Começar por tornar a coisa divertida é o melhor caminho
Agora já não há dúvidas: a carne vermelha é mais letal do que se pensava . Há algumas semanas, a notícia esteve em destaque nos principais sites de jornais nacionais e internacionais, na blogoesfera e nas redes sociais, já que um novo estudo da Harvard School of Public Health , nos EUA, provou que, mesmo em quantidades reduzidas, o consumo de carne vermelha aumenta em muito os riscos de doenças cardiovasculares e de cancro. Por isso, o melhor mesmo é trocar o vermelho do sangue pelo verde dos legumes.
Não ponha a saúde dos seus filhos em risco
Como muitos pais constatam, a maioria das crianças adoram (e consomem) carne vermelha, seja em hambúrgueres, seja em bifes ou em almôndegas. Se cruzarmos este facto com os resultados do estudo norte-americano, a situação é preocupante. Foi exatamente por isso que decidi abordar este tema hoje.
Você tem de cozinhar todos os dias para as suas crianças e já não sabe mais como variar nos pratos, sobretudo no que toca a comida saudável e, ainda mais agora, sem recorrer à carne vermelha. Ao mesmo tempo, as crianças têm de gostar do que lhes é servido para que comam. Isto tem sido um problema para si? Calma, não desespere. Conheça alguns truques para levar as crianças a comer o que é mais saudável e até a quererem repetir.
Sugestões apetitosas da organização de prevenção da obesidade infantil:
Massas: já sabemos que as crianças adoram massas, no entanto, em vez de pôr sempre o queijo ou limitar-se ao molho de tomate, experimente servir o esparguete com pedaços de brócolos ou tiras de frango. Se acrescentar um pouco de natas light ou margarina derretida na massa, elas vão adorar.
Sopas: experimente variar nas sopas. Além da típica sopa de puré de cenoura, as crianças costumam apreciar sopa de lentilhas, e se ainda acrescentar aipo, não só vão gostar, como também estarão a cumprir parte dos requisitos dietéticos essenciais.
Hambúrgueres mais saudáveis: os hambúrgueres são de facto um dos pratos favoritos da maioria das crianças. Mas agora, com as conclusões do estudo da Harvard School of Public Health, torna-se realmente imprescindível repensar o tipo de hambúrgueres que damos aos miúdos. Podemos substitui-los por hambúrgueres de frango, que ficam igualmente deliciosos. Mas em vez de os servir com as tradicionais batatas fritas, que tal servi-los dentro de um pão com cereais, tomate, alface e queijo magro? Acredite que eles vão gostar à mesma. E se ainda quiserem batatas fritas para acompanhar, então experimente substitui-las por batatas assadas no forno. São muito mais saudáveis e não dão trabalho praticamente nenhum a cozinhar.
Tortilhas: são outro prato que podem ser muito nutritivos - com ingredientes caseiros -, e as crianças costumam gostar muito.
Legumes: as crianças não costumam gostar de legumes e normalmente colocam-nos na borda do prato. Mas é possível faze-los comer alguns. Por exemplo, acrescentando queijo no topo dos brócolos cozidos e levando-os ao micro-ondas durante um minuto. Ficam deliciosos e, mais importante, irresistíveis para as crianças. Há outro prato saboroso com legumes que também é fácil de cozinhar: couve-flor com bacon. Tem dúvidas? Então aqui fica o linka para a receita . Verá como a criançada vai adorar.
Por outro lado, há ainda uma regra de ouro para que as crianças não torçam o nariz cada vez que lhe puser legumes ou vegetais à frente: a decoração do prato. Muitos especialistas afirmam, que se a apresentação do prato for divertida, pode ser a chave para um apetite mais aberto a verduras.
Preparação: Junte a mistura para saladas, as cenouras e a cebola num recipiente para saladas. Regue com o azeite e o vinagre e salpique com um pouco de sal.
Divida o preparado por dois pratos e por cima disponha as fatias de peru grelhadas, os tomates cereja e o queijo.
Informação Nutricional por dose:
180 calorias
4 grs de gordura (1 gr. Saturada, 0 monoinsaturada)
27 mg de colesterol
19 grs de hidratos de carbono
21 grs de proteínas
6 grs de fibras
290% Dose Diária Recomendada de vitamina A
70% DDR de vitamina C
757 mg de sódio
956 mg de potássio
55% DDR de folatos
40% DDR de cálcio
2 Doses Tempo de Preparação: 10 Minutos Tempo Total:10 Minutos Preparação:Fácil
No Verão a fruta portuguesa é deliciosa e a um preço mais convidativo. Aproveite para a fazer durar até ao Inverno
Quando eu era pequena a minha família tinha um grande pessegueiro no jardim e uma das coisas que mais gostava de fazer com a minha mãe era compota de pêssego. Recordo-me como era divertido e... delicioso.
Talvez hoje em dia já não seja tão fácil ter uma árvore de fruta praticamente dentro de casa, mas com a época de crise que atravessamos é necessário colocar a imaginação a trabalhar e encontrar novas formas de poupar.
