Os Buraka Som Sistema atuam pela primeira vez nos Coliseus do Porto e de Lisboa em novembro, algo "muito especial", mesmo para uma banda que já teve uma plateia de mais de cem mil pessoas na Colômbia.
"Claro que tem [um sabor especial atuar nos Coliseus]. Obviamente que tocar no Rock al Parque [em julho deste ano em Bogotá, Colômbia] para 110 mil pessoas foi espetacular, mas é um 'feeling' completamente diferente de tocar no Coliseu, no país onde vivemos. Os Coliseus continuam a ser uma coisa muito especial em Portugal", afirmou um dos membros da banda, Riot (Rui Pité), em entrevista à agência Lusa.
Nos concertos será apresentado o mais recente trabalho da banda, "Komba", a editar na segunda-feira.
"Por norma as bandas fecham a tour [digressão] no Coliseu, nós, como somos do contra, preferimos começar", disse Riot.
Em Lisboa e no Porto, a ideia dos Buraka Som Sistema é, nas palavras de outro dos membros, Kalaf Ângelo, "fazer as canções brilharem em todo o seu esplendor".
"Não vamos estar com grandes subterfúgios, não vamos estar a exagerar, que é isso que se espera de uma banda que chega ao Coliseu: pirotecnia, balões. Se bem que balões são uma boa ideia, mas vamos tentar fazer com que as canções tenham o seu espaço. Vamos preocupar-nos em dar um bom concerto", garantiu.
Os Buraka Som Sistema, uma das mais sólidas bandas portuguesas no circuito internacional, estarão no dia 10 de novembro no Coliseu de Lisboa e no dia 19 desse mês no Coliseu do Porto.
Nos últimos meses, o grupo tem estado entre cá e lá, em festivais portugueses e estrangeiros. Em julho atuaram, além de Portugal, na Colômbia e na Hungria, em setembro estiveram na Alemanha e em Itália e este mês já passaram pelo Brasil e pelos Estados Unidos da América.
No currículo, a banda conta ainda com atuações em países tão díspares como Espanha, Japão ou Cabo Verde.
Os Buraka Som Sistema são J-Wow (João Barbosa, DJ), Conductor (Andro Carvalho, MC), Riot (Rui Pité, DJ) e Kalaf (Kalaf Ângelo, MC).
Via Expresso
Um dos temas novos é 'Hangover (BaBaBa)', cujo teledisco foi hoje estreado no site da publicação norte-americana Pitckfork, e mostra o grupo em Cabo Verde, quando actuou no festival Baía das Gatas, em 2010.
Com 'Hangover (BaBaBa)', os Buraka Som Sistema reforçam a ideia de que estão cada vez mais à vontade num terreno musical que não se resume às derivações do kuduro, ao house e a todas a outras batidas urbanas e eletrónicas.
«Não é house, não é dubstep, não é techno e nem sequer é kuduro», refere o músico e produtor João Barbosa, um dos quatro elementos dos Buraka Som Sistema em comunicado.
'Komba' será o segundo álbum dos Buraka Som Sistema, três anos depois de 'Black Diamond'.
Nestes três anos entre discos, o grupo esteve particularmente activo tanto em edições de remisturas como em actuações em clubes e festivais por todo o mundo, como o Coachella, nos Estados Unidos.
Sobre o novo álbum sabe-se que foi gravado numa espécie de retiro do grupo no Algarve e contará com a participação de Mixhell, projecto de hip hop e electrónica do brasileiro Igor Cavalera.
O EP 'Hangover (BaBaBa)', que será lançado em Junho pela Enchufada vai incluir remisturas de Tony Senghore, Swick e Oui'Wack.
Até ao final do verão, João Barbosa (Lil´John), Andro Carvalho (Conductor), Rui (Riot) e Kalaf têm previstos vários concertos, entre os quais passagem a 21 de Maio por Luanda.
Em Junho terão três datas no festival Sonar, na Corunha e em Barcelona, e em Setembro integram o festival Rock in Rio, no Brasil, onde actuarão com Mixhell.
Via Sol