Tudo começou com o rabo de Scarlett Johansson. Agora, continua com muitos internautas anónimos que decidem mostrar a sua intimidade traseira pela Internet. Pelo caminho, participam também o Presidente Obama, a famosa boneca Barbie e até mesmo o peludo Chewbacca.
Após uma badalada batalha em tribunal pelo bem da sua privacidade revelada em imagens no tão pouco privado mundo da Internet, a atriz tornou-se fonte de inspiração para centenas de pessoas de todo mundo que dão agora largas à imaginação no blogue "Scarlett Johanssoning ". E engane-se quem achar que são só as senhoras que aderiram: tanto saltos altos como rasos perderam a vergonha (se é que a tinham) e exibem o rabiosque alegremente para quem quiser ver.
Tem a sua piada, é verdade. Tenho amigos que o fizeram e eu fui das que se riu a bom rir com o resultado. Mas numa altura em que tanto se debatem os limites da privacidade no mundo virtual, não deixa de ser irónico que tanta gente decida mostrar o corpo - e em grande parte das fotos a sua identidade explícita - através de imagens tudo menos discretas. Por iniciativa própria.
Será que isto de "scarllatear" o traseiro deve ser encarado apenas como uma brincadeira inofensiva... ou põe mesmo em causa o bom-senso dos limites do que devia ser privado? Quem publicou as fotos teve livre arbítrio para o fazer, é certo. Mas pergunto-me se pararam antes para pensar que o seu traseiro e a sua cara estariam espalhados pelas buscas do Google, em blogues, redes sociais, sites de jornais e por aí fora. À mão de semear de patrões, colegas de trabalho, vizinhos do lado, filhos, pais e toda a gente curiosa que faça algo tão simples como abrir um link reenviado de amigos, para amigos, com um site muito giro onde aparece a brincadeira.
Eu cá não gostava que um dia um editor cá da casa me dissesse: "Ontem andava a passear num blogue que me enviaram e vi-te de rabo à mostra". Mas isto sou eu. Podem-me chamar paranoica à vontade, mas eu e o meu traseiro gostamos muito de privacidade.
Via Expresso