"Se você escolher demais vai acabar sozinha". Atire a primeira pedra quem nunca ouviu essa frase na vida ao reclamar que falta homem no "mercado". Em tempos de namoros-relâmpago e sexo casual, escolher alguém para a vida toda tem sido uma tarefa cada vez mais difícil.
Mas há gente defendendo que o problema não está na falta de pretendentes, mas sim na variedade, que deixa a mulherada cada vez mais confusa.
Segundo um estudo realizado por pesquisadores britânicos e publicado no jornal britânico "Biology Letters", em março deste ano, quanto mais opções uma pessoa tiver para escolher um parceiro amoroso, maior a probabilidade de ficar sozinha. Para os autores da pesquisa, variedade é bom, mas em pequena quantidade, para que o cérebro possa assimilá-la com qualidade.
Para desenvolver o estudo foram entrevistados 1.870 homens e 1.868 mulheres em 84 eventos de "speed-dating", os tradicionais rodízios de relacionamentos. Em grandes eventos, com participantes semelhantes, o número de propostas de encontro era de 123. Mas quando os pretendentes eram muito diferentes, o número caía para 88. Em pequenos eventos do gênero a média de 85 propostas caiu para 57 entre candidatos com características variadas.
Para o psicólogo Dr. Thiago de Almeida, especialista no tratamento das dificuldades nos relacionamentos amorosos e autor do livro "A Arte da paquera: inspirações à realização afetiva" (Ed. Letras do Brasil), questões biológicas ajudam as mulheres a ficarem mais seletivas. "Quando elas estão ovulando, tendem a escolher determinados tipos de parceiros, de preferência que tenham rosto simétrico e boa saúde reprodutiva", explica.
A mulher mede a influência de um homem em sua vida a curto e longo prazos. Dependendo de seus objetivos, Dr. Thiago afirma que a seleção pode ser mais apurada. "Se ela está interessada em um relacionamento duradouro, procura alguém que possa somar e que lhe dê segurança, uma vez que os homens são mais volúveis na hora de escolher suas parceiras", comenta.
E continua: "As mulheres são mais sensíveis. Elas querem alguém que faça companhia para ela, que pense em ter filhos, que lhe mande mensagens carinhosas e de suporte emocional e que pague um jantar - este ato prova que o pretendente tem condições de garantir a alimentação e a sobrevivência dela", comenta. "Além disso, o homem é fértil praticamente durante toda a vida toda, diferente da mulher, que é desfavorecida com a idade. Este é um dos motivos pelos quais elas se tornam mais seletivas com o passar do tempo", conta.
O psicólogo garante ainda que o corpo escolhe o parceiro ideal muito antes da cabeça. "Antes de beijar o rapaz, a mulher sabe se ele serve ou não. O cérebro se encarrega de identificar a famosa ‘química’ por meio do cheiro e do aspecto físico do parceiro. E depois pelo beijo, que nada mais é do que o reconhecimento do corpo do outro", diz. "Tenho pacientes que dizem que um beijo bom tem gosto bom e que beijo ruim, sem liga, tem gosto de saliva", descreve.
Os aspectos biológicos na hora de escolher o parceiro ideal nunca mudaram. O que mudou na verdade foi a cultura. Sabe aquela típica cena de desenho animado, na qual o homem dá com o tacape na cabeça da mulher e a leva para a caverna? Isso não tem mais sentido. Ou talvez nunca teve. "Por conta da maior liberdade conquistada, a mulher passou a ter o poder do veto. Se o homem quer, mas a pretendente não, o sexo ou o beijo não acontece. Este é um dos motivos pelos quais os homens estão aprimorando constantemente suas táticas de cortejamento", esclarece.
Por Juliana Falcão (MBPress)
cortejamento", esclarece.
Via Vila Dois
Durante o namoro tudo é lindo. Vocês se desejam ardentemente, o sexo é perfeito e não existemlugares estranhos para uma "rapidinha". Quando o casal resolve juntar os trapos, e se casar, as coisas mudam um pouco e aquele vigor já não é o mesmo de antes.
Mas não precisa ser sempre assim. Antes de achar que a relação dos outros é superior à sua, procure entender que essa mudança na frequência das relações sexuais depois docasamento é, digamos, natural. Durante um namoro, o sexo é diferente, porque serve como diversão e até como uma possível fuga da rotina. Vocês não dividem a mesma cama diariamente e qualquer momento mais íntimo parece único.
Já dentro de um casamento é inevitável que o sexo venha acompanhado de uma série de outras questões, como casa para cuidar, contas para pagar e rotina, uma vez que você passa a dividir a cama com seu amado diariamente. E nessa hora é preciso lembrar que o que muda no sexo é a frequência. Somente. "No relacionamento existem as fases do encantamento e do desencantamento. Depois vêm os filhos, trabalhos, preocupações. Isso vai mudando a frequência e o desejo sexual entre os casais, o que não quer dizer que ele vai embora!", comenta a psicóloga e terapeuta sexual Creusa Dias.
E essa história de estabelecer dia e horário para as relações sexuais pode não dar certo. "Neste caso, o sexo deixa de ser prazeroso para se tornar obrigatório. O ideal é deixar fluir para ter mais graça. Que tal mudar os locais da relação ou até mesmo fazer uma viagem?", sugere Dra. Creusa.
Não há uma lista de regrinhas a serem seguidas, mas o importante, conforme afirma a psicóloga, é que o casal faça o que quiser na cama. "Existe uma série de mitos sobre isso. Por exemplo: não importa o tamanho do pênis do parceiro, mas o que você pode fazer com ele. Sexo oral não é sujo e a prática do sexo anal é prazerosa tanto quanto a genital, desde que a parceira relaxe", comenta.
"Nada é pecado. O que não se deve é fazer o que não se tem vontade, só para agradar o outro."
Dra. Creusa faz questão de lembrar que o sexo, como qualquer outro sentimento, vai mudando ao longo dos anos. "Tudo muda. E o nosso parceiro também vai mudar ao longo dos anos. O mais importante é você não querer mudar ou espera algo do outro. Ele pode sim lhe propiciar momentos bacanas, mas a felicidade está sempre dentro de você".
E ressalta: "No sexo, o mais importante não é a quantidade e sim a qualidade da relação. Claro que no início de um relacionamento os casais se preocupam com o número de relações, mas essa concepção também muda com o passar do tempo e da idade."
Via Vila Dois