A empresa Waydip, criada na Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, foi selecionada como uma das 50 novas firmas mais inovadoras do mundo, num concurso da Kauffman Foundation. A PT também escolheu a Covilhã para inovar.
A empresa Waydip, criada na Universidade da Beira Interior (UBI), na Covilhã, foi selecionada como uma das 50 novas firmas mais inovadoras do mundo, num concurso da Kauffman Foundation.
A firma foi fundada há um ano por dois alunos, Filipe Casimiro e Francisco Duarte, que inventaram o Wayenergy, um sistema de pavimento que produz energia elétrica de cada vez que alguém ou alguma viatura passa sobre ele.
Em 2010, a invenção ganhou os prémios EDP/Inovação Richard Branson e MIT Inovação. Este ano, os dois sócios submeteram a empresa ao juízo da Kauffman Foundation, fundação norte-americana dedicada ao empreendedorismo, e acabaram por figurar na lista das 50 novas firmas mais inovadoras do mundo.
Todas as distinções "ajudam a promover a empresa, em especial numa altura em que nos preparamos para avançar para o mercado", explicou Francisco Duarte à Agência Lusa.
No primeiro semestre de 2012, a Waydip vai instalar os primeiros pavimentos para produzirem energia elétrica em centros comerciais e terminais de transportes.
Para o segundo semestre está prevista a internacionalização da empresa, "depois de validados e consolidados todos os processos em Portugal, durante a primeira metade do ano".
Cada mosaico do sistema Wayenergy esconde pequenos motores sob a superfície que quando são pressionados produzem energia que é acumulada em baterias.
Um sistema pré-comercial vai ser instalado durante o mês de novembro na entrada da Faculdade de Engenharias da Covilhã, para alimentar os sistemas de iluminação e sinalização do edifício.
A Covilhã ambém volta a estar no mapa dos grande investimentos tecnológicos com o lançamento da obra que vai dar origem a um dos maiores centros de dados do mundo.
A obra pertence à Portugal Telecom e está orçada em €90 milhões. Vai gerar 1400 postos de trabalho a maioria dos quais de alta especialização. A empresa envolveu já neste seu projeto a Universidade da Beira Interior.
Quanto às características técnicas do projeto, a PT estima que os 30 PB de capacidade de armazenamento deste centro de dados permitam guardar mais de 75 milhões de filmes de alta definição (HD). O projeto tem ainda em conta uma vertente ecológica: com o recurso a sistemas de refrigeração free cooling (que recorre ao ar ambiente), a PT prevê poupar 40% no consumo de energia e emitir muito menos dióxido de casrbono para a atmosfera.
Recorde-se que antes de optar pela Covilhã a PT analisou 26 locais pissíveis em todo o país. As baixas temperaturas que ali se fazem sentir durante uma boa parte do ano também pesaram na decisão, pois vai gastar-se menos em refrigeração que noutras zonas do país.
O centro de dados deverá estar operacional em 2012 e poderá ser usado para potenciar serviços na área do cloud computing, tanto para consumo interno como para exportação.
Via Expresso