Terça-feira, 31.01.12
Acupuntura auxilia na recuperação do desejo sexual

 

Várias são as causas da falta de desejo sexual ou da perda da libido. Se não é algo mais aparente, como diabetes e hipertensão, causas difíceis de serem diagnosticadas também interferem na vontade sexual.

 

As duas doenças prejudicam a vascularização ao redor do clitóris, além de diminuir os impulsos nervosos que dão a sensação de prazer. Também fazem com que a mulher não tenha tanta excitação. E segundo a ginecologista Rosa Maria Neme, um dos efeitos colaterais dos medicamentos para diabetes e hipertensão é também a perda da libido.

 

Desequilíbrios hormonais, nódulos e ainda causas psicológicas, como estresse, são outros fatores que explicam a falta do desejo sexual. Segundo Aparecida Enomoto, especialista em acupuntura pela Universidade de Medicina Tradicional de Beijing, o método que usa as agulhas tem sido bastante eficaz na recuperação do desejo sexual, pois traz de volta o equilíbrio entre Yin (frio) e Yang (calor). "Quando os dois não estão em harmonia, a sexualidade ficam comprometida e as pessoas ficam tristes, deprimidas, depressivas, irritadas, impacientes e perdem o sono", diz.

O objetivo do tratamento é trazer de volta o aumento da produção dos hormônios do prazer, entre eles, a endorfina que relaxa, acalma e nos faz feliz, a serotonina, que tem ação profunda no efeito do humor e da ansiedade e a noradrenalina que, induz a excitação física e mental ativando o centro do prazer. Aparecida ressalta que a terapia ainda contribui para aumentar o estrógeno e a testosterona, hormônios importantes para a libido.

 

"A Acupuntura preconiza que a saúde mental está intimamente ligada à saúde sexual. Para esta terapia alternativa, o sexo é tão importante quanto a alimentação, o sono, a sede e as necessidades fisiológicas, já que a atividade nos torna mais felizes, pacientes, saudáveis e com muito menor índice de doenças", aponta a especialista.

 

A terapia também atua no feromônio, o chamado hormônio da atração, que tem como objetivo atrair o sexo oposto por meio do olfato. O nome tem origem das palavras gregas phero e hormon que juntas significam "trazer excitação". A atuação do feromônio acontece na outra pessoa, despertando o desejo para o sexo, namoro e a paixão. Enquanto a quantidade de testosterona afeta a forma como homens e mulheres se sentem atraídos.

 

Aparecida esclarece que a acupuntura é feita através de agulhas descartáveis finíssimas (descartáveis), sendo quase indolor. Ao contrário do que se pensa seu objetivo não é tratar a doença, mas sim o indivíduo, trazendo de volta a qualidade de vida sexual, a qualidade de vida e alegria do paciente.


Geralmente a especialista indica 12 sessões iniciais, sendo que a primeira é feita em duas horas para uma avaliação detalhada do histórico de vida. Segundo Aparecida, esse diagnóstico é feito através da leitura da língua, que indica deficiências ou exessos em órgãos como coração, pulmão ou fígado, e também nas vísceras: intestinos, estômago, visícula, entre outros. "A partir dele sabemos quais pontos devem ser trabalhados, mas não há um determinado ponto para recuperar a libido, pois a terapia trabalha o organismo como um todo. Além disso é algo bastante particular, depende de idade e outros fatores", explica.

 

Após essa análise, as seguintes sessões tem duração de 30 minutos. Para casos de impotência, Aparecida indica a fitoterapia chinesa, em conjunto com a acupuntura, para que haja um resultado mais rápido e eficiente. Ela vai estimular a produção de endorfina e outros hormônios do prazer.

 

 

Via Vila Dois



publicado por olhar para o mundo às 21:34 | link do post | comentar

Quarta-feira, 09.11.11

Era para escrever uma peça sobre sapatos, mas depois de mais uma semana a acompanhar as temporadas do "Sexo e a Cidade" via cabo, e terminar o fim desta mesma semana, numa reunião de amigas, assolaram-me outros temas sobre os quais senti vontade de partilhar, uma vez que retratam a realidade social que homens e mulheres adquirem mediante as suas atitudes, mas que muitas vezes tentam esconder.  

 

De facto as relações são muito mais complicadas do que aquilo que aparentam, e muitas vezes, as ligações e os casais perfeitos parecem-no muito mais pelos olhos de quem os observa, do que aos olhos dos que a vivem. Já pensaram que a família perfeita que vive na casa ao lado pode ter muito mais "esqueletos" no armário do que cristais da Boémia?

 

A perfeição não existe, e os contos de fadas são isso mesmo. Não vale a pena julgar aquele/a que partilha a nossa cama, achando que somos menos felizes do que a vizinha com o carro topo de gama, a casa perfeita e de quem o marido se despede apaixonadamente todas as manhãs, quando leva os filhos à escola.

