Sexta-feira, 15.06.12
Monólogo espanhol cumpre os objectivos e empurra irlandeses para fora do Euro

Desta vez houve um “9”, relva molhada e uma vitória saborosa. A Espanha conseguiu nesta quinta-feira cumprir o objectivo de vencer a Rep. Irlanda por mais de dois golos de diferença, resultado que garantia à “roja” a liderança do Grupo C do Europeu deste ano. Frente a uma equipa irlandesa voluntariosa, mas inofensiva, Fernando Torres brilhou ao apontar dois golos.


Para explicar a intermitente estreia da Espanha no Grupo C do Euro 2012, na partida contra a Itália, os espanhóis seguiram por duas vias: uma parte significativa dos adeptos e da imprensa atirou as culpas para a táctica inicial de Vicente del Bosque, decalcada do Barcelona, onde não houve lugar para um “9”; por outro lado, para o seleccionador e jogadores espanhóis, o responsável pela exibição menos conseguida foi o relvado, que estava “muito seco”, dificultando a habitual rápida circulação de bola.

Embora Giovanni Trapattoni tenha garantido que os irlandeses, ao contrário do que fizeram os seus conterrâneos italianos, não se oporiam à rega da relva antes do jogo, o problema nem se colocou: a chuva miudinha que caiu durante quase todo o dia deixou o tapete no ponto que os espanhóis queriam. A outra questão, presume-se, não foi resolvida com ajuda divina. Del Bosque tinha ameaçado manter a aposta na mesma equipa que jogou contra a Itália, mas desta vez havia mesmo um “9” espanhol na ficha com a constituição das equipas: Fernando Torres.

Entusiasmados com o remate de Cox, aos 2’, que obrigou Casillas à primeira defesa do jogo – única do espanhol na primeira parte –, os mais de 20 mil irlandeses que assistiram à partida na Arena Gdansk cantavam “You’ll never beat the irish”, quando Torres deu razão a quem criticou as opções de Del Bosque contra a Itália: aos 4’, Dunne recupera a bola, mas depois demora uma eternidade para aliviar e é desarmado por Torres que não desperdiça a oportunidade para rematar fortíssimo para o fundo da baliza de Given.

O golo foi o bálsamo que os espanhóis precisavam e, com todo o tempo do mundo e a vantagem no marcador, a “roja” começou a fazer o jogo que tanto gosta, com muita posse e trocas de bolas, transformando a partida num monólogo de 90 minutos. Para a Rep. Irlanda de Trapattoni, que não abdicou do tradicional 4-2-2, pouco havia a fazer a não ser acreditar na inspiração de Shay Given para adiar, ao máximo, o avolumar do resultado. Os irlandeses jogam sempre com um enorme coração, lutam até ao último minuto, têm adeptos fantásticos que nunca desistem de apoiar a sua selecção, mas contra os actuais campeões do Mundo e da Europa, isso não chega.

A precisar de mais dois golos para assumir a liderança no Grupo C, a Espanha teve antes do intervalo uma mão cheia de oportunidades, mas o domínio absoluto dos espanhóis esbarrou em Given. O 1-0 no descanso era, claramente, curto. Tal como na primeira parte, a Espanha demorou apenas quatro minutos para marcar após o recomeço: remate de Xabi Alonso, Given defende para a frente e Silva, à segunda, remata colocado, ao canto. Faltava um golo para chegar à liderança do grupo, que acabou por chegar com toda a naturalidade, apontado novamente por Torres aos 70’.

Com a vantagem de três golos, Del Bosque começou a gerir a equipa: tirou Xabi Alonso, Torres e Iniesta e seria Fàbregas, aos 83’, a fixar o resultado final em 4-0. A Rep. Irlanda, que em toda a partida apenas obrigou Casillas a duas defesas, está fora do Euro 2012. A Espanha apenas precisa de um empate contra a Croácia para se qualificar para os “quartos”.

A FIGURA DO JOGO
Fernando Torres
A Espanha afinal tem um “9”. O seleccionador Vicente del Bosque desta vez apostou em Fernando Torres de início e o avançado do Chelsea fez o que se lhe pedia contra os irlandeses. Torres marcou dois golos, esteve sempre muito activo e terá conquistado definitivamente um lugar no “onze”. E “El Niño” é um talismã para os espanhóis: a Espanha ganhou 21 dos 22 jogos em que Fernando Torres marcou.

POSITIVO

Shay Given
O resultado só não foi mais pesado para a Irlanda porque o guarda-redes teve uma noite inspirada. Given foi o único irlandês a sair de cabeça erguida.

David Silva
Contra a Itália tinha sido um dos mais inconformados e voltou a realizar uma exibição muito positiva. É um dos indiscutíveis na equipa de del Bosque.
NEGATIVO

Rep. Irlanda
Dois jogos, duas derrotas e os irlandeses são os primeiros com bilhete de volta a casa após a fase de grupos. É a selecção mais frágil do Euro 2012.

Ficha de jogo

Arena de Gdansk, na Polónia
Assistência: 39.150 espectadores

Espanha–República da Irlanda, 4-0
Ao intervalo: 1-0
Marcadores:
1-0, Fernando Torres, 04 minutos
2-0, David Silva, 49'
3-0, Fernando Torres, 70'
4-0, Cesc Fàbregas, 83'

Espanha Casillas, Arbeloa, Piqué, Ramos, Jordi Alba, Busquets, Xabi Alonso (Javi Martinez, 65'), Xavi, David Silva, Iniesta (Cazorla, 80') e Fernando Torres (Cesc Fàbregas, 74')

República da Irlanda Given, O’Shea, Ledger, Dunne, Ward, Whelan (Green, 80'), Andrews, Duff (Mc Clean, 76'), Mc Geady, Cox (Walters, 46') e Robbie Keane

Árbitro: Pedro Proença (Portugal)
Acção disciplinar: cartão amarelo para Robbie Keane (36'), Whelan (45'+1'), Xabi Alonso (54'), Javi Martínez (76') e Ledger (84')

 

Noticia do Público



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Quarta-feira, 06.06.12

MOVIMENTO NA NET PROCESSA EX-PRESIDENTE DO BANKIA

Passaram palavra através da internet e em 24 horas reuniram 15 mil euros para formalizar uma queixa de cidadãos contra Rodrigo Rato, ex-presidente do Bankia, e o conselho de administração do banco resgatado da bancarrota pelo Estado espanhol. A campanha foi lançada pelo movimento 15MpaRato, associada aos indignados, e teve logo no primeiro dia mais de mil contribuintes.

Para conseguir o dinheiro, o 15MpaRato recorreu ao crowdfunding, sistema de financiamento público através da internet, na plataforma Goteo. Originalmente, tinha definido um prazo de seis dias para o conseguir, mas só precisou de um. Esta manhã já tinha juntado 19.143 euros. «Não ponham mais dinheiro! Objetivo de #RatoFunding cumprido», avisam agora no Twitter.

«Isto dos bancos não é bancarrota, é uma fraude. Nem mais um euro para os bancos» é o lema do movimento, que diz ao que vai num blogue dedicado a este tema: «Acabou-se a impunidade. Vamos resgatar-nos com o dinheiro que nos roubaram os banqueiros, especuladores e políticos. Um a um, gota a gota, Rato a Rato. Não devemos, não pagamos. Eles devem, eles pagarão.»

