar, durante três noites consecutivas. Na Época Medieval foi encontrado um manuscrito que prega as virtudes das pinhas como estimulante da libido, embora advertindo para o perigo da ingestão dos vermes da casca. Nos Países Árabes é recomendada a ingestão de um copo cheio de mel espesso, 20 amêndoas e 100 pinhões antes de deitar, por três noites consecutivas.

Pimenta - A reputação da pimenta ser um afrodisíaco vem da Antiguidade, quando era usada pelos egípcios, gregos e romanos.

Os árabes, de acordo com o livro ‘O Jardim Perfumado’, procedia da seguinte forma: mastigar uma pequena pimenta, colocar uma determinada quantidade sobre a cabeça do membro e depois praticar o coito. Fontes indianas recomendam o consumo diário de um copo de leite com 6 pimentas pretas esmagadas e 4 amêndoas esmagadas. Isto terá o efeito de um tónico nervoso e afrodisíaco.

Salsa – Usada pelas bruxas numa poção mágica para voar, a salsa servia também para fazer um bálsamo que depois era passado nas zonas erógenas para produzir alucinações.

Salsaparrilha – É uma planta cheia de testosterona que era muito usada para fazer refrescos.

Os índios mexicanos misturavam-na na comida para restabelecer o ardor viril dos deprimidos e dos desesperados. E agora uma receita muito simples mas de eficácia comprovada pelos peritos nestas andanças. Leve ao lume um litro de água. Assim que começar a ferver, coloque folhas de hortelã, gotas de limão e um pedaço de manga em cubos.

Desligue o lume e deixe a panela tapada por dez minutos. Depois coe e leve à geladeira por uma hora. Adoce com mel e beba meia hora antes de fazer amor. E boa sorte.



publicado por olhar para o mundo às 22:03 | link do post | comentar

Sábado, 16.04.11

 

Comer bem é mais barato

Esta campanha centra-se em dois pontos fundamentais: contribuir para a mudança de atitudes e comportamentos alimentares das famílias portuguesas e conseguir ter uma alimentação equilibrada e saudável, por menos dinheiro.

 

 

"Há dois milhões de pessoas com fome em Portugal. São pessoas com grandes dificuldades económicas. Mas não é só uma fome de quem não come, é uma fome de quem come mal. São carências de ferro, cálcio, iodo, vitaminas e outros nutrientes essenciais para o bom funcionamento do nosso corpo. É uma fome que nasce das más escolhas alimentares e que mata aos poucos.

 

Destrói o aproveitamento escolar, causa diabetes, complicações cardiovasculares, facilita infecções, obesidade e outros problemas de saúde. Mas o mais curioso é que esta fome é mais fácil de matar do que parece. Mata-se com uma alimentação equilibrada, não comendo só doces e gorduras e não exagerando nos refrigerantes. Mata-se com  os nutrientes que estão na comida caseira. Comida que até é mais barata pois sai mais barato fazer uma refeição completa em casa do que comprar um pacote de bolachas. E é a comer bem que se pode ajudar a acabar com esta fome." (retirado do site Comer bem é mais barato )

 

Partilho esta iniciativa e recomendo que visitem o site, encontram lá toda a informação, receitas e vídeos que podem consultar.

Congratulo, também, todos os que contribuíram para esta iniciativa: Fundação Gulbenkian, Fundação EDP e a SIC, com o apoio da DECO e da Associação Portuguesa dos Nutricionistas.

 

 

 

Via A Vida de saltos altos



publicado por olhar para o mundo às 17:29 | link do post | comentar

Quarta-feira, 16.03.11
Para combater a obesidade comer como no Paleolítico!?
 
De acordo com a dieta proposta pelo economista americano, Arthur De Vany, no livro The New Evolution Diet, o ser humano deve comer apenas aquilo que poderia caçar ou tirar da terra, como um homem das cavernas.

Há pelo menos duas décadas, De Vany, que lecciona na Universidade da Califórnia, segue uma dieta paleolítica semelhante à de um Fred Flinstone moderno: muita carne, frutas e vegetais.

O argumento principal dos defensores desta ementa - inspirada na alimentação humana de há 40 mil anos atrás - é o de que o DNA humano não está adaptado para comer alimentos industrializados.

De Vany explica que, hoje em dia, «vivemos mais tempo do que no Paleolítico, mas passamos a maior parte da vida doentes».Na sua opinião, a forma de evitar as doenças crónicas e a obesidade é praticando um regime alimentar que seria praticado há 500 gerações atrás.

O investigador português Pedro Carrera Bastos, da Universidade de Lund, na Suécia, concorda: «As necessidades dietéticas são determinadas geneticamente. As alterações ambientais, sociais e culturais dos últimos 10 mil anos são recentes numa escala evolucionista» e explica que 70% das calorias ingeridas hoje são de alimentos que não existiam.

De acordo com a edição online da Folha de São Paulo, Loren Cordain, investigador de Ciências da Saúde da Universidade do Colorado (EUA), é um dos grandes defensores desta dieta.

Em 2002, lançou o livro The Paleo Diet, com receitas para «perder peso e ganhar saúde». No início do livro explica: «Não inventei esta dieta, ela está inscrita nos nossos genes», diz, no começo do livro.

A paleodieta tem algumas premissas polémicas. Para além de desconstruir a pirâmide alimentar tradicional, recomenda que períodos de jejum sejam alternados com refeições fartas e momentos de exercício espaçados por grandes momentos de ócio.

Os hidratos de carbono ingerido são apenas aqueles que estão presentes nas frutas. Os cereiais estão totalmente proibidos, incluindo a soja e o trigo, porque acreditam que todos os cereais têm efeitos adversos.

Os nutricionistas, bem como as organizações internacionais de saúde, discordam.

 

Via SOL



publicado por olhar para o mundo às 14:35 | link do post | comentar

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