KICKSTARTER campaign launched!! Please join the Midway Film project!
http://www.kickstarter.com/projects/midwayfilm/join-the-midway-film-project
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The MIDWAY media project is a powerful visual journey into the heart of an astonishingly symbolic environmental tragedy. On one of the remotest islands on our planet, tens of thousands of baby albatrosses lie dead on the ground, their bodies filled with plastic from the Pacific Garbage Patch. Returning to the island over several years, our team is witnessing the cycles of life and death of these birds as a multi-layered metaphor for our times. With photographer Chris Jordan as our guide, we walk through the fire of horror and grief, facing the immensity of this tragedy—and our own complicity—head on. And in this process, we find an unexpected route to a transformational experience of beauty, acceptance, and understanding.
We frame our story in the vividly gorgeous language of state-of-the-art high-definition digital cinematography, surrounded by millions of live birds in one of the world's most beautiful natural sanctuaries. The viewer will experience stunning juxtapositions of beauty and horror, destruction and renewal, grief and joy, birth and death, coming out the other side with their heart broken open and their worldview shifted. Stepping outside the stylistic templates of traditional environmental or documentary films, MIDWAY will take viewers on a guided tour into the depths of their own spirits, delivering a profound message of reverence and love that is already reaching an audience of tens of millions of people around the world.
Production of the feature film "MIDWAY" continues through 2012.
Chris Jordan - Director/Producer
Stephanie Levy - Producer
Terry Tempest Williams - Writer
Jan Vozenilek - Director of photography
Rob Mathes - Composer
Jim Hurst - Location sound
Joseph Schweers - Camera
Manuel Maqueda - Advisor
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De acordo com uma nova avaliação da evolução das temperaturas da Terra, o ano de 2010 passa a ser o mais quente desde 1850, em vez de 1998. Esta actualização, feita pelo HadCRUT, um dos principais registos de temperatura global, do Reino Unido, contou com novos dados de temperatura do Árctico. Os resultados foram publicados na revista Journal of Geophysical Research e mostram que esta actualização não altera o aumento médio de temperaturas desde 1900, de 0,75 graus.
A ciência do clima e a teoria largamente defendida de que a Terra está a registar um aumento de temperatura que não se explica por oscilações naturais, mas sim pela mão humana, está também baseada no registo das temperaturas do ar nos continentes e dos oceanos, ao longo de mais de um século.
Os dados da HadCRUT incluem informação das temperaturas nos continentes compiladas pela Unidade de Investigação Climática (CRU, sigla em inglês) da Universidade de East Anglia, em Norfolk, no Reino Unido e os registos de temperaturas da superfície dos oceanos, compilados pelo Centro de Hadley do Instituto de Meteorologia do Reino Unido. “O novo estudo reúne as nossas bases de dados mais recentes e mais completas das observações da temperatura da terra e do mar, em conjunto com novos avanços na compreensão de como se faziam as medições no mar”, disse Colin Morice, cientistas do Instituto Meteorológico do Reino Unido, citado pela AP. O resumo do artigo está disponível online (em inglês): clique aqui.
A primeira rede de estações meteorológicas data de 1653, no Norte de Itália, mas só a meio do século XIX é que o número de estações e a sua distribuição passou a ser suficientemente generalizada para ter validade científica.
Desde essa altura que os métodos têm vindo a ser optimizados e normalizados. Os cientistas tiveram agora em conta, por exemplo, o enviesamento nos registos de temperatura da superfície do oceano, quando era medida em baldes com água tirada do mar, em que havia uma descida de temperatura em relação à do oceano.
No novo artigo foram incluídas as observações de 400 estações meteorológicas no Árctico, na Rússia e no Canadá. Uma das regiões mais afectadas pelo aumento de temperatura. “A HadCRUT é sustentada por observações e tornou-se claro que [o modelo] poderia não estar a captar na sua totalidade as mudanças no Árctico, devido a haver tão pouca informação nesta área”, disse Phil Jones, director do CRU e primeiro autor do artigo, citado pela BBC News. Os resultados também utilizaram registos novos vindo da África e da Austrália.
“A actualização resultou em algumas mudanças em anos individuais, mas não mudou o sinal geral do aquecimento de cerca de 0,75 graus desde 1900”, disse Morice.
