Sábado, 12.11.11

Familiares das vítimas recordam durante uma manifestação em 2007 os que morreram em Santa Cruz
Familiares das vítimas recordam durante uma manifestação em 2007 os que morreram em Santa Cruz (Lirio Da Fonseca/Reuters)
Ouvem-se sirenes e tiros, muitos tiros. Há gente baleada no chão, gente a correr. E reza-se em português, tão longe de Lisboa. Foi há 20 anos o massacre que pôs os olhos do mundo em Timor-Leste, mas o país ainda procura as vítimas que morreram naquele dia.

Neste sábado, em Díli, os sinos voltam a tocar em memória das mais de 200 pessoas que morreram no massacre de Santa Cruz e haverá uma marcha até ao cemitério. No Palácio do Governo será exibido o filme “Timor à procura”, do jornalista britânico Max Stahl. Foi ele quem filmou o que aconteceu no cemitério de Santa Cruz. E foi ele que continuou a filmar, até hoje, o nascimento do primeiro país do século XXI. 

O seu novo filme mostra os passos dos médicos e antropólogos forenses da Argentina e da Austrália que têm procurado desvendar o que aconteceu às vítimas, e mostra também a entrega às famílias dos restos mortais das primeiras 12 pessoas identificadas. Mas no final mantém-se a pergunta: “Onde estão?”. Segundo o Comité 12 de Novembro, uma organização de apoio às vítimas, 74 pessoas foram identificadas como tendo morrido no massacre e outras 127 morreram pouco depois. Mas as famílias ainda não recuperaram os corpos dos que desapareceram. 

Timor ainda está à procura, a câmara de Max Stahl continua ligada como naquele dia 12 de Novembro de 1991. O jornalista britânico é hoje um activista de passaporte diplomático no bolso, mudou-se para Timor-Leste, criou em Díli o Centro Audiovisual Max Stahl onde trabalham cerca de 30 pessoas para preservar cerca de 1300 horas de imagens sobre a resistência timorense e o nascimento do novo país. Porque aquele 12 de Novembro, diz, “nunca se poderá esquecer”.

Homenagem a Sebastião Gomes

 

Via Público



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Sexta-feira, 28.10.11
Um homem junto ao pé da estátua
Um homem junto ao pé da estátua (Foto: National Park Service/arquivo)
A Estátua da Liberdade, ao largo de Manhattan, cumpre hoje 125 anos. Durante décadas deu as boas-vindas os imigrantes que chegavam de barco às terras do Tio Sam. “Dêem-me os cansados, os pobres, as massas amontoadas que anseiam por respirar em liberdade” é a mensagem inscrita na base da estátua, inaugurada nos idos de Outubro de 1886.

A Estátua da Liberdade foi um projecto difícil de concretizar. Era suposto ter ficado pronta em 1876, um século depois da Declaração de Independência dos EUA, mas acabou por só ser erguida uma década depois disso, no dia 28 de Outubro de 1886.

Hoje, exactamente 125 anos depois, a Estátua da Liberdade está em festa. As comemorações vão durar 12 horas e incluirão uma cerimónia de nacionalização de estrangeiros aos pés daquela dama icónica da paisagem norte-americana e que simboliza a deusa romana Libertas. Isto numa década em que os EUA têm apertado o cerco à imigração ilegal. Estima-se que a deportação de um imigrante ilegal - e os EUA terão milhões de pessoas nestas circunstâncias - possa custar à Adminstração norte-americana 23 mil dólares (16 mil euros), escreve o “The New York Post”.

Independentemente das circunstâncias actuais, esta noite haverá fogo de artifício e homenagens à estatua que representa o direito universal à liberdade e que tem numa mão uma tocha (um farol de liberdade) e na outra uma tábua com a data da independência norte-americana: 4 de Julho de 1776. 

Depois dos festejos, a Estátua da Liberdade fecha ao público já amanhã para obras de manutenção, escreve o “El País”. Durante décadas foi possível aceder à coroa da estátua, que tem das melhores vistas de Manhattan, mas após os ataques de 11 de Setembro de 2001 esse miradouro foi fechado, tendo apenas reaberto ao público em 2009.

Estão igualmente previstos vários eventos musicais e poéticos de celebração da amizade com França, país de onde partiu a ideia de se construir este monumento de estilo neoclássico de celebração à luta pela independência americana, uma vez que o país doslogan revolucionário Liberté, Egalité, Fraternité ajudou os rebeldes americanos a conquistar a sua liberdade.

Um processo difícil

Mas o processo de instalação da Estátua da Liberdade na Liberty Island - bem perto do sul da ilha de Manhatan - foi tudo menos fácil. A ideia da construção da estátua terá partido de um comentário feito pelo professor francês Edouard René de Laboulaye que em 1865 terá dito: “Se se construísse um monumento nos Estados Unidos em memória da sua independência, creio que o natural seria construir algo que unisse os esforços dos dois países”. 

O escultor Frédéric Bartholdi terá ouvido este comentário e levou a ideia a sério. No início de 1871 viajou até aos EUA para tentar encontrar aliados para o projecto, que deveria ficar concluído a tempo do primeiro centenário da independência.

O que ficou acordado foi o seguinte: os americanos ficariam responsáveis pela construção da base da estátua e os franceses pela construção da estátua propriamente dita.

Mas o tempo foi passando e de ambos os lados do Atlântico a tarefa de financiamento do projecto foi-se revelando difícil. Até que o Joseph Pulitzer - editor de jornais de então e cujo nome é anualmente celebrado na entrega dos Prémios Pulitzer - lançou, em 1884, uma campanha nos seus jornais apelando ao financiamento do projecto. O repto foi ouvido. Passado menos de um ano conseguiu-se o dinheiro que faltava.

Por essa altura, em França, Frédéric Bartholdi contava com a ajuda de Alexandre Gustave-Eiffel, criador da Torre Eiffel, para conceber o esqueleto da Estátua da Liberdade, de forma a que pudesse ser uma estrutura desmontável mas sólida. 

Desmontada em 350 peças, com um puzzle, para ser mais fácil de transportar, a Estátua da Liberdade ganhou forma no porto de Nova Iorque e no dia 28 de Outubro de 1886 os nova-iorquinos deram as boas-vindas a um dos seus símbolos mais icónicos.

 

Via Público



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Quarta-feira, 06.07.11

os 60 anos do Bikini

 

Via Henricartoon



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