Terça-feira, 24.01.12

Jennifer Lawrence e Tom Sherak no momento em que anunciaram as nomeadas para melhor actrizJennifer Lawrence e Tom Sherak no momento em que anunciaram as nomeadas para melhor actriz (Robyn Beck/AFP)

 

"A Invenção de Hugo", de Martin Scorsese, e "O Artista", de Michel Hazanavicius, lideram as nomeações aos Óscares, com 11 e dez nomeações, respectivamente. Os nomeados foram anunciados esta terça-feira em Los Angeles por Tom Sherak, presidente Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, e pela actriz e membro da Academia Jennifer Lawrence.

Sem surpresas, “O Artista” é o favorito da corrida aos Óscares em 2012. O filme mudo francês de Michel Hazanavicius, que chega às salas portuguesas já na próxima semana, recebeu dez nomeações para os prémios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, a serem entregues em Los Angeles no próximo dia 26 de Fevereiro. 

É o único filme que está presente em três das quatro categorias principais – melhor filme, melhor realizador e melhor actor (Jean Dujardin) – para lá de conseguir o “milagre” de ser uma produção estrangeira (mesmo que rodada em parte nos EUA com uma equipa parcialmente americana) que assume a liderança das nomeações 2012.

No entanto, pela contabilidade, é “A Invenção de Hugo”, de Martin Scorsese, com estreia prevista para 16 de Fevereiro, que recebeu o maior número de nomeações: onze ao total, entre as quais Melhor Filme, Melhor Realizador e Melhor Argumento Adaptado. As restantes oito, contudo, foram-no apenas em categorias técnicas. 

Na corrida para melhor filme, para a qual concorrem este ano nove filmes – devido a novas regras, que alarga o número de candidatos até dez –, estão ainda “Moneyball – Jogada de Risco”, de Bennett Miller, e “Cavalo de Guerra”, de Steven Spielberg, ambos com seis nomeações; “Os Descendentes”, de Alexander Payne (cinco nomeações ao todo); “Meia-Noite em Paris”, de Woody Allen, e “As Serviçais”, de Tate Taylor (quatro nomeações); “A Árvore da Vida”, de Terrence Malick (três nomeações), e “Extremamente Alto, Incrivelmente Perto”, de Stephen Daldry (duas nomeações).

As nomeações para os prémios de melhor actor e melhor actriz confirmaram igualmente as expectativas. Meryl Streep parte à cabeça do pelotão da categoria feminina pelo seu retrato de Margaret Thatcher em “A Dama de Ferro”, concorrendo com Glenn Close (“Albert Nobbs”), Michelle Williams (“A Minha Semana com Marilyn”), Viola Davis (“As Serviçais”) e, na única surpresa da categoria, Rooney Mara (“Millennium 1 – Os Homens que Odeiam as Mulheres”).

George Clooney é por seu lado um dos favoritos por “Os Descendentes”, embora tenha aqui que se bater com Jean Dujardin em “O Artista”. A categoria completa-se com três candidatos-surpresa: Brad Pitt por “Moneyball – Jogada de Risco”, Gary Oldman por “A Toupeira” e Demian Bichir por “A Better Life”.

Há também surpresas nas categorias secundárias. “As Serviçais” recebe duas nomeações na categoria de actriz secundária – para Jessica Chastain e Octavia Spencer – e Melissa McCarthy é nomeada pela comédia “A Melhor Despedida de Solteira”. As duas outras nomeadas são-no por papéis tecnicamente principais: Bérénice Béjo, por “O Artista”, e Janet McTeer, em “Albert Nobbs”. Na categoria de actor secundário, alinham Kenneth Branagh (“A Minha Semana com Marilyn”), Jonah Hill (“Moneyball – Jogada de Risco”), Nick Nolte (“Warrior – Combate entre Irmãos”), Christopher Plummer (“Assim É o Amor”) e Max von Sydow (“Extremamente Alto, Incrivelmente Perto”).