Conseguiram reunir 15 mil euros em 24 horas. «Eles devem, eles pagarão», diz movimento 15MpaRatoOs promotores da iniciativa fizeram as contas e concluíram que precisavam de 15 mil euros para arrancar com a queixa, que será apresentada na Audiência Nacional, tribunal superior espanhol, acusando os implicados de delitos empresariais, falsificação de documentos, publicidade enganosa e administração desleal.

Para avançar o movimento precisava de ter do seu lado acionistas dos bancos dispostos a subscrever a queixa, para reclamar perdas sofridas. Nesta quarta-feira os seus responsáveis informaram que já têm mais de 50 acionistas, além de «numerosos cidadãos voluntários» dispostos a oferecer-se como testemunhas e a contribuir com dados que suportem as acusações de alegadas irregularidades cometidas no Bankia.

O advogado que vai representar a causa, Juan Moreno, explicou à Europa Press que há cerca de 40 mil acionistas minoritários afetados pela entrada do Bankia em bolsa, em 2011, e que será à partida apresentada queixa contra 16 ex-conselheiros do Bankia que aprovaram esse processo. Admite ainda que a queixa possa ser extensiva a mais pessoas, incluindo responsáveis do Banco de Espanha, a CMVM espanhola e as empresas auditoras.

O 15MpaRato pede ainda à justiça para investigar a reformulação das contas de 2011 apresentada em maio pelo BFA, dono do Bankia, que passou de 300 milhões de lucros declarados em fevereiro para 3.318 milhões de prejuízos.

 

Retirado de PUSH



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Quinta-feira, 03.05.12

Real Madrid de Mourinho Campeão em Espanha


Fim do ciclo Guardiola-Barcelona em Espanha. Depois de três anos de hegemonia do Barça, Mourinho devolveu o título ao maior campeão do país.

Pep Guardiola estava no hospital quando recebeu o convite para ser treinador principal do Barcelona. O catalão treinava a equipa B e hesitou, mas o coração bateu mais forte e aceitou o desafio. Substituiu o holandês Rijkaard e, no dia 8 de Maio de 2008, o presidente Laporta pôde anunciar o seu nome. O Barça desatou a ganhar, varreu tudo, campeonatos (três), Champions (duas), Mundial de Clubes (dois), enquanto o rival Real definhava em Madrid. Para pôr um fim ao reinado déspota de Pep, Florentino Pérez foi buscar para o seu clube "o melhor treinador do mundo", como disse na sua apresentação a 31 de Maio de 2010 – ontem, José Mourinho saiu do País Basco com o título de campeão espanhol.

A vitória em Bilbau sobre o Athletic por 0-3 deu o campeonato aos blancos, que assim quebraram uma série de três anos de hegemonia do Barcelona. E fez desatar a euforia na capital de Espanha. A fonte Cibeles, símbolo maior da festa merengue, rapidamente foi inundada por milhares de pessoas.

Há um ano festejaram ali o primeiro, e até ontem o único, título da era-Mourinho, que foi a Taça do Rei. Mas soube a pouco no imenso orgulho dos adeptos do Real. 

Mourinho não desistiu e fez o que sempre fez nas equipas que treinou – excepção para o Benfica (um curto período de 11 jogos) e Leiria (apenas meia temporada) – sagrou-se campeão. Tinha sido assim com o FC Porto, Chelsea e Inter de Milão. Com o Real Madrid fê-lo na segunda época: "As minhas equipas são sempre melhores nas segundas temporadas", disse um dia o português. 

Para isso, o Real teve de ir a Camp Nou destronar o rei com uma vitória por 1-2 à 35.ª jornada, ficando com a Liga a um passo, graças aos 7 pontos de vantagem. Ontem, encerrou as contas a duas rondas do final.

Com 49 anos, Mourinho foi campeão em quatro países diferentes e igualou os feitos de Ernst Happel (o austríaco venceu na Áustria, Holanda, Bélgica e Alemanha) e Giovanni Trapattoni (o italiano ganhou a Série A, Alemanha, Portugal e Áustria). Mas o português foi melhor na sua tarefa: fê-lo nas três Ligas mais difíceis da Europa.

O Barcelona tinha ganho o seu jogo (4-1 ao Málaga) e obrigava o Real a vencer se quisesse festejar já o título. Ambos os clubes caíram eliminados nas meias-finais da Champions e o consolo virou-se para a Liga espanhola.

Ronaldo 44, Messi 46

O Barça não só ganhou como o fez com a arte goleadora de Messi: o argentino marcou três golos (46 golos no campeonato) e fugiu a Ronaldo (chegou a San Mamés com 43). 

O primeiro grande momento saiu dos pés do português, mas o penálti saiu direito aos pés de Iraizoz – o guarda-redes basco não havia defendido nenhuma das 29 grandes penalidades anteriores e Ronaldo não falhava há 22 seguidas na Liga espanhola.

Seria Higuaín a abrir a noite. O argentino que tinha marcado o golo do último título do Real Madrid (no dia 4 de Maio de 2008, em Pamplona) apontou agora o primeiro. E deixou as portas do San Mamés abertas à festa no mesmo sítio em que o Real já tinha festejado em 1980 e 2003.

Depois foi Ozil, ainda na primeira parte, a fazer o 0-2, com assistência de Ronaldo. E o português marcaria o último, um remate colocado de cabeça, deixando a luta pelo Pichichi ainda em aberto (44 contra os 46 de Messi) para os jogos com o Granada e Maiorca – os maiorquinos são a única equipa que esta época não sofreu golos do camisola 7 madridista, um recorde ainda possível para o português.


Veja os golos

 

Noticia do Público

 



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Quarta-feira, 18.04.12

CARTA DEL ELEFANTE 

Señor Rey de España: 

Soy un elefante de Botsuana, el país africano en el que me dicen que su Majestad ha estado recientemente para descansar de sus fatigas, cazándonos en un safari. Los elefantes somos mansos, aunque fieros cuando nos atacan. También nuestros dioses, los de la sabana, son dioses buenos, no vengativos, aunque sí celosos de sus habitantes. 

Quizás por ello, han querido preservar su vida, importante para su país,  aunque han querido advertirle con su caída y sus fracturas en el campamento desde donde salía para cazarnos, que sería mejor ya para su Majestad que ha  vivido ya más de lo que vivimos uno de nosotros, dedicase su tiempo a otras cosas, en vez de venir a matarnos.
 
Por ejemplo a seguir a esa España que se está desmoronando económicamente, a ese 52% de jóvenes que sufren el aguijón del paro después de tantos años de estudios, o simplemente a disfrutar de ver a los animales correr y divertirse en su habitad natural, pero sin escopetas, con las manos vacías o llenas de flores.

Nosotros sabemos que no ha hecho nada ilegal viniendo y pagando muchos miles de euros para matar a uno de los nuestros. Se lo permiten las leyes de mi país. Para muchos, matar gratuitamente animales es como lo era antiguamente cazar a lazo a los negros o indios para esclavizarlos. 

 ¿Pero basta que algo sea legal para realizarlo? Existen también las leyes del corazón, no escritas, las de los sentimientos humanos, que dicen por cierto que son superiores a los nuestros y existen ciertos ejemplos que un Rey debe ofrecer de su vida incluso privada.

