A Argentina venceu neste sábado a selecção olímpica do Brasil, por 4-3.
O brasileiro Hulk, avançado do FC Porto, marcou um golo, mas foi ofuscado pela classe de Lionel Messi.
O avançado do Barcelona marcou por três vezes (31, 34, 84), num jogo em que a Argentina começou a perder, após o golo de Rómulo (23).
Depois de Messi ter dado a volta ao resultado, foi a vez de o Brasil protagonizar uma reviravolta, com golos de Óscar (56) e Hulk (72).
Só que Fernandez (75) e Messi deram um triunfo saboroso aos argentinos e uma derrota aos brasileiros, que cada vez mais criticam o seleccionador Mano Menezes.
O "Empregos no Brasil para Estrangeiros" vai estar na Nova de Lisboa (dia 25) e na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (27) para falar sobre o mercado brasileiro
Todos os dias, David Bernardo respondia a perguntas de amigos. O que devo fazer para emigrar para o Brasil? É difícil conseguir o visto? Quais são as áreas que estão a recrutar mais pessoas? “Estava a responder a tanta gente que resolvi criar uma comunidade para isso”, explicou ao P3 o jovem de 33 anos.
Pelas perguntas que eram colocadas, David Bernardo percebeu que “havia uma busca muito grande, mas também uma grande desinformação”. O que é que os portugueses sabem do Brasil? “A parte boa”, responde. “Chegam cá com pouca preparação, sem conhecer a cultura e acham que conseguem emprego em quatro dias. Não é assim.”
Foi por isso que nasceu o “Empregos no Brasil para Estrangeiros”, que vai organizar duas conferências (dia 25 na Universidade Nova, dia 27 na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) e um "workshop" (dia 26 na Ordem dos Engenheiros, em Lisboa), com o objectivo de informar os participantes sobre o mercado brasileiro, vistos, qualidade de vida e processos de recrutamento.
Mais de 35 mil seguidores no Facebook
A plataforma criada por David Bernardo, que conta agora com mais três colaboradores, tem como objectivo educar as pessoas que querem trabalhar fora, educar as empresas que querem contratar estrangeiros e ajudar os candidatos em toda a parte burocrática (vistos, residência, etc.). Para isso, o "Empregos no Brasil para Estrangeiros" aliou-se a empresas brasileiras (trabalham actualmente com três, mas já têm contactos com mais 25), que, apesar de precisarem de contratar mão-de-obra qualificada, “não pensam nos portugueses”, acredita David Bernardo: “Eles não têm contacto com a nossa cultura e não recebem influências portuguesas, nem as novelas”.
A ideia já chamou a atenção de mais de 35 mil pessoas no Facebook e na base de dados que a empresa desenvolveu já caíram 1500 currículos em 24 horas. “Enquanto o resto do mundo está em crise, o Brasil cresce”, diz David Bernardo, que fala de “escassez de bons profissionais” para sustentar este crescimento. Várias previsões apontam para a criação de cerca de dois milhões de novos postos de trabalho no Brasil em 2012 em quase todas as áreas.
O monumental Carnaval do Recife com multidões em cortejos de rua comandados por orquestras de frevo. Gigantones e super-heróis na vizinha Olinda. E legiões de mascarados em Bezerros. Eis o melhor do Carnaval no Estado de Pernambuco.
No Recife o divertimento chama-se "arrastão" e consiste em seguir na cauda de camiões com orquestras a tocar lá em cima. Quem dá música ao povo são agremiações, troças e todo um sortido de colectividades lúdicas, a maior das quais é o Bloco Galo da Madrugada, que "arrasta" para cima de dois milhões de foliões. Toda a gente dança frevo, mas só se mascara quem quer e o improviso está consagrado como parte integrante da diversão. É um carnaval urbano, cem por cento brasileiro, mas inclusivo e plural, como não há mais nenhum.
Enquanto isso, a vizinha Olinda é invadida por batalhões de Zés Pereiras e super-heróis brincalhões. Mais para o interior, em Bezerros, o ponto alto dos festejos é o concurso de máscaras papangus, enquanto em Nazaré da Mata os reis da festa são os agrupamentos de maracatus rurais. As distâncias são relativamente curtas entre essas cidades e o ideal é passar a quadra a circular entre os seus pólos festivos.
Aos olhos do forasteiro acabado de aterrar em terras de Pernambuco, o seu leque de carnavais encanta pela diversidade e certamente também pelo exotismo. Outras vantagens são a confortável margem de segurança das ruas, a qualquer hora do dia ou da noite, a gratuitidade de todos os eventos, ou ainda a simpatia contagiante da maior parte dos foliões locais. Desvantagens? Para nós que somos de fora há coisas difíceis de compreender e sobretudo de assimilar. Por que é que eles estão sempre a cantarolar as mesmas canções, que até nós já sabemos de cor? Como é que eles têm a lata de se queixarem que cinco dias de folia bestial não chega e ainda arranjam pretextos e andamento para prolongarem a farra até ao fim-de-semana seguinte?
Recife na rua
Há ensaios de cortejos e bailes pelo menos 15 dias antes, mas o arranque oficial dos festejos no Recife acontece com o Desfile Inverso, na noite de sexta, prévia à quarta-feira de Cinzas. É uma espécie de chamada às armas para as tropas de foliões, num desfile que integra um exército de 500 batuqueiros, em representação de uma dezena de nações de maracatus urbanos. Estes maracatus-nação tocam ritmos saltitantes de inspiração africana, nessa medida distintos dos maracatus rurais de matriz indígena, dominantes em festejos como os de Nazaré da Mata, de que falaremos mais à frente.