As outras categorias

O último trabalho de Martin Scorsese, o filme 3D de aventura e fantasia de Martin Scorsese, sobre um rapaz que vive sozinho numa estação de comboios de Paris e a de um enigmático proprietário de uma loja de brinquedos, foi ainda nomeado nas categorias de melhor direcção de arte, guarda-roupa, fotografia, melhor edição, banda sonora original, mistura de som, edição de som, efeitos especiais e argumento adaptado.

Nomeações quase todas elas partilhadas por "O Artista", que está também na corrida para as estatuetas de melhor direcção de arte, fotografia, guarda-roupa, edição, banda sonora original e argumento original.

“Moneyball – Jogada de Risco” e "Cavalo de Guerra", são os dois filmes mais nomeados, depois de "A Invenção de Hugo" e "O Artista", com seis nomeações cada. O filme protagonizado pot Brad Pitt está ainda nomeado para melhor argumento adaptado, edição e mistura de som. Já "Cavalo de Guerra" está nomeado nas categorias de melhor direcção de arte, fotografia, banda sonora original, mistura de som e edição de som.

Na corrida ao Óscar de melhor filme estrangeiro destaca-se "Uma Separação", de Asghar Farhadi, que já tinha vencido também o Globo de Ouro e Urso de Ouro na última edição do Festival de Berlim. O filme iraniano está nomeado ao lado do belga "Bullhead", de Michael R. Roskam, do canadiano "Monsieur Lazhar", de Phillipe Falardeau, do israelita "Footnote", de Asghar Farhadi, e do polaco "In Darkness", de Agnieszka Holland.

A produção da Paramount, “Rango”, "O Gato Das Botas", "Chico e Rita", "O Panda do Kung Fu 2" e "A Cat In Paris" são os nomeados na categoria de melhor filme de animação. 

Na corrida à estatueta de melhor documentário está o filme de Wim Wenders sobre a bailarina e coreógrafa Pina Bausch, "Pina", nomeado ao lado de "Hell and Back Again", "If a Tree Falls: A Story of the Earth Liberation Front", "Paradise Lost 3: Purgatory" e "Undefeated".

Para a edição deste ano, a Academia anunciou algumas alterações nas regras da selecção aos Óscares, cuja maior mudança afectava justamente o número de indicados a melhor filme, que deixou de ter um número certo de nomeados, podendo variar entre os cinco e os dez. Este ano, ao contrários dos dez nomeados do ano passado, foram anunciados nove filmes.

De acordo com o novo processo de nomeações estabelecido, os membros da Academia devem elaborar uma lista dos dez filmes do ano, tendo em conta que o primeiro é o favorito. Assim, a partir de agora, para um filme ser nomeado ao Óscar deverá ter um mínimo de cinco por cento dos votos em primeiro lugar nas listas. A Academia anunciou ainda alterações nas regras das categorias de melhor filme de animação, efeitos visuais e documentários. 

A lista completa pode ser consultada aqui.

O grande vencedor da edição dos Óscares do ano passado foi o filme histórico “O Discurso do Rei”. 

 

Via Público



publicado por olhar para o mundo às 21:31 | link do post | comentar

Domingo, 06.11.11

"Inquietos", de Gus van Sant, abre oficialmente o Lisbon & Estoril Film Festival

"Inquietos", de Gus van Sant, abre oficialmente o Lisbon & Estoril Film Festival (DR)

 

Chegados à quinta edição do Lisbon & Estoril Film Festival, e primeira a acontecer igualmente em Lisboa, a oferta de filmes é tal que vale a pena desenhar um pequeno percurso diário por momentos altos do festival. Uma escolha possível de entre inúmeras, levando em conta que muitas das antestreias apresentadas chegam já às salas nas próximas semanas. Siga-nos!
Hoje, 4
A abertura oficial faz-se com "Inquietos", o novo filme de Gus van Sant ("Milk", "Paranoid Park"), que chega às salas de cinema portuguesas na próxima quinta-feira, com a presença do actor Henry Hopper. Mas o acontecimento forte da noite será a inauguração da retrospectiva dedicada a William Friedkin com o seu último filme, "Killer Joe", que só estreará em Portugal para o ano que vem. Vai ser no Centro de Congressos do Estoril, às 21h e às 23h30.

