As imagens de Carlos Lisboa que indignaram o Dragão
O último jogo da final do campeonato português de basquetebol, que consagrou o Benfica como novo campeão nacional, foi marcado por incidentes no final, com os adeptos do FC Porto a arremessarem objectos para o terreno de jogo e impedindo os “encarnados” de festejarem.
O Porto Canal, que transmitiu o jogo da última quarta-feira em directo, divulgou imagens dos gestos de Carlos Lisboa, técnico do Benfica, durante as celebrações da vitória que terão indignado os adeptos portistas.
“O comportamento do treinador do Benfica foi simplesmente vergonhoso. Fui-lhe dizer que ele tem de ter respeito na casa do FC Porto. Foi campeão nacional, mas não vai ter os parabéns da minha parte porque não merece. O que ele fez foi incendiar o ambiente”, afirmou ao Porto Canal Nuno Marçal, capitão do FC Porto.
“Tem de haver respeito pela massa associativa, que se portou lindamente. É uma claque ‘à campeão’ e esta derrota não nos vai afectar em nada”, acrescentou o basquetebolista.
O vídeo dos gestos de Carlos Lisboa
Retirado do Público
Os treinadores do Sporting e da Académica garantiram total ambição para o encontro de domingo, mas recusam a ideia de que o jogo do Jamor seja a salvação da época.
“Espero um jogo competitivo, que vai ser disputado entre duas equipas que têm um futebol atractivo, positivo e com jogadores de qualidade. Sabemos que uma final é para ganhar e esse será, com certeza, o nosso objectivo”, referiu o técnico dos “leões”, Ricardo Sá Pinto, durante a conferência de antevisão conjunta da final.
Por outro lado, Pedro Emanuel lembrou os 43 anos em que a Académica esteve afastada de uma final da Taça e elogiou o “esforço” dos seus jogadores, que tudo irão fazer para corresponder ao “grande entusiasmo” que se vive em Coimbra.
“Podemos ambicionar a felicidade e é o que vamos fazer. Quando fui apresentado, disse que tínhamos o sonho de chegar a uma final de uma das taças e conseguimo-lo fazer de forma extraordinária. É a cereja no topo do bolo, pelo esforço dos jogadores”, afirmou.
No entanto, ambos os técnicos rejeitaram que a partida do Jamor seja a salvação de uma época, tendo em conta que o Sporting falhou novamente a conquista do título nacional e a Académica apenas decidiu na última jornada a manutenção na Liga.
“Fizemos um final de época extraordinário, pelo que fizemos e pelo que quisemos conquistar. Este é o último objectivo, queremos conquistá-lo e tudo iremos fazer para o conseguir. O trajecto no final da época merecia ser recompensado com a conquista da Taça”, referiu Sá Pinto.
Já Pedro Emanuel recordou que “o objectivo da Académica passava pela manutenção” e, como tal, considera que a “época foi extremamente positiva”.
“Se analisarmos a nossa época de forma global, é extremamente positiva, com o benefício de estarmos apurados para a eliminatória da Liga Europa. A imagem que fica para o final é a de uma equipa competitiva, que se vai apresentar no Jamor para uma festa bonita, mas com ambição”, sublinhou.
Quanto a favoritismo, Sá Pinto assume que o Sporting tem mais “responsabilidade, pela história e dimensão dos dois clubes”, algo com que Pedro Emanuel concordou, embora realçando que “os jogadores da Académica terão níveis de ansiedade diferentes”.
Sá Pinto deixou ainda uma palavra de agradecimento ao antecessor Domingos Paciência pelo facto de lhe ter permitido “viver esta final”.
“Quero aproveitar a ocasião para agradecer à anterior equipa técnica a possibilidade que me deu de viver esta final e de liderar esta grande equipa”, disse.
No final da conferência, os dois treinadores foram desafiados a adiantar os “onze” que vão subir ao relvado principal do Jamor, mas preferiram deixar a decisão no “segredo dos deuses”.
Noticia do Público
O Chelsea foi a Camp Nou empatar 2-2, qualificando-se para a final da Liga dos Campeões, mesmo jogando mais de 50 minutos com menos um jogador, por expulsão de Terry. O campeão europeu Barcelona fica fora da final, dias depois de quase ter perdido a Liga espanhola para o Real Madrid.
Como seria expectável, o Chelsea entrou a defender e o Barcelona a atacar. Os ingleses aguentaram 35 minutos, altura em que Busquets empatou a eliminatória, após um cruzamento de Cuenca.
Dois minutos depois, o Chelsea ficou reduzido a dez elementos, por expulsão de John Terry.
