Sexta-feira, 28.10.11

Quando os doze anos de casamento de Kevin Cotter com "aquela de quem não se pode dizer o nome" terminou, ao vê-la partir de malas feitas ele fez-lhe uma pergunta: "Esqueceste-te do teu vestido de noiva. O queres que faça com ele". A resposta, em tom mal-humorado, foi a seguinte: "Não quero essa m(!!!!) para nada. Faz o que quiseres com ele!". E foi isso mesmo que o recém-separado decidiu fazer... da pior maneira (ou melhor, depende do ponto de vista).

 

Para se vingar da mulher que lhe partiu o coração e o deixou sozinho, Kevin Cotter começou uma extensa lista de formas, no mínimo originais, de usar os muitos metros de tecido que tinham marcado o suposto dia mais feliz das suas vidas. Desde tapete de ginástica a coador de esparguete e toalha de mesa para jantares com amigos na hora da fossa, o vestido branco foi sendo destruído.

 

Kevin deu-se mesmo ao trabalho de criar um blogue - cujas audiências metem a um canto qualquer pipoca doce ou amarga portuguesa -  a explicar a sua vingança e a pedir a outros "saltos rasos" ideias para dar cabo do vestido de noiva da mulher que um dia amou.

 

Já os motivos que levaram a senhora a fazer as malinhas e a pôr-se ao fresco é que ele nunca explica, mas pronto... para todos os efeitos ela devia "ser apenas" mais uma daquelas coisas que eu não posso dizer aqui, mas que começa com "c" e com cujo leite até se faz um queijinho de chorar por mais. Pelo menos é o que muitos comparsas solidários com a causa devem achar, dado que a lista das coisas a fazer ao vestido já vai acima das 100 e as propostas não param de chegar de todo o mundo à casinha no Arizona, onde o "salto raso" de coração partido se diverte a pô-las em prática já há dois anos.

 

E não é que a brincadeirinha deu um livro?

 

Conclusão: a brincadeirinha rendeu a Kevin Cotter, nada mais, nada menos, do que um livro, intitulado "101 Uses For My ex-wife's Wedding Dress ". Sim, é mesmo verdade. Não me parece que chegue ao Nobel com tal conteúdo tão profundo, mas a realidade é que o seu site já tornou quase num a terapia virtual para outros recém divorciados que não conseguem ultrapassar as respetivas separações.

 

Podia aqui fazer o discurso sobre a total imaturidade da solução arranjada por Kevin, mas rir é o melhor remédio, sempre ouvi dizer. Lamento apenas que o salto alto envolvido tenha visto a sua vida privada exposta desta maneira mas, do mal, o menos.  

 

E o homem, ao que parece, tem mesmo paciência para responder a quem o entope com desabafos de "divorciado de fresco". Nisto, tiro-lhe o chapéu. Ao menos que sirva para acalmar os ânimos de outros homens destroçados, que encontram assim forma de ultrapassar a crise (emocional) em vez de entrarem no mundo dos crimes passionais bem ao género de Hollywood que, infelizmente, nos fomos habituando a ver diariamente nos jornais. Praticados tanto por homens, como por mulheres, convém lembrar. É que não há géneros santos nestas (e noutras) coisas.

 

 

 



publicado por olhar para o mundo às 17:00 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Quinta-feira, 08.09.11
"In The Car", um quadro de Roy Lichtenstein
Perderam estatuto. Já não é por causa delas - as amantes - que a maior parte dos casamentos acaba. E, nisto das rupturas, os homens britânicos estão a ficar mais corajosos.

Um estudo realizado junto de 90 advogados especializados em família no Reino Unido concluiu que é o fim do amor a principal razão para os divórcios no país. Antes, eram as relações extraconjugais as responsáveis pela maior parte das rupturas.

Em época em que a longevidade impera e nos dizem que é normal não pensarmos no casamento como para toda a vida, sobretudo quando o amor e o desejo acabam (o afecto pelo outro pode durar para sempre), os britânicos não querem prolongar uniões estéreis e sem sentido. E divorciam-se.