Mas o ano mais quente de todos, 1998, caiu para terceiro lugar, segundo a nova actualização, sendo substituído por 2010 e o ano de 2005 ficou em segundo lugar. Os dez anos mais quentes ocorreram todos nos últimos 14 anos. Outra conclusão, é que o aumento de temperatura não é homogéneo. “O Hemisfério Norte e o Hemisfério Sul aqueceram em 1,12 graus e 0,84º ao longo do período entre 1901 e 2010”, lê-se no resumo do artigo. Só desde 2001, o Norte aqueceu 0,1 graus.
No início deste ano, a NASA divulgou um relatório que previa um maior aquecimento da Terra nos próximos anos. De acordo com este trabalho da agência espacial norte-americana, o ano de 2011 acabou por ser o nono mais quente desde 1880. No ano passado, as temperaturas médias à superfície foram 0,51ºC mais altas do que os valores médios do período base 1951-1980.
Via Público
A campanha da PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) é protagonizada por uma activista asiática, que se despiu no Largo do Senado em defesa dos animais, tendo apenas o corpo pintado como a pele de cobra, segurando um cartaz onde se lê: «Os animais sofrem por causa das peles exóticas», 'slogan' que já percorreu outras cidades asiáticas como Taipé ou Banguecoque.
«A PETA quer que turistas e consumidores saibam que os animais exóticos são esfolados vivos, espancados até à morte ou mortos de outras formas cruéis só por causa da sua pele», refere a organização num comunicado, justificando, assim, a campanha de sensibilização que está a desenvolver na Região Administrativa Especial chinesa, que acolhe mais de 25 milhões de turistas por ano.
De acordo com aquela organização não governamental, marcas de moda internacionais como a Victoria's Secret e a H&M já concordaram em deixar de fabricar e vender produtos à base de peles de animais exóticos, mas outras, como a francesa Hermès, continuam a lucrar à custa do sofrimento dos animais.
Por isso, Ashley Fruno decidiu despir-se de preconceitos por constatar que «anualmente milhões de animais são alvo de uma crueldade inqualificável, tudo para que a indústria da moda possa fazer malas, cintos e sapatos».
«Ao desistirem de utilizar peles de animais exóticos nas suas colecções, empresas como a Victoria's Secret e a H&M enviaram a mensagem de que a crueldade não está nunca na moda», acrescentou.
A PETA desenvolveu uma investigação sobre o comércio de animais exóticos na Indonésia, alegando que os répteis são esfolados vivos. «Todos os anos, milhões de animais, como cobras e lagartos, são alvo de tortura para darem origem a botas, cintos, malas e outros artigos de moda», alerta a organização.
O Largo do Senado, marcado pela arquitectura colonial portuguesa, foi o local escolhido para o protesto da PETA por integrar o centro histórico de Macau, onde se cruzam diariamente milhares de turistas.
A organização decidiu realizar esta semana a sua campanha na capital mundial do jogo, que acolhe inúmeras lojas de marcas de luxo internacionais nos vários hotéis-casino.
Via Sol
Um modelo matemático desenvolvido por dois investigadores portugueses fornece pistas para obter a cooperação de todos contra o aquecimento global - e conseguir salvar o planeta.
A teoria dos jogos, como muitas outras áreas da matemática, utiliza por vezes expressões poéticas para nomear os objectos que estuda. Uma delas é a "tragédia dos comuns", que é como dizer o desastre final. Dá-se quando "num grupo de indivíduos que têm a possibilidade de contribuir - ou não - para o bem comum, ninguém contribui e acabam por perder todos", explica-nos Jorge Pacheco, matemático da Universidade do Minho. Com Francisco Santos, jovem físico da Universidade Nova de Lisboa, quiseram ver se seria possível evitar a "tragédia dos comuns" em matéria de alterações climáticas. Os seus resultados foram publicados online, ontem ao fim da tarde, na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
"A cooperação tem um custo", explicou Jorge Pacheco numa conversa que o PÚBLICO teve com ambos os cientistas no Complexo Interdisciplinar da Universidade de Lisboa. Os impostos são um "exemplo flagrante" de tragédia dos comuns em potência: se ninguém quiser pagar o seu IRS, um país não pode funcionar.