Depois dessa espécie de aquecimento que é o Desfile Inverso, o Recife atinge o êxtase no dia seguinte, com o Galo da Madrugada. Começa logo de manhã e dura o sábado inteiro, animado por uma mão-cheia de orquestras de frevo, que desfilam à vez pelas principais avenidas do centro histórico, o chamado Recife Antigo, ou Bairro do Recife. O frevo é o ritmo mais emblemático das festividades e remonta a finais do século XIX, quando se popularizou como declinação dançante do som das fanfarras militares, a que depois se veio juntar oswing localmente conhecido como ginga. Hoje o que mais se vê no Carnaval pernambucano são bandas de frevo instrumental, num estilo decididamente dançante e febril (vem daí o nome), mas também se cruzam formações de frevo-de-bloco mais melódico, ou até de frevo-canção.
O Galo da Madrugada é sobretudo isso, uma longa sucessão de orquestras de frevo montadas em trios eléctricos, camiões TIR localmente mais conhecidos por "freviolas". Este corteja só por si chega e sobra para "arrastar" multidões de "passistas" (como se chamam os dançarinos de frevo), sem recorrer a cordões super-organizados, nem a luxuosos carros alegóricos. Nesse aspecto o Carnaval do Recife contrasta, e muito, com os seus homólogos mais encenados e endinheirados da Baía, do Rio ou de São Paulo. É por certo uma festa gigantesca, onde a capital de Pernambuco mais genuinamente se retrata.
Quando acaba o Galo ainda há muito Carnaval para gozar, mas a diversão muda de registo e também de cenário. Passa a haver uma espécie de zona demarcada de folia, correspondendo a cerca de 12 km2 do centro histórico da cidade, onde se encontram montados oito pólos de animação, a que se acrescentam mais nove palcos descentralizados, disseminados pelo resto da cidade. O programa de festas inclui quatrocentos espectáculos gratuitos, dos quais participam 800 agremiações locais, mas há também shows mais convencionais a cargo de uma longa lista de artistas profissionais.
O Marco Zero - ampla praça com o nome oficial do Barão do Rio Branco, onde arrancam as estradas de Pernambuco -, fica reservado para as grandes estrelas da música brasileira e um punhado de celebridades internacionais. No Cais da Alfândega decorre anualmente o Rec Beat, festival dedicado a artistas mais jovens e alternativos, enquanto o Pátio do Terço acolhe manifestações de raiz africana. É neste último, justamente, que acontece a Noite dos Tambores Silenciosos, apoteose mística do Carnaval do Recife.
Durante a noite de segunda-feira, as estreitas ruelas do Bairro de São José são invadidas por nações de maracatus com os seus batalhões de tambores e gaitas, mas também cortes inteiras vestidas algures entre a realeza africana e a nobreza europeia do Barroco. O seu destino é só um, a Igreja de Nossa Senhora do Terço, onde à meia-noite em ponto se calam os tambores e a iluminação pública é cortada, sendo os maracatus encaminhados por tochas até à porta da igreja. O silêncio é finalmente quebrado pelas rezas em coro das mães-de-santo, num ritual de uma enorme intensidade dramática.
Há muito mais do que isso no Carnaval do Recife, cuja programação também inclui cortejos de candomblé de rua ou afoxé, e actuações de grupos especializados em danças de roda, como a ciranda e o coco, e escolas de samba procedentes de outros lados. No meio disto tudo, entre espectáculos e pólos de animação, é quase forçoso cruzar algum dos blocos líricos, que desfilam em contínuo e mais provavelmente sem plano pelo centro histórico da cidade, recriando sonoridades e fantasias de outras épocas.
Super-heróis em Olinda
Há quem prefira o Recife, há quem prefira Olinda, há até quem passe o Carnaval inteiro a fazer io-iô entre as duas cidades litorais, entre si separadas por apenas sete quilómetros de distância. Claro que se notam semelhanças e até coincidências, incluindo blocos que desfilam em ambas. Mas o Entrudo de Olinda é um negócio à parte, logo a começar pelo "salão" de festas em que se converte o seu centro histórico - uma das jóias coloniais mais bem preservadas do Brasil, "tombado" pela UNESCO em 1982.
No centro de Olinda não há avenidas largas, mas um colar de ladeiras sulcadas por ruas empedradas, muitas vezes estreitas e tortuosas. Mal arranca o programa de festas são como o metro em hora de ponta e é frequente os cortejos andarem no empurra do para cá e para lá, demorando uma eternidade para avançar meia dúzia de metros. Um impasse que, já se sabe, também faz parte da brincadeira. Os banhos de multidão justificam-se por outra peculiaridade que o evento tem vindo a ganhar nos últimos anos: as férias de Carnaval são a altura que muitos pernambucanos disseminados pela diáspora escolhem para voltar a casa, convertendo Olinda num grande ponto de (re)encontro, meio programado, meio fortuito. Reúnem-se as famílias, reveêm-se paixões e compinchas de longa data e isso é já meio caminho andado para fazer a festa.
Ao longo da quadra desfilam cerca de 500 agremiações e troças, que são agremiações mais curtas - grupos de amigos que entretanto vão crescendo e podem chegar aos 300 filiados. Dão sobretudo nas vistas os chamados "blocos debochados", caso por excelência do bloco Enquanto Isso na Sala de Justiça, que lidera os folguedos de domingo com toda a gente vestida de "super-qualquer-coisa", desde Super Homem a supermercado. Outro ponto alto é o Encontro dos Bonecos Gigantes, que na Terça-Feira Gorda invadem as ruas do centro histórico. Os bonecos são feitos de modo artesanal com o corpo em fibra de vidro e a cabeça e as mãos em esferovite. Têm em média dois metros de altura (cerca de quatro quando erguidos) e podem pesar até 50 kg.