Su Majestad, desde su primer discurso como Rey, afirmó que quería serlo de todos los españoles. Yo sé que en España hay aún mucha gente que no se importa de ver sufrir o morir a los animales y que hasta se divierte observándolo. Pero existen también millones, sobretodo de jóvenes, que aman a los animales, que quieren protegerles y conviven con ellos. A esos millones de españoles, no creo que les guste especialmente la imagen de su Rey llegando a esta África, que es nuestro territorio, escopeta al hombro, para distraerse disparándonos sin que podamos defendernos.

 Nos han dicho, Majestad, que posee una de las mejores colecciones de escopetas de caza que existen. ¿Podemos hacerle una sugerencia? Haga de ellas un museo y anuncie a los españoles, que su Rey ya no va a matar a ningún animal y que los años que aún le queden de existencia- que le deseamos sean aún muchos más de los que nosotros vivimos, los va a dedicar a distraerse a favor de la vida y no de la muerte.

  Elefantes con su cría
Sabemos que nosotros, los elefantes, como el resto de los animales, no tenemos derechos. Nacemos para ser cazados y muertos. Pero queremos recordarle que nosotros no hacemos mal a nadie. Somos sensibles y humildes y hasta nos parecemos a ustedes los Homo Sapiens. Dicen los zoólogos que somos de los pocos animales que respetamos a nuestros difuntos y de los pocos que saben reconocerse, como los humanos, en un espejo. 

    Es verdad que quizás para ustedes los humanos los elefantes seamos inútiles, no somos indispensables para nada, pero, no por ello deben tener el derecho de matarnos. También las monarquías hoy- y lo digo con todo el respeto- aparecen inútiles para muchos y no por eso se hace la caza a los reyes y reinas.
    
Y hablando de reinas, nos gustaría saber qué piensa su discreta y querida reina Sofía de su amor por la caza de elefantes. Ella como mujer y como madre, debe saber que en nuestra organización en la sabana, vivimos un reino matriarcal. Ellas, las elefantas, organizan y dirigen nuestra comunidad. Son madres amorosas, dan de mamar a sus hijos durante tres y hasta cinco años y sufren como ustedes los humanos cuando se los matan por capricho.
 
Por último nos gustaría que sus nietos y biznietos, Majestades, un día consiguieran divertirse sin necesidad de venir a África a cazarnos y arrancar nuestros colmillos de marfil para adornar los palacios reales con sus trofeos de muerte. 

Quizás, ni queriendo podrán ya hacerlo porque quedamos sólo 30.000 elefantes en todo el mundo y al ritmo con el que nos matan, sus nietos ya no tendrán como hacerlo, porque habremos sido extintos. Tendrán que conformarse con cazar cucarachas que al parecer tienen un millón de años y resisten hasta a las radiaciones atómicas. Nosotros, no. Somos más grandes, pero más frágiles. Quizás por ello nos amen tanto los niños a los que les gusta divertirse con nosotros. Vivos, no muertos.
 
Sólo desearle, Majestad, en nombre de nuestros dioses, que se recupere pronto del susto que le hemos dado, que no era para matarle, sino para hacerle pensar que sería mejor para su Majestad, que a la hora de dejar este Planeta, los elefantes que aún estemos vivos, podamos llorar por usted en vez de alegrarnos por haber perdido a un verdugo. 

Los vientos de la selva son misteriosos, Majestad. ¿ Por qué no nos regala sus escopetas en vida?

Con respeto y en nombre de todos los elefantes de Botsuana.

Niña con elefante

 

Retirado de Vientos de Brasil



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Rei de Espanha caça elefantes

 

Depois de ver a fotografia infeliz do rei Juan Carlos ( aparentemente feliz em 2006), de caçadeira em riste, com um elefante morto atrás de si com a tromba dobrada  e colocada propositadamente - em jeito de troféu - de encontro a uma árvore, o mínimo em termos de sofrimento que desejo a este senhor são as múltiplas fracturas na anca a que teve direito ao cair de rabiosque no chão, há poucos dias, em pleno acampamento de caça grossa. Por mim podia ter partido a real tromba, ser atropelado por uma manada de elefantes em fuga ou servir de entrada à ceia de meia dúzia de leopardos. Dormia (eu, e não o rei) bem mais descansado.

 

A proprietária do acampamento onde Juan Carlos deu o tombo - a empresa Rann Safaris - cobra milhares para que este tipo de pessoas goze com a vida, neste caso regozije com a morte, imputada de forma facínora e cruel a diferentes animais selvagens que têm oportunidade nula de se defenderem. É caso para perguntar: quem é o selvagem, o elefante ou o rei? Cobarde. Um verdadeiro nojo.

 

A mesma empresa oferece pacotes de diversão/massacres selvagens que vão de safaris de 14 dias para caçar elefantes no Botswana ao preço de 59.500 dólares, 14 dias de safari para caçar leopardos por 46.900 dólares ou ainda 14 dias para caçar búfalos a 29.120 dólares. O rei nuestro hermano parece adorar este tipo de pacotes pois figura numa outra foto divulgada de espingarda na mão junto ao corpo já sem vida de dois búfalos. Haja dinheiro (crise? o que é isso?), falta de humanidade e sobretudo excesso de estupidez. Curiosamente, ou não, poucos minutos após a publicação desta informação a página principal da Rann Safaris foi bloqueada : 'This Account Has Been Suspended'.

 

Até há algum tempo achava que as famílias reais europeias mantinham a função (paga e bem pelos contribuintes dos países que ainda sustentam esta pândega)  de animar os súbditos com historietas de faca e alguidar, imbecilidades, debilidades, escândalos e disparates. Mudei de opinião: esta gente não serve para rigorosamente nada.


Brigitte Bardot, em carta aberta ao rei de Espanha, foi clara: "É indecente, repugnante e indigno de uma pessoa com a sua responsabilidade. Você é a vergonha de Espanha". Nada a acrescentar.


Retirado do Expresso



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Terça-feira, 17.04.12

A rainha Sofia visitou hoje o rei Juan Carlos no hospitalA rainha Sofia visitou hoje o rei Juan Carlos no hospital (Andrea Comas/Reuters)

 

O rei de Espanha “está muy bien”, disse hoje a rainha Sofia, que visitou Juan Carlos no hospital onde foi operado à bacia, após uma queda durante uma caçada a elefantes no Botswana. Mas ainda mal recuperado de uma fractura na bacia, o rei não se livra de duras críticas.

 

Alguma esquerda voltou a falar de abdicação a favor do príncipe Filipe e na Internet há campanhas para que Juan Carlos deixe de ser presidente honorário do Fundo para a Protecção da Natureza (WWF). A crise económica em Espanha fez as críticas subir de tom.

A rainha Sofia chegou ao início da tarde ao Hospital San José de Madrid onde o rei está internado, para uma visita que durou pouco mais do que meia hora. À saída disse aos jornalistas que a evolução de Juan Carlos, de 74 anos, está a ser “fenomenal” e que, em breve, o rei estará em casa. Mas se do ponto de vista clínico não há sobressaltos, a caçada no Botswana causou uma verdadeira tempestade de críticas. 

Há “um apoio ou silêncio em público mas uma inquietação crescente em privado”, escreveu nesta segunda-feira o El País. O Governo de Mariano Rajoy, o Partido Popular ou mesmo o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) fizeram comentários discretos. Mas Tomás Gomez, responsável dos socialistas madrilenos do PSOE, chegou mesmo a falar de abdicação. “O que parece bastante provável é que o príncipe [Filipe], que conserva a sua boa imagem, ocupe cada vez mais espaço”, adiantou o diário espanhol.

