Pedro Proença já arbitrou três jogos no Euro 2012
Pedro Proença já arbitrou três jogos no Euro 2012
Pedro Proença é um dos três candidatos a arbitrar a final do Euro 2012 em futebol, confirmou à agência Lusa fonte do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
A mesma fonte acrescentou que o inglês Howard Webb, que “apitou” a final do Mundial 2010, e o italiano Nicola Rizzoli são os outros dois árbitros que a UEFA colocou de prevenção para o jogo decisivo, marcado para 1 de Julho, em Kiev.
Habitualmente, a UEFA retira de prova os árbitros dos países que se apuram para as meias-finais do torneio, o que não sucedeu agora com Pedro Proença e Nicola Rizzoli, naturais de dois países que vão discutir a presença na final.
Caso Portugal, que defronta quarta-feira a Espanha, ou a Itália, que joga com a Alemanha no dia seguinte, sejam eliminados, Proença e Rizzoli podem ainda ambicionar arbitrar a final do Euro 2012.
Pedro Proença já dirigiu três jogos da fase final, o último no domingo, entre a Itália e a Inglaterra, dos quartos-de-final, que os italianos venceram no desempate por grandes penalidades.
Pedro Proença estreou-se nesta fase final a 14 de Junho, na goleada por 4-0 da Espanha, campeã europeia e mundial, sobre a República da Irlanda, na segunda jornada do Grupo C.
A 19 de Julho, orientou o encontro entre a França e a Suécia, jogo da terceira e última jornada do Grupo D, que os escandinavos, já eliminados na altura, venceram por 2-0.
O árbitro lisboeta tem cumprido a melhor época desde que recebeu as insígnias da FIFA, em 1993, num percurso coroado, até ao momento, com a final da Liga dos Campeões, ganha pelo Chelsea ao Bayern de Munique, nas grandes penalidades.
Noticia do Público
A selecção de Portugal apurou-se para as meias-finais do Euro 2012 após ter vencido a República Checa nos quartos-de-final por 1-0, com um golo de Cristiano Ronaldo aos 79 minutos.
O "capitão" da selecção esteve mais uma vez muito activo, com dois remates aos postes da baliza de Petr Cech e um golo, num fulgurante remate de cabeça.
O avançado Hélder Postiga saiu lesionado no final da primeira parte, tendo sido substituído por Hugo Almeida, que viu um golo invalidado aos 58 minutos, por fora de jogo.
Portugal vai jogar contra o vencedor do Espanha-França, marcado para sábado, 23 de Junho, às 19h45 (hora em Lisboa).
Ficha de jogo
Rep. Checa: Petr Cech; Gebre Selassie, Kadlec, Sivok, Limberský; Plasil, Pilar, Hübschman (Peckhart, 86'), Jirácek, Darida (Jan Rezek, 61'); Baros.
Portugal: Rui Patrício; João Pereira, Bruno Alves, Pepe, Fábio Coentrão; Miguel Veloso, Raul Meireles (Rolando, 88'), João Moutinho; Nani (Custódio, 84'), Cristiano Ronaldo, Postiga (Hugo Almeida, 40').
Árbitro: Howard Webb (Inglaterra)
Acção disciplinar: Amarelo para Nani (26'), Miguel Veloso (27'), Limberský (90')
Estádio: Nacional de Varsóvia
Assistência: 55.590 espectadores
Noticia do Público
Em dia de aniversário, o seleccionador nacional lançou um olhar sobre o República Checa-Portugal de quinta-feira e disse desconfiar da estratégia mais defensiva anunciada pouco antes por Michal Bilek. "Normalmente, guardamos a informação mais importante para nós", atirou.
Humildade. É este o estado de espírito que Paulo Bento quer conservar durante os 90 minutos de jogo. “Se perdermos um por cento que seja da humildade, teremos muito mais dificuldades”, alerta o treinador, ressalvando que “as duas equipas partem na mesma situação".
Sem favoritismo e de olhos bem abertos, é assim que a selecção vai entrar em campo no Estádio Nacional de Varsóvia, cujo relvado não estará nas melhores condições (situação que obrigou, inclusive, a uma alteração no calendário de treinos). “Cada vez acredito menos que 50 minutos ou uma hora de treino de adaptação tenham alguma influência no jogo do dia seguinte”, desvalorizou o técnico.
Do lado da República Checa, a grande dúvida é a inclusão ou não de Tomas Rosicky na equipa. “Jogue Rosicky ou não, não abdicaremos da nossa estratégia. O adversário joga no mesmo sistema das selecções que defrontámos até agora", atirou Bento, garantindo que está familiarizado com a forma como actuam os checos.
E o dia extra de descanso do adversário, pode fazer diferença? "Penso que, quando falamos de três e quatro dias, é mais penalizador do que uma equipa que tem quatro e outra cinco de descanso. Mas não acredito que por essa diferença isso nos passe factura”, resumiu o treinador, que ainda expressou um desejo em dia de festa. "Tentar transformar esta alegria que hoje é pessoal numa alegria colectiva”.
Noticia do Público
Raul Meireles durante o treino, com Beto e Bruno Alves
Após um voto de silêncio na zona mista depois do jogo com a Holanda e no dia de folga, os jogadores da selecção portuguesa voltaram nesta terça-feira aos contactos com a comunicação social.
“Todos temos direito à liberdade. Se entendemos não falar na zona mista, os portugueses só têm de respeitar, como respeitamos todas as críticas boas e más”, disse Raul Meireles, em conferência de imprensa, quando confrontado com o “black out” dos jogadores após o jogo com a Holanda.
O médio do Chelsea sublinhou ainda que “cinco jogadores falaram [na flash interview] e representaram bem o grupo”, recusando dar mais explicações sobre o assunto.
O voto de silêncio dos jogadores foi um protesto pelas críticas que têm sido feitas à selecção, especialmente a Cristiano Ronaldo, após o jogo com a Dinamarca.
Questionado sobre a prestação do capitão da equipa nacional, Meireles sublinhou a satisfação do grupo com Cristiano Ronaldo. “Nem sempre no futebol as coisas correm como nós queremos. O que é importante é que o Cristiano é um dos jogadores mais profissionais que já encontrei, é o nosso líder, no campo não há quem queira mais ganhar do que ele”, garantiu o médio do Chelsea, elogiando a prestação de Ronaldo no jogo contra a Holanda.
Jogadores ainda não pensam nas meias-finais
Neste primeiro dia de trabalho após a qualificação para os quartos-de-final do Euro 2012, Raul Meireles não quis saltar etapas no trajecto de Portugal no Europeu, garantindo que os jogadores ainda não estão a pensar nas meias-finais, mas sim concentrados no encontro de quinta-feira (19h45) com a República Checa. “Nós já vimos alguns jogos. Não começaram bem, como nós, e depois deram uma resposta fantástica. Esperamos uma equipa forte, vai ser um jogo difícil, mas vamos fazer tudo em campo para eliminar os pontos fortes da República Checa”, prometeu.
O internacional português reconheceu que, neste momento, não há favoritos. E desvalorizou a derrota nos quartos-de-final do Euro 1996, frente à selecção checa. “O que passou há uns anos passou, faz parte do futebol. Não há favoritos, porque a Alemanha e Holanda eram favoritos e nós passámos. Vamos fazer tudo para ganhar”, disse Meireles.
Satisfeito com o desempenho individual, apesar do cansaço acumulado, Raul Meireles apontou a boa organização da selecção e os “jogadores fortíssimos na frente que podem fazer a diferença” como pontos determinantes para a caminhada até aos quartos-de-final. “Isto é uma equipa, não são individualidades, todos estão centrados em jogar para a equipa”, destacou, elogiando o trabalho do seleccionador Paulo Bento.
Noticia do Público
Que bela selecção é a portuguesa. Nunca foi tão pouco apoiada ou mais malfadada. Nunca Cristiano Ronaldo, apesar de todos os esforços, foi tão criticado. Não acrescento “injustamente” porque CR é sempre injustamente criticado.
Até agora direi mesmo que as duas melhores selecções são a alemã e a portuguesa. Jogam com a mesma alegria e o mesmo espírito colectivo, de amadores. A Alemanha nunca esteve a perder. Nem nunca perdeu. Mas Portugal perdeu mas esteve quase a empatar (contra a Alemanha) e esteve a perder mas acabou por ganhar (contra a Holanda). Isto significa que Portugal cresceu mais do que a Alemanha.
A má notícia, se a final, com um quê de sorte e outro quê de mérito, for, outra vez, Portugal contra a Alemanha, é que a Alemanha, uma vez mais, ganhará. Talvez. Porque a boa notícia é que já pensamos em Portugal como finalista. A próxima equipa que temos para derrotar é a República Checa – que é, em termos técnicos, altamente papável.
São os adeptos portugueses que perderam. Estão de castigo. Quase sozinhos, os jogadores da selecção mostraram-nos que não precisam de nós, nem das nossas expectativas aziagas.
Cristiano Ronaldo continuou a ser o herói que tem sempre sido. Marcou dois golos mas já poderia ter marcado mais três.
Estamos quase lá. Ora bem.
Por Miguel Esteves Cardoso
Retirado do Público
Dezasseis anos depois, Portugal e República Checa voltam a defrontar-se nos quartos de final de um Campeonato da Europa de futebol. Em 1996, o famoso chapéu de Karel Poborsky a Vítor Baía ditou o adeus da Seleção Nacional à prova disputada em Inglaterra (1-0).