O Barcelona colocou-se depois em vantagem na eliminatória, com um golo de Iniesta, após passe de Messi (43’).
Só que essa vantagem não durou mais do que três minutos: num dos poucos contra-ataques do Chelsea, Ramires apareceu isolado e fez um belo chapéu a Victor Valdés.
Reduzido a dez e na frente da eliminatória, o Chelsea voltou a apostar numa defesa fechada na segunda parte.
O Barça poderia ter voltado à vantagem na meia-final, mas Messi desperdiçou um penálti aos 48’, atirando à trave.
A equipa catalã ficou bastante afectada pelo falhanço da grande penalidade e só mais perto do fim conseguiu criar perigo real, quando Messi atirou ao poste (84’).
O ataque do Barça foi tão intenso que já nos descontos Fernando Torres aproveitou um contra-ataque para sentenciar a eliminatória, fazendo o 2-2 final.
O Chelsea, que terá vários jogadores castigados para a final (Terry, Ivanovic, Meireles e Ramires), defrontará Real Madrid ou Bayern Munique.
Via Público
Houve dedo dos guarda-redes na decisão do segundo finalista da edição 2011-12 da Taça da Liga. Para bem do Gil Vicente e para azar do Sp. Braga. Quim falhou com o jogo já em contagem decrescente e entregou o protagonismo a Adriano, que travou dois penáltis (2-2 no tempo regulamentar) e conduziu a equipa à primeira final da sua história.
O jogo começou a mexer por acção de dois Hugos. Viana perdeu a bola a meio-campo para César Peixoto, que lançou Vieira para o 1-0, na sequência de um chapéu de último recurso sobre Quim. Nuno André Coelho teve receio de cometer falta e o avançado do Gil agradeceu a liberdade.
Foi aos 16’. Aos 23’, Hugo Vieira sofreu falta quando se escapava para a baliza bracarense. O árbitro teve entendimento diferente e o número 70 acabou por ver um amarelo por protestos. Logo a seguir, caiu o empate no Estádio Cidade de Barcelos. Eram dois avançados do Sp. Braga contra cinco defesas da casa, mas a minoria levou a melhor: tabela entre Lima e Mossoró, com o goleador a emendar para a baliza. Cláudio, que foi companheiro de Lima no Vizela, na II Divisão B, em 2003-04, bem pressionou o adversário mas assistiu ao empate já sentado no relvado.
Foi do lado esquerdo do ataque bracarense que nasceu o golo do empate e, como o Gil não aprendeu à primeira, os visitantes repetiram a fórmula aos 30’. Halisson falhou a intercepção num primeiro momento, travou o remate de Lima numa segunda ocasião, mas já não teve tempo para reagir à recarga de Hélder Barbosa.
Obrigado a responder, o Gil Vicente expôs-se mais ao risco, especialmente no segundo tempo. Subiu as linhas e o Sp. Braga foi espreitando o contra-golpe sempre que pôde. Foi isso que aconteceu aos 73’, com Mossoró a fugir com habilidade pela direita, a esperar por Lima e a servi-lo na área. Desta vez, porém, Adriano anulou por duas vezes consecutivas os remates do brasileiro.
Quando o futebol refinado de César Peixoto (foram dele os principais passes de ruptura) deixou o relvado, no momento em que Paulo Alves jogou as últimas cartadas, a equipa da casa começou a atacar mais em quantidade do que em qualidade. Aos 86’, Zé Luís cabeceou para fora à entrada da pequena área e quase chegou a um cruzamento interceptado dois minutos depois.
Mas o coração do Gil valeu mais que a frieza do Sp. Braga, curiosamente mais desgastado do que o adversário, que defrontou o Sporting para a Liga na segunda-feira. E só mesmo o próprio Júnior Caiçara terá acreditado que aquele remate enrolado, de fora da área, passaria por baixo do corpo de Quim, aos 89’.
O erro do guarda-redes adiou tudo para as grandes penalidades (o regulamento da Taça da Liga salta o prolongamento). E nem aí o ex-guardião do Benfica conseguiu redimir-se. Não defendeu um único remate (marcaram João Vilela, Cláudio, Rodrigo Galo e Caiçara), ao contrário de Adriano, que tavou os pontapés de Barbosa e de Ukra. E agendou a final com o Benfica para Coimbra, a 14 de Abril.
Ficha de jogo
Estádio Cidade de Barcelos
Gil Vicente 2 (4) Adriano, Rodrigo Galo, Halisson, Cláudio, Junior Caiçara, Luís Manuel, André Cunha (João Vilela, 61’), César Peixoto (Éder, 76’), Richard, Luís Carlos (Zé Luís, 46’), Hugo Vieira .