 

À semelhança de muitos casos reais, Charlotte, a mais "betinha" de todas as intervenientes da série "Sexo e a Cidade" vive um casamento de aparência, com Trey. Sim, o casamento foi efetivamente de sonho, com um tipo bem sucedido, rico, uma boa imagem, mas que não "dá uma para a caixa" e quando utilizo esta expressão, não dar uma para a caixa não significa não ter qualquer tipo de "saída" inteligente, mas sim ser impotente.

 

Não é pela doença que vem o mal ao mundo, mas sim por este mal ser mais comum entre os homens, e por eles terem muita dificuldade em reconhecê-lo.

 

Desde tenra idade que o homem é estimulado a ser um tigre e a mulher a gazela, mas o facto é que muitos não passam sequer de gatinhos recém-nascidos, que pelo seu orgulho e incapacidade emocional, condenam a relação à ruptura. Sim nos dias que correm nenhuma mulher é de ferro, e aceita calada esta situação por muito tempo, ao contrário do que se passava em tempos idos.

 

Voltando à série, neste mesmo episódio o casamento fica ensombrado por um leviano escape de Charlotte, que beija o fiel e musculado jardineiro, com o qual tinha tórridos sonhos eróticos, depois de dois meses de um casamento não consumado.

 

E aqui pergunto-me, de quem é a culpa? Da mulher insatisfeita pela sua falta de assistência, por parte do companheiro (friso uma vez mais que por falta de assunção de culpa face ao seu problema), ou do homem se recusa a fazer amor com a sua mulher, porque não aceita a sua disfunção erétil recusando-se a tratá-la?

 

Assolam-me sempre dúvidas, porque ao contrário dos homens, que juram a pés juntos nunca falar entre amigos da sua vida sexual com a mulher, as mulheres e debatem-na entre amigas.

 

E já agora, que nome se dá ao membro do sexo masculino, quando este desculpa as suas infidelidades por culpa das dores de cabeça femininas, mas que se cala quando surgem as mesmas por parte de si mesmo?

Eles também têm

 

Poderá a mulher escusar-se de culpa se, após meses e meses à míngua, decidir dar uma escapadela com um "amigo"? Será aqui a mulher tão facilmente absolvida da infração cometida, ou pelo contrário, ainda apelidada de rameira leviana, e ainda acusada por não despertar desejo sexual no homem?

 

Ficam aqui as minhas questões, porque mesmo com o nosso 6º sentido, também nós mulheres, independentemente da experiência e reuniões semanais entre amigas, nem sempre conseguimos encontrar resposta para os comportamentos masculinos.

 

Na minha opinião, e escusada de qualquer tipo de tendência, afirmo com certeza que seria bem mais efetivo o comportamento masculino se este absolvesse o orgulho sexual que cresce de forma geracional há séculos, e procurasse um especialista, e que, deparando-se com falta de desejo, soubesse assumi-lo de forma tão frontal como a mulher.

 

Se calhar as relações a dois teriam muito mais a ganhar, existiriam menos traições e possivelmente o número de divórcios/separações baixaria consideravelmente. Porque apesar da intimidade ser muito mais complexa que a sexualidade, estas complementam-se de parte a parte.

 



Via A vida de Saltos Altos



publicado por olhar para o mundo às 21:23 | link do post | comentar

Quarta-feira, 16.02.11

 

Mulheres que querem desejar

No grupo que comanda para mulheres com problemas sexuais, a psicóloga Lori Brotto pede que cada uma das participantes pegue uma uva passa de um tubo de plástico. As mulheres, que geralmente participam em um grupo de seis, têm que examinar a fruta, analisando a sua forma, contornos e detalhes. Lori Brotto começou a sua carreira estudando a libido de ratos, e agora é uma das maiores especialistas do que é conhecido como transtorno de desejo sexual hipoativo em mulheres – a completa falta de desejo sexual.

 

 

 

A especialista está estudando os critérios que devem ser utilizados para um novo livro da Associação Psiquiátrica Americana (EUA), que deve ser publicado em 2012 ou 2013. Estes livros são geralmente vistos como uma espécie de “bíblia” de doenças psiquiátricas. Estudos sugerem que cerca de 30% das mulheres jovens e de meia-idade sofram com longos períodos de baixo desejo sexual, ou até mesmo nenhum desejo.

Mais do que qualquer outro problema sexual, como dificuldades para chegar ao orgasmo ou dor durante o sexo, a falta de desejo é uma praga para as mulheres. Estes problemas freqüentemente se sobrepõem, mas a baixa libido é o que mais impede as mulheres de terem uma vida sexual saudável, e é uma das causas mais comuns para que elas procurem tratamento.