Nessa ocasião Portugal venceu o Grupo D, à frente da Croácia, enquanto que a seleção checa ficou em segundo lugar no C, atrás da Alemanha, equipa para a qual perderia o troféu depois.
Doze anos depois surgiu a vingança, no Euro2008. Portugal e Rep. Checa encontraram-se no Grupo A, e a equipa das quinas venceu o duelo de Genebra, por 3-1. Deco marcou um golo, tal como Cristiano Ronaldo e Ricardo Quaresma, que fazem parte da atual campanha. A Rep. Checa não foi além da fase de grupos, enquanto que a equipa das quinas venceu o grupo, mas foi afastada nos quartos de final pela Alemanha.
Dezasseis anos depois, as duas seleções voltam a encontrar-se nos quartos de final de um Campeonato da Europa.Estes foram os dois únicos duelos entre Portugal e Rep. Checa. Acrescente-se, no entanto, que a Seleção Nacional defrontou dez vezes a Checoslováquia, e conseguiu três vitórias e dois empates.
Histórico de duelos:
Euro1996 (23 de Junho): PORTUGAL-Rep. Checa, 0-1 (Poborsky, 53m)
Euro2008 (11 de Junho): PORTUGAL-Rep. Checa, 3-1 (Deco, 8m; Ronaldo, 63m; Quaresma, 90m)(Sionko, 17m)
Saldo:
2 jogos 1 vitória 0 empates 1 derrota
Histórico com a Checoslováquia:
Particular (24/01/1926): PORTUGAL-Checoslováquia, 1-1
Particular (12/01/1930): PORTUGAL-Checoslováquia, 1-0
Apuramento para o Mundial66 (25/04/1965): Checoslováquia-PORTUGAL, 0-1
Apuramento para o Mundial66 (31/10/1965): PORTUGAL-Checoslováquia, 0-0
Apuramento para o Euro76 (30/04/1975): Checoslováquia-PORTUGAL, 5-0
Apuramento para o Euro76 (12/11/1975): PORTUGAL-Checoslováquia, 1-1
Apuramento para o Mundial86 (14/10/1984): PORTUGAL-Checoslováquia, 2-1
Apuramento para o Mundial86 (25/09/1985): Checoslováquia-PORTUGAL, 1-0
Apuramento para o Mundial90 (06/10/1989): Checoslováquia-PORTUGAL, 2-1
Apuramento para o Mundial90 (15/11/1989): PORTUGAL-Checoslováquia, 0-0
Saldo:
10 Jogos 3 vitórias 4 empates 3 derrotas
Retirado do Push
Nada na mão, nada na manga. O futuro de Portugal neste Campeonato da Europa é uma espécie de truque de magia virado de pernas para o ar, em que o ilusionista não tem os acontecimentos sob controlo. O Grupo B do torneio fecha hoje as portas com quase todos os cenários em aberto, o que significa que a selecção nacional terá de ter os pés assentes no relvado do Estádio do Metalist, em Kharkiv, e os ouvidos no desenrolar do Alemanha-Dinamarca, em Lviv. Da fusão entre as duas realidades, sairá o premiado com uma vaga nos quartos-de-final, em Varsóvia.
Quem diria que, nesta altura do campeonato, mesmo uma vitória pode não ser suficiente (ver cenários na página 10) para manter Portugal à tona? Ou melhor, quem diria que a Holanda chegaria ao último jogo da fase de grupos sem saber o que é pontuar? “Nunca pensámos neste cenário. Temos de esperar para ver o que acontece nos outros jogos. Teremos de ver o que acontece”, repete-se Mark Van Bommel, à procura da 80.ª internacionalização no encontro desta noite (19h45, TVI).
É muito provável que o médio do AC Milan venha a ter de adiar esse objectivo. A Holanda precisa de golos como de pão para a boca (uma diferença mínima de dois é o que se exige) e o onze que Bert van Marwijk fará alinhar deverá reflectir um maior pendor ofensivo. De resto, o seleccionador já admitiu que terá de fazer alterações, a principal das quais deverá contemplar dois avançados. Até agora a equipa tem jogado apenas com Robin van Persie na frente, mas tudo indica que Huntelaar lhe fará companhia desta vez, muito provavelmente com o apoio de Rafael van der Vaart nas costas.
Uma dor de cabeça adicional para Bruno Alves e o seu batalhão? “Estamos prevenidos para tudo, bem treinados e agora a pensar em chegar ao jogo e dar o nosso melhor para vencer. Sabemos da qualidade da equipa adversária e temo-nos preparado para jogar contra eles”, garantiu ontem o mais internacional dos defesas portugueses (52 jogos) neste Europeu.
E se há um aspecto em particular para o qual o jogador do Zenit S. Petersburgo deve canalizar as atenções é o jogo aéreo. Não só porque Huntelaar, especialmente ele, é perigoso nos lances pelo ar, mas sobretudo porque os três golos sofridos por Portugal no torneio surgiram a partir de golpes de cabeça.
Para Paulo Bento, porém, essa é apenas uma das variantes a ter em conta. “Num grupo tão equilibrado como o nosso, dificilmente se domina um jogo durante 90 minutos. As equipas que gerirem melhor os quatro momentos do jogo são as que têm mais hipóteses de ganhar”, sublinhou o seleccionador, devidamente preparado para as eventuais mudanças no onze do adversário. “Não acredito que a Holanda mude muito o sistema táctico. Pode fazer alterações nas laterais, tirar um dos médios defensivos para poder incluir Van der Vaart. Em função do que apresentarem, teremos as nossas armas”, vincou.
Uma delas é Pepe, num grande momento de forma e com profundo conhecimento de causa do ataque holandês, ou não tivesse o defesa central sido companheiro de equipa de Sneijder, Huntelaar, Robben e Van der Vaart no Real Madrid. Junto, este quarteto soma 90 golos pela Holanda, um valor que dispara para os 119 se incluirmos Van Persie.
“Acredito no desportista”
Infelizmente para Paulo Bento, a Holanda é a única variável que pode controlar no dia em que se decide quem segue em frente no torneio. E o técnico recusa-se a acreditar em facilitismos ou resultados combinados no Alemanha-Dinamarca. “Joguei 15 anos de futebol, estou a treinar há cerca de oito anos e a primeira coisa em que acredito sempre é no desportista. Quando deixar de acreditar nisso, deixo de andar aqui”, atirou, lembrando que à selecção cumpre vencer a Holanda e nada mais. “Nós não podemos jogar dois jogos.”
Uma coisa é certa: o resultado de um dos jogos influenciará o desfecho do outro. Até que ponto os jogadores e a equipa técnica conseguem passar ao lado da questão? Bento garante que pensará apenas em somar mais três pontos, mas deixa uma pista: “Se acharmos que essa informação é pertinente para aquilo que se está a passar no nosso jogo, faremos o que for essencial para os jogadores.”
Do lado contrário, Bert van Marwijk, particularmente contido numa conferência de imprensa relâmpago, também se mostrou pragmático ao olhar para o quadro de possibilidades que tem por diante. “Vamos fazer o nosso jogo. Sabemos qual é o nosso objectivo — vencer por dois e depois esperar que a Alemanha ganhe”, assinalou, pedindo “muita disciplina” aos jogadores.Se o ataque holandês regressar ao ritmo endiabrado da fase de qualificação, multiplicará as hipóteses de atingir o objectivo. Durante o apuramento para o Euro 2012, a selecção laranja foi a que mais golos marcou, num total de 37 em dez jogos. Claro que para este somatório muito contribuiu São Marino, um adversário que tem muita prática em ir buscar a bola ao fundo da sua baliza. Frente à Holanda, perdeu por 11-0 e sofreu quatro golos de Van Persie.
Mas essas são contas de outro rosário e a (dupla) entrada em falso na prova está aí para o provar. Nunca os holandeses tinham perdido dois jogos na fase de grupos de um Campeonato da Europa e, por isso, atravessam dias amargos, como reconhece Van Bommel: “O ambiente, depois de duas derrotas, não é o mesmo que se vive depois de duas vitórias.”
“Razões para acreditar”
Saiam em que condição saírem do Estádio do Metalist no final da noite de hoje, há algo que Paulo Bento espera que os jogadores levem na bagagem: a sensação de dever cumprido. Ou, nas palavras do seleccionador, que a equipa saiba “desfrutar de uma prova destas”.
“Esgotaremos todas as possibilidades até ao último minuto. Se isso [a qualificação para os quartos-de-final] não acontecer, será por mérito dos adversários e não por deixarmos de lutar ou de acreditar”, insiste o treinador, que, no pior dos cenários, completará em Kharkiv a sua primeira aventura aos comandos de uma selecção numa grande competição. Uma aventura que acredita que terá, pelo menos, mais um capítulo: “Nos momentos adversos, já demos razões suficientes para continuarem a acreditar em nós.”
Noticia do Público
Desta vez houve um “9”, relva molhada e uma vitória saborosa. A Espanha conseguiu nesta quinta-feira cumprir o objectivo de vencer a Rep. Irlanda por mais de dois golos de diferença, resultado que garantia à “roja” a liderança do Grupo C do Europeu deste ano. Frente a uma equipa irlandesa voluntariosa, mas inofensiva, Fernando Torres brilhou ao apontar dois golos.