Sp. Braga 2 (2) Quim, Miguel Lopes, Douglão, Nuno A. Coelho, Elderson, Custódio, Hugo Viana (Djamal, 86’), Mossoró (Édson Rivera, 78’), Hélder Barbosa, Paulo César (Ukra, 65’), Lima.
Árbitro Hugo Miguel, de Lisboa.
Golos1-0, por Hugo Vieira, aos 15’; 1-1, por Lima, aos 25’; 1-2, por Hélder Barbosa, aos 31’; 2-2, por Junior Caiçara, aos 89'.
Grandes penalidades marcaram Lima, Custódio (Braga) e João Vilela, Cláudio, Rodrigo Galo e Junior Caiçara (Gil Vicente); falharam H. Barbosa e Ukra (Braga).
Via Público
Escrever que o derradeiro encontro da 100.ª edição do Open da Austrália foi a mais longa final masculina de um torneio do Grand Slam de que há registo, resume em poucas linhas o que se passou na Rod Laver Arena. Infelizmente, como o próprio campeão disse, não podiam ganhar os dois intervenientes. Ao fim de quase seis horas de um jogo emocionante e cheio de intensidade, Novak Djokovic foi o mais forte. E derrotou, pela terceira final consecutiva de um major, o rival Rafael Nadal.
“Rafa, tu és um dos melhores tenistas de sempre, um dos mais respeitados no circuito. Hoje, fizemos história. Infelizmente, não podia haver dois vencedores e desejo-te o melhor para o resto da época. Espero que tenhamos muitas mais finais”, disse Novak Djokovic com a Norman Brookes Challenge Cup na mão, no seguimento da vitória, por 5-7, 6-4, 6-2, 6-7 (5-7) e 7-5.
Quando o líder do ranking fechou o terceiro set ao fim de duas horas e meia de jogo, poucos foram os que acreditaram nas hipóteses de Nadal, apoiados nas estatísticas que mostram que o último campeão na Austrália depois de recuperar de 1-2, triunfou em 1988.
Mas Nadal encontrou forças para reagir e salvou três break-points quando perdia por 2-4. Essa reacção, apoiada pelos 15 mil espectadores que lotaram a Rod Laver Arena, levou-o mesmo a forçar o tie-break, que o sérvio liderou por 5/3. Mas ao beneficiar de um falhanço perto da rede do adversário, Nadal passou a comandar por 6/5 e concluiu após mais um erro do adversário, deixando-se cair de joelhos enquanto celebrava.
Na partida decisiva, entre dois jogadores com bons registos em cinco sets — Nadal, com 15-3, e Djokovic, com 14-5 — o espanhol parecia menos cansado. Djokovic foi o primeiro a acusar o desgaste e o número dois do ranking aproveitou para fazer o break para 4-2 — o que não acontecia desde o segundo set. Mas um erro incrível de Nadal com o court aberto, a 4-2, 30-15, abriu caminho para o contra-break.
Após o 4-4, Djokovic beijou o crucifixo e dispôs de um break-point no jogo seguinte, salvo com um grande serviço. Mas seria a 5-5, que o sérvio aproveitou uma quebra do espanhol para o quebrar e servir para fechar o encontro.
Djokovic falhou a primeira oportunidade, colocando um smash na parte inferior da rede, entregando ao espanhol um break-point. Mas à segunda oportunidade, o sérvio serviu forte e, a meio do court, somou o 57.º winner, para fechar ao fim de cinco horas e 53 minutos, ultrapassando o anterior recorde da final do Open dos EUA de 1988, quando Mats Wilander bateu Ivan Lendl em quatro horas e 54 minutos, e do encontro mais longo no Open da Austrália (cinco horas e 14 minutos, entre Nadal e Fernando Verdasco, em 2009).
Djokovic, que já tinha estado cinco horas no court 48 horas antes, para ultrapassar Andy Murray, nunca tinha ganho dois encontros seguidos em cinco sets. Pela primeira vez também, os dois finalistas tiveram que se sentar durante os longos discursos da cerimónia de encerramento para evitar as cãibras.
Num encontro que terminou às 1h35 da manhã de segunda-feira em Melbourne, Djokovic somou 193 pontos, enquanto Nadal acumulou 176. E o sérvio juntou-se à restrita elite dos jogadores na Era Open que já conquistaram três torneios do Grand Slam consecutivos: Rod Laver, Pete Sampras, Roger Federer e Nadal. Por seu lado, Nadal tornou-se no primeiro tenista a perder três finais do Grand Slam consecutivas.
