Segunda-feira, 21.05.12

Durante 1h40, os Coldplay deram um concerto ensaiado ao milímetro

Durante 1h40, os Coldplay deram um concerto ensaiado ao milímetro (Manuel Roberto)

 

Quem viu os Coldplay ao vivo em Agosto de 2000, em Paredes de Coura, não poderia imaginar que, cerca de uma década depois, estariam a lutar pelo título de maior banda de estádio do mundo. Então, um tímido Chris Martin quase pedia desculpa pelo facto do quarteto ter chegado a número um do Reino Unido. Esta sexta-feira, no Estádio do Dragão, viu-se um colectivo rodado e conhecedor de todos os truques deste tipo de espectáculos, que investiu maioritariamente no mais recente álbum,Mylo Xyloto (do qual foram apresentados dez temas), e nos hinos pop que têm invadido as rádios nos últimos anos.

 

Interessa, nestes casos, agradar às massas, em modo best of. Foi isso que sucedeu, mesmo que canções como Shiver (uma dos melhores da história da banda) tenham ficado de fora. Do disco de estreia sobrou apenas Yellow e percebe-se porquê: Parachutes é um misto de melancolia e de canções construídas tendo por base uma série de bons riffs, com menos potencial para gerar cantorias colectivas. Viva la vida ou Paradise resumem em si o conceito de rock de estádio: são músicas redondas, polidas, com refrões acessíveis e viciantes; perfeitas no seu objectivo, mesmo que musicalmente pouco desafiantes. Três anos depois da primeira digressão em megarecintos, os Coldplay competem com os U2 pelo título de reis do estádio, mas ainda só lhes podemos chamar “príncipes”. Os irlandeses já atingiram dimensões que Chris Martin e companhia não tocam.

Já lá vamos. Primeiro, há que dizer que a chuva esteve prestes a estragar a festa (estragou, pelo menos, os concertos de arranque de Rita Ora e Marina and the Diamonds), mas, como por milagre, parou no momento em que os Coldplay entraram em palco. Viu-se então fogo-de-artifício e chegariam depois confetes e bolas coloridas; para além disso, os cinco ecrãs gigantes alternaram imagens ao vivo com animações e as pulseiras cintilantes que foram entregues ao público na entrada brilhavam no escuro. Talvez a dimensão deste “folclore” tenha sido sobredimensionada, porque, a dada altura, era legítimo perguntar qual era o papel da música no meio de tudo aquilo.

Arrancando com Mylo xyloto e tirando partido de um som quase perfeito (nítido e equilibrado), os Coldplay cumpriram um alinhamento que alternava temas mais rockeiros com outros mais pop. In my place (um single quase perfeito, que já data de 2002) foi o primeiro grande sucesso apresentado, tendo-se seguido outros momentos interessantes como Lovers in Japan ou Charlie Brown. Quando a receita era mais electrónica (por exemplo, no dueto virtual com Rihanna, em Princess of China) ou mais delicada (pensamos especificamente numa versão acústica de Speed of sound, num pequeno palco no extremo oposto da estrutura principal), o resultado foi algo insosso. Clocks, no encore, terá sido o momento alto: trata-se de uma bela canção pop, interpretada com o nervo necessário, no momento certo.

Como não poderia deixar de ser, tratou-se de um espectáculo ensaiado ao milímetro, que terá satisfeito 98 por cento do público. Porém, não podemos deixar de notar alguma falta de sal e pimenta. A banda britânica quer ter a alegria e a euforia como imagens de marca, mas, ao longo de 1h40 de concerto, pede-se alguma diversidade de emoções. A comparação é inevitável: os U2, nos seus melhores momentos de estádio nos anos 90, conseguiam ser simultaneamente mordazes, expansivos, sombrios, apaixonados e experimentais. Apesar de toda a competência demonstrada, os Coldplay não chegam a esse cume, porque a pop pode ser mais do que aquilo que apresentaram.

 

Noticia do Público



publicado por olhar para o mundo às 08:40 | link do post | comentar

Domingo, 20.05.12

 

Os Coldplay no Estádio do Dragão



publicado por olhar para o mundo às 12:24 | link do post | comentar

Sexta-feira, 17.02.12

Racismo no Dragão?

Para o director de comunicação do FC Porto, Rui Cerqueira, “nada de anormal aconteceu” no jogo com o Manchester City.


Em declarações reproduzidas pela agência Reuters, o director de comunicação do FC Porto, Rui Cerqueira, mostrou-se surpreendido pela queixa do Manchester City junto da UEFA, por alegados cânticos considerados ofensivos dirigidos a jogadores dos “citizens” no Estádio do Dragão”.

“O que podemos basicamente dizer é que nada de anormal aconteceu. Ninguém notou nada estranho, nem mesmo os delegados da UEFA que trabalharam de perto com o FC Porto durante a partida”, afirmou Rui Cerqueira.

A imprensa inglesa dá conta nesta sexta-feira de que dois jogadores do City (Yaya Touré e Mario Balotelli) se queixaram de ter ouvido “gritos de macacos”, e que sentiram que esses gritos eram dirigidos contra eles.

À Reuters, Rui Cerqueira disse que os cânticos em causa foram proferidos pelos adeptos do FC Porto e do City, dirigindo-se aos respectivos jogadores Hulk e Sergio “Kun” Aguero. “Kun, Kun, Kun; Hulk, Hulk, Hulk”, demonstrou o director de comunicação do FC Porto, explicando que tal poderá ter sido confundido com outros sons.

“Estes cânticos podem facilmente ser confundidos com cânticos racistas”, disse Cerqueira, notando que o FC Porto não tem historial de incidentes racistas. “Temos orgulho em ter uma equipa multirracial, com jogadores de várias origens e que obtiveram muitos títulos na base do respeito. Os jogadores do FC Porto nunca sentiram o mais pequeno indício de racismo, e ficaram muito surpreendidos com as acusações”, concluiu.

Veja um vídeo captado na quinta-feira na bancada do Dragão (vídeo: ErdnaAndreSilva/YouTube)


 

 

Via Público



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