O gigantone mais antigo a sair à rua é o Homem da Meia-Noite, criado em 1932. Cabe-lhe abrir oficialmente o Carnaval de Olinda de chaves da cidade em punho, enquanto o seu bloco arrasta uma multidão na ordem dos 400 mil. A tradição dos Zés-Pereiras é anterior ao Homem da Meia-Noite, mas só ganhou a ribalta nos anos 80 e hoje há mais de uma centena de bonecos a desfilar nas ruas da cidade durante o período carnavalesco. Essa recente profusão de gigantones tem muito a ver com o culto mediático da celebridade, uma vez que políticos e outras figuras públicas locais ganharam o hábito de encomendar duplos XL de si próprios aos melhores artesãos locais, para depois poderem desfilar ao seu lado pelas ruas. É um seguro motivo de orgulho, mesmo se a exposição pública conduz fatalmente a piadas trocistas, como manda a lei do Rei Momo.
Carnaval irreverente por vocação, o evento de Olinda também não respeita o calendário convencional, oferecendo como pico suplementar a quarta-feira de Cinzas. É nessa manhã que desfila o bloco Bacalhau do Batata, criado em 1962 por um garçonque por razões profissionais só podia festejar depois de os outros voltarem a casa. A resposta da cidade vizinha surgiu sob a forma dos Irresponsáveis de Água Fria, agremiação que agora comemora trinta anos de existência. Desfilam na Zona Norte do Recife com sete trios eléctricos e três carros alegóricos, arrrastando para cima de 250 mil.
Folias campestres
O Carnaval contagia todo o estado de Pernambuco, mas os rituais de folia são muito diferentes nas cidades do interior. Os Entrudos rurais são em geral mais tradicionais, menos comerciais e, pelo menos num par de casos, realmente únicos. Para o turista oferecem a mais-valia de abrirem a porta a um Brasil profundo e a uma demografia campestre com que, de resto, dificilmente contacta. Recomendam-se, assim, como alternativas ou complementos às festas de Olinda e Recife, até porque os melhores ficam a uma hora ou menos de carro dessas cidades litorais.
É o caso por excelência de Bezerros, cidade do Agreste nas margens da BR 232, a cerca de 100 quilómetros do Recife. Pelo menos desde os inícios do século passado, os homens ganharam o hábito de sair à rua com máscaras de folha de papel de embrulhar carne e roupas andrajosas, de forma a não poderem ser identificados pelas mulheres. Também aproveitavam para invadir em semelhante preparo as casas dos vizinhos e pedir que lhes servissem angu de milho (polenta), daí derivando a designação de Festa dos Papangu. O arraial manteve-se, mas o guarda-roupa alterou-se, primeiro com a introdução de máscaras em papel machê e mais recentemente em gesso, a combinar com caftas, batas longas e estampadas.
Os festejos arrancam dez dias antes do Carnaval, com o Bloco Acorda Bezerros a desfilar em pijama ou babydoll às três da madrugada. Mas o dia mais forte é o Domingo de Entrudo, dia do Concurso dos Papangus, que nas últimas edições tem tido uma média de dois mil inscritos em toda a espécie de categorias (individuais, de grupo, duplas e tradicionais). Bezerros tem menos de 60 mil habitantes, mas recebe nesse dia cerca de 200 mil foliões. Concorrentes, blocos, orquestras e meio mundo converge para a rua principal dessa cidade de província que, obviamente, fica a rebentar pelas costuras.
A Folia do Papangu seria uma espécie de Carnaval de Veneza transposto para um cenário tropical não fosse a alegria transbordante e o desmando caótico das suas legiões de mascarados. É, em qualquer dos casos, o único Carnaval temático do Brasil, o terceiro maior de Pernambuco, o maior do interior do estado e não pára de crescer. Também a crescer está o Entrudo de Nazaré da Mata, a 65 quilómetros do Recife com acesso pela BR-408. Aqui o prato forte é maracatu rural ou de baque solto, que remonta aos inícios do século XIX e terá resultado da fusão de várias manifestações folclóricas locais (bumba-meu-boi, pastoril, cavalo-marinho, caboclinho, folia-de-reis).
As orquestras empregam um arsenal de instrumentos artesanais tais como o gongê, o ganzá, o surdo, o tarol e a zabumba, enquanto os mestres de cerimónias declamam versos improvisados ou loas. Destaque especial no Carnaval de Nazaré da Mata merece a extensa galeria de personagens da corte, incluindo reis, rainhas, damas da corte, embaixadores, vassalos, porta-estandartes e caboclos de lança, que se juntam para desfilarem na segunda e na terça de Carnaval, sempre vestidos com fantasias aparatosas e cintilantes. Na edição do ano passado desfilaram 36 nações de maracatus, 22 da própria cidade e as restantes de municípios vizinhos da Zona da Mata. Tão populares são as fantasias dos caboclos de lança com as suas golas bordadas, perucas reluzentes e lanças coloridas, que são também chamados a actuar regularmente nos carnavais de Olinda e do Recife.
