Quinta-feira, 07.07.11
Cristina Silva Bastos, Sandra Ramos e Francisco Pereira Gomes
Cristina Silva Bastos, Sandra Ramos e Francisco Pereira Gomes (Foto: Pedro Cunha)

Com o objectivo de combater a exclusão social dos idosos, surge o projecto Culinarium. "Em 2050, a média de idade da população portuguesa vai ser de 50 anos". É com esta afirmação que Sandra Ramos, de 29 anos, começa a explicar o projecto ao P2. "O Culinarium promove o envelhecimento activo da população" e, cada vez mais, "temos de desenvolver novas actividades para ocupar os nossos idosos".

 

A ideia de Sandra, oriunda da Bélgica e que fez equipa com Cristina Silva Bastos, de 28 anos, e Francisco Pereira Gomes, de 31 anos, é juntar avós e netos na cozinha, na escola. O Culinarium é uma das dez ideias finalistas do concurso promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Talento, com o objectivo de premiar e pôr em prática uma ideia de portugueses na diáspora em colaboração com residentes. 

O Culinarium quer combater dois problemas: o isolamento dos idosos e a obesidade infantil, através da promoção de uma alimentação saudável. Quem melhor do que os avós, que têm tempo, paciência e hábitos alimentares mais saudáveis, para iniciar as crianças às práticas agrícolas e à cozinha? "Novos saberes, novos sabores" é o slogan da ideia que deseja "partilhar receitas" e "reavivar a tradição gastronómica portuguesa", reforçando os laços familiares. 

"Tal como as crianças aprendem a ler, a escrever, a contar ou a fazer desporto, nós propomos que também aprendam a cozinhar para terem uma dieta equilibrada e uma vida mais saudável", continua Sandra Ramos. Mas desenganem-se os professores se pensam que vão ter mais trabalho. É aqui que entram os idosos, os avós, para que tenham uma ocupação útil. "Vamos fazer com que as crianças e os avós sejam os embaixadores da alimentação saudável junto das famílias", imagina Sandra Ramos.

Da teoria à prática, a ideia finalista quer lançar o projecto-piloto numa instituição em Cascais. "Queremos actuar junto das crianças mais novas, para combater o problema da obesidade de raiz, e não quando já estão com excesso de peso", explica Sandra, que foi para Bruxelas há três anos. 

Numa época de crise em que as hortas urbanas estão a ressurgir nas cidades, o projecto quer ainda levar as hortas para a escola, num "regresso ao que é tradicional, saudável e biológico". A equipa quer partir de Cascais para o resto do país, tendo já programado datas concretas para a realização e expansão do projecto: a 12 de Janeiro de 2012, o Culinarium é implementado; sete meses depois, no início do ano lectivo de 2012/2013, a experiência poderá alargar-se a todo o país. De seguida, a equipa quer fazer intercâmbios "entre os vários núcleos" onde se aplicou a ideia Culinarium, juntando avós e netos de todas as regiões do país. "Queremos assim promover uma troca de experiências gastronómicas a nível nacional". E depois virá o livro de receitas.

Para pôr o projecto no terreno, caso o Culinarium não ganhe o prémio de 50 mil euros do concurso Faz - Ideias de Origem Portuguesa, a equipa espera obter apoios das autarquias, à semelhança do que foi feito na Austrália, com o programa The Kitchen Garden Foundation, no qual Sandra Ramos se inspirou.

 

Via Público



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Segunda-feira, 07.02.11
Cursos de cozinha pré-histórica em Mação
 
Entender a história que está por detrás dos hábitos gastronómicos e que papel teve a dieta alimentar na evolução do ser humano foi o objectivo de duas sessões públicas de trabalho sobre Cozinha pré-histórica, realizadas em Mação.
 

Organizado pelo Museu de Arte Pré-Histórica e do Sagrado do Vale do Tejo e dinamizado pelos alunos que em Mação desenvolvem as suas teses de mestrado e doutoramento, os workshops realizados visaram demonstrar como as alterações nas dietas alimentares desde há milhões de anos são responsáveis por profundas mudanças anatómicas que nos transformaram naquilo que somos hoje.

 

«Procuramos os gestos e as posturas pré-históricas numa área pouco estudada, como seja a evolução dos hábitos alimentares e os resultados dessa influência na estrutura anatómica do homem», disse à agência Lusa o arqueólogo Pedro Cura.

 

Segundo acrescentou, as investigações realizadas resultaram na demonstração prática através dos dois workshops que fazem a história da alimentação desde o australopiteco, com a ingestão de insectos, raízes e frutos, até à descoberta do fogo e a introdução na dieta alimentar da caça e da carne cozinhada.

 

As actividades práticas realizadas ao longo de dois fins-de-semana centraram-se nos caçadores recolectores e na reprodução de técnicas de cozinha relacionadas com comunidades agro pastoris, que introduziram na dieta alimentar as plantas e animais entretanto domesticados e cozinhavam os seus alimentos em recipientes de cerâmica.

 

Via Sol



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