Para explicar a intermitente estreia da Espanha no Grupo C do Euro 2012, na partida contra a Itália, os espanhóis seguiram por duas vias: uma parte significativa dos adeptos e da imprensa atirou as culpas para a táctica inicial de Vicente del Bosque, decalcada do Barcelona, onde não houve lugar para um “9”; por outro lado, para o seleccionador e jogadores espanhóis, o responsável pela exibição menos conseguida foi o relvado, que estava “muito seco”, dificultando a habitual rápida circulação de bola.
Embora Giovanni Trapattoni tenha garantido que os irlandeses, ao contrário do que fizeram os seus conterrâneos italianos, não se oporiam à rega da relva antes do jogo, o problema nem se colocou: a chuva miudinha que caiu durante quase todo o dia deixou o tapete no ponto que os espanhóis queriam. A outra questão, presume-se, não foi resolvida com ajuda divina. Del Bosque tinha ameaçado manter a aposta na mesma equipa que jogou contra a Itália, mas desta vez havia mesmo um “9” espanhol na ficha com a constituição das equipas: Fernando Torres.
Entusiasmados com o remate de Cox, aos 2’, que obrigou Casillas à primeira defesa do jogo – única do espanhol na primeira parte –, os mais de 20 mil irlandeses que assistiram à partida na Arena Gdansk cantavam “You’ll never beat the irish”, quando Torres deu razão a quem criticou as opções de Del Bosque contra a Itália: aos 4’, Dunne recupera a bola, mas depois demora uma eternidade para aliviar e é desarmado por Torres que não desperdiça a oportunidade para rematar fortíssimo para o fundo da baliza de Given.
O golo foi o bálsamo que os espanhóis precisavam e, com todo o tempo do mundo e a vantagem no marcador, a “roja” começou a fazer o jogo que tanto gosta, com muita posse e trocas de bolas, transformando a partida num monólogo de 90 minutos. Para a Rep. Irlanda de Trapattoni, que não abdicou do tradicional 4-2-2, pouco havia a fazer a não ser acreditar na inspiração de Shay Given para adiar, ao máximo, o avolumar do resultado. Os irlandeses jogam sempre com um enorme coração, lutam até ao último minuto, têm adeptos fantásticos que nunca desistem de apoiar a sua selecção, mas contra os actuais campeões do Mundo e da Europa, isso não chega.
A precisar de mais dois golos para assumir a liderança no Grupo C, a Espanha teve antes do intervalo uma mão cheia de oportunidades, mas o domínio absoluto dos espanhóis esbarrou em Given. O 1-0 no descanso era, claramente, curto. Tal como na primeira parte, a Espanha demorou apenas quatro minutos para marcar após o recomeço: remate de Xabi Alonso, Given defende para a frente e Silva, à segunda, remata colocado, ao canto. Faltava um golo para chegar à liderança do grupo, que acabou por chegar com toda a naturalidade, apontado novamente por Torres aos 70’.
Com a vantagem de três golos, Del Bosque começou a gerir a equipa: tirou Xabi Alonso, Torres e Iniesta e seria Fàbregas, aos 83’, a fixar o resultado final em 4-0. A Rep. Irlanda, que em toda a partida apenas obrigou Casillas a duas defesas, está fora do Euro 2012. A Espanha apenas precisa de um empate contra a Croácia para se qualificar para os “quartos”.
A FIGURA DO JOGO
Fernando Torres
A Espanha afinal tem um “9”. O seleccionador Vicente del Bosque desta vez apostou em Fernando Torres de início e o avançado do Chelsea fez o que se lhe pedia contra os irlandeses. Torres marcou dois golos, esteve sempre muito activo e terá conquistado definitivamente um lugar no “onze”. E “El Niño” é um talismã para os espanhóis: a Espanha ganhou 21 dos 22 jogos em que Fernando Torres marcou.
POSITIVO
Shay Given
O resultado só não foi mais pesado para a Irlanda porque o guarda-redes teve uma noite inspirada. Given foi o único irlandês a sair de cabeça erguida.
David Silva
Contra a Itália tinha sido um dos mais inconformados e voltou a realizar uma exibição muito positiva. É um dos indiscutíveis na equipa de del Bosque.
NEGATIVO
Rep. Irlanda
Dois jogos, duas derrotas e os irlandeses são os primeiros com bilhete de volta a casa após a fase de grupos. É a selecção mais frágil do Euro 2012.
Ficha de jogo
Arena de Gdansk, na Polónia
Assistência: 39.150 espectadores
Espanha–República da Irlanda, 4-0
Ao intervalo: 1-0
Marcadores:
1-0, Fernando Torres, 04 minutos
2-0, David Silva, 49'
3-0, Fernando Torres, 70'
4-0, Cesc Fàbregas, 83'
Espanha Casillas, Arbeloa, Piqué, Ramos, Jordi Alba, Busquets, Xabi Alonso (Javi Martinez, 65'), Xavi, David Silva, Iniesta (Cazorla, 80') e Fernando Torres (Cesc Fàbregas, 74')
República da Irlanda Given, O’Shea, Ledger, Dunne, Ward, Whelan (Green, 80'), Andrews, Duff (Mc Clean, 76'), Mc Geady, Cox (Walters, 46') e Robbie Keane
Árbitro: Pedro Proença (Portugal)
Acção disciplinar: cartão amarelo para Robbie Keane (36'), Whelan (45'+1'), Xabi Alonso (54'), Javi Martínez (76') e Ledger (84')
Noticia do Público
Para Portugal o caminho mais simples será ganhar à Holanda e torcer por uma vitória da Alemanha sobre a Dinamarca
A vitória desta quarta-feira sobre a Dinamarca (3-2) desanuviou o ambiente em torno da selecção portuguesa, mas nem por isso trouxe certezas ao futuro da equipa nacional no Euro 2012. Na última jornada do Grupo B, frente à Holanda (domingo às 19h45, TVI), só a vitória interessa à formação de Paulo Bento. Mas, mesmo ganhando, Portugal pode ficar fora dos quartos-de-final. Por outro lado, até se pode apurar perdendo com os holandeses.
São vários os cenários em cima da mesa. Para Portugal o caminho mais simples será ganhar à Holanda e torcer por uma vitória da Alemanha sobre a Dinamarca (o empate entre estas duas equipas também serve). A selecção portuguesa também pode empatar com a Holanda, desde que a equipa de Joachim Löw se imponha aos dinamarqueses.
Porém, uma vitória da Dinamarca sobre a Alemanha, por 3-2 (ou 4-3, 5-4, etc), colocaria imediatamente as duas selecções na próxima fase, em detrimento da portuguesa. É que, neste cenário, Portugal seria eliminado, mesmo vencendo a Holanda.
As três equipas somariam seis pontos e seria necessário recorrer aos outros critérios de desempate definidos pela UEFA. Os pontos conquistados nos jogos entre as três equipas (seis) não desfariam o nó. A diferença de golos (zero) também não. Seria então necessário recorrer à alínea c) (golos marcados nos jogos entre as equipas empatadas), o que ditaria a eliminação de Portugal. Com três golos marcados frente a dinamarqueses e alemães, a selecção de Paulo Bento estaria em desvantagem face aos rivais no caso de a Dinamarca ganhar à Alemanha por qualquer resultado pela margem mínima acima de 4-3. E mesmo um 3-2 a favor da Dinamarca eliminaria Portugal. É que nesse caso os nórdicos teriam cinco golos marcados, contra três de Portugal e da Alemanha. Neste caso, a UEFA reaplica o confronto directo, com desvantagem para Portugal face aos alemães.
Mas se a Dinamarca ganhar à Alemanha por dois ou mais golos de diferença (2-0, 3-1, 4-2, etc), uma vitória frente à Holanda apura Portugal para os quartos-de-final do Euro 2012.
Por outro lado, uma vitória da Alemanha sobre a Dinamarca simplifica as contas de Portugal, a ponto de uma derrota com a Holanda pela margem mínima (1-0, 2-1, etc) chegar para seguir em prova. Isto porque a Holanda faria três pontos, tantos quantos Portugal e Dinamarca. No desempate entre as três equipas, valeriam os golos marcados, o que interessa à equipa nacional. Já perder por mais de um golo frente à Holanda (com vitória alemã sobre a Dinamarca) seria o fim da caminhada lusa no Euro 2012.
Critérios de desempate da UEFA
Em caso de igualdade entre duas ou mais equipas na fase de grupos, a UEFA aplica os seguintes critérios:
- a) pontos somados nos jogos entre as equipas empatadas;
- b) diferença de golos nos jogos entre as equipas empatadas;
- c) número de golos nos jogos entre as equipas empatadas;
- d) diferença de golos nos jogos da fase de grupos;
- e) número de golos nos jogos da fase de grupos;
- f) coeficiente da UEFA; g) registo disciplinar na fase final da prova;
- h) sorteio.
Nota: Se após aplicar a alínea c restarem só duas equipas empatadas, volta a aplicar-se a alínea a (dos pontos no confronto directo).
Noticia do Público
Portugal venceu (3-2) a Dinamarca em Lviv, na Ucrânia, em jogo da segunda jornada do Grupo B do Euro 2012.
A selecção portuguesa chegou à vantagem aos 24 minutos, com o defesa-central Pepe – mais tarde considerado o melhor jogador em campo – a marcar de cabeça ao primeiro poste, na sequência da marcação de um pontapé de canto apontado pelo médio João Moutinho.
O 2-0 surgiu aos 36 minutos: o extremo Nani centrou da direita e o avançado Hélder Postiga, à entrada da pequena área, entre o guarda-redes dinamarquês e um defesa, marcou com o pé direito.