Programação 2012
A inauguração oficial do Carnaval do Recife será, como de costume, assinalada com um desfile de batuqueiros dirigido por Naná Vasconcelos, na noite de sexta-feira, 17 de Fevereiro. Na manhã seguinte sai o Galo da Madrugada, que desta vez irá homenagear o nascimento de Luís Gonzaga (1912-1989), lendário Rei do Baião. O festival Rec-Beat vai para a 17.ª edição no Cais da Alfândega entre 18 e 22 de Fevereiro, com presenças confirmadas (para já) de Criolo de São Paulo e da cubana Yusa. No palco do Marco Zero passarão artistas mais consagrados como Mayra Andrade, Lenine, Seu Jorge, Beth Carvalho, Elba Ramalho e Alceu Valença. No capítulo das chamadas "prévias carnavalescas", destaque para o Olinda Beer, a 12 de Fevereiro, ou seja, no domingo anterior ao de Carnaval, onde actuam Ivete Sangalo e Chiclete com Banana, entre outros. O famoso bloque Enquanto Isso, Na Sala de Justiça também tem prévia de Carnaval nesse dia, no Centro de Convenções de Olinda, onde a festa será animada pelo cantor Otto. O cartaz completo dos festejos está disponível emwww.programaçãocarnavalrecife.com.br
As declarações de incentivo à emigração por parte de autoridades portuguesas não causam nenhum desconforto ao Brasil, afirmou à Lusa o secretário nacional de Justiça do país, Paulo Abrão, garantindo que essa mão de obra é bem-vinda.
"Não vemos nessa atitude nenhum problema que possa configurar algum tipo de desconforto. A receção de irmãos portugueses, para contribuir para o crescimento da nação, é muito bem-vinda", declarou o responsável.
Nas declarações à agência Lusa, Paulo Abrão afirmou que a relação do Governo brasileiro com as autoridades portuguesas "é de reciprocidade". "São relações diplomáticas irretocáveis", considerou.
O secretário nacional de Justiça do Brasil falava à Lusa para comentar o aumento na concessão de vistos de trabalho a portugueses nos últimos meses, que foi o maior, em termos absolutos, entre todas as nacionalidades.
328.856 portugueses com visto
Segundo dados do Ministério da Justiça, no final de 2009 276.703 portugueses viviam no Brasil com visto temporário ou permanente. Em junho de 2011, esse número atingia os 328.856.
Paulo Abrão atribui o aumento a fatores de ordem "económica, política e cultural", negando que tenha havido qualquer mudança administrativa ou legal por parte das autoridades brasileiras que facilitasse a entrada de portugueses.
"Isso é um reflexo do crescimento económico do Brasil. A nossa economia tem-se consolidado no mercado internacional", declarou.
O governante cita a elevação nos índices de investimentos estrangeiros no país, a sua maior exposição internacional em virtude do Mundial2014 de futebol e dos Jogos Olímpicos de 2016 e a tradição brasileira de receber imigrantes como fatores atrativos de mão de obra.
Tratados de cooperação entre os dois países
Apesar de não ter havido nenhuma mudança recente de regras, a entrada de mais trabalhadores portugueses pode estar relacionada com a consolidação dos tratados de cooperação e de facilitação da circulação de pessoas entre o Brasil e Portugal, assinados no início dos anos 2000.
"É claro que todo e qualquer acordo de cooperação tem um tempo de maturação, seja para a sua difusão entre os agentes governamentais, seja para o conhecimento da população", afirmou o secretário nacional de Justiça.
Abrão rejeitou, assim, as críticas por parte de alguns cidadãos portugueses que dizem ter muitas dificuldades para obter vistos. "Os números falam por si", afirmou o responsável.
A crise em Portugal é considerada o principal motivador do aumento da emigração de trabalhadores. Apesar do prognóstico de agravamento da situação económica em 2012, Abrão disse que o Brasil não pretende impor limites à entrada de portugueses.
Popular revista anunciou os vencedores do concurso de fotos. Divididas por três temas (Natureza, Pessoas e Lugares), foram também destacadas imagens com menções honrosas e as escolhas do público.
Isabela, de dois anos, tornou-se famosa no YouTube com o vídeo "Não fecha a porta, tá? Tranquilo?". Um ano depois, as receitas de publicidade alcançadas com as imagens pagam os tratamentos a uma lesão da menina.
"Não fecha a porta, tá? Tranquilo?". A frase de Isabela, de dois anos, tornou-se um verdadeiro fenómeno de popularidade na Web depois do seu pai ter publicado no YouTube o vídeo onde a menina demonstra total indignação por lhe terem fechado a porta do quintal. Um ano depois, as imagens já foram vistas por mais de 11 milhões de pessoas, popularidade que acabou por ser preciosa para conseguir pagar um tratamento de saúde da própria Isabela.
Inesperadamente, o pequeno vídeo caseiro começou a ter uma avalanche de acessos diários. A espontaneidade de Isabela levou o pai a ir filmando mais episódios engraçados da filha e a abrir o canal "Aventuras da Menina Isabela" , no YouTube.
Os fãs, tal como as visitas aos vídeos, foram-se multiplicando e um dia o pai recebeu um convite da Google a propor parceria. Resumindo: a publicidade inserida tanto no vídeo de Isabela, como no canal criado para os episódios da menina, gera agora lucros que vieram ajudar a família a suportar os gastos dos tratamentos que a menina precisa para recuperar de um problema de saúde.
