O português Rui Costa (Movistar) venceu neste domingo a Volta à Suíça em bicicleta, depois de ter conseguido manter a curta vantagem de 14 segundos sobre o luxemburguês Frank Schleck para a nona e última etapa.
Na última tirada, que ligou Nafels a Sorenberg, numa distância de 216 quilómetros, com uma contagem de montanha de segunda categoria e outra especial, o mais rápido foi o estónio Tanel Kangert, que concluiu em 5:54.22 horas.
Kangert impôs-se ao Jérémy Roy e ao italiano Matteo Montaguti, segundo e terceiro, a 02 e 31 segundos, respectivamente.
Rui Costa terminou integrado no grupo de perseguidores, no qual também seguia Frank Schleck.
Noticia do Público
O antigo ciclista norte-americano Lance Armstrong enfrenta novas acusações de doping nos Estados Unidos e poderá perder as sete vitórias consecutivas que obteve na Volta à França. Para já, Armstrong foi afastado das provas de triatlo, anunciou o próprio em comunicado.
Nas 15 páginas da acusação, a agência anti-doping dos Estados Unidos (USADA) alega ter amostras de sangue de Armstrong de 2009 e 2010 que “são consistentes com a manipulação de sangue, incluindo o uso de EPO [eritropoietina] e/ou transfusões de sangue”, adianta o jornal Washington Post, que revelou o caso.
As autoridades norte-americanas acreditam que Armstrong e cinco membros da sua equipa – três médicos, um treinador e um director – estão implicados num esquema de doping entre 1998 e 2011.
A consequência imediata destas acusações para Armstrong é a proibição de participar em competições de triatlo, desporto que pratica desde que se retirou do ciclismo profissional.
Em comunicado, o ex-ciclista garante que “nunca se dopou”. “Completei 25 anos de carreira como atleta sem nenhuma mancha, passei mais de 500 testes anti-doping e nunca falhei um”, alega.
Armstrong critica a falta de imparcialidade da USADA, considerando que as acusações “não têm base” e são motivadas por testemunhas compradas por promessas de imunidade e anonimato.
Em Fevereiro, o Ministério Público de Los Angeles encerrou, sem qualquer acusação, uma investigação de dois anos contra Armstrong por suspeitas de doping.
Lance Armstrong é o único ciclista a conquistar sete vezes a Volta à França, feito conseguido entre 1999 e 2005. Conseguiu-o depois de sobreviver a um cancro nos testículos, diagnosticado em Outubro de 1996. O tratamento incluiu operações ao cérebro, visto que a doença se tinha espalhado em metástases ao cérebro e aos pulmões.
Em Julho de 2005, o ciclista anunciou um ponto final na carreira, mas acabaria por regressar em 2009 – um regresso explicado pelo atleta com a vontade de espalhar a mensagem da fundação que criou, a Livestrong, e que se empenha na luta contra o cancro.
Entre outras provas, voltou ao Tour de França, com a equipa Astana. Ficou em terceiro lugar da geral, atrás do colega de equipa e vencedor Alberto Contador, o espanhol que já em 2012 acabou por perder os títulos das voltas à França e à Itália, também devido a acusações de doping.
Noticia do Público
Suspenso por dois anos pelo Tribunal Arbitral do Desporto, o ciclista espanhol garantiu que não pensa abandonar o ciclismo e reafirmou que está convicto da sua inocência.
“Vou continuar plenamente no ciclismo. Vou continuar a praticá-lo de uma forma limpa, como fiz toda a minha vida”, garantiu Alberto Contador em conferência de imprensa realizada nesta terça-feira em Madrid. O ciclista espanhol reagiu assim à sentença do Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), que o condenou a dois anos de suspensão por um controlo antidoping positivo por clembuterol na Volta a França de 2010
Contador confessou sentir uma “desilusão enorme”. “Há um ano e meio que começou isto e não há um dia que não me levante e questione como posso encontrar-me nesta situação. Não o desejo a ninguém”, disse o ciclista espanhol, descrevendo como “um calvário” este ano e meio que levou à espera de uma sentença.