A ideia de que as cimeiras do clima não servem para incitar os intervenientes a cooperar para salvar o planeta - e a nossa espécie - não é nova. "Copenhaga [em 2009] foi um fracasso", frisa Jorge Pacheco. O que é novo, dizem os cientistas, é que o seu modelo toma em conta, pela primeira vez nesta matéria, duas coisas: a evolução da atitude cooperativa das pessoas ao longo do tempo, em função do sucesso dos outros, e a percepção aguda do risco de haver uma catástrofe se nada for feito. (Matematicamente, esta percepção é definida como a probabilidade de que o planeta se salve sem ninguém fazer nada. Uma percepção elevada do risco é representada por um valor próximo de zero e uma fraca percepção por um valor próximo de 1).
"Modelizamos uma população em que todos participam no mesmo jogo e vamos vendo, ao longo do tempo, quantas pessoas que no início não queriam cooperar mudam de ideias." Na gíria, chama-se a isto teoria dos jogos evolutiva. O "jogo", neste caso, consiste em decidir assinar ou não um acordo em que cada um se compromete a travar o aquecimento global.
Redes de interesses
Num primeiro modelo, os cientistas consideraram um grupo único de cerca de 200 indivíduos, destinado a espelhar as cimeiras mundiais do clima, nas quais apenas participam representantes ao mais alto nível de cada país. O que acontece aqui é que, como o ganho é maior para quem não coopera (cooperar implica conversões tecnológicas e outros sacrifícios), cada indivíduo adopta uma posição egoísta - que conduz, inexoravelmente, à tragédia dos comuns. "Este resultado mantém-se mesmo quando a percepção do risco está lá", diz Jorge Pacheco. "As pessoas têm consciência de que vão morrer" e, no entanto, optam por não cooperar para o bem comum. "O nosso modelo mostra que as cimeiras do clima nunca vão resultar."
Num segundo modelo, distribuí-ram os indivíduos em grupos, ao acaso. E constataram que, quando a percepção do risco era elevada, a existência de grupos alterava radicalmente o desfecho. "A percepção do risco conduz a uma auto-organização espontânea da cooperação", salienta Francisco Santos. "Isso não é mágico", explica Jorge Pacheco. Quando a percepção do risco é forte, o custo de assinar, de cooperar, torna-se relativamente menor. E isso faz com que a maioria das pessoas acabe por cooperar, num processo de emulação, ao verem que os que cooperam têm, a prazo, um maior retorno. Mas a cooperação não é unânime: "Há sempre um conjunto de malandros", acrescenta Jorge Pacheco a rir. Mas o bem comum acaba por vencer o oportunismo de alguns "traidores".
"Uma caricatura"
Num terceiro modelo ainda, Jorge Pacheco e Francisco Santos criaram uma "rede social", um mecanismo de ligação preferencial, entre os diferentes grupos, "com um ingrediente muito particular, que era a presença de muitos grupos pequenos e de poucos grupos grandes". E desta vez constataram que, para uma mesma intensidade de percepção do risco, a cooperação surgia mais facilmente em presença de uma rede do que na sua ausência. "As redes de interesses - diz Francisco Santos - introduzem diversidade no jogo e abrem um novo caminho para a cooperação."
Os dois cientistas admitem que o seu modelo é um pouco uma "caricatura", uma vez que as decisões reais das pessoas reais no mundo real são muito mais complexas. Mas, mesmo assim, o seu trabalho fornece pistas que podem ajudar a determinar "a que nível devem ser discutidos os problemas climáticos", diz Francisco Santos.
"Para maximizar a cooperação - diz Jorge Pacheco -, os grupos têm de ser pequenos em relação ao tamanho da população global, a percepção do risco alta e o custo da cooperação razoável". Por isso, propõem que a discussão em matéria de alterações climáticas "seja feita ao nível regional" e não mundial. Mesmo o Norte e o Sul de um mesmo país podem ter interesses diferentes em termos energéticos, com uma região a querer privilegiar a energia eólica e a outra energia solar, por exemplo, em função dos seus recursos naturais. "À escala regional, é possível gerar uma diversidade natural" e fomentar, também, a cooperação com outras regiões que tenham os mesmos interesses através de redes de afinidades. Claro que o facto de haver alguns grupos grandes, muito influentes, também pode ser benéfico; os grandes grupos que conseguem cooperar para o bem comum desempenham um papel crucial. "Se Obama disser que temos de fazer qualquer coisa para salvar o planeta, isso vai gerar um efeito bola de neve."