Lesão provocada pelo parto
Ao nascer, Isabela sofreu uma lesão grave: "Foi um parto natural complicado, que resultou numa grave lesão do plexo braquial direito. O plexo braquial é um conjunto de nervos responsável pelo movimento e sensibilidade dos membros superiores. Por isso, perdeu todos os movimentos do braço direito", explicam os pais no perfil de Facebook que criaram para os fãs da menina.
Para voltar a mover o braço, Isabela foi submetida a uma cirurgia em 2010, poucos meses antes do vídeo ser publicado no YouTube. "Ainda estávamos a pagar a operação quando o vídeo foi publicado", contaram os pais, em entrevista à Globo. "O seguro de saúde não cobria o tratamento e os gastos com a cirurgia foram muito altos. No fim, acabou por ser a Isabela quem pagou tudo".
As receitas da publicidade começaram a pingar em outubro de 2010 e, atualmente, a família recebe todos os meses o dinheiro suficiente para pagar o tratamento de Isabela e ainda as aulas de hidroterapia, fisioterapia e ballet. As melhoras saltam à vista, com a menina a ser já capaz de fechar o braço e movimentar os dedos.
Apesar do sucesso dos vídeos de Isabela - cujo canal no YouTube tem quase 24 mil subscritores e mais de 30 milhões de visitas em apenas um ano - , os pais não pretendem uma carreira televisiva para a filha. "Não queremos seguir esse caminho, nem expô-la de mais. Depois do Natal, vamos parar".
Katy Perry actuou no primeiro dia do festival Sergio Moraes/REUTERS
Desde ajudar metaleiros a fugir de prostitutas ou pôr toalhas brancas para a cantora que não tocava no chão caminhar, Ingrid Berger é responsável por atender os pedidos mais excêntricos dos ídolos da música. Mas hoje confessa que já aprendeu a dizer “Não!”
Os fãs dos Guns N’ Roses têm que torcer para que Ingrid Berger, responsável pelos camarins da edição carioca do Rock in Rio, encontre, até domingo, a cerveja checa exigida por Axl Rose nas quatro páginas de pedidos enviados, pelo manager da banda de rock, à produção do festival.
O vocalista dos Guns N’ Roses é o campeão de exigências que vão desde champanhe Krug ou Cristal até cerveja australiana (Buddha Beer) ou a checa que Ingrid ainda não conseguiu encontrar. Dias antes de o festival começar até domingo, quando termina, no Brasil, a produtora dorme apenas duas horas por noite para satisfazer os pedidos das 38 bandas que actuam durante os sete dias de concertos.
Ingrid Berger recebeu o Life&Style no complexo de contentores que formam os 22 camarins, no sábado passado, segundo dia do Rock in Rio. Em 25 minutos, somos interrompidos pelo menos cinco vezes. “Elas são todas bonitinhas e simpáticas”, aponta Ingrid para as assistentes das bandas (Snow Patrol e Red Hot Chili Peppers estavam nos camarins para os últimos concertos da noite), “mas estão a pedir coisas desde as oito da manhã [são 22h]. Chega esta hora ninguém aguenta mais. Hoje já pediram um spray para o cabelo da marca tal, pizza... e a cada momento vem um pedido novo. Ontem foi a Rihanna. Chegou às oito da noite e eu disse: ‘Chega, não. Não dá mais’. No início da carreira, eu tinha receio que o artista ficasse chateado e isso pudesse atrapalhar o concerto, mas agora não. Já briguei com muito manager mas nunca com um artista.”
Ingrid trabalha no Rock in Rio desde 1991, quando foi produtora da MTV. Depois passou a ser responsável pelos camarins. É uma veterana em lidar com os bastidores da música e, ao longo dos anos, traz na bagagem uma colecção de histórias para contar. Uma espécie de memorabilia das excentricidades dos artistas.
Prince
“Prince queria jantar sozinho. Mandou fechar o Antiquarius (o restaurante português mais caro e elegante do Rio de Janeiro). Não queria ver nem o empregado de mesa. Ele só deixava o prato e saía. Há estes artistas que não querem lidar com seres humanos.”
Metallica
“Os Metallica eram muito jovens quando vieram ao Rock in Rio de 1991 e queriam gravar um clip com prostitutas no cais do porto do Rio de Janeiro. Nós avisamos, mas eles insistiram. Chegámos lá. Quando as prostitutas, umas senhoras gordas, desdentadas, viram aqueles meninos louros e muito jovens, saíram a correr atrás deles, e aqueles roqueiros metálicos saíram a fugir, a correr para o carro, desesperados, com medo das prostitutas. Agora imagine a cena...”
Whitney Houston
“A Whitney Houston, no auge da carreira, não tocava no chão. Ela ia andando e eu tinha que ir, à sua frente, e, a cada passo, colocava uma toalha branca para ela pisar. Quando se sentava, era a mesma coisa. Ela não se sentava sem uma toalha branca sobre o sofá.”
Stereophonics
“Os rapazes tinham alergia a tudo. Tudo tinha de ser esterilizado, cada bocado de comida tinha de ser enrolado em plástico. Era uma loucura. Não aguentava mais!”
Bryan Ferry
“A maior surpresa foi o Brian Ferry, pela elegância, gentileza e pela educação. Fiquei muito bem impressionada.”
Eric Clapton
“A maior decepção. Tinha loucura para conhecê-lo, para trabalhar com ele. Aqui, no Brasil, fazemos não apenas o camarim mas vamos ao aeroporto buscar o artista. Cheguei cedo e ele saiu do avião mal-humorado, de ressaca, um homem que grunhia como um cão. Antipático. Julguei que ia morrer.”