O ciclista espanhol, único corredor em actividade que já ganhou as três grandes corridas velocipédicas (Tour 2007, Tour 2009 e Tour 2010; Giro 2008 e Giro 2011; Vuelta 2008) manifestou “total desacordo” com a sentença do TAD e disse “não poder entender” o castigo que lhe foi aplicado.
“Com a sentença na mão, o sentimento claro com que fico é de inocência, de que não tomei doping”, vincou Alberto Contador. “Estes processos não se podem arrastar tanto tempo. Para bem do ciclismo e do desporto, que a justiça funcione mais rápido”, acrescentou o ciclista espanhol, que cumprirá suspensão até dia 5 de Agosto.
“Não sei como o meu corpo vai responder a todo o stress a que fui submetido durante este tempo”, apontou Contador, que mantém a vontade de continuar no ciclismo ao mais alto nível. “É verdade que em Agosto termina a suspensão, mas tenho de analisar tudo, organizar-me. O meu futuro não depende só de mim. Quando voltar [ao activo] é claro que gostaria de disputar as melhores provas”, frisou.
Contador reforçou ainda que vai “continuar a lutar até ao final” e não descartou a possibilidade de recorrer da decisão do TAD na justiça civil. “Algo está errado na legislação antidoping”, continuou o ciclista espanhol, que quer continuar na SaxoBank quando terminar o castigo: “Será a minha primeira opção”, garantiu.
Ao lado de Contador na conferência de imprensa esteve o director desportivo da SaxoBank, Bjarne Riis. “Quando o Alberto está impedido de andar de bicicleta, o contrato não pode continuar. Isso é óbvio”, apontou o dirigente, que no entanto sublinhou a vontade de continuar a contar com o ciclista espanhol: “Como equipa continuamos a apoiar o Alberto. Ainda falta muito tempo para Agosto. Temos de nos sentar e falar sobre o futuro. Se ele tiver vontade de continuar na equipa só posso dizer que a minha intenção será a mesma, terei todo o prazer em continuar com ele na equipa”.
Via Público
O ciclista espanhol Alberto Contador foi nesta segunda-feira suspenso por dois anos pelo Tribunal Arbitral do Desporto (TAD), revela a agência AFP.
Contador foi condenado pelo controlo antidoping positivo por clembuterol na Volta a França de 2010, perdendo ainda o título conquistado nesse Tour de 2010 e ainda na Volta a Itália de 2011.
O único corredor em actividade que já ganhou as três grandes corridas velocipédicas (Tour 2007, Tour 2009 e Tour 2010, Giro 2008 e Giro 2011, Vuelta 2008) alegou ter sido vítima de uma contaminação alimentar aquando da sua terceira vitória na “Grande Boucle”.
O castigo tem em conta o período em que o ciclista esteve suspenso preventivamente (entre Agosto de 2010 e Fevereiro de 2011) e tem carácter retroactivo desde que começou o processo (25 de Janeiro de 2011) - por isso, segundo a AFP, o espanhol poderá voltar a correr no dia 6 de Agosto de 2012, o que, no entanto, o impede de participar no Tour de França deste ano e os Jogos Olímpicos de Londres.
A decisão do TAD aparece 565 dias depois do controlo positivo. A acusação (UCI e AMA) tinha solicitado para Contador o castigo máximo, dois anos de suspensão, e a anulação de todos os seus resultados desde que o dia em que acusou positivo a 21 de Julho de 2010.
Neste processo, Contador recorreu aos melhores peritos em recursos do TAD para o assessorarem juridicamente. Segundo o “El Mundo”, citando fontes próximas do ciclista, o espanhol já terá gastado perto de um milhão de euros para tentar limpar a sua imagem.
Contador tem agora 30 dias para apelar desta decisão para um tribunal federal suíço, mas o recurso não tem efeitos suspensivos.
Esta suspensão significa também que o ciclista espanhol não participará na Volta ao Algarve deste ano, entre 15 e 19 deste mês.
Vía Público