Sábado, 5
Há quatro convidados de peso a dividirem as atenções: Paul Giamatti (apresentando "Nos Idos de Março", de George Clooney, que estreará na próxima semana), Mathieu Amalric (acompanhando "L"Illusion Comique", adaptação para televisão da produção da Comédie Française da peça de Corneille) e Luc Dardenne (mostrando "O Miúdo da Bicicleta", em salas a 15 de Dezembro). Mas, a termos de escolher um, seria o recluso francês Léos Carax, que o festival homenageia com uma retrospectiva integral, e que apresenta o seu filme maldito com Juliette Binoche "Les Amants du Pont-Neuf", nunca estreado em Portugal, vai ser no Monumental, em Lisboa, às 17h.

Domingo, 6
David Cronenberg pode estar entre nós para mostrar a sua mais recente obra, "A Dangerous Method", com Viggo Mortensen, Keira Knightley e Michael Fassbender - mas o filme chega às salas no próximo dia 24, enquanto a oportunidade de ver em sala uma das obras maiores de mestre Vincente Minnelli, "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse", no Casino Estoril, às 15h30, não acontece todos os dias. 

Segunda-feira, 7
No Centro de Congressos do Estoril, pode-se ver em grande écrã a mini-série que Todd Haynes rodou para a HBO com Kate Winslet, "Mildred Pierce". Mas há um filme extraordinário na secção competitiva: "Oslo, August 31st", notável adaptação pelo norueguês Joachim Trier de um romance de Pierre Drieu de la Rochelle anteriormente filmado por Louis Malle. A ver no Casino Estoril, às 15h30. 

Terça-feira, 8
Num dia que mostra o único filme português a concurso, "A Vingança de Uma Mulher", de Rita Azevedo Gomes, e o documentário que Elfi Mikesch dedicou a Werner Schroeter, "Mondo Lux", o destaque vai para um dos objectos mais inclassificáveis do cinema recente: "Target", uma perturbante sátira futurista do russo Aleksandr Zeldovich que é um dos pontos altos da competição, no Monumental, em Lisboa, às 21h.

Quarta-feira, 9
Matthew Barney está entre nós para mostrar três dos seus filmes mais recentes - mas é também a oportunidade de ver "Policeman", do israelita Navad Lapid, e de descobrir um dos filmes mais falados de uma cinematografia em ascensão que pouco se vê entre nós. Acontece no Centro de Congressos do Estoril, às 19h. 

Quinta-feira, 10
"L"Apollonide - Souvenirs de la Maison Close", féerie do cineasta francês Bertrand Bonello sobre o quotidiano num bordel francês da Belle Époque, gerou celeuma em Cannes 2011. Enquanto não chega às nossas salas (algures no próximo ano), Bonello estará entre nós para o apresentar, no Centro de Congressos do Estoril, às 21h30. 

Sexta-feira, 11
Dia forte de antestreias a competir entre si, com a exibição de "Melancolia", do polémico dinamarquês Lars von Trier (estreia a 1 de Dezembro), e "O Deus da Carnificina", adaptação da peça de Yasmina Reza por Roman Polanski com Jodie Foster, Kate Winslet, John C. Reilly e Christophe Waltz (estreia a 29 de Dezembro). O que não tem previsão de chegar cá é "Abrir Puertas y Ventanas", da argentina Milagros Mumenthaler que foi o vencedor-surpresa do Festival de Locarno. No Casino Estoril, às 21h30.