Rammstein
“São mesmo difíceis. Já tínhamos encerrado tudo e eles continuavam no camarim e eu dizia ‘temos de ir embora, temos de desmontar tudo’ e eles ‘tirem o sofá que a gente vai continuar a festa’. Enlouqueceram-me em 2010.”
U2
“Quando eles entram no camarim, não pode haver ninguém no corredor, ou seja, todo o mundo tem de sair da frente, tem de parar de trabalhar para eles passarem.”
Kenny G
“O manager de Kenny G mandava-me faxes — na época, não havia correio electrónico — com os horários: ‘17h01 sopa, 17h05 salada, 17h10 prato com peixe...’ E eu entrava na hora certa com o prato, com receio de me atrasar. Até que Kenny G virou-se para mim e me convidou para jantar, dizendo que não aguentava mais comer sozinho. E eu não sabia o que fazer.”
“A maior parte destas exigências não vem dos artistas, mas dessa entourageque força a isso, a esse isolamento. Ou seja, não são os U2 que não querem ver ninguém, não é o Kenny G que quer comer sozinho”, avalia Ingrid.
O mais difícil para a produtora não é gerir os pedidos estranhos das estrelas, mas sim o espaço físico, porque os desenhos dos camarins são feitos antes de os artistas serem contratados. “Sempre falta espaço”, diz. No primeiro dia da edição de 2011, Katy Perry levou 70 pessoas. Contando com a entouragede Elton John e de Rihanna, eram mais de 200 pessoas nos camarins. “Não conseguíamos andar aqui”, queixa-se.
Todos os dias, Ingrid e a equipa de 12 profissionais mudam tudo de lugar. Dos móveis aos detalhes na decoração, de acordo com os pedidos feitos.
Ingrid recorda com nostalgia a edição de 2001 do Rock in Rio, no Rio de Janeiro, quando tinham camarins com ginásio, espaço zen e local para exposições de artesanato. Eram 700 pessoas a circular por dia.
A brasileira compara o comportamento dos artistas de hoje ao dos festivais de rock de há 30 anos: "São menos destrutivos, menos junkies. São vegetarianos, todos orgânicos (comem todos saladinha), mais saudáveis. Não preciso mais pedir churrascos. Os Red Hot Chili Peppers vão comer legumes e peixe. Ninguém mais pede carne."
Quando fala de Axl Rose, o último a apresentar-se no domingo, Ingrid suspira. Conhece Axl de outros festivais e sabe melhor do que ninguém que aparecerá com pedidos de última hora. Mas, com ou sem a cerveja checa, Ingrid vai atender o seu próprio e único pedido: quando o concerto dos Guns N’ Roses terminar e o trabalho nos camarins estiver encerrado, a loura sorridente — que admite ser impossível ter vida pessoal e quase não dorme há duas semanas — vai para a região serrana do Rio de Janeiro, ficará quatro dias sem telefone, sem Internet, sem televisão. Fora do ar.
Ministra brasileira não gostou do conteúdo do anúncio (DR)
Um ano depois da proibição do anúncio da americana Paris Hilton pelo Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária, por ser “demasiado sexy”, a Secretaria de Políticas para as Mulheres, dependente da Presidência brasileira, pediu agora a suspensão de um conjunto de anúncios com a manequim brasileira Gisele Bundchen. A secretaria defende que a publicidade “reforça o estereótipo, enganoso, das mulheres como objectos sexuais para os seus maridos”.
Os anúncios estão a ser transmitidos desde o dia 20 de Setembro nos canais de televisão brasileiros e, segundo um comunicado da presidência, desde essa altura a Secretaria de Políticas para as Mulheres tem recebido várias “reclamações de indignação que dizem respeito à publicidade”. A presidência enviou uma carta com um pedido de suspensão ao responsável pela regulação da publicidade, “manifestando o seu repúdio à campanha”.
No anúncio, que publicita roupa interior da marca Hope, a modelo brasileira (que goza de grande projecção internacional) ensina as mulheres qual a melhor forma de transmitir más notícias aos seus maridos. Primeiro a modelo aparece vestida a informar o marido que algo menos bom aconteceu. Logo depois, vestida apenas com roupa interior, Bundchen dá a mesma notícia ao marido, com a marca a sublinhar que essa é a forma "certa" de transmitir más notícias. A publicidade termina com a voz de um narrador a dizer: “Você é brasileira, use o seu charme”.
A secretaria, que depende directamente da presidente Dilma Rousseff, afirma que a publicidade tem um conteúdo discriminatório e que infringe os artigos referentes aos direitos das mulheres consagrados na Constituição brasileira.
O proprietário da marca de roupa também já se pronunciou sobre a nota divulgada pela secretaria da presidência: “O objectivo definido era mostrar, com humor, que a sensualidade natural da mulher brasileira, reconhecida mundialmente, pudesse ser uma arma eficaz, no momento de dar uma má notícia”.
Não se conhece ainda a decisão do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária do Brasil, país onde é recorrente a utilização da sensualidade e o corpo das mulheres nos anúncios publicitários para promover diferentes tipos de produtos.
Um trocadilho com o dia 6 do mês 9, numa campanha de marketing de uma marca de preservativos brasileira, deu origem à comemoração do Dia do Sexo.
Tudo começou com uma campanha de marketing da marca de preservativos brasileira Olla , que sugeria a implementação do Dia Mundial do Sexo a 6 de setembro de 2008. O dia, que remete para um trocadilho entre o dia 6 e o mês 9, é agora um sucesso que não cai em esquecimento e, pela Internet, corre mesmo um "Manifesto Pelo Dia do Sexo", que não é ainda oficialmente previsto na constituição brasileira.