Por isso, 27 por cento dos advogados (ou firmas) inquiridas pela empresa de consultadoria Grant Thorton (que há sete anos realiza, anualmente, este inquérito; o agora divulgado diz respeito aos divórcios de 2009) disseram que as principais razões dos seus clientes são o fim do amor e o "fomo-nos afastando". É uma subida significativa em relação a 2008, ano em que apenas seis por cento dos inquiridos mencionaram a falta de amor.

"O caso típico é a relação ir saindo da lista de prioridades, substituída pela pressão do trabalho, pelas questões financeiras ou pelo que significa criar uma família", disse ao Daily Telegraph Christine Northam, consultora da organização não-governamental Relate. "As relações precisam de atenção e de tempo para crescerem, caso contrário os casais vão-se afastando".

Razões muito válidas. Mas mais válidas do que ter amantes? O estudo dá conta de um decréscimo nos divórcios devido a relações extramatrimoniais (25 por cento, o que faz esta justificação perder o primeiro lugar que mantinha desde o primeiro inquérito). Porém, o perdão das infidelidades tem mais a ver com o decalque do comportamento dos outros do que a convicção própria. 

"Há um número crescente de celebridades que aceitam a infidelidade nos seus casamentos ou relações. Esse comportamento pode estar a começar a ter efeito nos casais, com mais casamentos a sobreviverem à infidelidade", disse, também ao Telegraph, Louisa Plumb, da Grant Thorton UK. Afinal, se as estrelas do futebol Peter Crouch, Ashley Cole e Wayne Rooney ultrapassaram os affairs e fizeram por salvar os seus casamentos, por que não havemos nós de fazer o mesmo?

Um motivo que as celebridades não invocam para o divórcio é o dinheiro, mas cinco por cento dos advogados disseram que a ele se devem as separações. Também há casais que mantêm uma união falhada para não perderem qualidade de vida. Oitenta e dois por cento dos inquiridos disseram que a recessão está a impedir as pessoas de tomar a decisão e 54 por cento disseram que a perda de valor dos bens (sobretudo das casas) também impede os casais de se separarem. Se no passado a venda de uma casa permitia comprar duas, mais pequenas, agora essa aritmética é impossível. 

"Apesar de oficialmente a economia já não estar em recessão há mais de um ano, ainda há indicadores claros de que a questão financeira é um factor decisivo para decidir o momento do divórcio e da divisão de bens", disse Geoff Mesher, da Grant Thorton UK, ao jornal The Guardian.

E porque há sempre histórias feias quando se fala de divórcios, os advogados revelaram que há casos em que um "já não gosto de ti" não chega. Há quem queira passar mensagens mais claras, ou mais fortes, não hesitando em liquidar todos os bens neste momento tão desfavorável, aceitando perder dinheiro só para penalizarem o outro na partilha.

 

Via Público



publicado por olhar para o mundo às 21:56 | link do post | comentar

Segunda-feira, 04.04.11
Já houve dois divórcios gay
 
Já houve dois divórcios entre pessoas do mesmo sexo em Portugal. Nove meses depois da entrada em vigor da lei que permite o casamento homossexual, dois casais de lésbicas puseram fim ao matrimónio.
 

A informação é dada pelo Ministério da Justiça e apanhou de surpresa a associação ILGA. «Já houve divórcios? Tão cedo?», surpreende-se Fátima Santos, que ainda não recebeu qualquer pedido de esclarecimento sobre este assunto. «A maior parte das dúvidas que aqui chegam são de pessoas que querem perceber se os direitos que têm são iguais em tudo aos dos heterossexuais casados». A resposta já está na ponta da língua: «É tudo igual, menos o direito à adopção».

 

Apesar das dúvidas que inundaram a associação a seguir à entrada em vigor da lei 9/2010 em Junho, ainda não houve nenhuma queixa de discriminação. «Não temos nenhum caso de gays que tenham sido discriminados por se casarem ou que não tinham vistos respeitados os seus direitos», garante Fátima Santos.

 

«O único problema que tivemos foi o de saber se eram válidos os casamentos com cidadãos de países que não reconhecem o casamento gay».

 

Mas esse problema ficou resolvido com um despacho de Julho de 2010, do Instituto de Registos e Notariado, que obriga os conservadores a formalizar essas uniões.

 

Via Sol



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