Sábado, 16.06.12
Fecho de hospitais locais foi um dos motivos para o protesto que visou Cavaco ()
Dezenas de populares concentraram-se hoje em frente à porta da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim, manifestando desagrado pela presença do Presidente da República no concelho.
Cavaco Silva está esta tarde nos Paços do Concelho para uma cerimónia de celebração do dia da cidade, tendo sido assobiado por cerca de 30 populares assim que terminou o hino nacional.
Fernando Reis, da CGTP-Intersindical, afirmou aos jornalistas estar no local “em protesto com a possibilidade de fecho de hospitais locais”.
Para este sindicalista, o presidente da República é responsável “pelo desaparecimento da siderurgia nacional, das pescas e da agricultura”.
Um outro popular considerou que o Chefe de Estado “é o responsável político pelo estado do país”.
“É o político que mais tempo tem de governação, não deve ser bem-vindo aqui nem em nenhuma localidade”, declarou.
Depois do início da cerimónia, os populares, que se mantêm à porta dos Paços do Concelho, entoam algumas palavras de protesto, como “aumento de ordenado mínimo” e “não à pobreza”.
Entretanto, um grupo de dirigentes sindicais presentes na concentração foi recebido pelo chefe da casa civil do Presidente, na Póvoa de Varzim.
Noticia do Público
Segunda-feira, 04.06.12
Cavaco Silva com Cristiano Ronaldo
Foi no cenário bucólico do Palácio de Belém que a selecção nacional se despediu de Portugal rumo à Polónia e Ucrânia, onde vai disputar o Euro 2012. A equipa de Paulo Bento foi recebida por Cavaco Silva, que aproveitou a ocasião para desejar “o maior sucesso desportivo” à selecção.
“Não será uma tarefa fácil para a selecção, mas os portugueses confiam e têm muita esperança. Tenho a certeza que cada jogador colocará o seu talento ao serviço do conjunto”, afirmou o Presidente da República. “O povo português agiganta-se nos momentos particularmente difíceis”, lembrou Cavaco Silva, sublinhando que a selecção tem “uma grande responsabilidade para com as gerações mais novas.”
O Presidente concluiu com desejos de sucesso para o Campeonato Europeu, frisando que a equipa nacional fará a sua estreia (frente à Alemanha) na prova no próximo sábado, dia 9 de Junho, véspera do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas: “Estou certo, os portugueses estão certos, que não faltará a vontade, não faltará a determinação, não faltará a energia por parte de todos, jogadores e equipa técnica para que logo no primeiro jogo saia honrado em termos desportivos o nome de Portugal.”
Antes do discurso de Cavaco Silva, tanto o presidente da Federação, Fernando Gomes, como o seleccionador Paulo Bento e o capitão Cristiano Ronaldo prometeram o máximo empenho para o Euro 2012. “Esta equipa está empenhada, concentradíssima para fazer um grande trabalho no Europeu. Vamos estar preparados”, garantiu Cristiano Ronaldo, que entregou a Cavaco Silva uma camisola da selecção nacional, com o número um e o nome nas costas.
A comitiva dirigiu-se de seguida para o Aeroporto de Lisboa, onde apanhou o avião para a Polónia. A chegada a Poznan está prevista para as 21h15 (menos uma hora em Portugal).
Da parte da manhã, a selecção treinou-se no Estádio da Luz perante pouco mais de uma centena de adeptos. Os titulares do encontro de sábado frente à Turquia (derrota por 1-3) realizaram treino ligeiro, enquanto os restantes 12 testaram sobretudo a finalização. Fábio Coentrão, Nani e João Moutinho, todos com traumatismos, estiveram ausentes da sessão.
Noticia do Público
Quinta-feira, 22.09.11
Exmo. Sr. Presidente da República, Dr. Aníbal Cavaco Silva,
o meu nome é Catarina Patrício, sou licenciada em Pintura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, fiz Mestrado em Antropologia na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, sou doutoranda em Ciências da Comunicação também pela FCSH-UNL, projecto de investigação "Dissuasão Visual: Arte, Cinema, Cronopolítica e Guerra em Directo" distinguido com uma bolsa de doutoramento individual da Fundação para a Ciência e Tecnologia. A convite do meu orientador, lecciono uma cadeira numa Universidade. Tenho 30 anos.
Não sinto qualquer orgulho na selecção de futebol nacional. Não fiquei tão pouco impressionada... O futebol é o actual opium do povo que a política subrepticiamente procura sempre exponenciar. A atribuição da condecoração de Cavaleiro da Ordem do Infante Dom Henrique a jogadores de futebol nada tem que ver com "a visão de mundo" (weltanschauung) que Aquele português tinha. A conquista do povo português não é no relvado. Sinto orgulho no meu percurso, tenho trabalhado muito e só agora vejo alguns resultados. Como é que acha que me sinto quando vejo condecorado um jogador de futebol? Depois de tanto trabalho e investimento financeiro em estudos?!! Absolutamente indignada.