"Dia das mães, dia dos pais, dia das crianças, dia dos namorados. No meio de tantas datas comemorativas no nosso calendário oficial, por que não criarmos um dia em homenagem àquilo que deu origem a tudo: o Sexo?", lê-se no manifesto, mais uma vez impulsionado pela Olla.
No Facebook e no Twitter, o "Dia do Sexo" move centenas de comentários, sendo que a marca de preservativos promove um "Consultório Sem Vergonha " online, onde os internautas podem participar e deixar as suas questões a partir das 21h.
Manifesto Dia do Sexo
Dia das mães, dia dos pais, dia das crianças, dia dos namorados. Em meio a tantas datas comemorativas no nosso calendário oficial, por que não criarmos um dia em homenagem àquilo que deu origem a tudo: o sexo?
Pense bem. Graças a ele você existe, sua família existe, a humanidade inteira existe. O sexo está presente em tudo, desde a literatura, arte e moda, até a Bíblia.
Sexo é música. Sexo é dança. Sexo é muito mais que um ato. Ele é prazer, amor, vida. E é por esta importância que nós estamos propondo a criação do Dia do Sexo.
Um dia para a sociedade brasileira discutir abertamente o assunto. Mostrar o seu lado positivo. Quebrar tabus. Acabar com preconceitos. Disseminar o sexo seguro. E, é claro, fazer sexo.
Por estas razões, acreditamos que o Dia do Sexo seja essencial no calendário oficial do Brasil. E pedimos o seu apoio para esta iniciativa.
Noiva brasileira não usava lingerie sob o vestido. Padre recusou-se a celebrar o casamento, acusando-a de desrespeitar o altar sagrado.
Um padre brasileiro recusou-se a celebrar um casamento porque a noiva não estava a usar roupa interior. A união foi cancelada perante 230 convidados que, estupefactos, ouviram o sermão do pároco sobre "o respeito pelo altar sagrado".
O episódio ocorreu em Maceió, Alagoas, Brasil e foi desencadeado pelo enorme decote nas costas do vestido que a noiva envergava. Esse facto desagradou de imediato o padre Jonas Mourinho, de 68 anos, que chamou a noiva à atenção quando esta chegou ao altar.
Desconfiado, o padre encaminhou a nubente, de 25 anos, para a uma sala da sacristia, onde solicitou a uma 'ministra' daquele espaço para confirmar se a jovem tinha roupa interior vestida.
"Depilação púbica incentiva pedofilia"
As suspeitas do padre confirmaram-se, sendo que a jovem não usava nem sutiã... nem cuecas. E a revelação na 'ministra' foi ainda mais longe, ao acrescentar no seu relato que a noiva tinha os pelos púbicos totalmente depilados.
Aqui, o padre alegou ser este um incentivo à pedofilia: "Os pelos púbicos marcam a transição entre a infância e a vida adulta, portanto, retirá-los seria incentivar os pedófilos à prática sexual".
O religioso cancelou o casamento e informou os pais dos noivos e, posteriormente, os convidados de que "a noiva não respeitava o altar sagrado".
Indignada, a noiva acusou o padre de ser "um pervertido, que ao invés de querer celebrar o casamento estava a pensar em taradices" com ela.
Depois deste episódio, o padre Jonas deixou dois avisos afixados na apostila do curso de noivas: "noiva sem calcinha é satanás na cabecinha" e "vagina careca é o diabo na boneca".
Imagem dos dois homens que enganaram a agência Reuters (Reuters)
O funeral de Amy Winehouse, que aconteceu esta terça-feira em Londres, foi apenas para a família e os amigos mais próximos mas afinal contou também com a presença de intrusos. Os brasileiros Daniel Zukerman, do programa televisivo de humor “Impostor do Pânico” da RedeTv, e André Machado, editor do programa, conseguiram entrar na cerimónia privada e às lentes dos fotógrafos passaram por dois amigos da cantora.
A fotografia dos dois, aparentemente emocionados, apareceu em centenas de jornais e sites de todo o mundo. A agência Reuters, responsável pela imagem e sua legenda, já pediu desculpas.
Aquela que parecia ser uma das imagens do funeral de Amy Winehouse e que representava a dor dos amigos presentes na cerimónia é afinal uma fraude. Os dois homens que aparecem na fotografia e que foram identificados pela Reuters como duas pessoas de luto abraçadas à saída do funeral são dois humoristas brasileiros, um deles, Daniel Zukerman, é já conhecido no Brasil pelas suas constantes invasões em acontecimentos fechados. Inspirado no francês Rémi Gaillard, conhecido pelas suas peripécias cómicas, Daniel já se tinha infiltrado no funeral de Michael Jackson, tentou a mesmo sorte no casamento do príncipe William com Kate Middleton e no Brasil conseguiu mesmo infiltrar-se no programa "Big Brother".
Em Londres, os dois humoristas apareceram vestidos de preto e com um quipá, utilizado pelos judeus como símbolo da religião e sinal de respeito a Deus. Entre abraços e choros os dois enganaram todos e passaram por convidados da cerimónia, chegando mesmo a dar entrevistas. “Perdemos uma amiga”, disse Daniel a uma televisão alemã, enquanto André chorava e pedia desculpa pela emoção.
A Reuters pediu entretanto desculpa pela confusão e por ter dado a informação errada que rapidamente se espalhou entre a comunicação social.