Via Público
Em Portugal, essa estratégia está agora a ser praticada pela Intimissimi e Triumph, sendo que a marca italiana desconta três euros ao valor de um soutien novo na retoma de um velho e a alemã, no mesmo procedimento, abate 5 euros na compra do cliente.
Francesca Vellano, do Departamento de Comunicação e Imagem do grupo Calzedonia, que detém a Intimissimi, afirma que essa «é a primeira marca de roupa íntima a propor a destruição e reciclagem de soutiens velhos com a finalidade de produzir painéis absorventes e isoladores de som capazes de atenuar vários tipos de poluição sonora e de assegurar excelentes performances de insonorização em qualquer estrutura».
«É também a primeira vez que a actividade da reciclagem utiliza soutiens para a produção de revestimentos permeáveis», realça a mesma responsável. «A Intimissimi procura afirmar-se como brand ecológica e de tendência, reduzindo a sua pegada ecológica e a dos seus clientes, apoiando a eco-sustentabilidade e transmitindo a ideia de que uma atitude defensora e amiga do ambiente é uma moda intemporal».
Madalena Moniz Pereira, chefe do Departamento de Marketing da Triumph Portugal, recorda que esta prática de incentivo à reciclagem de soutiens usados foi lançada na Alemanha em 2009, revelando-se um «case study de sucesso» que depois «foi adoptado por outras marcas da concorrência».
A Portugal, a campanha chegou em Março de 2010 e resultou num«êxito de vendas», até porque, «numa altura em que a crise económica anda de mãos dadas com os consumidores, é natural que as marcas - umas mais criativamente, outras menos - criem soluções que vão de encontro às expectativas dos seus clientes».
Madalena Moniz Pereira realça também que a reciclagem de soutiens tem ainda um efeito prático na saúde das utilizadoras.«Cerca de 80% das mulheres usa o número e o tipo de soutien errado para o seu corpo», observa. «Como não sabem escolher e têm algum embaraço em perguntar, compram lingerie por impulso e, às vezes, essa é usada uma vez e posta de lado, porque a mulher não se sente confortável».
«Agora, mesmo numa altura de crise, as mulheres vão poder trocar os soutiens cujas alças lhes fogem dos ombros, que têm elásticos frouxos ou que pura e simplesmente não as fazem sentir confortáveis», conclui.
Os soutiens usados recolhidos nas 58 lojas que a Intimissimi tem em todo o país vão ser entregues à empresa OVAT Campagnari SRL, que Francesca Vellano aponta como «líder na recolha e recuperação de materiais», com base na experiência que os seus fundadores recolheram inicialmente no sector da construção civil e que agora alargam à área dos têxteis e do ambiente.
Só no que se refere ao tratamento de resíduos e desperdícios derivados de fiação, tecelagem, malharia e embalagens, a empresa processou o ano passado mais de 1.000 toneladas de material, transformado depois em produtos semi-acabados para reingresso na linha produtiva, como é o caso de absorventes acústicos, isoladores térmicos, estofados, materiais de limpeza e cortinas.
À campanha da Triumph, por sua vez, aderiram em Portugal 25 lojas, 20 'franchisados' e mais de 100 clientes com representações várias, mas a chefe do Departamento de Marketing da marca não adianta que tipo de utilização será dado aos soutiens usados a nível de reciclagem
Via Sol
Como nos últimos anos tem acontecido, hoje celebra-se por todo o Mundo a HORA DO PLANETA.
Adere a esta iniciativa pelo nosso Planeta, por ti... por todos nós.
Hoje às 20h30, e durante uma hora, mantém as luzes desligadas na tua casa.
Popout
Adere ao movimento de sensibilização para o problema do aquecimento global do nosso Paneta.