Mas, cinco minutos depois, a Dinamarca reduziu a desvantagem por intermédio do avançado Nicklas Bendtner, que fez o 2-1 de cabeça. A dez minutos dos 90, os dinamarqueses chegaram à igualdade, novamente através de um cabeceamento de Bendtner.
Aos 87 minutos, o extremo Silvestre Varela, que tinha entrado três minutos antes para substituir o médio Raul Meireles, marcou o terceiro golo da selecção portuguesa, após cruzamento da esquerda do lateral Fábio Coentrão.
O golo de Varela deu a primeira vitória a Portugal no Euro 2012, depois da derrota (0-1) frente à Alemanha na ronda inaugural do Grupo B. A selecção lusa volta a jogar no próximo domingo (19h45, TVI) com a Holanda, em encontro da terceira e última jornada da fase de grupos.
Ficha de jogo
Arena de Lviv, na Ucrânia
Assistência: 30 mil espectadores
Dinamarca - Portugal, 2-3
Ao intervalo: 1-2
Marcadores:
0-1, Pepe, 24 minutos
0-2, Hélder Postiga, 36'
1-2, Nicklas Bendtner, 41'
2-2, Nicklas Bendtner, 80'
2-3, Varela, 87'
Dinamarca Stephan Andersen, Lars Jacobsen, Simon Kjaer, Daniel Agger, Simon Poulsen, William Kvist, Niki Zimling (Jakob Poulsen, 16'), Dennis Rommedahl (Tobias Mikkelsen, 60'), Christian Eriksen, Michael Krohn-Dehli (Lasse Schone, 90') e Nicklas Bendtner
Portugal Rui Patrício, João Pereira, Pepe, Bruno Alves, Fábio Coentrão, Miguel Veloso, Raul Meireles (Varela, 84'), João Moutinho, Nani (Rolando, 89'), Hélder Postiga (Nelson Oliveira, 64') e Cristiano Ronaldo
Árbitro: Craig Thomson (Escócia)
Acção disciplinar: cartão amarelo para Raul Meireles (29'), Jakob Poulsen (56') e Cristiano Ronaldo (90'+2')
Noticia do Público
São o lado sórdido do Campeonato da Europa 2012. Opõem-se radicalmente à realização da prova na Ucrânia e usam as armas que podem nos protestos públicos: exibem corpos despidos, tatuados apenas com gritos inconformistas.
As FEMEN são, oficialmente, uma ONG. Um grupo de mulheres contestatárias, dispostas a criar um novo estilo de vida numa sociedade que dizem estar «doente».
Para perceber melhor as suas intenções, o Maisfutebol entrevistou a líder e fundadora Anna Hutsol.
Reportagem na Ucrânia com a líder e fundadora de um radical movimento ONG. «Com o Europeu isto ainda ficou pior»Anna só fala ucraniano e a barreira linguística apenas foi ultrapassada com a ajuda de uma tradutora. A primeira questão era lógica: porquê o recurso à nudez nestes protestos organizados na Ucrânia e na Polónia?
«Apenas uma ação radical pode ajudar a mudar a situação na Ucrânia. Temos de ser nós a agitar as coisas. Se formos para as ruas aos berros ninguém nos liga nenhuma. Não vamos parar», responde Anna Hutsol, antes de rejeitar por completo a acusação que ouve constantemente.
«Busca de protagonismo? Os nossos corpos são um meio para atingir um fim. Estamos fartas da corrupção na sociedade ucraniana. O Euro2012 é a face mais visível dessa rede de favores e compadrios. O dinheiro gerado não ajudará o país, apenas uma imensa minoria».
«Com o futebol isto ainda é pior»
Anna Hutsol tem 29 anos. Dedica-se por completo ao projeto FEMEN. Outra das suas demandas é acabar com o que chama de «circo no turismo sexual».
«Com o futebol é ainda pior. Os adeptos vêm, vandalizam a Ucrânia e tratam mal as nossas mulheres. 30 por cento das prostitutas europeias são ucranianas. Fogem para essa vida por não terem alternativas», reclama a líder da organização.
«É esta sociedade infernal que obriga as pessoas a fazerem o que não querem. Não aceito isso».
As imagens correm os noticiários, são familiares. As FEMEN estiveram de seios ao vento no jogo de inauguração em Varsóvia, foram a Kiev ao Ucrânia-Suécia e planeiam novos protestos para breve.
«Continuarem a lutar da nossa forma. Fui assistente social alguns anos e percebi o que as mulheres deste país passam. Há uma cultura patriarcal nojenta. Quem se quiser unir a nós só tem de ir ao nosso site ou enviar-me um mail».
«Os homens podem ajudar, mas não sem roupa»
Afinal, quem são as mulheres integrantes das FEMEN? «Somos um grupo heterogéneo. Há pessoas licenciadas, médicas por exemplo, e outras mais simples. Temos a cabeça no lugar. Somos bonitas, não somos prostitutas».
Enquanto houver Euro2012, portanto, é muito provável, que se volte a ver imagens de jovens ucranianas cheias de vida e convicções sociais. As ruas são delas e até o troféu do Euro esteve perto de ser vandalizado.
Esta entrevista não foi feita presencialmente. Apesar do simpático convite de Anna para nos deslocarmos a Kiev, os 600 kms de distância e a falta de tempo disponível impossibilitaram a viagem.
Retirado do Push
Jogo pouco espectacular em Donetsk, apesar do vôo de Mexes
Era o jogo de maior cartaz deste Grupo D, mas não foi um grande espectáculo. França e Inglaterra empataram 1-1 em Donetsk na estreia das duas selecções no Euro 2012.
Num jogo com poucas acelerações, foi a formação inglesa a colocar-se em vantagem. Aos 30', Steven Gerrard marca um livro no flanco direito e Joleon Lescott, sem marcação na pequena área francesa, fez o 1-0.
Vendo-se a perder, a França acordou para o jogo e acercou-se com perigo da baliza de Joe Hart, chegando ao empate aos 39', com um tremendo remate de Samir Nasri de fora da área, o primeiro golo marcado de fora da área neste Euro - e o Manchester City, que nunca tinha tido um jogador a marcar em Europeus, teve dois neste jogo, Lescott e Nasri.
O que poderia dar um jogo mais aberto na segunda parte, depois de um primeiro tempo bastante razoável, acabou por ser uma demonstração de que as duas equipas estavam satisfeitas com o empate e nenhuma delas forçou demasiado para tentar a vitória.
Noticia do Público
Na passada quinta-feira, o seleccionador da Dinamarca, Morten Olsen, enumerou um conjunto de circunstâncias que poderiam valer uma vitória frente à Holanda: “um bocado de sorte”, “uma decisão favorável do árbitro”, “uma lesão” ou “um remate ao poste”. Não anteciparia, contudo, a conjugação de todos estes factores. Bafejados pela felicidade, mas também com muito mérito próprio, os nórdicos protagonizaram a primeira grande surpresa deste Europeu e bateram uma “laranja” recheada de estrelas, mas com pouca alma.
A Dinamarca demonstrou que não poderá mais ser considerada o elo mais fraco deste Grupo B. Frente aos vice-campeões mundiais e um dos principais favoritos à vitória no torneio da Polónia e Ucrânia, a equipa de Olsen manteve a sua identidade e derrotou a Holanda, por 1-0. A equipa mais concretizadora da qualificação para o Euro 2012, com 37 golos (média de 3,7 por partida), ficou em branco, o que já não acontecia desde a final do Mundial, a 11 de Julho de 2010, em que perdeu com a Espanha, após prolongamento, por este mesmo resultado.
É verdade que a Holanda não teve sorte. Não teve decisões favoráveis do árbitro em lances polémicos, não sendo penalizadas duas mãos na bola (discutíveis, de resto) na área dinamarquesa. Teve lesões na defesa e foi obrigada a apresentar uma linha de recurso, com a chamada do mais novo jogador de sempre num Europeu, Jetro Willems, de 18 anos e 71 dias. E teve uma bola de Robben ao poste, no único verdadeiro brinde concedido pelo guarda-redes dinamarquês Stephan Andersen, que rendeu o lesionado Sorensen.
Mas os holandeses só devem queixar-se de si próprios e da pálida imagem que deram como equipa, ou melhor, aos dois blocos divorciados que desligaram o seu jogo: à frente do guarda-redes, seis jogadores separados por vários metros das suas quatro unidades ofensivas. Nesta zona do terreno não faltava qualidade (o problema parece mesmo ser o excesso e a escolha), mas sim solidariedade.
Apesar de tudo, não faltaram oportunidades para a selecção de Van Marwijk chegar ao golo. Robben protagonizou o primeiro desperdício flagrante, mas Afellay, Van Persie e Huntelaar (que entrou aos 70’, numa altura em que a “laranja” já não disfarçava algum pânico) imitaram o atacante do Bayern Munique.
A perder por 1-0, desde os 24’, quando os nórdicos demonstraram como pode ser permeável a defesa adversária (subida de um lateral, uma movimentação interior de um extremo, dois defesas batidos e o golo de Krohn-Dehli), o mais inconformado holandês dentro de campo foi Sneijder, especialmente no segundo tempo, com cruzamentos milimétricos para os seus companheiros. Nenhum foi aproveitado.