Nas redes sociais e na Internet o assunto já está a dar que falar. Há quem se ria e aplauda a proeza dos humoristas mas também são muitos os que criticam Daniel Zukerman e André Machado, acusando a dupla de não respeitar a morte da cantora.
Com pré-venda, entrevista e lançamento pela Internet, o cantor brasileiro Chico Buarque conseguiu vender até agora, e sem sair de casa, 8 mil unidades do novo álbum, que só chega às lojas a partir de sexta-feira.
O número não parece imponente, especialmente se comparado com os discos mais vendidos da História, mas é uma vitória na luta contra a pirataria e contra os descarregamentos gratuitos na Internet.
Os assessores responsáveis lembram que este é apenas o primeiro lote de exemplares destinado aos fãs mais ansiosos, já que a venda em loja começa de verdade a partir da próxima semana.
Quem adquiriu o CD "Chico" em pré-venda já começou a recebê-lo em casa desde quarta-feira, dia em que houve um lançamento virtual, no qual Chico Buarque fez, a partir de casa no Rio de Janeiro, uma apresentação ao vivo pela Internet de duas das novas canções, "Sinhá" e "Nina".
A actuação, que durou 30 minutos e foi transmitida ao vivo na página do cantor na Internet, registou 147 mil acessos, sendo 15 mil simultâneos, segundo informações de sua assessoria.
A sobrelotação chegou a bloquear a página por alguns instantes, mas Chico Buarque repetiu os agradecimentos que fizera no começo para não desagradar os fãs que tinham perdido o início da apresentação.
Acompanhado de João Bosco na guitarra acústica, o cantor e compositor brasileiro cantou o tema "Sinhá" e logo, a atender o pedido da plateia que o via comodamente em suas casas, a inédita “Nina”. Chico também conversou com o parceiro musical e respondeu a algumas perguntas dos internautas.
A apresentação tornou-se rapidamente um dos temas mais comentados do Twitter no Brasil.
Outra estratégia inovadora foi o vídeo virtual publicado com exclusividade para a imprensa na semana passada, no qual Chico Buarque aparece a comentar o seu novo trabalho.
Com esta estratégia, o músico conseguiu escapar à "enxurrada" de pedidos de entrevistas que recebe a cada vez que um álbum seu é anunciado, mas foi, ainda assim, a capa dos cadernos de cultura de todos os principais jornais do país.
Depois de três anos de espera, um casal homossexual de Itapetininga, interior de São Paulo, conseguiu na Justiça adotar de uma vez cinco irmãos com idade entre quatro e dez anos. As crianças, abandonadas pelos pais, viviam em um abrigo público municipal de Sumidouro, no Rio de Janeiro. São duas meninas, com 4 e 10 anos de idade, e três meninos, com idades de 7, 8 e 9 anos. O casal Leandro e Miguel - os sobrenomes não são divulgados para preservar a identidade das crianças - está junto há mais de dez anos.
Desde que decidiu ter filhos adotivos, o casal passou a fazer contato com conselhos tutelares de várias cidades. Assim chegaram aos irmãos de Sumidouro. Quando houve o primeiro contato, há três anos, a quinta criança ainda não estava no abrigo.
A diretora do Departamento de Proteção à Criança e ao Adolescente do município, Gilniceia da Silva Ramos, conta que os pais biológicos são vivos, mas têm problemas de alcoolismo e dependência química. Os três filhos mais velhos foram encaminhados ao abrigo pelo Conselho Tutelar, em 2002. "Fizemos quatro tentativas de reinserção na família, sem sucesso", disse.
Além da vulnerabilidade social, as crianças passaram a sofrer risco de violência física. Nas últimas duas vezes, os menores retornaram para o abrigo acompanhados dos irmãos mais novos. O quarto filho, por exemplo, foi internado com sete meses de idade. O processo de adoção correu no Fórum de Sumidouro. A Justiça local trocou informações com a de Itapetininga para avaliar se o casal tinha condições de manter as crianças.
Leandro e Miguel foram considerados aptos para a adoção. Na audiência final, eles ficaram frente a frente com os pais biológicos, que abriram mão da guarda das crianças. No novo lar, os irmãos estão recebendo acompanhamento psicológico. Eles ganharam novos documentos com os sobrenomes dos pais adotivos.
Pela lei brasileira, o estado civil e a preferência sexual não são relevantes para autorizar ou não a adoção. Os pretendentes devem ter mais de 18 anos, ser pelo menos 16 anos mais velho que o adotado e comprovar a idoneidade moral. Também devem comprovar que possuem condição material de prover o sustento das crianças.
Cerca de 84 milhões de preservativos serão distribuídos gratuitamente durante o Carnaval deste ano, em todo o Brasil, para prevenir a transmissão da sida, anunciou hoje o Ministério da Saúde. A distribuição insere-se numa campanha publicitária educativa dirigida a jovens entre os 15 e 24 anos, faixa etária onde o número de contaminações está a aumentar, segundo as estatísticas oficiais.
"Em cada dez meninas infetadas, há oito meninos com a doença", apontou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao anunciar a campanha, em Brasília.
O ministro disse que a falsa perceção de segurança no parceiro, a idealização romântica e a necessidade de provar confiança fazem com que as raparigas não utilizem o preservativo.
A campanha inclui anúncios de rádio, televisão e em sítios da internet, com expressões como "Sem camisinha, não dá".
Estatísticas apontam para cerca de 630 mil contaminados pelo vírus da Sida no Brasil, país cuja política de prevenção e de tratamento da doença já recebeu prémios internacionais pelos resultados alcançados.