Publicamente sucederam-se os comunicados lacónicos. “O PSOE nunca comenta a agenda privada do chefe de Estado, nem quando gosta nem quando não gosta”, adiantou a responsável do partido Elena Valenciano. “Remeto para o comunicado da Casa Real”, disse Dolores de Cospedal, secretária-geral do Partido Popular.

Mas nos corredores a inquietação tornou-se evidente. “Preocupa ao PP e ao Governo que o rei possa perder o apoio não da esquerda republicana, que nunca teve, mas de boa parte da direita e incluindo da direita monárquica”, adiantou o El País.

“Não estaria mal que o rei pedisse desculpa”, disse Patxi López, o socialista presidente do Governo basco. Outras vozes socialistas fizeram reparos, numa escalada que o secretário-geral do PSOE tentou travar. “Se alguma coisa tenho a dizer ao rei, di-lo-ei em privado e sei que ele vai ouvir”, afirmou Alfredo Pérez Rubalcaba. 

A alimentar a polémica está também a demora da Casa Real espanhola em anunciar o que acontecera, o que levou a que a notícia se tenha sabido mais depressa através das autoridades do Botswana. Por fim, a fotografia de Juan Carlos armado diante de um elefante morto – a imagem é de 2006 – correu mundo e contribuiu para intensificar o escândalo.

A actriz francesa Brigitte Bardot escreveu uma carta aberta ao rei espanhol a dizer-lhe: “É indecente, repugnante e indigno de uma pessoa com a sua responsabilidade. Você é a vergonha de Espanha”. E na Internet está a circular uma petição para que Juan Carlos abandone o cargo de presidente honorário da filial espanhola da WWF, a qual já conta com mais de 40 mil assinaturas. O próprio Fundo para a Conservação da Natureza, para o qual não serão novidade as caçadas de Juan Carlos, prometeu através de uma mensagem no Twitter fazer chegar ao rei de Espanha todos os comentários e críticas que entretanto recebeu.

“Não é o que esperávamos num momento de crise”

Em Espanha, a imagem de um rei a caçar no Botswana num momento de grave crise económica causou indignação. “Não é o que esperavam os espanhóis. É pouco edificante”, considerou Tomás Gómez. Várias organizações de defesa dos direitos dos animais, como a Igualdade Animal ou a Equanimal, chegaram mesmo a convocar manifestações para a porta do hospital onde Juan Carlos está internado.

A caçada do rei junta-se a outros escândalos recentes que têm atingido a família real espanhola, como o processo de corrupção de que é acusado o genro do rei e marido a infanta Cristina, Iñaki Urdangarín, ou o acidente em que, na semana passada, o neto de 13 anos de Juan Carlos, Felipe Juan Froilan Marichalar Borbón, disparou sobre o próprio pé com uma espingarda de três canos de calibre 36 quando praticava tiro ao alvo com o pai.

A polémica atravessou fronteiras. No New York Times foi referida a “polémica viagem de caça” que “acalentou as críticas sobre o modo de vida do rei num momento em que o país enfrenta uma crise económica”. E no britânico Guardian leu-se que “enquanto os espanhóis enfrentam a austeridade e a recessão, a família real desfruta de caras viagens de caça.”

 

Via Público



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Quarta-feira, 11.04.12
A ABCDA é uma de dezenas de associações de cannabis que surgiram nos últimos anos em EspanhaA ABCDA é uma de dezenas de associações de cannabis que surgiram nos últimos anos em Espanha (Fotos: Miguel Madeira)
Há um ano que Anna O.P. tem o trabalho que quer. Membro da direcção da ABCDA – Associació Barcelonesa Cannàbica d'Autoconsum –, a socióloga de 35 anos passa os dias na Rua do Mar de Barceloneta, o bairro de pescadores de Barcelona. É aqui que fica a sede do grupo, um rés-do-chão de 30 metros quadrados onde os 5 mil sócios da ABCDA vêm buscar cannabis legal. O ar está tão cheio de fumo como se imagina e Anna tem na mão um charro meio fumado.


Comecemos pelo princípio. "Isto é um clube privado para maiores de 21 anos. Para seres membro precisas do aval de um sócio, que afirma que és consumidor e estás disponível para fazer um consumo sério. A seguir, fazemos uma entrevista, tentando perceber se há algum problema ou consumo excessivo", explica Anna. "Entendemos que é melhor que o consumo seja acompanhado, mas nem todos passam na entrevista."

Segue-se a assinatura de um "contrato de consumo responsável", válido por um ano. Cada sócio paga uma quota de 10 euros, a ABCDA gere plantações para abastecer o consumo de todos, e a cannabis é levantada (comprada) na Rua do Mar, 6 gramas no máximo por dia.

Entre as dezenas de associações que surgiram nos últimos anos em Espanha, a maioria na Catalunha (100 mil associados) e no País Basco, algumas visam especialmente os consumidores terapêuticos, doentes crónicos ou com algum tipo de cancro que substituem parte da medicação por cannabis. Não é o caso da ACBDA, que tem 30% de consumidores destes e uma maioria de "consumidores lúdicos".

Em Espanha, o consumo de cannabis é legal, assim como o cultivo para consumo. "O tráfico, a venda e a facilitação a terceiros são ilegais. Temos pessoas mais velhas ou doentes que não podem vir aqui. É lógico que venha o filho ou um amigo, mas esses podem ser presos à porta", diz Anna.

Na verdade, qualquer sócio pode ser preso. Basta que não consuma no interior do clube. A posse também é ilegal. "Agora tem acontecido pouco. Mas às vezes polícias à paisana plantavam-se aqui na rua e apanhavam um sócio ou um funcionário", conta. O resultado eram algumas horas na esquadra – até ficar esclarecido que a pessoa pertence a uma associação.

O perigo continua por perto e Anna que o diga. Na tarde de 23 de Março, um dia depois da visita do PÚBLICO, foi presa dentro do clube e acusada de tráfico. "Rasquera voltou a apontar os holofotes para nós", desvaloriza. Bernard Pelissa, o presidente do município que hoje referenda a plantação que deverá passar a servir a ABCDA, denunciou a operação como "politicamente motivada" e destinada a confundir os seus eleitores. Até agora, sempre que a polícia entrou em associações a Justiça acabou por levantar acusações e arquivar processos.

A ABCDA tem dois anos. Com os esforços da associação, que colabora com instituições do bairro, do hospital ao convento de monjas, passando pelas festas de S. João, passou a fazer parte da vida da Barceloneta.

A ideia da plantação de Rasquera – se avançar, será a primeira na Europa gerida por uma empresa municipal – veio da ABCDA. Foram os seus dirigentes que contactaram Pelissa. Com uma dívida de 1,3 milhões de euros e os cofres vazios, Pelissa pensou: "Porque não?" A 29 de Fevereiro, o projecto foi aprovado pela assembleia municipal, com os votos dos cinco conselheiros eleitos pela Esquerda Republicana. Contra votaram os quatro da oposição da CiU (federação de partidos de direita).

"O alcalde é o verdadeiro protagonista, um visionário", diz Anna. A ABCDA não precisa de Rasquera, mas conseguir que a sua cannabis venha de uma empresa municipal seria um grande passo no sentido "de uma verdadeira regularização do cultivo, venda e consumo". Rasquera precisa dos 550 mil euros por ano que a ABCDA pagará pelo aluguer das terras e gastos com a segurança.