Ficha de jogo
Estádio do Metalist, em Kharkiv, na Ucrânia
Assistência 35 mil espectadores
Holanda – Dinamarca, 0-1
Ao intervalo: 0-1
Marcador: 0-1, Krohn-Dehli, 24 minutos
Holanda Maarten Stekelenburg, Gregory van der Wiel (Dirk Kuyt, 85'), John Heitinga, Ron Vlaar, Jetro Willems, Mark van Bommel, Nigel de Jong (Rafael van der Vaart, 71'), Ibrahim Afellay (Huntelaar, 71'), Arjen Robben, Wesley Sneijder e Robin van Persie
Dinamarca Stephan Andersen, Lars Jacobsen, Daniel Agger, Simon Poulsen, Simon Kjaer, William Kvist, Niki Zimling, Krohn-Dehli, Dennis Rommedahl (Tobias Mikkelsen, 84'), Christian Eriksen (Lasse Schone, 74') e Nicklas Bendtner
Árbitro Damir Skomina (Eslovénia)
Acção disciplinar: cartão amarelo para Mark van Bommel (67'), Simon Poulsen (78') e William Kvist (81')
Noticia do Público
Polónia e Grécia empataram (1-1) na partida inaugural do Euro 2012. Os anfitriões estiveram em vantagem no marcador e chegaram a jogar em superioridade numérica, mas a equipa de Fernando Santos reagiu na segunda parte. A Grécia até podia ter passado para a frente, mas Karagounis desperdiçou uma grande penalidade.
A festa começou colorida, com a cerimónia de abertura do Campeonato Europeu. E os adeptos da casa tiveram motivos para celebrar aos 17’, quando Lewandowski inaugurou o marcador. O panorama ainda melhorou mais para a Polónia quando a Grécia ficou reduzida a dez jogadores. Papastathopoulos foi expulso por acumulação de cartões amarelos (44’), numa decisão discutível do espanhol Carlos Velasco Carballo.
Mas, no segundo tempo, a equipa orientada por Fernando Santos reagiu. Salpingidis, lançado ao intervalo pelo técnico português, fez o 1-1 aos 51’. Seguiu-se uma fase de equilíbrio, até que o inevitável Salpingidis foi derrubado na área pelo guarda-redes polaco (69’). Szczesny foi expulso, entrando o suplente Tyton. Este revelou-se um gigante na baliza, defendendo o penálti apontado pelo ex-Benfica Karagounis.
Depois do brilharete obtido em 2004, com uma vitória a abrir o Europeu organizado por Portugal (e depois novo triunfo na final sobre os anfitriões), a Grécia começou o Euro 2012 com um empate. Ainda não foi a vitória em solo polaco, algo que a selecção grega nunca conseguiu. Mas um ponto é um ponto.
Noticia do Público
Foi uma das expressões que mais vezes saíram da boca de Cristiano Ronaldo na antevisão do jogo de estreia no Euro 2012: “Eu acredito”. O capitão da selecção acredita que Portugal vai ganhar à Alemanha e que a ausência de favoritismo pode retirar pressão equipa.
“Não sentimos ansiedade. Talvez no dia do jogo a adrenalina esteja um pouco mais activa. A equipa está bem, confiante e preparada”. Palavra de capitão, palavra de estrela maior do Euro 2012. Cristiano Ronaldo chega ao torneio com uma grande época nas pernas, mas lembra que agora a história é outra: “Agora estou na selecção. Acredito nesta equipa. Vamos ver o que acontece”.
Entre elogios à Alemanha como um todo – “Não tem pontos fracos, é muito coesa” – e a algumas das individualidades, como Özil e Khedira, companheiros de equipa em Madrid, o avançado português aponta novamente aos “detalhes” como o factor decisivo para a partida. “A equipa que errar menos e estiver melhor nos detalhes ganhará a competição”.
Um dado do jogo que não será propriamente um detalhe para Portugal é a presença ou ausência de Nani. Paulo Bento, relegado para segundo plano numa conferência de imprensa com concorrência desigual, não desfez o tabu: “O Nani treinou-se ontem, irá fazer o treino de hoje e depois iremos avaliar a sua condição. Veio de alguns dias de paragem, com uma lesão num sítio onde já tinha tido problemas. Após o treino veremos como está”.
O que já está decidido é quem joga à frente da defesa: Miguel Veloso ou Custódio? O seleccionador já tomou a decisão mas guardou-a até amanhã, dia “Vamos tentar jogar olhos nos olhos com uma grande selecção. Será das poucas actividades em que os portugueses podem competir com os alemães. Não irá resolver os problemas do nosso país, mas temos a ambição de começar bem o Campeonato da Europa”.
Retirado do Público
Imagem do Público
Todos os jogos têm transmissão na Sporttv em sinal fechado. Transmissão de jogos em sinal aberto (RTP1, SIC, TVI) ainda só está definida para a fase de grupos.
TODOS os jogos têm transmissão na rádio via Rádio Euro 2012 - Antena 1 (online e onda média) ver mais aqui.
Grupo A (Varsóvia e Wroclaw, Polónia):
- 1ª jornada (sexta-feira, 08 junho)
Polónia -- Grécia (17h - RTP1), Varsóvia.
Rússia -- República Checa (19h45), Wroclaw.
- 2ª jornada (terça-feira, 12 junho)
Grécia -- República Checa (18h), Wroclaw.
Polónia -- Rússia (19h45 - SIC), Varsóvia.
- 3ª jornada (sábado, 16 junho)
Grécia -- Rússia (19h45), Varsóvia.
República Checa -- Polónia (19h45 - TVI), Wroclaw.
Grupo B (Kharkiv e Lviv, Ucrânia):
- 1ª jornada (sábado, 9 junho)
Holanda -- Dinamarca (17:00), Kharkiv.
Alemanha -- Portugal (19:45 - RTP1), Lviv.
- 2ª jornada (quarta-feira, 13 junho)
Dinamarca -- Portugal (17h - SIC), Lviv.
Holanda -- Alemanha (19h45), Kharkiv.
- 3ª jornada (domingo, 17 junho)
Portugal -- Holanda (19h45 - TVI), Kharkiv.
Dinamarca -- Alemanha (19h45), Lviv.
Grupo C (Gdansk e Poznan, Polónia):
- 1ª jornada (domingo, 10 junho)
Espanha -- Itália (17h - SIC), Gdansk.
República da Irlanda -- Croácia (19h45), Poznan.
- 2ª jornada (quinta-feira, 14 junho)
Itália -- Croácia (17h), Poznan.
Espanha -- República da Irlanda (19h45 - TVI), Gdansk.
- 3ª jornada (segunda-feira, 18 junho)
Croácia -- Espanha (19h45), Gdansk.
Itália -- República da Irlanda (19h45 - RTP1), Poznan.
Grupo D (Donetsk e Kiev, Ucrânia):
- 1ª jornada (segunda-feira, 11 junho)
França - Inglaterra (17h - TVI), Donetsk.
Ucrânia - Suécia (19h45), Kiev.
- 2ª jornada (sexta-feira, 15 junho)
Suécia -- Inglaterra (17h - RTP1), Kiev.
Ucrânia -- França (19h45), Donetsk.
- 3ª jornada (terça-feira, 19 junho)
Suécia -- França (19h45 - SIC), Kiev.
Inglaterra -- Ucrânia (19h45), Donetsk.
Retirado de Conversas da Bola
Entre Polónia e Ucrânia, foram gastos cerca de 38 mil milhões de euros em obras
Em condições normais, 8 de Junho de 2012 seria o dia em que a UEFA respiraria de alívio. Seria o dia em que Michel Platini diria para si mesmo: “Saiu-me um peso dos ombros”. Não é o caso. O dia que marca o arranque do 14.º Campeonato da Europa de Futebol é o dia em que todas as dúvidas começam a ser esclarecidas. Sim, é verdade que os estádios estão prontos e correspondem às expectativas, mas quase tudo o resto é uma incógnita. Sobretudo na Ucrânia.
Vamos rebobinar. A 18 de Abril de 2007, a candidatura da Polónia e da Ucrânia à organização do Euro 2012 bateu as propostas da Itália e da Croácia
Hungria. A decisão vinha de encontro à política de descentralização do futebol. Depois da aposta da FIFA na África do Sul para o Mundial 2010 (e do aval à Rússia para 2018 e ao Qatar para 2022), a UEFA respondeu abrindo as fronteiras a Leste.
“A primeira fase final de um Europeu disputada na Europa de Leste é um marco para a história da UEFA”, regozijou-se o presidente do organismo, Michel Platini, que não teve problemas em alargar os critérios de avaliação e aliviar o caderno de encargos dos organizadores, quando percebeu que não podia exigir-lhes o mesmo que aos países que desde 1960 já tinham acolhido o torneio.
As dores de cabeça começaram cedo. Em finais de 2008, as obras no Estádio Olímpico de Kiev derrapavam e as dificuldades de financiamento, impostas pela crise económica, agravavam o cenário. Platini mostrava-se preocupado mas não disposto a ceder, admitindo a hipótese de a Ucrânia manter o estatuto de anfitriã com a maioria dos jogos a ser disputada na Polónia.
De então em diante, o trajecto foi feito de curvas e contracurvas. Em Setembro de 2009, o dirigente francês anotou “o franco progresso” feito pelos ucranianos e confirmou que as quatro cidades-sede do país fariam parte do calendário. Em Maio de 2010, ameaçou com a transferência do torneio para a Alemanha e Hungria para, três meses depois, revelar que “o ultimato” deixara de fazer sentido. Um ano mais tarde, a Ucrânia já estava “virtualmente pronta”.
