Nunca a expressão francesa fez tanto sentido. Solteiras ou não, as pessoas tem aderido à prática do sexo a três sem maiores pudores.
Apesar de potencializar o risco de doenças sexualmente transmissíveis e de banalizar um pouco às relações formais, a moda pegou mesmo. E a desculpa pode ser variada. Uns fazem para apimentar uma relação. Outros, depois de uma boa festa e vestindo os óculos do álcool, acabam a noite com outras duas pessoas.
Independente do caso, a terapeuta e educadora sexual Ana Canosa, de São Paulo, acha que essa liberação do fetiche e das práticas sexuais diversas é reflexo de um comportamento da sociedade que dá a essas práticas o ar de "politicamente corretas". "A tentativa é de legitimar o desejo considerado ‘perverso’ na sociedade contemporânea com a criação de regras éticas", diz.
Essas regras éticas, segundo ela, são as normas de atitudes entre as pessoas que aderem à prática. Em casas de swing, por exemplo, existem códigos e princípios a serem seguidos. E o mesmo vale para os casais, na hora do ménage. "Muitos deles criam regras para evitar o envolvimento emocional com essa terceira pessoa", conta.
Mas mesmo assim, com tanta regra, colocar um terceiro no meio do casal pode complicar a relação. "As pessoas não controlam emoção e sentimento", alerta Ana. Segundo ela, as regras mais comuns que os casais se estabelecem são não deixar o outro beijar o terceiro elemento e não trocar telefones nem sob decreto. "Essas regras são muito importantes antes de um casal cair de cabeça num sexo a três. É importante limitar até onde cada um vai e quais serão os sinais para que os dois não percam a intimidade e a cumplicidade na cama".
Se o terceiro for um amigo ou conhecido, o risco de envolvimento é maior ainda. Por isso, ela indica que antes de qualquer coisa, o casal se pergunte o motivo de querer alguém a mais na cama. "Se for uma prática esporádica, para apimentar o sexo, tudo bem. Agora se for para tentar salvar um casal emocionalmente em crise, duvido muito que vá funcionar. Pode gerar um ciúmedesnecessário".
Ana se lembra de um caso onde a mulher percebeu que o marido estava perdendo o interesse sexual por ela e pior: na cama, a três, desconfiou que ele tivesse atração homossexual e acabou se separando. Em outro caso, o casal participava de grupo de swing e, como o os participantes acabaram mais amigos, gerou desconfiança nela de que o parceiro estivesse tendo um caso com outra participante. Também se separaram.
A prática é mais comum do que se imagina. Legitimada pela cultura da liberação sexual, hoje quem não faz corre o risco de ser taxado de careta. Mas é preciso ter cuidado. Ana recomenda fortemente, no caso de um casal, que a vontade seja dos dois. Segundo ela, muitas vezes o desejo por essa fantasia é maior nos homens.
Ana tem medo que práticas desse tipo levem a banalização do sexo. "O corpo da gente é muito erotizado e brinco sempre que quatro mãos devem excitar bem mais que duas. Mas essa busca ilimitada pelo prazer não é saudável". Para ela, a eterna insatisfação - e consequente busca incessante - leva ao sexo vazio. "A pessoa às vezes tenta preencher os medos com prazeres descartáveis e perecíveis, e acaba consumindo inconscientemente. Acontece a mesma coisa com o sexo", analisa.
Cada um tem o direito de escolher quais fantasias deseja ou não vivenciar. Na hora de apostar no ménage à trois (ou arranjo a três) lembre sempre que as carícias e intimidades devem acontecer dentro da relação - e não fora dela. O envolvimento entre o casal deve ser sólido, a fantasia não deve ser imposta. Quando o acordo é mútuo, qualquer prática fica ainda mais prazerosa. Lembre-se de não envolver menores de idade na prática e sempre use camisinha. Livre para decidir até onde quer ir com o seu desejo e com o seu corpo, o prazer ficará ainda melhor.
Via Vila Dois
A revista americana Cosmopolitan fez uma pesquisa com 1500 pessoas e listou os 10 lugares mais quentes para fazer sexo, além da cama, claro. Cada um podia escolher quantos lugares quisesse.
No ranking, primeira posição com honras para o chuveiro ou banheira, com 82% dos votos.
O segundo ambiente mais votado para a prática foi o controverso carro, com 80%. "Não é o melhor lugar do mundo, mas é possível fazer coisas incríveis no banco do passageiro. Só reclinar", sugere Suzana, 27 anos. Ela diz que o banco de trás é muito desconfortável e elegeu o chuveiro também como melhor lugar para o sexo. "Se for uma ducha a gás então, é um sonho. Ninguém merece aqueles elétricos pinga-pinga".
Na lista, o terceiro lugar revelou o fetichismo que a casa dos pais tem. Muito pelo proibido, o quarto de solteiro ganhou a medalha de prata. Se você curte o perigo, cuidado apenas se a suíte dos pais for ao lado e nada de sacudir demais a cama. "Quando vou visitar a minha mãe e meu namorado vai junto, ela nunca deixa que a gente durma no mesmo quarto. Aí sim que ficamos com mais vontade e sempre damos um jeito. Eu acho o máximo", revela Mariana, 28. O quarto dos pais também apareceu na lista, na 9ª posição, com 34% dos votos.
A pesquisa deixou a praia de lado, mas o quarto lugar (54%) ficou com a piscina. Vale lembrar que a água não ajuda em nada na umidade natural e um lubrificante pode ser a saída.
O resto da lista de lugares preferidos tem ainda "floresta" (49%), "mesa da cozinha", (48%), "parque" (42%), "barraca", (37%) e "lavanderia" (29%). Nessa última, uma sugestão pode ser aproveitar o movimento da máquina de lavar para acelerar o sexo. "Acho bizarro usar a lavanderia. Mas a mesa da cozinha uma ótima opção. Além de atiçar a sensualidade, a altura é perfeita", garante Rose, 24 anos. "Da lista toda, escolheria o carro como primeiríssimo lugar. Adoro".
E você, em qual votaria?
Via Vila dois