Sábado, 19.11.11
O "beijo" de Hu Jintao e Obama
O "beijo" de Hu Jintao e Obama (Charles Platiau/Reuters)
Vaticano já anunciou que irá processar a marca italiana

A campanha da Benetton com fotomontagens de líderes mundiais a beijar-se foi “apagada” pelas autoridades chinesas, que censuraram nas redes sociais e no motor de pesquisa na Internet Baidu todas as referências ao anúncio onde o Presidente Hu Jintao aparece a beijar Barack Obama.

Esta não é a primeira acção contra a campanha publicitária da Benetton. O Vaticano anunciou que iria proceder judicialmente contra a divulgação da fotomontagem em que o Papa Bento XVI aparece a beijar o imã da mesquita Al-Azhar no Cairo, e essas imagens acabaram por ser retiradas. Também Barack Obama já criticou, através do seu porta-voz Eric Schultz, o uso da sua imagem para fins comerciais. Obama aparece em dois anúncios, a beijar Hu Jintao e o Presidente venezuelano Hugo Chávez.

A China, no entanto, foi mais além. Resolveu “apagar” a imagem de Hu Jintao a beijar o homólogo norte-americano e baniu de várias redes sociais os comentários sobre a campanha da empresa italiana de roupa, segundo o El País. Mais: quando os cibernautas chineses pesquisam no motor de busca Baidu, o mais usado no país, também não encontram o “beijo impossível” da campanha através da qual a Benetton apoia a Fundação Unhate (deixe de odiar, em tradução livre). Na parte superior do ecrã é referido que alguns conteúdos não podem ser mostrados por questões legais.

Alguns cibernautas tiveram ainda tempo de comentar a campanha da Benetton na rede social Sina Weibo, mas o que escreveram acabou por ser censurado. Em órgãos de informação como a agência Xinhua, o China Daily ou o Global Times também não se encontra qualquer referência.

A marca italiana, cujas campanhas publicitárias são habitualmente polémicas, escolheu para os novos anúncios vários “beijos impossíveis”, como os “trocados” entre Obama e Chávez, a chanceler alemã Angela Merkel e o Presidente francês Nicolas Sarkozy, os líderes da Coreia do Norte e da Coreia do Sul ou o presidente da Autoridade Palestiniana Mahmoud Abbas e o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu.

 

Via Público



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Terça-feira, 28.06.11

Cerca de 200 ciclistas participaram na primeira World Naked Bike Ride de Lisboa, para promover o uso da bicicleta na cidade, mas não houve nudez porque a polícia não deixou.

 

Cerca de 200 ciclistas em trajes menores participaram hoje na primeira World Naked Bike Ride de Lisboa, com partida do Parque Eduardo VII, para promover o uso da bicicleta na cidade, como uma forma de proteger o ambiente.

"Este evento não é uma corrida, nós estamos aqui a manifestar-nos em prol da utilização da bicicleta como meio de transporte, em defesa do ambiente", disse hoje à Lusa Pedro dos Santos, organizador em Portugal da iniciativa, que nasceu em Espanha com o grupo Manifestación Ciclonudista e no Canadá com os Artists For Peace. A primeira corrida realizou-se em 2004 em vários países.

"Censurada"

Como a lei portuguesa proíbe a nudez integral, tal como recordou um agente do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, antes do início do passeio, que terminará junto à Torre de Belém, os participantes foram aconselhados a manter vestida a pouca roupa que envergavam, na maioria calções de banho ou de ciclismo, embora houvesse também kilts escoceses e mesmo um "top" de cartão onde se lia a palavra "censurada".

"Esta manifestação tem por base a World Naked Bike Ride, que é uma manifestação de sensibilização para o uso da bicicleta em que as pessoas vão nuas ou podem ir nuas. Aliás, o lema é 'As bare as you dare' [tão despido quanto se atrever] e serve para mostrar a vulnerabilidade do ciclista face ao automóvel", disse à Lusa Ana Brutt, que ajudou a organizar este evento e trazia escrita nas costas a frase "Obsceno é o trânsito".