Sinto orgulho em muitos dos professores que tive, tanto no ensino secundário como no superior. Sinto orgulho em tantos pensadores e teóricos portugueses que Vossa Excelência deveria condecorar. Essas pessoas sim são brilhantes, são um bom exemplo para o país... fizeram-me e ainda fazem querer ser sempre melhor. Tenho orgulho nos meus jovens colegas de doutoramento pela sua persistência nos estudos, um caminho tortuoso cujos resultados jamais são imediatos, isto numa contemporaneidade que sublinha a imediaticidade. Tenho orgulho até em muitos dos meus alunos, que trabalham durante o dia e com afinco estudam à noite....
São tantos os portugueses a condecorar...e o Senhor Presidente da República condecorou com a distinção de Cavaleiro da Ordem do Infante Dom Henrique jogadores de futebol... e que alcançaram o segundo lugar... que exemplo são para a nação? Carros de luxo, vidas repletas de vaidades... que exemplo são?!
Apresento-lhe os meus melhores cumprimentos,
Catarina
Recebido Por mail
Quarta-feira, 07.09.11
Os portugueses em geral, por escolha eleitoral do povo madeirense, estão obrigados a suportar as excentricidades do Sr. Jardim praticamente desde que o Paulo de Carvalho piou nas telefonias "Depois do Adeus" numa madrugada longa de Abril, corria o bonito ano de 1974. A partir daí a Madeira tornou-se numa espécie de Twilight Zone democrática. Não se sabe bem o que é politicamente. A melhor definição andará algures entre a liderança cubana com tiques de desafio norte-coreanos, uma relação meio achinesada com a imprensa e ares de bazófia gondomarense.
Eu ainda sou do tempo em que o senhor Alberto tratava o professor Cavaco Silva por "senhor Silva", não deve importar-se por isso que agora o trate da mesma forma. Acho até que é uma forma relativamente carinhosa de se tratar as pessoas. "Ó senhor Júlio: são dois quilos de laranja que ando apanhadinho das aftas e o doutor disse para tomar vitamina C".
Nunca percebi o porquê desta figura política achar que deve ser uma espécie protegida e por isso tratada de forma diferente. Certo é que se trata de uma em vias de extinção, duvido mesmo que haja mais algum político mundial (tirando Berlusconi) a quem já tenhamos visto tantas vezes as cuecas (bons tempos do Tal e Qual). Todavia podermos vê-lo de cuecas não justifica um buraco orçamental daquele tamanho.
Não me recordo, tirando os "bons" e "democráticos" exemplos de Hugo Chávez e Kadhafi, de ver um líder num momento de crise, depois de descoberto novo buraco na região que irá agravar o défice do país, aparecer em tronco nu na praia a falar para os jornalistas. O senhor jardim é uma espécie de oásis que vive numa ilha que aparentemente é parte de um país. País que estranhamente, quando convém e é preciso agitar as hostes, adora hostilizar e apoucar, como se andássemos todos a fazer-lhe um enorme favor de o ter à frente do governo regional.
Uma pessoa que desrespeita quem lhe apetece, seja jornalista, cidadão, adversário político e depois, na altura das "colheitas", mete o rabinho entre as pernas e recebe todos de passadeira vermelha estendida, alguém que trata "os continentais" (como gosta de os apelidar) de forma bacoca, com uma sobranceria deplorável e detestável, a roçar a má educação, e depois adora que o venerem quando se mascara para participar em festas de carnaval locais. Meus amigos já não há pachorra. Estou farto de levar desta personagem de filme mexicano.
A Madeira, numa visão puramente jardinista, funciona desta forma: na altura de receber a massa a Madeira é a Madeira, injecção de capital atrás de injecção, com orçamento próprio e intocável ou desata tudo numa histeria. Despesismo tradicional. Na altura de pagar alto lá, aí já outro galo canta, afinal parece que somos um país. O governo português se quiser que acerte as contas com a União Europeia.
Meus amigos gosto muito da Madeira e dos madeirenses, mas está na altura do Sr. Silva largar o Facebook e pôr o senhor Jardim na ordem de uma vez por todas. Nunca vi um Presidente de todos os portugueses ridicularizar o povo madeirense, já o Presidente do Governo regional não faz outra coisa senão gozar com tudo e todos. Há demasiado tempo. Chega!
Via Sem Reféns
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Terça-feira, 19.04.11
Eu não sei se estes dois senhores já se aperceberam da realidade do país porque continuam, como miúdos nos balneários da primária ou do primeiro ciclo, a argumentar um contra o como se um campeonato de medição de pilinhas se tratasse, muito habitual antes das aulas de Educação física: "olha aqui, a minha pilinha é maior do que a tua". "Pois mas a minha estica mais...e o meu pacote é muito maior"
Em relação às listas apresentadas pelos partidos só tenho duas coisas a dizer: Ferro Rodrigues e Fernando Nobre? Já agora porque não o José Cid e a Maya, ou o Malato e o Fernando Mendes? Sempre arrastavam mais pessoas. Nobre parece a Casal boss de um amigo meu. Andava dois metros para a frente e três para trás. E quem foi o génio que se lembrou de Ferro Rodrigues? Os socialistas têm algum baú com tesourinhos deprimentes? Porque não Guterres? Ele tem muita experiência com refugiados. E o PSD? Não lhe apetece ser governo? Se sim que porcaria de lista é esta? Tirando a lufada de ar fresco chamada Francisco José Viegas o resto cheira a requentado. Mofo. PS: Ana Jorge em Coimbra novamente? Veio cá numa excursão na primária e gostou foi? E como diria o caro colega comentador Runaldinho na caixa de comentários o que dizer do "dependente Basilío Horta, que se diz democrata cristão desde pequenino, mas quer tornar-se "independente" por Leiria! Isto sim, é um ginasta que faria corar de inveja um qualquer Alexei Nemov!"