A Procuradoria catalã "abriu diligências", mas já adiantou que "o consumo colectivo é legal". Para além de servir a ABCDA, a cannabis será usada em investigação – a empresa municipal será dirigida por um especialista em Saúde Pública.Farto de não ter dinheiro para fazer política, Pelissa anunciou que se demite, se o "sim" não tiver 75%. A ABCDA tem plano B. Pelissa não.

 

Via Público



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Sexta-feira, 09.03.12

Espanha favorita à conquista do Euro

A maioria dos treinadores dos 16 países qualificados para o Euro 2012 aponta a Espanha como a mais forte candidata à vitória no torneio.

Reunidos num seminário em Varsóvia, cidade que acolherá o jogo inaugural da competição, muitos dos seleccionadores aceitaram apontar um favorito ao triunfo final. Joachim Löw, técnico da Alemanha, é taxativo: "As outras selecções estão atrás da Espanha", vincou.

Para Löw, a fasquia mínima no Euro 2012 para a Alemanha são os quartos-de-final. "Depois ver-se-á", atirou, sublinhando que a fase de grupos, que inclui Portugal, Holanda e Dinamarca como adversários, será "muito difícil".

Duas destas selecções entram na aposta de Laurent Blanc, seleccionador francês, para a conquista da prova. Favoritos? "Espanha, Alemanha e Holanda". Um prognóstico que não difere muito daquele que é traçado por Giovanni Trappatoni, italiano aos comandos da Irlanda: "Há uma equipa muito forte, que é Espanha, mas há também Inglaterra, Holanda e Alemanha".

A este lote, Slaven Bilic, técnico croata, junta a Itália, por uma questão de tradição. Mas recorda que "cada selecção tem uma hipótese". 

 

Via Público



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Segunda-feira, 13.02.12

Os golos de Ronaldo davam para ser o melhor em 47 épocas em Espanha


São 27 golos em 22 partidas disputadas no campeonato. Com este registo, Cristiano Ronaldo já seria o melhor marcador em 47 temporadas da história da Liga espanhola.


As contas foram feitas pelo diário desportivo espanhol “Marca”: com os 27 golos que já marcou, Cristiano Ronaldo seria o melhor marcador do campeonato em 47 temporadas da história da Liga espanhola.

Depois de se ter sagrado “Pichichi” na época passada, com 41 golos, Cristiano Ronaldo continua num ritmo imparável. Se conseguisse manter a média, o internacional português poderia chegar aos 46 golos nas 38 jornadas do campeonato.

O último futebolista a sagrar-se melhor marcador da Liga espanhola com um número de golos inferior ao que Cristiano Ronaldo já marcou em 2011-12 foi Ruud van Nistelrooy. Na época 2006-07, o holandês apontou 25 golos em 37 partidas.

O diário “Marca” conclui que, se Cristiano Ronaldo alcançar o “Pichichi” pelo segundo ano seguido seria o primeiro futebolista a vencer o prémio duas vezes consecutivas desde a década de 1980, quando Hugo Sánchez se sagrou melhor marcador em quatro épocas seguidas.

 

Via Público

 



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Domingo, 29.01.12

Mourinho o treinador Hooligan

 

Sus logros en el fútbol son lo de menos. Lo realmente asombroso es cómo en los 20 meses desde que José Mourinho asumió el cargo de entrenador del Real Madrid se ha convertido, de lejos, en el personaje más polémico de España. Posiblemente nadie haya provocado más división -más repulsa o más fanática adhesión- desde tiempos de Franco.

 

Su cara pública es la de un personaje iracundo y resentido que ve enemigos por todos lados

 

No da la sensación de amar el fútbol en sí, a diferencia de Guardiola, Ferguson o Valdano

 

Los cuatro años que vivió en la capital británica, como entrenador del Chelsea, fueron otra cosa. Fue feliz allá. Él mismo lo dijo poco después de marcharse: "El único problema que tuve en Londres fue el incidente con mi perro".

 

Tuvo su gracia aquel "incidente", pese a que acabó siendo detenido por la policía. Tuvo su gracia porque demostró que Mourinho el padre de familia, a diferencia del personaje que presenta al mundo, tiene su punto de ternura. Según trascendió en la prensa, y él nunca negó esta versión de los hechos, estaba en un evento en el que se premiaba a los mejores jugadores del Chelsea cuando recibió una llamada de casa. Su mujer y dos niños estaban histéricos. Dos policías habían llegado a la puerta y querían llevarse a la mascota familiar. No, no un rottweiler; un diminuto yorkshire terrier, uno de esos perritos de falda peludos, populares entre señoras mayores, cuyos rostros parecen expresar dulce, perpleja -y permanente- sorpresa.

 

Mourinho salió disparado a casa. Arrebató el perro de las manos de los oficiales de la ley, hubo un forcejeo y el animal, misteriosamente, desapareció. Nunca quedó muy claro si Mourinho lo escondió o si se fugó a la noche londinense. Lo que sí se supo -Scotland Yard lo confirmó- fue que Mourinho fue detenido y llevado a la comisaría. El problema tuvo que ver con las complicadas leyes de cuarentena británicas y con la sospecha que tenía la policía de que el perro había entrado en Inglaterra sin que sus dueños cumpliesen los necesarios requisitos legales. El desenlace del episodio fue que, lejos de provocar la indignación del público inglés, Mourinho quedó como un héroe: defensor de su perro, símbolo en carne y hueso (al menos para los ingleses, grandes amantes de la especie canina) de la unidad y felicidad familiar. Los incondicionales de Mourinho en España (los adeptos al "mourinhismo", palabra incorporada ya al vocabulario español, como si fuera una ideología, o una secta religiosa) habrían sacado una similar conclusión.

 

Pero hubo otra interpretación posible de aquel incidente londinense, una a la que se predispondría aquel sector de la población española que (el verbo no es ninguna exageración) lo detesta: que Mourinho es tan prepotente y grosero que se considera por encima de cualquier ley, humana o divina; que sus éxitos en el fútbol le han hecho creer que está más allá del bien y del mal. Ahora estos éxitos han sido considerables. No le faltan motivos para sentirse satisfecho consigo mismo. Su trayectoria profesional ha sido estelar, compensando con creces la frustración que sintió en su juventud por no dar la talla como jugador. En menos de 12 años como entrenador ha ganado la máxima competición de clubes mundial, la Liga de Campeones, dos veces; la primera (quizá su hazaña más extraordinaria), con el Oporto en 2004, y la segunda, con el Inter de Milán en 2010, tras vencer al todopoderoso Barcelona en semifinales. Ha ganado la Liga portuguesa, la italiana y, con el Chelsea, la inglesa dos veces. Y ha acumulado varios trofeos importantes más, entre ellos, la Copa del Rey con el Real Madrid la temporada pasada. Hoy está en vías de ganar la Liga española por primera vez, ya que lleva cinco puntos de ventaja sobre el Barcelona, y va viento en popa en la Liga de Campeones. Triunfar a tal nivel de manera tan consistente en tan poco tiempo en el deporte -en el fenómeono de masas- más grande del mundo no es poca cosa. Cuando Florentino Pérez, el presidente del Real Madrid, afirma que es el mejor entrenador del mundo, no es fácil refutarle. Hasta se puede llegar a comprender porque le ha entregado, desde su llegada en mayo de 2010, prácticamente el poder absoluto en el club, o más poder del que había tenido jamás un entrenador del Real Madrid.