A Polónia também não tinha começado com o pé direito. Em Setembro de 2008, a federação foi suspensa por envolvimento num caso de corrupção e Platini não apreciou a intromissão do Governo no caso. Mas aceitou. Como aceitaria abdicar da maioria dos acessos viários previstos nos dossiers de candidatura.
Para Martin Kallen, director operacional da UEFA, essa é uma questão menor: “Há alguns troços [de estradas] incompletos. A viagem de uma cidade para outra levará mais tempo. Isso não é assim tão importante”. Tomando como exemplo o calendário de Portugal, a viagem de Opalenica até Lviv demorará de carro cerca de 9h50: num trajecto de 737km, só 244 são cobertos por auto-estrada.
Mas esse, de facto, não é o maior dos problemas que a dinâmica campanha de marketing em torno do Euro 2012 esconde. Nas últimas semanas, especialmente depois de dois engenhos explosivos terem detonado em Uzhgorod e Dnipropetrovsk, têm chovido reservas e receios face ao nível de segurança que as autoridades ucranianas conseguirão garantir.
O currículo de alguns grupos de adeptos polacos e ucranianos, ligados a movimentos extremistas e anti-semitas, adensa ainda mais as preocupações. Os responsáveis do departamento de segurança da Ucrânia reconhecem que os “hooligans podem criar problemas de ordem pública passíveis de degenerar em xenofobia”, mas ressalvam que não há razões para alarme.
“Durante cada partida, cerca de 20 especialistas vão acompanhar a situação a partir de uma sala de controlo”, explica à AFP Markian Lubkivsky, director do comité organizador ucraniano, acrescentando que haverá 22.000 polícias destacados para os dias de jogo. “Temos um número suficiente de agentes para todas as situações”, vinca Serhiy Pohotov, em nome do Ministério da Administração Interna e de um Governo enredado num clima de instabilidade política, de que o caso Yulia Tymochenko é o espelho mais fiel. Muitos políticos europeus já anunciaram um boicote em protesto contra a detenção da líder da oposição. A UEFA passou ao lado da questão. “Não estou preocupado. O meu papel não é fazer política ou interferir em tudo”, atalhou Platini.
Durante largos meses, o líder da UEFA também assobiou para o lado quando se falou na escassez e má qualidade do alojamento na Ucrânia. Acabaria por intervir já muito depois de a escalada de preços ter atingido valores estratosféricos: em alguns casos, as tarifas dos hotéis chegaram a custar 80 vezes mais que o normal. Só em Abril deste ano apertou o cerco aos proprietários, que rotulou de “bandidos e viagaristas”. Só em Abril deste ano é que o Governo ucraniano prometeu regular os preços.Em matéria de risco global, Polónia e Ucrânia estão separadas por uma distância maior do que a fronteira que as divide. O ponto de interrogação que começa a desfazer-se nesta sexta-feira está inteiramente do lado ucraniano. Markiyan Lubkivsky, esse, não tem dúvidas: “Cumprimos um longo período de preparação. Estamos prontos”.
Michel Platini não poderia estar mais de acordo. No discurso que fez em Varsóvia, na quarta-feira, deixou repetidas palavras de agradecimento aos anfitriões. “Tem sido um projecto imenso, nenhum dos países tinha organizado um torneio desta dimensão. Estamos nos metros finais de uma longa corrida”, afirmou. Longa e dispendiosa. Entre Polónia e Ucrânia, foram gastos cerca de 38 mil milhões de euros em obras. “Estamos prontos”, reitera o presidente da UEFA. Hoje arranca o mês de todos os exames.
Noticia do Público
O treinador Manuel José criticou nesta terça-feira a forma como tem decorrido a preparação de Portugal para o Euro 2012, qualificando-a como “um circo autêntico”.
“O Beto disse ontem que precisavam de uma vitória com urgência, mas nada fizeram para concentrar os jogadores de forma a preparar um jogo crucial [frente à Alemanha]. Em 80% das vezes, o primeiro jogo determina o futuro. Isto não é profissional. Anda um país inteiro atrás de uma selecção que passa a vida em festas e mais festas e charretes. É um circo autêntico”, disse o ex-treinador de Sporting e Benfica, em declarações à rádio TSF.
“Não estou nem pouco mais ou menos optimista. Mas é a realidade”, acrescentou Manuel José, muito crítico do mediatismo à volta da selecção.
“Isto parece um circo à volta da selecção. Fiquei com a ideia no jogo com a Turquia que estavam a transmitir imagens de jogadores a serem massajados. Isto não pode acontecer de forma nenhuma. Parece o 'Big Brother'. Não acho que estejam criadas as condições para obter sucesso”, considera Manuel José, para quem não há tranquilidade.
“Tenho o maior respeito e simpatia pelo Paulo Bento, mas acho que, talvez devido à juventude, se está a deixar levar. Nunca deveria de ter permitido isto. Os jogadores têm de estar conscientes e concentrados no seu dever e no que sabem fazer, que é jogar futebol. Com este circo todo é evidente que eles não se concentram, mas mesmo sem isto, Portugal não é favorito. Não temos a equipa do passado", concluiu.
retirado do Público
Cavaco Silva com Cristiano Ronaldo
Foi no cenário bucólico do Palácio de Belém que a selecção nacional se despediu de Portugal rumo à Polónia e Ucrânia, onde vai disputar o Euro 2012. A equipa de Paulo Bento foi recebida por Cavaco Silva, que aproveitou a ocasião para desejar “o maior sucesso desportivo” à selecção.
“Não será uma tarefa fácil para a selecção, mas os portugueses confiam e têm muita esperança. Tenho a certeza que cada jogador colocará o seu talento ao serviço do conjunto”, afirmou o Presidente da República. “O povo português agiganta-se nos momentos particularmente difíceis”, lembrou Cavaco Silva, sublinhando que a selecção tem “uma grande responsabilidade para com as gerações mais novas.”
O Presidente concluiu com desejos de sucesso para o Campeonato Europeu, frisando que a equipa nacional fará a sua estreia (frente à Alemanha) na prova no próximo sábado, dia 9 de Junho, véspera do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas: “Estou certo, os portugueses estão certos, que não faltará a vontade, não faltará a determinação, não faltará a energia por parte de todos, jogadores e equipa técnica para que logo no primeiro jogo saia honrado em termos desportivos o nome de Portugal.”
Antes do discurso de Cavaco Silva, tanto o presidente da Federação, Fernando Gomes, como o seleccionador Paulo Bento e o capitão Cristiano Ronaldo prometeram o máximo empenho para o Euro 2012. “Esta equipa está empenhada, concentradíssima para fazer um grande trabalho no Europeu. Vamos estar preparados”, garantiu Cristiano Ronaldo, que entregou a Cavaco Silva uma camisola da selecção nacional, com o número um e o nome nas costas.
A comitiva dirigiu-se de seguida para o Aeroporto de Lisboa, onde apanhou o avião para a Polónia. A chegada a Poznan está prevista para as 21h15 (menos uma hora em Portugal).
Da parte da manhã, a selecção treinou-se no Estádio da Luz perante pouco mais de uma centena de adeptos. Os titulares do encontro de sábado frente à Turquia (derrota por 1-3) realizaram treino ligeiro, enquanto os restantes 12 testaram sobretudo a finalização. Fábio Coentrão, Nani e João Moutinho, todos com traumatismos, estiveram ausentes da sessão.
Noticia do Público
Paulo Bento diz que no jogo com a Macedónia não houve um problema de empenho
Paulo Bento não está demasiado preocupado com a falta de golos da selecção portuguesa. Nem com os assobios. Nesta sexta-feira, em Óbidos, o seleccionador português confessou-se como um “optimista por natureza” e, por isso, espera golos e uma vitória no particular deste sábado, na Luz, frente à Turquia, o último jogo antes da partida para a Polónia, depois de um empate sem golos e com muitos assobios em Leiria com a Macedónia.
"A finalização deixou-nos alguma preocupação, por termos criado pouco no último jogo. O jogo com a Macedónia não foi um problema de empenho, foi de desempenho. A verdade é que tivemos alguma lentidão no processo ofensivo e é isso que vamos tentar corrigir. A Turquia é uma equipa que vai jogar de forma diferente”, frisou Paulo Bento, desvalorizando o facto de Portugal ainda não ter ganho nem ter marcado qualquer golo nos dois jogos que fez em 2012 (0-0 frente à Polónia e à Macedónia): "Muito dificilmente seremos uma equipa sem confiança, sou optimista mas também realista. Estou preocupado, mas sem exageros."
A repetição na Luz, que irá esgotar, dos assobios ouvidos em Leiria também não preocupa Bento. "Acredito que vai ser um bom ambiente. Ao público, assobiar é um direito que lhes assiste, mas não acabaremos o jogo mais cedo se isso acontecer. Não vou substituir um jogador só porque está a ser assobiado. Tem de ter personalidade e carácter para enfrentar os momentos mais adversos", garantiu o seleccionador nacional.
No dia de despedida de Óbidos como base da selecção portuguesa, Paulo Bento fez um balanço positivo do estágio. "Se tivesse de dar nota ao estágio, daria a nota máxima. Os jogadores foram inexcedíveis com o treino e com as regras, sairemos daqui muito melhor do que chegamos", disse o técnico, admitindo, no entanto, que é impossível colocar todos os jogadores no mesmo patamar físico: "Vêm de contextos diferentes. Não há essa possibilidade e o que é fundamental é colocar todos nos nossos princípios de jogo e que tenham capacidade de executar as suas funções dentro de determinado contexto."