Sábado, 12
Outro dia fortíssimo de antestreias: "Drive", de Nicolas Winding Refn, com Ryan Gosling, que também chegará às nossas salas em Dezembro, e "Faust", do russo Alexander Sokourov, Leão de Ouro em Veneza. Mas a nossa escolha vai para "I Wish", a mais recente obra do japonês Hirokazu Kore-Eda, autor dos belíssimos "Ninguém Sabe" e "Andando", sobre dois meios irmãos que desejam que a família se reencontre. É no Monumental, em Lisboa, às 16h30. 
Domingo, 13
Se conseguiu não ir a nenhuma das antestreias, pronto, ainda tem uma a que pode ir. É o novo de Pedro Almodóver, "A Pele em que Vivo", que faz o encerramento oficial do festival. Acontece no São Jorge, em Lisboa, às 19h, antes de chegar às salas de cinema, a 17.


publicado por olhar para o mundo às 10:03 | link do post | comentar

Sexta-feira, 26.08.11
Miramax aluga filmes no Facebook por três dólares
Alguns filmes dos estúdios norte-americanos Miramax estão desde segunda-feira disponíveis para aluguer no portal da rede social Facebook, nos Estados Unidos, no Reino Unido e na Turquia.

Para já, a aplicação disponibiliza 20 títulos para alugar por 30 créditos do Facebook (o equivalente a três dólares) por 48 horas, mas a Miramax pretende disponibilizar os seus filmes também para venda para que os utilizadores possam armazená-los e vê-los quando quiserem.

 

A chegada deste novo serviço, Miramax eXperience, que deverá estender-se progressivamente a outros países, permite à rede social de Mark Zuckerberg afirmar-se como um fornecedor de entretenimento, além de ser um local de troca de informação entre amigos.

 

Uma primeira versão da aplicação permite visualizar filmes sem os descarregar, mas esta poderá evoluir em função dos comentários dos utilizadores, afirmou a Miramax, no seu blogue.

 

«O nosso objectivo final é oferecer aos clientes a possibilidade de comprar filmes e de os conservarem» com os seus próprios meios de armazenamento, «para que possam depois aceder a eles através de qualquer ferramenta», refere a Miramax.

 

Via Sol



publicado por olhar para o mundo às 19:19 | link do post | comentar

Sexta-feira, 15.07.11
Un fotograma de la última película de Harry Potter.

Un fotograma de la última película de Harry Potter.

Hoy, Potter ha muerto. Dicho así, impresiona. Pero, ¡ea!, las noticias, malas o buenas, conviene darlas de golpe. También es cierto que, y sin ánimo de ofender, ya era hora. Al fin y al cabo, han sido 10 años, ocho películas, siete mamotretos uno detrás de otro, cerca de 6.500 millones de dólares en taquilla, 4.333 embrujos en 'latinglish', 400 millones de libros vendidos en 69 idiomas (distintos entre sí, cuidado)... Y así. Le ha costado dejarnos, vamos.

En sus páginas y, por extensión en sus películas, se han ahogado y agotado infancias enteras. Desde el primer suspiro al último estertor. Muchos entraron en 'La piedra filosofal' en pantalón corto y han acabado por salir de 'Las reliquias de la muerte' marcando el paso y con la mili hecha. Y claro, tanto después, da pena. Cada uno a su manera, no lo duden, lo ha sentido.

'Harry Potter y las reliquias de la muerte, parte 2' es, definitivamente, el funeral que tanta pérdida requería. La última película, si se quiere, oficia de despedida a la altura que las circunstancias merecen. Dígase ya, es la mejor de cuantas hemos visto.

A David Yates, su director, le ha costado un cuarto intento para, por fin, acertar con la fórmula precisa. Bienvenido sea. De repente, ante los ojos sorprendidos de la concurrencia, aparece un relato perfectamente consciente de que se acaba; un cuento que se sabe cuento. Y, esto, además de nuevo, resulta hasta moderno. Irónico, tal vez.