Mas o mais estranho de tudo isto é que enquanto o pais se afunda e parece o Leonardo di Caprio a abanar a mãozita com corpinho a 2 graus despedindo-se de Kate, que bem poderia ser uma espécie de Cavaco Silva mais rude e sem choradeiras - uma Winslet austera, estes dois artistas e respetivos partidos discutem quem ligou a quem, a que horas e em que dia é que estiveram juntos antes de um ir mostrar o pacote a Bruxelas. "Tu disseste que me fazias isto e aquilo. És uma tonta. Parvalhona". Parecem os primeiros tempos de um namoro atribulado, e quem sabe se não serão mesmo, veremos. É que nas questões de fundo as pilinhas destes dois partidos são quase sempre do mesmo tamanho. Defender os boys e os poderes instalados. E se estamos à espera que apareça um Portas ao comando de um submarino salvar o Di Caprio esqueçam. Portas é como os estalinhos de Carnaval, muito barulho mas acabam depressa.
À esquerda nem vale a pena falar. Só pelo discurso os dois partidos já tinham decapitado os senhores do FMI em pleno Terreiro do Paço. O BE e o PCP deviam fundir-se. Isto de continuarem a discutir qual o partido que dá mais vontade de rir com as suas declarações não faz qualquer sentido. Porque não uma única bancada de cómicos? Poupava-se no financiamento aos partidos.
Conclusão: metam as pilinhas para dentro e deixem os senhores do FMI trabalhar, pode ser que estes façam alguma coisa de útil enquanto os senhores se divertem a brincar às eleições. Era engraçado vermos detalhadamente as contas que ninguém mostra.
Via 100 Reféns
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Quinta-feira, 17.03.11
Ontem, quando assinalava os cinquenta anos do início da Guerra Colonial, Cavaco Silva disse esta frase: "Importa que os jovens deste tempo se empenhem em missões e causas essenciais ao futuro do país com a mesma coragem, o mesmo desprendimento e a mesma determinação com que os jovens de há 50 anos assumiram a sua participação na guerra do Ultramar".
Sobre esta frase, ficam apenas algumas pequenas perguntas. Considera o chefe de Estado que a guerra colonial (repito: "colonial") foi essencial para o País? É comparável aos desafios que temos pela frente? Ou considera que foi um erro histórico? Ou não faz ideia e as palavras limitam-se a brotar da sua boca como se não quisessem dizer rigorosamente nada? Consegue o Presidente da República distinguir a coragem e a determinação exigidas num ato voluntário de cidadãos livres, da coragem e da determinação exigidas numa participação forçada numa guerra decidida por um governo ilegítimo? Tendo sido exigida coragem para sobreviver a uma guerra que o País não queria, ela será o melhor exemplo para dar ânimo aos jovens de hoje? Ser "carne para canhão" é o que o nosso Presidente pede aos jovens portugueses? Ser vítima da cegueira do poder, é o desígnio desta geração?
A que desprendimento se refere Cavaco Silva? Ao de fazer tudo para sobreviver numa guerra estúpida e injusta ou, pelo contrário, considera o Presidente que os jovens do seu tempo foram para a Guiné, Angola e Moçambique porque, desprendidos dos seus próprios interesses, acreditavam naquela "missão"?
Talvez mais importante: consegue o Presidente da República Portuguesa, eleito em democracia e liberdade, perceber a enorme gravidade política da comparação que fez? Resta saber se é apenas tão despolitizado que nem se apercebe do significado das coisas que diz ou se as diz por convicção. Em qualquer um dos casos é preocupante.
Tantos anos de democracia, e temos em Belém um Presidente que repete, com um ar cândido de quem diz uma banalidade, a propaganda do Estado Novo. Não tenho por hábito comparar nenhum político eleito a quem nos governou sem nunca o ser. Mas Cavaco Silva escusava de se empenhar tanto para facilitar comparações.
Por mim, espero que os jovens não precisem nem da coragem, nem da determinação que precisaram os que morreram ou ficaram com marcas para vida numa guerra inútil decidida por um ditador parado no tempo. Foi para que tal não lhes fosse exigido que homens como Salgueiro Maia (que Cavaco nunca soube respeitar) fizeram, com coragem, determinação e desprendimento, a revolução que permitiu a Cavaco Silva ser eleito Presidente.
Via Expresso