Retirado de Intervalo para Café
Em Janeiro, os esgotos de 120 mil habitantes de Lisboa deixaram de correr para o Tejo. Houve festa, com fados e uma regata de canoas típicas. A ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, anunciou que o estuário estava "totalmente livre" de águas residuais não-tratadas.
Não é bem assim. Olhando-se para trás, o Tejo está hoje muito melhor. Mas ainda há zonas onde os esgotos urbanos correm sem tratamento para o rio. A poluição causada pelas explorações pecuárias ainda não está resolvida. Nos sedimentos do estuário, estão acumuladas grandes quantidades de metais pesados. Há afluentes que permanecem poluídos.
Dizer se um estuário tão grande e com tantos usos diferentes como o do Tejo está poluído não é, porém, tarefa fácil. O Tejo tem, por exemplo, grandes quantidades de nutrientes que, em determinadas condições, podem causar a proliferação de algas, cuja decomposição consome o oxigénio necessário para outros organismos. Mas, no estuário, que tem águas escuras devido à quantidade de sedimentos em suspensão, isto não acontece. "Se o estuário não fosse turvo, ficaria verde num instante", diz o investigador Ramiro Neves, do Instituto Superior Técnico.
Se a ideia é tomar banho no Tejo, no entanto, ainda não é altura para pensar nisso. Mas há planos de várias autarquias para requalificar as zonas ribeirinhas, que são, nalguns casos, um passo para a criação de praias fluviais.
Em Lisboa, está prevista a criação de uma zona de interacção com o Tejo na ribeira das Naus, entre o Terreiro do Paço e o Cais do Sodré. "Vai ser um espaço importante de usufruto do rio", diz o vereador do Ambiente, José Sá Fernandes. O objectivo é introduzir ali um espaço com vegetação e uma plataforma que entra no rio, semelhante à que já existe no Cais das Colunas. O presidente da sociedade Frente Tejo, João Biencard Cruz, responsável pela execução do projecto, refere-se a este avanço de margem como um "local de contemplação". Mas esta "grande varanda" virada para o Tejo, como lhe chama, pode ser um convite para os visitantes molharem os pés.
As obras não deverão estar concluídas antes de 2013. Mas, se fosse hoje, que perigos correria quem tentasse molhar os pés no rio na ribeira das Naus? O Cidades contactou um laboratório para analisar uma amostra de água colhida precisamente na zona onde vai ser construída a "varanda". A recolha foi feita a 25 de Fevereiro, às 9h30, em período de maré cheia. Os resultados indicam que os valores de enterococos intestinais são cerca de 90 vezes superiores ao permitido por lei. Resultado: água imprópria para banhos.
Na margem sul do Tejo, alguns municípios prometem requalificar praias fluviais no curto prazo. Em Alcochete, a câmara quer recuperar a classificação balnear oficial para as praias dos Moinhos e do Samouco, perdida em 2009. "São locais frequentados por centenas de pessoas no Verão e nunca recebemos queixas por contaminações ou alergias", garante o vereador do Ambiente, Jorge Giro.
Análises que a própria autarquia mandou fazer no Verão de 2010 mostram outra realidade. De oito amostras na praia dos Moinhos, duas ultrapassaram os níveis permitidos para enterococos, o que impede o seu uso balnear. Nas areias, em dois momentos também se registou excesso de coliformes e de fungos patogénicos.
No Montijo, a criação de uma praia fluvial foi uma das bandeiras da campanha eleitoral de Maria Amélia Antunes, actual presidente da câmara. O vereador do Ambiente, Nuno Canta, explica que a intenção se mantém, mas "a concretização ainda depende da despoluição do rio". O objectivo, porém, é avançar com o projecto ainda nesta década.
A Câmara do Barreiro tem planos mais imediatos. Até 2013, a autarquia quer requalificar a praia de Alburrica. Todas as esperanças recaem sobre a ETAR do Barreiro e Moita, que está em testes, para ser inaugurada em Abril. Irá tratar os esgotos de 290 mil pessoas, que até agora eram lançados no rio. Isto resolve apenas um dos problemas do Barreiro, pois os sedimentos do rio na zona do concelho estão fortemente contaminados.
Via Público