 

 

 

Do El Pais.es



publicado por olhar para o mundo às 00:26 | link do post | comentar | ver comentários (1)

Quinta-feira, 29.12.11

Popular revista anunciou os vencedores do concurso de fotos. Divididas por três temas (NaturezaPessoas e Lugares), foram também destacadas imagens com menções honrosas e as escolhas do público.

Via Expresso


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Sexta-feira, 07.10.11

Segundo Miguel Sousa Tavares, em comentário à SIC, "acabar com as touradas em Portugal seria seguir o caminho da estupidez", isto porque "numa democracia as minorias são respeitadas desde que não façam nada contra as maiorias". Que engraçado. Será que para Miguel Sousa Tavares a maioria que não gosta de ver um animal ser sacrificado numa arena (para gáudio de meia dúzia) deve ser desrespeitada? Tem de fechar os olhinhos, virar costas e ter paciência? É esta então a "democracia" segundo Tavares? Parece que sim, senão vejamos mais esta pérola, elucidativa:

"Só vai a touradas quem quer. Eu não costumo frequentar touradas mas isso não me dá o direito de querer proibi-las". Muito bem, sim senhor. Então podemos torturar pessoas numa prisão desde que uma minoria goste de se dedicar à causa, é isso? Quem não gosta - cala-se. E roubar? A minoria que rouba deve ser protegida? E lutas de cães? E de galos? Há quem goste, devemos respeitar e não proibir? Ou um cão vale mais que um touro? O Miguel tem um touro no quintal? E se eu lhe fanasse o cão (não sei se tem um mas supondo que sim e que não foi assado no espeto), o levasse até ao Campo Pequeno e com um grupo de amigos e passássemos toda a noite a espetar-lhe farpas no lombo, o Miguel gostava? E importava-se se a RTP patrocinasse a "corrida anual da matança do cão de Miguel Sousa Tavares" com os seus impostos? Posso indignar-me contra isso? É que eu gosto de cães... devo ser uma besta!

 

Bem se isto não é seguir o caminho da estupidez não sei o que será. Mas continuemos no trilho da barbaridade intelectual. Seguiu-se a comparação das touradas e hipotética proibição desta "arte" à proibição do programa Casa dos Segredos. Eu sou a favor das duas. Miguel Sousa Tavares é apenas a favor da segunda. Ora portanto sacrificar um animal ok. Assistir à barbárie intelectual de meia dúzia de animais racionais (aqui tenho dúvidas) é que não pode ser. "Até prova em contrário as pessoas raciocinam mais que os animais" - diz Miguel. Tem razão. Mate-se a bicharada toda. Afinal de contas para que servem as espécies para além da humana? Só dão trabalho. Sacanas.

 

Seguiu-se à alusão à ignorância e falta de informação das pessoas relativamente ao lado cultural do sacrifício do touro na arena, a história das touradas etc. Portanto depreende-se que para Miguel ignorantes são os que não gostam de ver Touros na arena a ser violentados, certo? "Goya, Picasso e Dalí pintavam touradas..."? E então? Picasso também pintou Guernica, gostaria ele de assistir a bombardeamentos alemães? De ver uma população morrer? Adoraria ele Hitler e Franco? E Goya? Não era a sátira e comédia um dos seus temas predilectos?

 

"Levada ao extremo a proibição dos touros de morte vai conduzir à extinção da própria raça". Bem com esta o Sr. Darwin ia sentir-se um perfeito idiota. Anos a desenvolver uma teoria e em três minutos Miguel Sousa Tavares dá-lhe cabo do trabalho. Fuck you selecção natural!

 

Mas continua: "Passa-se o mesmo com a caça. As pessoas têm a mania de proteger os animaizinhos". Tem razão Miguel. Vou já amanhã comprar uma caçadeira e lixar essa passarada toda que por aí anda. O burro mirandês também é uma espécie ameaçada. E se os começássemos a criar e depois sacrificássemos os bichos em praça pública? Não era giro? Salvávamos a espécie e nascia uma nova tradição? Afinal o que vale um burro? Dizem que nem as vozes chegam ao céu. São os caminhos da estupidez. Há vários, como os de Santiago. Cada um segue o que quer. 


Via Expresso



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Sexta-feira, 22.07.11
Patrícia Carvalho estreou-se nas caminhadas pela montanha com 35 quilómetros em dois dias. Sofreu um bocadinho, é verdade, mas as paisagens inesquecíveis das Astúrias, com desfiladeiros fantasmagóricos e prados com tapetes de verde fresco, compensaram todas as dores nas pernas. Uma longa caminhada pelos Picos da Europa.

Mesmo que a perspectiva de chuva nos deixe o sobrolho um pouco mais franzido. Não há-de ser nada. Dissemos que sim, que íamos experimentar fazer duas caminhadas em dois dias nos Picos, depois de nos garantirem que a maior parte dos participantes já tinha passado os 50 e que as caminhadas eram fáceis apesar de a primeira ser bastante longa.

"Mas não tem grandes desníveis, é planinha", dissera o senhor Freitas. Acreditámos, calçámos as botas, metemos o impermeável na mochila, ao lado do chapéu e do protector solar, vestimos uma camisola polar por cima da t-shirt (porque, se não sabemos muito sobre os Picos da Europa sabemos, pelo menos, que o tempo lá em cima muda de forma brusca) e juntamo-nos ao grupo. Não há-de ser nada, suspiramos.


Poncebos Caín Poncebos | 24 km

A primeira parte do caminho não custa nada: é de camioneta. De Cangas de Onís até Poncebos, com uma breve paragem em Arenas de Cabrales, para algumas pessoas comprarem mantimentos para o dia, vamos confortavelmente sentados, a observar a paisagem pela janela. O caminho é uma amostra perfeita das Astúrias.

Verde e mais verde, a desenrolarse em prados molhados e nas encostas de montanhas enrugadas, encavalitadas umas sobre as outras. Pequenos povoados de casas de dois pisos e sardinheiras a enfeitar varandas e janelas. Rios baixos de seixos redondos e águas límpidas a cortar os campos.

 

Em Arenas de Cabrales ninguém arrisca abastecer-se do produto que tornou a localidade "mundialmente conhecida", conforme garante uma das brochuras distribuídas no posto de turismo local o queijo. Diz-se dele que é forte e muito, muito mal cheiroso. Para nós, a vila é usada pela sua outra característica mais famosa, a de ser "uma das principais entradas dos Picos da Europa, um dos parques nacionais mais visitados em Espanha", como elucida a mesma brochura.

 

A pé pelos Picos da Europa

 

Apesar de nos termos levantado às 7h30, só começamos a caminhar três horas depois e, por essa altura, já toda a gente está ansiosa por pôr os pés ao caminho.

 

A camioneta deixa-nos perto do início do trilho, e logo ali, refastelado na berma da estrada, junto a um sinal de perigo com a imagem de pedras a desprenderse da rocha (e que irá ser uma companhia constante ao longo de todo o trilho), está um rebeco, espécie de cabra montês, que é também o símbolo dos Picos da Europa. Deixa-se estar, impassível, enquanto passam por ele os primeiros grupos de caminheiros.

 

O mesmo faz outro membro da espécie, quando espreitamos o rio Cares, verde-azul-turquesa, a correr a umas dezenas de metros abaixo do nível da estrada. O rebeco olha-nos, patas assentes na encosta escarpada como se fosse uma planície, e não se mexe um milímetro.