"Também tinha medo das colinas"

Para Pedro dos Santos, que congregou os presentes gritando palavras de ordem como "Viva a bicicleta!" e "Viva o ambiente!" e trazia nas costas o desenho de um homem, seguido do sinal de mais e de uma bicicleta: homem mais bicicleta é igual a "máquina perfeita" e "menos CO2", a bicicleta é o meio de transporte ideal para se deslocar em Lisboa, apesar de esta ser conhecida como "a cidade das sete colinas".

"Eu ando de bicicleta em Lisboa há cerca de dois anos, três anos, comecei com uma bicicleta pequenina e comecei com muito medo, também tinha medo das colinas, mas se não formos por aquele caminho que nós conhecemos que é mais rápido e formos dar uma volta um bocadinho maior, vemos que não subimos colina nenhuma ou subimos de uma maneira mais suave", observou.

"O maior problema de Lisboa são os carros e a falta de condições para bicicletas"

"É super-possível -- também não há vergonha nenhuma em apearmo-nos da bicicleta e levarmo-la à mão -- e temos uns ótimos transportes públicos, que nos deixam levar a bicicleta, alguns com horários específicos, mas deixam levar a bicicleta de forma gratuita. Portanto, não há razão para não se andar de bicicleta: faz bem à saúde, faz bem ao stress, faz bem a tudo", defendeu.

Ana Brutt está de acordo e aponta alguns aspetos da cidade que podem ser melhorados para facilitar a circulação dos ciclistas, dizendo que o maior problema "não são as colinas e a velocidade".

"O maior problema de Lisboa são os carros e a falta de condições para bicicletas: não há ciclovias, não há estacionamentos e há uma enorme falta de civismo por parte dos automobilistas", enumerou.


Veja a fotogaleria:

 

 


publicado por olhar para o mundo às 17:48 | link do post | comentar

Sábado, 30.04.11
Capa da nova edição do livroCapa da nova edição do livro (DR)
A censura britânica do século XIX impediu que o mundo não conhecesse toda a história da obra de Oscar Wilde, “O Retrato de Dorian Gray” mas uma nova edição publicada pela Harvard University Press revela toda a verdade.

Pela primeira vez, uma história de Oscar Wilde é publicada sem censura. Na altura em que foi publicada, entre 1890 e 1891, “O Retrato de Dorian Gray” não foi bem recebido. A imprensa britânica não gostou e escreveu sobre a história as piores críticas possíveis, disseram que a história era vulgar, suja, envenenada e vergonhosa e Oscar Wilde foi obrigado a mudar a sua obra.

Foi preciso passar mais de um século para “O Retrato de Dorian Gray: uma edição completa e sem censura” (2011) poder ser publicado. O livro inclui, pela primeira vez, todas as passagens censuradas, assim como comentários extensos e ilustrações do editor Nicholas Frankel.

A história foi publicada pela primeira vez na revista literária “Lippincott's Monthly Magazine”, já depois do editor da publicação J.M Sotddart ter cortado todas as partes que considerava não serem publicáveis, nomeadamente em relação aos sentimentos homossexuais de uma das personagens criadas por Wilde.

Nesta obra, que tem como argumento principal o desejo da eterna juventude, Oscar Wilde abordou temas muito controversos para a época, como a homossexualidade, a decadência da sociedade vitoriana e a promiscuidade ou a “falsa e perversa” moral desses anos. 

Nesta nova edição, o leitor vai ter acesso não só a todos os excertos cortados, até agora inéditos, como também a uma explicação sobre as razoes de Wilde não ter conseguido impedir a censura nas suas obras.

Apesar de muito material se ter perdido ao longo dos anos, a edição de Nicholas Frankel pretende contar toda a história de Wilde e da censura da época vitoriana. O autor fez uma busca aprofundada e apresenta agora “a versão que Oscar Wilde queria que nós lêssemos no século XXI”.

 

Via Público



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