Depois de ver a fotografia infeliz do rei Juan Carlos ( aparentemente feliz em 2006), de caçadeira em riste, com um elefante morto atrás de si com a tromba dobrada e colocada propositadamente - em jeito de troféu - de encontro a uma árvore, o mínimo em termos de sofrimento que desejo a este senhor são as múltiplas fracturas na anca a que teve direito ao cair de rabiosque no chão, há poucos dias, em pleno acampamento de caça grossa. Por mim podia ter partido a real tromba, ser atropelado por uma manada de elefantes em fuga ou servir de entrada à ceia de meia dúzia de leopardos. Dormia (eu, e não o rei) bem mais descansado.
A proprietária do acampamento onde Juan Carlos deu o tombo - a empresa Rann Safaris - cobra milhares para que este tipo de pessoas goze com a vida, neste caso regozije com a morte, imputada de forma facínora e cruel a diferentes animais selvagens que têm oportunidade nula de se defenderem. É caso para perguntar: quem é o selvagem, o elefante ou o rei? Cobarde. Um verdadeiro nojo.
A mesma empresa oferece pacotes de diversão/massacres selvagens que vão de safaris de 14 dias para caçar elefantes no Botswana ao preço de 59.500 dólares, 14 dias de safari para caçar leopardos por 46.900 dólares ou ainda 14 dias para caçar búfalos a 29.120 dólares. O rei nuestro hermano parece adorar este tipo de pacotes pois figura numa outra foto divulgada de espingarda na mão junto ao corpo já sem vida de dois búfalos. Haja dinheiro (crise? o que é isso?), falta de humanidade e sobretudo excesso de estupidez. Curiosamente, ou não, poucos minutos após a publicação desta informação a página principal da Rann Safaris foi bloqueada : 'This Account Has Been Suspended'.
Até há algum tempo achava que as famílias reais europeias mantinham a função (paga e bem pelos contribuintes dos países que ainda sustentam esta pândega) de animar os súbditos com historietas de faca e alguidar, imbecilidades, debilidades, escândalos e disparates. Mudei de opinião: esta gente não serve para rigorosamente nada.
Brigitte Bardot, em carta aberta ao rei de Espanha, foi clara: "É indecente, repugnante e indigno de uma pessoa com a sua responsabilidade. Você é a vergonha de Espanha". Nada a acrescentar.
Retirado do Expresso
Foi no final da Segunda Grande Guerra que o estilista Louis Réard inventou o bikini.
Os americanos desenvolverem um programa de testes nucleares durante esse conflito mundial em Atol de Bikini - onde se testaram bombas atómicas experimentais, inclusive em julho de 1946, iguais à que lançaram em Hiroshima e Nagasaki .
Foi precisamente nesta altura que Louis Réard aproveita para lançar a sua grande invenção de duas peças: o bikini, que funcionaria também como uma bomba atómica no vestuário feminino da época.
O nome desta indumentária composta por duas peças foi precisamente inspirado no "Atol de Bikini" que é um atol no Oceano Pacífico
O estilista conseguiu provocar o impacto que queria. Além de ter provocado uma explosão imediata após o seu lançamento, o bikini foi proibido em vários países, nomeadamente em Portugal.
Nos anos 60 do século passado, o bikini teve o seu momento de fama. Sobretudo por ter sido usado inúmeras vezes por míticas atrizes de cinema, como Brigitte Bardot, Marilyn Monroe ou Ursula Andress.
Hoje, tornou-se numa peça de vestuário comum e essencial sempre que se vai à praia. No entanto, não deixa de ser uma peça com História que acompanha até hoje anualmente as tendências da moda. Vale bem a pena por isso recordar os vários modelos de bikini ao longo das décadas na fotogaleria que se segue.