 

Começamos a andar, cheios de energia, e vamos em frente, por onde o caminho é plano. Mas o senhor Freitas chama-nos, com um grito. "Ei, é por aqui. Temos de estar atentos aos sinais." Nós temos desculpa. Afinal, ele dissera que o caminho era longo mas planinho e o sítio por onde quer que nos embrenhemos é uma estrada estreita de pedra, que sobe numa inclinação um pouco aflitiva. E que tem na base uma grande placar a avisar "Atenção! Rota Perigosa. Desprendimentos e queda de pedras em todo o percurso, ao longo de barrancos sem protecção lateral. Proibido circular de bicicleta." Ora bem.

 

Ver Texto Completo no PÚblico



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Quarta-feira, 30.03.11

Portugal tem mais idosos e mais doentes do que Espanha e a esperança de vida saudável aos 65 anos é significativamente superior no país vizinho, revela um estudo comparativo feito pelosinstitutos de estatística dos países ibéricos.

Enquanto as mulheres e os homens espanhóis têm, aos 65 anos, uma média de 9,8 e 8,6 anos de vida saudável pela frente, nos portugueses essa esperança não vai além dos 6,6 anos e 5,4 anos respetivamente.

A comparação faz parte de “A Península Ibérica em Números/La Península Ibérica en Cifras”, publicação da responsabilidade dos Institutos Nacionais de Estatística de Espanha e de Portugal, correspondente a 2010.

O documento apresenta um conjunto de indicadores estatísticos oficiais agrupados em 15 temas que compara os dois países.

Segundo esta edição, a esperança de vida à nascença das mulheres espanholas (84,7 anos) em 2009 era a mais elevada da União Europeia. A esperança de vida à nascença das portuguesas (81,8 anos) ocupava uma posição intermédia no ranking dos 27 países.

No mesmo ano, a população com 65 ou mais anos representava 17,6 por cento em Portugal e 16,6 por cento em Espanha (em relação à população total de cada um), posicionando-os no grupo de países da UE em que esta faixa populacional apresenta percentagens mais elevadas.

O documento refere que, em 2008, 72,9 por cento dos espanhóis consideravam o seu estado de saúde “bom” ou “muito bom”, contra 48,6 por cento dos portugueses com essa perceção.

No mesmo ano, a percentagem dos portugueses com problemas de saúde ou uma incapacidade de longa duração (29,5 por cento dos homens e 36,6 por cento das mulheres) era superior à registada emEspanha (27,6 por cento dos homens e 32,8 por cento das mulheres) e também à média da União Europeia (28,7 por cento dos homens e 32,8 por cento das mulheres).

Em Portugal e Espanha as principais áreas de licenciatura foram “Saúde e serviços sociais”, “Engenharia, indústrias e construção” e “Gestão e administração”.

Em 2009, o PIB per capita em paridades de poder de compra em Portugal e em Espanhacorrespondia, respetivamente, a 79 por cento e a 104 por cento da média europeia, enquanto a produtividade dos dois países - medida pelo valor do PIB e nível de volume de emprego - representava 74 por cento e 111 por cento da média europeia, respetivamente.

No mesmo ano, a dívida das administrações públicas em Portugal (76,1 por cento do PIB) mantinha-se superior à média europeia (74,0 por cento) e à registada em Espanha (53,2 por cento), enquanto o défice das administrações públicas neste país (11,1 por cento do PIB) era superior quer ao valor português (9,3 por cento), quer ao europeu (6,9 por cento).

Em 2009, a taxa de desemprego em Espanha (18,0 por cento) foi a mais elevada da União Europeia, posicionando-se Portugal na oitava posição desse ranking, com 9,6 por cento.

A nível regional, os valores mais altos registaram-se em: Canárias, Andaluzia, Melilla, Comunidade Valenciana e Região de Múrcia.

Em 2009, os “empregadores com nível de instrução primário e secundário inferior” representavam, em relação ao total de empregadores, 78,9 por cento em Portugal, 48,1 por cento em Espanha e 26,6 por cento na União Europeia.

Portugal liderava em número de assinaturas de telefones móveis por 100 habitantes em Portugal: 151, contra os 111 em Espanha e 125 na União Europeia.

 

Via Ionline



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Quinta-feira, 24.02.11

 

Um bebé já pode ter duas mães

 

Já há 13 histórias como a de Celeste e Paloma em Portugal, apesar de a lei portuguesa vedar o acesso a técnicas de procriação medicamente assistida a casais homossexuais ou a mulheres solteiras. Esta semana, o casal posou para o "El Mundo", depois de vencer um sentimento de discriminação no serviço nacional de saúde espanhol. "Falaram-nos como se estivéssemos a inventar", contaram ao diário. A pergunta era se podiam partilhar a maternidade biológica e a resposta só surgiu numa clínica privada. Este mês, as companheiras de 34 e 35 anos iniciam o ciclo de tratamento para conceberem em conjunto o primeiro filho.

O Instituto de Reprodução Cefer, com clínicas em Valência, Barcelona e Lleida, foi o primeiro na Europa a oferecer a solução a casais de lésbicas: uma doa os óvulos e a outra é inseminada e cumpre os meses de gravidez. O método recebeu o nome ROPA (recepção de ovócitos da parceira) e passa pela fertilização do óvulo de uma das companheiras com recurso ao esperma de um dador. 

Em Espanha, a inseminação artificial em mulheres sem parceiro ou lésbicas é prática regular há 30 anos, desde a abertura do primeiro banco de sémen no país, em 1977. O Centro Cefer começou a planear a nova oferta em 2005, quando foi aprovada a lei espanhola que permite o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Um ano depois, quando a lei da reprodução medicamente assistida veio consagrar o direito às técnicas independentemente do estado civil e da orientação sexual, acabaram-se de vez os impedimentos. No ano passado foram publicados na revista internacional "Human Reprodution" os resultados da abordagem que o instituto define como "novo modelo familiar". Entre 2007 e 2009, na fase piloto da técnica ROPA - foram seguidos 14 casais de lésbicas, com idades entre os 25 e os 42 anos. Registaram-se seis gravidezes, de um total de 13 embriões transferidos. A primeira criança com duas mães biológicas nasceu neste período. Lluna foi registada com duas mães biológicas em Agosto de 2009, passo que também não está consagrado pela lei portuguesa.

Desde então a procura tem aumentado. Fernando Marina, responsável pelo laboratório de fertilizaçãoin vitro do Instituto Cefer, revelou ao i que no ano passado receberam dez casais portugueses à procura de engravidar mediante a técnica ROPA. Este ano já há mais três casos. A procura nacional por técnicas de procriação medicamente assistida em Espanha regista uma taxa crescente, até porque a lei só prevê o tratamento de casais inférteis casados ou em união de facto há pelo menos dois anos. Marina revela que neste momento recebem 30 a 40 casais portugueses por ano e também enviam esperma de dadores para os centros nacionais de fertilidade. Outro grande centro privado de reprodução assistida em Espanha, o grupo IVI, revelou ao que a procura duplicou desde 2008, sobretudo entre as mulheres sem parceiro. "Os nossos registos não incluem a orientação sexual, pelo que não sabemos se são lésbicas ou não", explica Carolina Alemany, responsável pela comunicação do grupo. No ano passado receberam 23 portuguesas, em 2009, 15 e em 2008 apenas 11. A clínica mais procurada é a de Vigo.