Bento voltou ainda a falar das responsabilidades de Cristiano Ronaldo na selecção portuguesa, frisando que não se pode pedir ao jogador do Real Madrid que resolva todos os problemas: "Não acredito que a pressão lhe trave o rendimento, que tem sido bom na selecção. Não fazendo os dois primeiros jogos, ainda foi o nosso melhor marcador. Não tem a pressão de resolver todos os nossos problemas, mas esperemos que resolva alguns. Ter um dos melhores jogadores do mundo não é suficiente. Era bom deixar de comparar o rendimentos dos jogadores nas equipas e nas selecções. Ele tem treinado sempre e bem. Vamos tentar gerir da melhor forma, o que não queremos é que ele tenha a pressão de que tudo tem de ser resolvido por ele."
Sobre a revelação de Luiz Felipe Scolari de ter sido pressionado pelo FC Porto para não convocar Vítor Baia enquanto foi seleccionador português, Paulo Bento diz que apenas tem boas memórias do técnico brasileiro, referindo, no entanto, que nunca irá ceder a esse tipo de influências: "Não estava lá nesse tempo. O que registo dele são os resultados, os melhores da selecção. O que eu exigi foi liberdade total para fazer as minhas escolhas, que tenho tido sem qualquer tipo de pressão. Isso é sinal de respeito pelas minhas funções."
Noticia do Público
Rui Patrício não quer pensar agora sobre a sua continuidade em Alvalade ou uma experiência no estrangeiro
O guarda-redes do Sporting e da selecção nacional Rui Patrício afirmou este domingo que a prioridade, neste momento, passa pelo Euro 2012 e que questões relacionadas com o seu futuro estão em segundo plano.
Numa acção de marketing promovida por uma empresa de tecnologia, que decorreu num centro comercial em Lisboa, o guardião deixou claro que está apenas focado no Europeu e o sonho de vencer a competição está bem patente.
“Neste momento só estou concentrado na selecção. O importante é estar bem, concentrado e focalizado. Não penso em mais nada. O meu futuro é a selecção. Só estou concentrado nela. Vou para o Euro de cabeça limpa e tranquila. Sei o que quero e estou completamente concentrado para fazer um bom Europeu”, garantiu.
Aos 24 anos, e após seis temporadas na equipa principal do Sporting, Rui Patrício afiança que, tal como qualquer futebolista, o “mais importante é vencer” e que o empate com a Macedónia (0-0) em jogo de preparação para o Campeonato Europeu vai servir para corrigir erros.
“Foi apenas um jogo de treino. Estamos agora a começar a nossa preparação e não podemos tirar apenas as coisas boas que fazemos. Temos também de analisar as coisas menos boas. É pena que o nosso próprio público nos assobie. Mas o futebol é assim, só temos é de estar concentrados em fazer o nosso trabalho e o melhor para Portugal”, atirou.
A “equipa das quinas” defronta sábado a Turquia, no Estádio da Luz, naquele que será o último jogo particular antes de viajar (segunda-feira) para a Polónia, onde irá participar na fase final do Campeonato da Europa.
Noticia do Público
O médio Raul Meireles afirmou hoje que é possível vencer o Euro 2012 e garantiu que a selecção portuguesa de futebol vai dar o melhor porque "tudo pode acontecer".
"É com esse objectivo que trabalhamos, é com esse objectivo que estamos aqui, acreditamos sempre que é possível ir o mais longe possível", afirmou o jogador do Chelsea, que venceu recentemente a Liga dos Campeões.
Mesmo que Portugal não seja considerado favorito à vitória na competição, Raul Meireles garantiu, em conferência de imprensa, que a equipa está focada em conseguir um bom desempenho e perseguir "o sonho de qualquer português".
"Toda a gente sabe que existem selecções com grande valor. O nosso é o chamado 'grupo da morte', com selecções fortíssimas, mas nós também temos o nosso valor e vamos tentar dar o nosso melhor para ir o mais longe possível. Surpresa ou não, queremos fazer um bom Europeu", frisou.
Meireles disse concordar com o capitão da selecção portuguesa, Cristiano Ronaldo, que apontou Holanda, Alemanha e Espanha como as grandes favoritas, mas rejeitou que isso influencie o resultado final.
"Dentro do campo não há favoritos, dentro de campo há os mesmos jogadores para cada lado. No futebol não há certezas, tudo pode acontecer e a questão está em trabalhar e encarar cada jogo como uma final", referiu Meireles que, com 128 internacionalizações em todas as selecções, reconheceu como "importante" a existência de um núcleo duro de jogadores que se conhecem "há bastantes anos".
Além do triunfo na Liga dos Campeões, Meireles trouxe também uma mensagem do companheiro de equipa Bosingwa, que foi afastado da selecção por motivos disciplinares: "Desejou-me a melhor sorte do Mundo e só disse que vai estar a torcer por nós, como português que é".
A melhor sorte do Mundo poderá passar pela vitória na final do Euro 2012, em Kiev, a 1 de Julho, um feito que, caso se concretize, poderá ficar marcado para sempre na pele de Raul Meireles.
"Ainda nem tive tempo para pensar nisso, mas é uma boa ideia, vou pensar melhor e talvez faça uma tatuagem a recordar um momento inesquecível", sublinhou o jogador, que disse nem hesitar na preferência por uma vitória em vez de marcar um golo.
Apesar da extensão da temporada, o médio do Chelsea assegurou estar em boa condição física, acrescentando que encontrou o grupo com "muita vontade de sucesso".
Após o cancelamento do treino vespertino, a selecção portuguesa volta a treinar-se na quarta-feira, às 10h00, numa sessão cujos primeiros 15 minutos serão abertos à comunicação social, no campo de treinos da unidade hoteleira da Praia d'El Rey, que será antecedida de uma roda de imprensa com um dos convocados de Paulo Bento.
Noticia do Público
A viver a primeira experiência na selecção principal de Portugal, Custódio confessou nesta quinta-feira que quer prolongar ao “máximo” a presença na equipa nacional e o sonho que está a viver rumo ao Euro 2012 de futebol, onde a selecção vai encontrar um “grupo fortíssimo”.
“Recebi a notícia com enorme alegria. Primeiro que tudo, é um sonho tornado realidade. Estas palavras definem como me sinto. É logico que [o sonho] se ia tornando cada vez mais difícil com o avançar da idade, mas ele chegou”, disse um sorridente Custódio.
O médio português, de 28 anos, que, apesar de estar convencido de que iria de férias no final do campeonato, alimentava uma pequena esperança de ser chamado, devido às notícias que foram saindo na comunicação social, contou que a primeira reacção foi festejar. “Estava em casa com a esposa e os filhos. Saltaram todos para cima de mim. Parecia que tinha marcado um golo. Foi um momento de euforia, não sabia o que devia fazer, a quem devia avisar primeiro”, afirmou.
O jogador do Sporting de Braga assumiu estar num bom momento, fruto do trabalho realizado no seu clube, e revelou que o seu objectivo é prolongar “o máximo” a estadia na selecção.
O médio está também concentrado em corresponder as expectativas das pessoas que nele confiaram, mas tem consciência de que existe um grupo com história. “Eu sou novo, é natural que tenha muitos jogadores à frente. Estou aqui com o intuito de ajudar, de dar o meu contributo”, acrescentou o jogador cujas principais virtudes são, na sua opinião, a capacidade posicional e a boa colocação em frente à defesa.
“Se conseguir roubar [o lugar], tanto melhor”
Consciente de que o meio-campo português tem “grande qualidade”, Custódio disse que lhe compete trabalhar. “Se conseguir roubar [o lugar], tanto melhor. Não interessa a quem”, brincou.
Para trás ficou uma fase menos boa que coincidiu com a saída do Sporting, quando o agora seleccionador Paulo Bento era já o treinador do clube. “Não foi fácil. Foram dois clubes [Sporting e Dínamo de Moscovo] que me marcaram de forma negativa. Com trabalho, com o acreditar nas capacidades, consegui dar a volta”, considerou.
Ainda em ritmo “leve” de trabalho, de modo a recuperar do desgaste físico da temporada, Custódio já vai pensando mais à frente, no arranque do Euro 2012. “De uma forma realista, penso que é um grupo fortíssimo. A Alemanha, que é sempre candidata a vencer, a Holanda, que esteve na final do último Mundial, e a Dinamarca. Vai ser um grupo muito difícil, mas Portugal tem um grupo de grandes jogadores e creio que vamos cumprir os nossos objectivos”, referiu ainda Custódio.
Para o médio, poder voltar a erguer um troféu como aconteceu no Europeu de juniores B, em 2002, ao lado de alguns dos mesmos companheiros, como Quaresma ou Raul Meireles, seria “maravilhoso”. “Muitos desses jogadores estão na melhor forma de sempre da sua carreira. Acredito que podemos vencer a competição”, concluiu.
Primeiro treino com Nani
O avançado Nani foi a novidade no treino desta quinta-feira da selecção, realizado no Estádio da Luz, que começou atrasado devido a uma visita esperada de elementos da Autoridade Antidopagem de Portugal ao hotel da equipa. O jogador do Manchester United juntou-se na quarta-feira à noite aos 15 dos 23 convocados de Paulo Bento, que já iniciaram a preparação para a competição, a disputar na Polónia e na Ucrânia, de 8 de Junho a 1 de Julho.