 

» Pesquisa revela por que as mulheres fazem sexo

 

Brotto explica que a desordem não é física. Ela regularmente faz exames para analisar o fluxo de sangue na vagina das mulheres enquanto elas assistem a um vídeo pornográfico, e os resultados são normais. A psicóloga afirma que o problema está na mente, principalmente no relacionamento da mente com o corpo, e exemplifica com alguns casos com os quais já trabalhou: Uma mulher na casa dos 40 anos afirmava que já havia feito sexo com o marido mais de sete vezes em um dia, mas não sentia mais nenhum desejo por ele. Ela dizia que passava dois ou três meses sem sexo, e que não se importava de não ter nenhuma atividade sexual.

 

“Escuto isso de muitas mulheres”, afirma a psicóloga, que tenta compreender o que desliga a libido feminina. Outra mulher, de meia idade, dizia que nunca tinha tido uma época de desejo na sua vida, e que seu casamento era marcado pela indiferença sexual. Esta paciente também dizia que se sentiria bem sem fazer sexo – mas mesmo assim procurou ajuda. De acordo com Brotto, muitas mulheres que afirmam este tipo de coisa querem se sentir levadas à vontade sexual.

 

Porém, ela esclarece que, enquanto realiza pesquisas e analisa outros estudos de sexólogos sobre o assunto, ela mantém em mente que nem todas as mulheres estão em busca de uma mudança. Algumas nem se sentem desanimadas com o fato. Brotto afirma que no campo das pesquisas sexuais os estudos são muito escassos, e as estatísticas não podem ser citadas com muita certeza. Mesmo assim, com os dados disponíveis, ela julga que entre 7 e 15% das mulheres jovens e de meia idade – entre 20 a 60 anos – se sentem mal pela falta de desejo sexual.

Muito pouco se sabe sobre outras questões básicas ligadas ao problema, como há quanto tempo as mulheres sofrem com a falta de desejo, se têm isso desde o início da vida sexual ou se ele se iniciou na idade adulta. Brotto estima que as centenas de casos que ela já estudou são divididos igualmente nos dois casos, mas lamenta que não há estudos que apóiem uma resposta definitiva.

 

» Mulheres pensam mais em comida que sexo

 

A psicóloga também afirma que as experiências de suas pacientes são variadas, e que há uma dificuldade muito grande em definir normas para diagnosticar o problema. Atualmente, o transtorno de desejo sexual hipoativo tem o mesmo critério de diagnóstico para homens e mulheres, sendo considerado uma “deficiência persistente ou recorrente de fantasias sexuais e desejo de atividades sexuais”. Brotto aponta que esta definição não leva em conta que a sexualidade feminina é mais complexa, e que os critérios são muito simples, e talvez muito “masculinos”.

Nas sessões que realiza com suas pacientes, a psicóloga distribui tarefas simples para melhorar a auto-estima: observar o próprio corpo e descrever a sua imagem física sem julgamentos, e repetir “Meu corpo está vivo e é sexual”, acreditando nisso ou não. O exercício com as uvas passas é feito como uma forma de perceber as reações do corpo, a saliva, a mastigação, a trajetória da língua, um modo encontrado por Brotto para treinar as pacientes para aceitarem as sensações físicas.

 

A psicóloga tenta ensinar às pacientes para que elas tenham maior atenção às reações do próprio corpo antes ou durante o sexo. De acordo com ela, embora o fluxo de sangue das mulheres mostre que elas sentem o desejo sexual, as preocupações com problemas diários e até mesmo com o próprio medo da falta de libido pode acabar com o excitamento sexual.

 

Brotto argumenta que, nos critérios para o diagnóstico do transtorno, deve ser colocado um ponto sobre a falta de excitação durante o sexo. Assim, a psicóloga tenta adicionar aos critérios uma ideia da sua colega Rosemary Basson, que acredita que o desejo é liberado a partir de estímulos, e não necessariamente precisa existir previamente. Além disso, Brotto argumenta que a falta de desejo pode existir pela falta de habilidade do parceiro, ou até mesmo devido a uma falta de conexão emocional. É a mulher que tem o transtorno, o parceiro ou o casal? Assim, a ideia de Basson cai no campo em que a participação do parceiro é inevitável.

 

Brotto diz que sabe que esta duplicidade do problema não pode ser resolvida, mas diz que o que se pode fazer é reconhecer que ele pode existir, e continuar no caminho que parece correto para resolver o transtorno. Outro problema encontrado pela especialista nas definições do transtorno é o fato que o desejo sexual costuma cair com o tempo de relacionamento, principalmente em mulheres.

 

» Mulheres espiritualizadas fazem sexo com mais freqüência

 

Assim, o critério de “falta/redução do desejo sexual ou prazer durante a atividade sexual” pode ser aplicado a praticamente todas as pessoas. Brotto afirma que a sexta edição revisada do livro que ela lançará – na quinta edição – poderá ser publicado apenas em vinte anos, tempo suficiente para que a ciência compreenda melhor o desejo feminino

 

Via Hsience.



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