Si de algo se puede acusar a Potter a lo largo de su larga historia es de su visceral incapacidad para reconocerse en ese lugar en el que siempre se han movido los relatos supuestamente infantiles. Los clásicos, los buenos. Tanto en el papel como en la pantalla siempre ha resultado algo irritante la ausencia casi absoluta de humor, de sentido de la distancia, de, otra vez, ironía. Potter y su gente se mueven por su mundo sin reparar ni un solo segundo en lo absurdo de su condición absurda. Y eso, por torpe, es grave.

Si se mira de cerca, bajo la disparatada arbitrariedad de algunos de nuestros héroes infantiles no se esconde sino la disparatada arbitrariedad de todo lo demás. De todo. Una historia bien contada, en definitiva, no es más que eso: una niña que cae por un agujero a un sitio extraño en el que los conejos tienen prisa. Por poner un ejemplo. En Potter, sin embargo y siempre, y por muy entretenido que resultara, molesta la seriedad impostada del destino trágico de un niño-mago enfrentado a todas las fuerzas oscuras de las que es capaz la naturaleza oscura. Por momentos, parece una anuncio de la DGT. La gravedad, ya se sabe, pesa. J.K. Rowling, para entendernos, no es Roald Dahl.

De hecho, el esfuerzo de cada director que ha pasado por las aventuras de Potter ha consistido en animar el relato hasta apartarse de la simple sucesión de hechizos, trampantojos y vuelta a empezar. Antes que Yates, Chris Columbus, Alfonso Cuarón y Mike Newell se habían aplicado a la tarea de convertir la letra de J.K. Rowling en algo más, en un abigarrado universo 'retrofantástico' animado por la gracia de la anarquía, de la anarquía necesariamente infantil.

De Columbus queda ese desparpajo para el barullo, ese gusto por los personajes a medio camino entre la gamberrada naíf y el dibujo absurdo de John Tenniel. Suyas son las dos primeras entregas y suyo es el mérito de poner cara y ojos a la institución pre-LOGSE de nombre Hogwarts. Cuarón se encargó del difícil trance del picor adolescente en una de las mejores entregas de la serie y Newell, un pasó más allá, hizo que el trío protagonista entrara en la edad adulta (por primera vez, la cinta perdió la calificación para todos los públicos) con declinantes resultados.

¿Franquicia

Y llegó Yates y, malas noticias, la saga se transformó en un feo palabro: franquicia. De un solo empellón, y pese a los esfuerzos a veces conseguidos de acercar la paleta de colores al negro (los niños crecen y las aventuras se enturbian), todo se convirtió en rutina, en paso fiel y cansino de la letra a la imagen. La transcripción de la primera parte de 'Las reliquias de la muerte' fue el mejor ejemplo de la incapacidad narrativa en la que se enfangaron Harry y sus muchachos.

Pues bien, todo lo anterior se acabó. Potter sabe que la historia, su historia, toca a su fin. Y Yates deja que la sensación de último adiós con la que el espectador acude al cine alcance la pantalla. Las escenas de acción se descubren más espectaculares que nunca ofreciéndose como réplica atronadora y sinfónica a los momentos de intimidad emocional. Valga la rimbombante redundancia. La muerte de Dumbledore, la conversión del profesor Snape, las oscuras motivaciones de Voldemort, la imagen de Hogwarts destruido, el amor que surge... todo cobra sentidoen las retinas abiertas de un espectador que recupera punto por punto cada uno de los mejores momentos de la saga, cada uno de sus propios mejores momentos.

Yates deja respirar la historia y, sobre todo, la trasciende. Hasta se permite, algo inédito, momentos de humor, citas cinéfilas (¿es '2001: una odisea del espacio' lo que se ve en la escena del sueño o estamos soñando?) y algún que otro segundo de homenaje. El espectador nunca pierde de vista el ritual del adiós y eso es mérito de un director que decide que su película, por fin, ya es adulta. Los niños que vieron la primera entrega han muerto, pero, ironía, todavía se recuerdan niños.

Suena cursi y, en efecto, es cursi. Qué le vamos a hacer.