Na segunda das 19 sessões previstas até à estreia no Euro 2012, o seleccionador teve ao seu dispor 16 dos convocados para a competição, na qual Portugal integra no grupo B, juntamente com a Alemanha, a Holanda e a Dinamarca. O médio Carlos Martins abandonou a sessão mais cedo, não tendo treinado, por precaução, devido a uma mialgia de esforço no gémeo externo da perna esquerda. O treino voltou a contar com os guarda-redes sub-21 Cristiano Figueiredo e Mika, que realizaram trabalho específico com o técnico Ricardo Peres.
Nesta quarta-feira, o primeiro dia do pré-estágio, a sessão, também na Luz, durou pouco mais de uma hora, contando com algum treino físico e com bola, e terminou com uma peladinha, em que Hugo Almeida, avançado do Besiktas, marcou dois golos.
A selecção portuguesa apenas vai ficar completa na segunda-feira, para quando está prevista a integração do avançado Cristiano Ronaldo, dos guarda-redes Rui Patrício e Beto, dos defesas Fábio Coentrão, João Pereira e Pepe e do médio Raul Meireles. Os jogadores do Sporting Rui Patrício e João Pereira ainda vão defrontar a Académica na final da Taça de Portugal, no domingo, um dia depois de o Chelsea de Raul Meireles jogar com o Bayern Munique na final da Liga dos Campeões, enquanto o Cluj, de Beto, ainda vai jogar para a Liga romena. Os três futebolistas do Real Madrid também estão autorizados a chegar mais tarde.
A equipa portuguesa volta a concentrar-se na segunda-feira, em Óbidos, para duas semanas de estágio, partindo depois para Opalenica, na Polónia, onde vai ficar na primeira fase da competição.
Retirado do Público
A um mês do arranque do Campeonato da Europa, os principais nomes das selecções apuradas têm conseguido fugir a problemas físicos complicados e estão quase todos aptos para a competição.
Antes de uma grande competição como o Campeonato da Europa, que se inicia daqui a precisamente um mês (arranca a 8 de Junho com o jogo inaugural entre a Polónia e a Grécia, em Varsóvia), as lesões dos futebolistas são o grande pesadelo dos seleccionadores. Mas quer os treinadores das 16 selecções apuradas para o Euro 2012, quer os adeptos têm tido até aqui boas notícias: as grandes estrelas como Ronaldo, Ribéry, Robben, Van Persie, Iniesta ou Xavi têm sido poupadas às lesões e deverão chegar à prova na Polónia e Ucrânia em condições.
Claro que há sempre más notícias e, desta vez, o seleccionador francês foi um dos azarados. Laurent Blanc ficou a saber este fim-de-semana que não vai poder contar com Bacary Sagna. O lateral partiu a perna no penúltimo jogo da temporada (na 37.ª e penúltima jornada da Premier League) e vai ficar de fora do Euro 2012. O jogador do Arsenal não é a principal estrela da equipa (longe do estatuto de um Benzema, Nasri ou Ribéry), mas a sua ausência vai obrigar a mexidas na defesa francesa.
Como Sagna e a França, a Itália sente a perda de Giuseppe Rossi, avançado do Villarreal, que rompeu os ligamentos da perna direita e não viajará com a selecção azzurra. Parece maldição. O atacante lesionou-se precisamente na mesma zona que o havia atirado para fora dos relvados em Outubro. E a Itália espera ainda a recuperação total de outro avançado, Antonio Cassano.
O atleta do Milan sofreu um AVC e esteve vários meses sem jogar – colocou-se a hipótese de o italiano nunca mais voltar aos relvados, mas recuperou e participou nas últimas jornadas da Série A. A sua convocatória continua a ser uma incógnita. Não fossem estes dois casos e Cesare Prandelli já tinha a sua dupla atacante, formada com Rossi e Cassano.
Estrelas falham apuramento
A campeã em título, Espanha, vai sentir a falta de David Villa. O avançado do Barcelona lesionou-se no Mundial de Clubes e ainda não regressou à equipa de Guardiola. O seleccionador espanhol Vicente del Bosque já veio dizer que irá esperar até ao "último momento". Esta será, talvez, e pelo menos até ao momento, a principal baixa do Europeu, pois Villa é um dos melhores marcadores da selecção roja.
Se se pode dizer que as lesões não irão afectar o Euro 2012, já as ausências de craques de selecções que não se conseguiram apurar vão deixar água na boca. O galês Gareth Bale, o avançado bósnio Dzeko eliminado por Portugal no play-off, os montenegrinos Stevan Jovetic, talento mediático da Fiorentina, e Mirko Vucinic, vital no recente título da Juventus, são alguns casos. Mas há mais. A Bélgica, por exemplo, falhou a qualificação e não mostra ao mundo Eden Hazard, jogador do Lille, Vincent Kompany, capitão do mais que provável campeão de Inglaterra Manchester City, e Moraune Fellaini, centrocampista do Everton.
Sportinguista Schaars nos primeiros eleitos
Stijnn Schaars é um dos 36 pré-convocados da selecção da Holanda para a participação no Campeonato Europeu. Bert van Marwijk incluiu o sportinguista na lista holandesa, selecção que será adversária de Portugal no Grupo B da competição. O técnico integrou ainda o avançado Ola John, que a imprensa tem anunciado como alvo do Benfica para a próxima época. Destaque ainda para a presença de Ibrahim Afellay, do Barcelona, que esteve lesionado praticamente toda a época, mas é apontado como um dos prováveis 27 que iniciarão o estágio na Suíça, a partir do dia 17.
A Alemanha, outra adversária da selecção de Paulo Bento, também divulgou uma lista de 27 pré-convocados, na qual figuram os principais jogadores germânicos, mas o técnico também promoveu duas estreias, o médio Julian Draxler (Schalke 04), de 18 anos, e o guarda-redes Marc-Andre ter Stegen (Borussia Moenchengladbach), de 20 anos. A Alemanha, que tem até 29 de Maio para divulgar os 23 jogadores definitivos para o Euro 2012, tem jogos particulares agendados para 26 de Maio, em Basileia, com a Suíça, e em 31 de Maio, com Israel, em Leipzig. A equipa alemã defronta Portugal a 9 de Junho, em Lviv, na Ucrânia.
Retirado do Público
Zinedine Zidane exibe a tira com o nome de Portugal
Holanda, Alemanha e Dinamarca, todos ex-campeões da Europa, são os adversários da selecção portuguesa no Grupo B do Europeu de futebol de 2012.
Portugal terá, assim, um grupo bastante difícil (não havia muitas hipóteses piores, a não ser ter a Espanha e a França como rivais).
A equipa de Paulo Bento vai estrear-se na competição frente à Alemanha, a 9 de Junho (19h45), em Lviv (Ucrânia).
A selecção portuguesa já defrontou a Alemanha por 16 vezes, somando apenas três vitórias, além de cinco empates e oito derrotas.
Os alemães, aliás, derrotaram Portugal no Euro 2008 (3-2 nos quartos-de-final) e no Mundial 2006 (3-1 no jogo do 3.º e 4.º lugares). Em contrapartida, a equipa das “quinas” bateu os germânicos, por 3-0, na fase de grupos do Euro 2000.
O segundo jogo de Portugal no Euro 2012 será novamente em Lviv, a 13 de Junho (17h) frente à Dinamarca, uma selecção bem conhecida dos portugueses, já que partilharam o grupo na qualificação para o Euro 2012.
Frente à Dinamarca, a equipa portuguesa soma oito vitórias, dois empates e duas derrotas em 12 jogos, tendo perdido recentemente em Copenhaga (2-1) e vencido no Dragão por 3-1 (curiosamente na estreia de Paulo Bento como seleccionador).
A selecção encerra a fase de grupos a 17 de Junho, frente à Holanda (19h45), em Kharkiv, também na Ucrânia.
Portugal também tem uma história positiva com os holandeses, somando seis vitórias, três empates e apenas uma derrota em dez jogos.
A selecção portuguesa, aliás, eliminou a Holanda no Mundial 2006 (1-0 nos oitavos-de-final) e no Euro 2004 (2-1 nas meias-finais).
O agrupamento de Portugal é aquele que mais se aproxima do chamado "grupo da morte", já que todos os outros parecem menos complicados.
No Grupo A, a Polónia discute o apuramento com Grécia, Rússia e República Checa. Caso Portugal siga em frente para os quartos-de-final, terá pela frente precisamente uma destas equipas.
A Espanha, campeã europeia e mundial, terá de medir forças com Itália, Croácia e Irlanda.
O Grupo D junta França e Inglaterra com Ucrânia e Suécia.
A prova inicia-se a 8 de Junho e termina a 1 de Julho.
Grupo A
Polónia
Grécia
Rússia
Rep. Checa
Grupo B
Holanda
Dinamarca
Alemanha
Portugal
Grupo C
Espanha
Itália
Irlanda
Croácia
Grupo D
Ucrânia
Suécia
França
Inglaterra
Grupo B (Kharkiv e Lviv, Ucrânia)
1.ª jornada (sábado, 9 de Junho)
Holanda - Dinamarca (17h), Kharkiv.
Alemanha -- Portugal (19h45), Lviv.
2.ª jornada (quarta-feira, 13 Junho)
Dinamarca - Portugal (17h), Lviv
Holanda -- Alemanha (19h45), Kharkiv
3. ª jornada (domingo, 17 Junho)
Portugal - Holanda (19h45), Kharkiv
Dinamarca - Alemanha (19h45), Lviv
Via Público