Segunda-feira, 23.04.12

Não dizemos aos pais o mal que nos estão a fazer e quanto estamos a sofrer, assegura Ana

Não dizemos aos pais o mal que nos estão a fazer e quanto estamos a sofrer, assegura Ana (Foto: António Carrapato)

 

Com o divórcio de pais habituados a cuidar dos filhos, a tendência para o litígio pode acentuar-se. Associações alertam para fenómeno da "alienação parental", que alguns dizem não existir.

 

Sob a vigilância de uma funcionária, numa sala de um dos edifícios da Segurança Social em Lisboa, Luís, de 48 anos, manobra um carro telecomandado. Fá-lo seguir até ao compartimento contíguo, onde o seu filho está com a avó materna, e regressar, depois, à sala onde se encontra. Ele, Luís, não pode cruzar-se com a família da ex-companheira. Por isso pediu o carro a um sobrinho e o manobra, agora, entre uma e outra sala, a engolir as lágrimas e a humilhação. Tenta atrair Pedro, de quatro anos, que finalmente chega à ombreira da porta e, por uns segundos, levanta os olhos do carro para o pai. Nesse momento, a avó faz barulho com os sacos e o miúdo desaparece. Luís ouve: "Não vás embora, avó!". A visita terminou.

A descrição é feita com base no relato de Luís. É a sua versão de um drama cuja veracidade sustenta em documentos e estudos e relatórios e notificações do tribunal e contas de advogados – "um monte de papéis inúteis" sobre os quais chora. A relação de normalidade com o filho terminou dias antes de o bebé completar os dois anos de idade. Hoje, Pedro tem cinco anos e não voltou a estar com o pai sem a vigilância de terceiros. Luís tornou-se no retrato daquilo a que alguns chamam vítima de "alienação parental" – o termo utilizado para designar o comportamento, em casos de divórcio litigioso, do progenitor que tem a guarda física do filho e que, perante a criança, procede a uma permanente desqualificação do outro progenitor, ao mesmo tempo que procura obstar ao contacto entre ambos, com a intenção de provocar o corte dos vínculos afectivos que os unem.

Nas vésperas do dia Internacional de Consciencialização da Alienação Parental, que se assinala dia 25, o problema mobiliza várias organizações. Entre elas os dirigentes das associações Para a Igualdade Parental (APIP) e da Pais Para Sempre (APPS), que citam dados oficiais para lembrar que, só em 2010, houve 27.556 divórcios em Portugal e deram entrada nos tribunais 16.836 processos de regulação do exercício das responsabilidades parentais e 11.283 processos por incumprimento do regime acordado (de contactos ou de pagamento de pensões de alimentos). "Com o divórcio dos homens da geração pós-25 de Abril, que foram educados num ambiente de partilha, com as mulheres, das tarefas domésticas e dos cuidados dos filhos, a tendência é para que cada vez mais pais reclamem a sua guarda, o que pode potenciar os conflitos", afirma Ricardo Simões, da APIP.

 

Retirado do Público



publicado por olhar para o mundo às 08:35 | link do post | comentar

Sexta-feira, 21.10.11

 

alt="A vida de saltos altos - Põe um like ou não digas que não avisei! (vídeo)" width="350" height="267" />

 

Diz um ditado que "em briga de marido e mulher ninguém mete a colher". Mas talvez esta máxima perca o sentido quando são os protagonistas da história que abrem a porta da sua vida e quando o resultado é -  no mínimo - surreal. Ora hoje as velhas discussões de casal saltam para as redes sociais, sendo as consequências muitas vezes infelizes.

É o caso da mais recente discussão no Facebook que foi noticiada esta semana no estado do Texas, nos EUA. Benito Apolinar, 36 anos, escreveu no seu mural uma mensagem evocando o aniversário da morte da sua mãe e enquanto vários amigos colocaram um "like" na publicação, a mulher ignorou a mensagem. Tal atitude levou a uma discussão com a sua esposa de quem estava recentemente separado, tendo-a mesmo agredido quando foi levar os filhos a sua casa.

"É impressionante como toda a gente gosta do meu status, menos tu, que és minha mulher. Devias ser a primeira colocar um like", alegou Benito.

O indivíduo foi preso acusado por agressão física e será presente a julgamento no dia 22 de dezembro. Digam-me se esta história não é inacreditável? E porquê? Porque este homem não sabe o valor do não, nem do conceito do Facebook.

 

Redes sociais: aproximam ou afastam?

Não há dúvida de que as redes sociais mudaram as nossas vidas. Pode dizer-se que o Facebook é a nova novela da vida real, e por vezes a feira das vaidades, mas há limites e devo dizer que muitas vezes fico espantada com a falta de bom senso e de realidade das pessoas. Afinal, as redes sociais aproximam as pessoas, mas também afastam a cada dia, como consequência do seu uso irresponsável.

As relações interpessoais mudaram em alguns casos para pior. E a culpa é das pessoas que não as sabem usar. São namorados que se zangam pelo status do seu parceiro/a, colegas de trabalho que ficam irritados por não serem aceites como amigos no Facebook, familiares ou ex-namorados que controlam a vida dos outros pelas redes sociais. Há que perceber que todos temos uma bolha e que a nossa liberdade acaba quando começa a do outro. Mas, na verdade, há muitos que deixam de viver a sua vida para viver a dos outros.  

"Somos aquilo que partilhamos"

Como defende Charles Leadbeater, especialista em inovação e criatividade, "deixámos de ser aquilo que possuímos e passámos a ser o que partilhamos com os outros", como as mensagens, as fotografias ou a presença em eventos agendados no Facebook .

Em plena era digital, se uma empresa não estiver na Web e nas redes sociais é quase como se não existisse. Já para as pessoas, as redes sociais podem servir para fins profissionais ou pessoais - como reencontrar velhos amigos, levantar o ego, arranjar affairs ou camuflar a solidão. No entanto, cabe a cada um impôr os seus limites e o grau de exposição e medir o seu impacto ao nível das relações interpessoais. Se isto acontece com os cidadãos adultos, assusta-me às vezes pensar nas consequências nos nativos digitais, crianças que já nasceram neste mundo virtual. Por isso, defendo que os programas escolares deviam ter uma disciplina de ética para a Internet, com destaque para as redes sociais. Afinal,a educação cívica começa em casa e continua na escola ou não?

Veja um vídeo que satiriza o uso das redes sociais:

 



Via Expresso



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