Potter no es sólo un personaje de un libro, es parte de la biografía de cualquier espectador o lector o crítico (del señor Harold Bloom también). Y por ello, como la parte de cualquiera de nosotros que fuimos, ya ha muerto. Entre seguir caminando o desaparecer, le toca reventar. Hoy Potter ha muerto.

 

Via Elmundo



publicado por olhar para o mundo às 13:47 | link do post | comentar

Harry Potter volta aos cinemas portugueses pela última vez

 

'Harry Potter e os Talismãs da Morte – parte 2', o último da saga das aventuras do pequeno feiticeiro, estreia-se hoje nas salas portuguesas de cinema.

É neste filme que se dá o confronto final entre Harry Potter e as forças do Mal, dominadas por lorde Voldemort.

 

A adaptação aos cinemas do último livro de J.K. Rowling, publicado em 2007, foi dividida em duas partes, tendo a primeira estreado em novembro passado.

 

Tanto a primeira, como a segunda parte de Harry Potter e os Talismãs da Morte foram realizadas por David Yates e tiveram direcção de fotografia do português Eduardo Serra.

 

Os filmes foram estreando ao longo da última década e só em Portugal foram vistos por mais de 4,5 milhões de espectadores e tiveram uma receita bruta de bilheteira de quase 19 milhões de euros.

 

A nível internacional é a saga que mais receitas angariou em bilheteira: 4,4 mil milhões de euros.

 

A escritora inglesa J.K. Rowling publicou a primeira história no verão de 1997, apresentando o aprendiz de feiticeiro em Harry Potter e a Pedra Filosofal.

 

Iniciou-se ainda um verdadeiro fenómeno comercial. Desde então foram vendidos mais de 400 milhões de livros, traduzidos em 69 línguas.

A 'Pottermania' conheceu uma nova dimensão quando, no ano passado, abriu um parque de diversões em Orlando, na Flórida, dedicado ao mundo de Harry Potter.

 

Via Sol



publicado por olhar para o mundo às 08:41 | link do post | comentar

Quarta-feira, 23.03.11

 

Elizabeth Taylor: o perfil de uma estrela

Era uma das mais icónicas estrelas de Hollywood. Ganhou dois Óscares. Casou-se oito vezes, uma delas com Richard Burton, com quem protagonizou um dos mais arrebatados romances de Hollywood. Era uma mulher de excessos. Era apaixonada pelo seu trabalho. Pelos homens. Pela vida. Foi dela que se despediu hoje, aos 79 anos de idade.

 

 

No auge da sua carreira, Liz era uma das mais bonitas mulheres do mundo. E uma das melhores actrizes de Hollywood. As décadas de 1950 e 1960 foram os seus anos de glória. Recebeu quatro nomeações para Óscares entre 1958 e 1961. Apenas ganhou dois, pelos papéis nos filmes "Quem Tem Medo de Virginia Woolf" (1967) e "BUtterfield 8" (1961).

Mas a carreira de Elizabeth Taylor começou muito antes. Liz nasceu em Londres no dia 27 de Fevereiro de 1932, filha de uma ex-actriz e de um negociante, ambos americanos. Os seus pais mudaram-se para a Califórnia quando tinha sete anos e pouco depois o seu talento ficou a descoberto.

O mundo tomou conhecimento pela primeira vez dos seus olhos azuis-violeta no seu filme de estreia, There's One Born Every Minute, tinha Liz dez anos. Nessa altura ainda não tinha o cabelo impecavelmente armado que a viria a caracterizar mais tarde. Nestes tempos usava o cabelo comprido e solto. Ainda com este look juvenil entrou no clássico Lassie Come Home, embora tenha começado a conquistar a sua legião de fãs contracenando não com cães, mas com cavalos, no filme National Velvet.