Carlos Calhaz Jorge, presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução, explicou ao ique, em termos clínicos, não há qualquer impedimento à realização desta técnica. A única condicionante, também em Portugal, é o enquadramento legal. Muitos países só autorizam técnicas de procriação medicamente assistida em casos de infertilidade. Mesmo em Espanha, um dos países com menos restrições neste campo, há um "limbo legal", segundo escrevia o "El Mundo" esta semana. A lei prevê que o marido possa doar espermatozóides no seio do casal para uma inseminação artificial, mas a doação de óvulos tem um cariz anónimo. As técnicas de procriação medicamente assistida por razões não médicas também são feitas sobretudo em clínicas privadas, com custos elevados. Em Portugal, a técnica de microfertilização usada na ROPA ronda os 3250 a 4000 euros, segundo dados da Associação Portuguesa de Fertilidade.

 

Via Ionline

 



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Segunda-feira, 21.02.11

Mãe encontra filha 40 anos depois

 

Uma mulher reencontrou-se com a sua mãe biológica, 40 anos depois de a terem retirado à progenitora logo após o nascimento. Este foi o primeiro caso de reencontro - já confirmado por testes de ADN - saído de um passado de tráfico de bebés que está a abalar a vizinha Espanha.

 

Durante o franquismo, e até quase ao final da década de 1980, o tráfico de bebés foi um negócio em Espanha. Só recentemente é que este país começou a acordar para este capítulo aterrador da sua história, muito graças à acção da Anadir - Asociación Nacional de Afectados por Adopciones Ilegales, que recentemente se manifestaram frente à Procuradoria-Geral espanhola pedindo justiça.

“Este é o primeiro caso de reencontro a que assistimos”, assegurou ao “El País” Juan Luis Moreno, fundador, a par de Antonio Barroso, da Anadir. “Aconteceu em Barcelona, mas ambas preferem ocultar a sua identidade”, acrescentou o responsável.

Sabe-se que, neste caso, a mãe nunca acreditou na notícia dada pelos médicos: que a filha que acabara de dar à luz tinha morrido. Por isso, lutou durante toda a vida para saber a verdade. O seu desejo acabou por se tornar realidade, ainda que 40 anos depois. A sua filha não estava morta e foi ao seu encontro.

Ambas fizeram testes de ADN que confirmaram que são mãe e filha e que a certidão de óbito que tinha sido entregue à mãe há 40 anos era falsa.

Este é o primeiro reencontro provado por testes de ADN, mas é possível que se venham a suceder muitos mais casos. Centenas de mulheres em todo o país já apresentaram relatos semelhantes: depois do parto, o obstetra dizia que a criança tinha morrido e os pais nunca mais viam o bebé. Acabavam a enterrar urnas fechadas sem ninguém lá dentro.

O procurador-geral, Cándido Conde-Pumpido, decidiu remeter para as procuradorias provinciais as queixas dos 261 casos de bebés alegadamente roubados que recebeu na procuradoria no final do mês passado. Paralelamente, Conde-Pumpido nomeou uma pessoa para coordenar as investigações. 

Por outro lado, o ministro da Justiça, Francisco Caamaño, comprometeu-se esta semana a facilitar, gratuitamente, os testes de ADN aos afectados, sempre que seja apresentada uma autorização judicial. 

Estima-se que estes crimes tenham começado durante o franquismo - muitas vezes eram retirados a famílias simpatizantes da esquerda republicana - e continuado até 1987, quando uma reforma legislativa obrigou os médicos a comunicarem às autoridades cada caso de adopção em que intervinham.

 

Via Público



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Quarta-feira, 16.02.11

Espanha aprova lei que permite encerrar sites

 

O Congresso de Deputados espanhol aprovou hoje, depois de mais de um ano de polémica, a controversa lei que permite fechar páginas da Internet com descargas de conteúdos ilegais sujeitos a direitos de autor.

 

A lei, conhecida como Lei Sinde (nome da ministra da Cultura, Angelez Gonzalez-Sinde), permite que as páginas sejam encerradas apenas com ordem judicial, eliminando assim um dos obstáculos à sua aprovação.

 

Inicialmente, o Governo pretendia que as páginas da Internet fossem encerradas apenas com uma ordem administrativa, o que levou a oposição a rejeitar a proposta de lei que faz parte da Lei de Economia Sustentável, um texto mais amplo que abrange vários sectores de actividade.

 

Via Sol



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Domingo, 13.02.11

 

 

Letra

 

Nada tienen de especial
dos mujeres que se dan la mano
el matiz viene después
cuando lo hacen por debajo del mantel
luego a solas sin nada que perder
tras las manos va el resto de la piel
Un amor por ocultar
aunque en cueros no hay donde esconderlo
lo disfrazan de amistad
cuando sale a pasear por la ciudad
Una opina que aquello no está bien
la otra opina que qué se le va a hacer
Y lo que opinen los demás está de más
quién detiene palomas al vuelo
volando a ras de suelo
mujer contra mujer
No estoy yo por la labor
de tirarles la primera piedra
si equivoco la ocasión
y las hallo labio a labio en el salón
ni siquiera me atrevería a toser
si no gusto ya sé lo que hay que hacer
Que con mis piedras hacen ellas su pared
quién detiene palomas al vuelo
volando a ras de suelo
mujer contra mujer
Una opina que aquello no está bien
la otra opina que qué se le va a hacer
Y lo que opinen los demás está de más
quién detiene palomas al vuelo
volando a ras de suelo
mujer contra mujer
Quién detiene palomas al vuelo
volando a ras de suelo
mujer contra mujer

 

 



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Sábado, 12.02.11

 

 

Letra
Tonto el que no entienda.
cuenta una leyenda
que una hembra gitana
conjuró a la luna
hasta el amanecer.
llorando pedía
al llegar el día
desposar un calé.
"tendrás a tu hombre,
piel morena,"
desde el cielo
habló la luna llena.
"pero a cambio quiero
el hijo primero
que le engendres a él.
que quien su hijo inmola
para no estar sola
poco le iba a querer."
Luna quieres ser madre
y no encuentras querer
que te haga mujer.
dime, luna de plata,
qué pretendes hacer
con un niño de piel.
a-ha-ha, a-ha-ha, 
hijo de la luna.

de padre canela
nació un niño
blanco como el lomo
de un armiño,
con los ojos grises
en vez de aceituna --
niño albino de luna.
"¡maldita su estampa!
este hijo es de un payo
y yo no me lo callo."
Luna quieres ser madre
y no encuentras querer
que te haga mujer.
dime, luna de plata,
qué pretendes hacer
con un niño de piel.
a-ha-ha, a-ha-ha, 
hijo de la luna.
Gitano al creerse deshonrado,
se fue a su mujer,
cuchillo en mano.
"¿de quién es el hijo?
me has engañado fijo."
y de muerte la hirió.
luego se hizo al monte
con el niño en brazos
y allí le abandonó.
Luna quieres ser madre
y no encuentras querer
que te haga mujer.
dime, luna de plata,
qué pretendes hacer
con un niño de piel.
a-ha-ha, a-ha-ha, 
hijo de la luna.
Y en las noches
que haya luna llena
será porque el niño
esté de buenas.
y si el niño llora
menguará la luna
para hacerle una cuna.
y si el niño llora
menguará la luna 
para hacerle una cuna.

 

 



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