No Verão a fruta portuguesa é de facto deliciosa e a um preço mais convidativo. Maçãs, pêras, pêssegos, ameixas, melão, figos... a oferta é extensa e variada para todos os gostos. Se tiver filhos, ainda lhes vai proporcionar uma fantástica tarde em família a fazer algo que poderão usufruir em futuros pequenos-almoços ou lanches de inverno.
Pode encontrar inúmeras receitas na Internet apurando a forma como faz a sua compota favorita, no entanto, deixo-lhe aqui algumas dicas úteis e uma receita base que funciona muito bem para quase todas as frutas.
Tão simples que todos podem participar!
- Utilize frascos de vidro e tampas que vedem bem e devidamente esterilizados (coloque-os dentro de um tacho de água a ferver por 5/10 minutos. Cuidado para não se queimar!)
- Escolha a fruta do seu agrado bem madura mas ainda firme
- Lave e descasque a fruta e corte-a em pequenos pedaços
- Num tacho grande que possa ir ao lume coloque 350 gramas de açúçar por cada 600 gramas de fruta e envolva bem. Deixe ferver em lume brando durante cerca de 30 minutos (depende da quantidade que estiver a fazer) até evaporar todo o sumo e a consistência ser do seu agrado. Não se esqueça de mexer para não pegar no fundo.
- Coloque o doce nos frascos enquanto o mesmo ainda estiver quente, para solidificar já dentro do frasco.
- Feche bem e conserve-os num local fresco e seco.
- Se os seus filhos gostarem de trabalhos manuais poderão ainda decorar as tampas ou fazer etiquetas personalizadas!
E já agora não se esqueça do título deste texto e de como é importante consumir fruta... nacional!
Cristina Silva Bastos, Sandra Ramos e Francisco Pereira Gomes (Foto: Pedro Cunha)
Com o objectivo de combater a exclusão social dos idosos, surge o projecto Culinarium. "Em 2050, a média de idade da população portuguesa vai ser de 50 anos". É com esta afirmação que Sandra Ramos, de 29 anos, começa a explicar o projecto ao P2. "O Culinarium promove o envelhecimento activo da população" e, cada vez mais, "temos de desenvolver novas actividades para ocupar os nossos idosos".
A ideia de Sandra, oriunda da Bélgica e que fez equipa com Cristina Silva Bastos, de 28 anos, e Francisco Pereira Gomes, de 31 anos, é juntar avós e netos na cozinha, na escola. O Culinarium é uma das dez ideias finalistas do concurso promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação Talento, com o objectivo de premiar e pôr em prática uma ideia de portugueses na diáspora em colaboração com residentes.
O Culinarium quer combater dois problemas: o isolamento dos idosos e a obesidade infantil, através da promoção de uma alimentação saudável. Quem melhor do que os avós, que têm tempo, paciência e hábitos alimentares mais saudáveis, para iniciar as crianças às práticas agrícolas e à cozinha? "Novos saberes, novos sabores" é o slogan da ideia que deseja "partilhar receitas" e "reavivar a tradição gastronómica portuguesa", reforçando os laços familiares.
"Tal como as crianças aprendem a ler, a escrever, a contar ou a fazer desporto, nós propomos que também aprendam a cozinhar para terem uma dieta equilibrada e uma vida mais saudável", continua Sandra Ramos. Mas desenganem-se os professores se pensam que vão ter mais trabalho. É aqui que entram os idosos, os avós, para que tenham uma ocupação útil. "Vamos fazer com que as crianças e os avós sejam os embaixadores da alimentação saudável junto das famílias", imagina Sandra Ramos.
Da teoria à prática, a ideia finalista quer lançar o projecto-piloto numa instituição em Cascais. "Queremos actuar junto das crianças mais novas, para combater o problema da obesidade de raiz, e não quando já estão com excesso de peso", explica Sandra, que foi para Bruxelas há três anos.
Numa época de crise em que as hortas urbanas estão a ressurgir nas cidades, o projecto quer ainda levar as hortas para a escola, num "regresso ao que é tradicional, saudável e biológico". A equipa quer partir de Cascais para o resto do país, tendo já programado datas concretas para a realização e expansão do projecto: a 12 de Janeiro de 2012, o Culinarium é implementado; sete meses depois, no início do ano lectivo de 2012/2013, a experiência poderá alargar-se a todo o país. De seguida, a equipa quer fazer intercâmbios "entre os vários núcleos" onde se aplicou a ideia Culinarium, juntando avós e netos de todas as regiões do país. "Queremos assim promover uma troca de experiências gastronómicas a nível nacional". E depois virá o livro de receitas.
Para pôr o projecto no terreno, caso o Culinarium não ganhe o prémio de 50 mil euros do concurso Faz - Ideias de Origem Portuguesa, a equipa espera obter apoios das autarquias, à semelhança do que foi feito na Austrália, com o programa The Kitchen Garden Foundation, no qual Sandra Ramos se inspirou.