A partir deste momento Elizabeth Taylor transformou-se em mais uma child star da fábrica Metro Goldwyn Mayer (MGM), a par de nomes como Mickey Rooney e Judy Garland. Liz guarda memórias agridoces desses tempos: “Tinha dez anos quando cheguei à MGM e passei os 18 anos seguintes atrás das paredes daqueles estúdios. Era uma rapariguinha a crescer num sítio estranho; é-me difícil separar aquilo que era real daquilo que não era”, disse a actriz em 1974, como recorda a NPR.

As décadas seguintes foram de exaltação de todo o seu talento. A sua interpretação emCleópatra colou-se-lhe à pele. Como se a rainha egípcia e a divindade de Hollywood se tivessem transformado numa mesma substância.

Durante estes anos, Taylor alcançou o estatuto de diva. A sua vida era de excessos. Sobretudo amorosos e financeiros. Tentou o suicídio quando o seu amado Richard Burton lhe disse que nunca poderia abandonar a mulher. Quando finalmente o teve para si - transformando-o no seu quarto marido - começaram a viver uma vida de luxos. A expressãospending money like the Burtons começou a fazer parte do léxico americano. Foram o casal-sensação de Hollywood durante alguns anos. A relação era arrebatada, poética, perdulária. Findo o Liz&Dick, Taylor partiu para outra. A actriz casou-se ainda mais duas vezes. 

As suas tragédias pessoais e os seus múltiplos casamentos fizeram muitas capas de revista. Liz continuou, indiferente, como só conseguem ser indiferentes as estrelas que brilharam numa altura em que o star system de Hollywood era ainda algo de sagrado.

“Elizabeth Taylor foi lançada através dos filmes, mas tornou-se maior do que os filmes”, disse à NPR Peter Rainer, ex-presidente da National Society of Film Critics. 

Nos últimos anos, Elizabeth Taylor era uma imagem deformada do seu auge. Engordou muito, tinha uma saúde débil, deslocava-se em cadeira de rodas... Na década de 1990, Liz foi submetida a duas operações de substituição de anca e quase morreu de pneumonia. Em 1997 foi igualmente submetida a uma complicada remoção de um tumor cerebral. Nessa altura não hesitou em aparecer ao mundo de cabeça rapada. O objectivo - reconheceu então - era dar força a quem, como ela, estivesse a passar por problemas semelhantes.

É igualmente conhecida a sua luta contra o vírus da sida. Em 1991 fundou a American Foundation for AIDS Research (AmFar), após a morte do seu colega actor e grande amigo Rock Hudson, em 1985. Nunca deixou de angariar fundos para esta causa, mesmo quando já estava muito debilitada fisicamente.

Era muito amiga do também falecido Michael Jackson. A morte do cantor, em Junho de 2009, abalou muito a actriz. Precisamente por estar muito fraca, Liz não pôde comparecer às cerimónias fúnebres de Jackson, mas publicou um comunicado em que dizia: “Irei sempre amar o Michael do fundo do meu ser e nada nos poderá separar”.

 

Via Público



publicado por olhar para o mundo às 19:08 | link do post | comentar

mais sobre mim
posts recentes

As nomeações para os Ósca...

Lisbon & Estoril Film Fes...

Miramax aluga filmes no F...

Harry Potter ha muerto

Harry Potter volta aos ci...

Elizabeth Taylor: o perfi...

arquivos

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Dezembro 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

tags

todas as tags

comentários recentes
Ums artigos eróticos são sempre uma boa opção para...
Acho muito bem que escrevam sobre aquilo! Porque e...
Eu sou assim sou casada as 17 anos e nao sei o que...
Visitem o www.roupeiro.ptClassificados gratuitos d...
então é por isso que a Merkel nos anda a fo...; nã...
Soy Mourinhista, Federico Jiménez Losantos, dixit
Parabéns pelo post! Em minha opinião, um dos probl...
........... Isto é porque ainda não fizeram comigo...
Após a classificação de Portugal para as meias-fin...
Bom post!Eu Acho exactamente o mesmo, mas também a...
links
blogs SAPO
subscrever feeds