Via Público
Um golo de Falcão, à beira do intervalo, bastou para o FC Porto derrotar o Sp. Braga na final da Liga Europa. Os “dragões” conquistaram a sua quarta taça Europeia.
A partida decisiva até começou animada, com ocasiões de golo para um lado e para o outro.
Aos 4 minutos, Custódio isolou-se mas rematou ao lado, naquele que foi o primeiro lance de perigo do encontro.
A resposta surgiu logo a seguir, numa jogada individual de Hulk, que também rematou um pouco ao lado.
Seguiram-se quase 40 minutos de um jogo equilibrado, sem grandes oportunidades de golo para qualquer uma das equipas até que, a um minuto dos 45’, uma perda de bola de Rodríguez proporcionou a Guarín um contra-ataque veloz e um cruzamento para a cabeça de Falcão. 1-0 para o FC Porto.
A perder, Domingos mexeu na equipa, fazendo entrar Kaká e Mossoró para os lugares de Rodríguez e Hugo Viana. E logo no início da segunda parte uma perda de bola de Fernando colocou a bola nos pés de Mossoró. Só que o brasileiro, sozinho frente a Helton, permitiu a defesa do guarda-redes portista.
Mas este lance foi um dos raros que, durante a segunda parte, proporcionaram alguma emoção junto de qualquer uma das balizas. Os segundos 45 minutos foram dominados pelo Sp. Braga, mas sem que os seus jogadores fossem capazes de criar lances de golo.
Alguns cruzamentos perigosos, um par de remates ao lado, mas raríssimas oportunidades de repor a igualdade. Até que o árbitro apitou pela última vez e garantiu mais um sucesso europeu.
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“Todos temos o direito de sonhar. O sonho está a querer concretizar-se”, disse nesta terça-feira o treinador do Sporting de Braga, na conferência de imprensa de antevisão da final da Liga Europa. Os minhotos defrontam amanhã (19h45, SIC) o FC Porto em Dublin e Domingos Paciência acredita que é possível vencer. “Amanhã é um jogo em que tudo pode acontecer. Temos de ser muito muito fortes para estar no patamar em que está o FC Porto. Os jogadores podem-se exceder, superar e equilibrar a balança. Acredito que numa final isso é possível acontecer”, apontou.
“Sabemos quais são os pontos fortes do FC Porto. Tem um meio-campo com grande mobilidade, que procura fazer com que o jogo chegue rapidamente ao Hulk, Varela ou Falcao. Temos de abordar o jogo de forma diferente, não podemos jogar da mesma forma que jogámos para o campeonato. É uma final, é um jogo só. Temos de procurar explorar aquilo em que somos fortes e anular aquilo em que o FC Porto é forte”, prosseguiu Domingos Paciência.
Pela caminhada que fez até à final de Dublin, o Sporting de Braga “acaba por ser um ‘outsider’”, considerou o técnico. “Ninguém esperava que isto acontecesse. Acredito que nesta altura possamos ter muitos adeptos, quer benfiquistas, quer sportinguistas, quer de outras equipas também. As pessoas também gostam de ver os pequeninos a bater nos grandes”, realçou. “O Sporting de Braga passa a ser um clube diferente a partir de agora. Mostrou-se ao mundo”, acrescentou.
Lembrando a final de 1987, em que o FC Porto bateu o Bayern de Munique na final da Taça dos Campeões Europeus, Domingos salientou que “o favoritismo é sempre relativo”. “Em 1987 o favoritismo era do Bayern e o FC Porto acabou por ganhar”, apontou o técnico. O seu passado de jogador, ligado aos “dragões”, não interferirá com a partida de amanhã: “A ironia do destino fez com que o FC Porto me aparecesse na final da Liga Europa, para bem da minha carreira. As pessoas que gostam de mim gostariam que eu ganhasse, por muito portistas que sejam. Estou ao serviço do Sporting de Braga, com jogadores fantásticos e uma capacidade de trabalho impressionante. Penso sempre como profissional e defendo os interesses do clube que represento”.
Sem falar no futuro – Domingos já admitiu que sairá do Sporting de Braga e é apontado como próximo treinador do Sporting – o técnico da formação minhota confessou que está “focado na taça”. “Sei que vai custar muito suor e sacrifício, mas estamos focados para que aconteça amanhã. Há uns dias que não durmo muito bem. Penso como é possível isto estar a acontecer connosco e isso leva a que durma menos”, admitiu.
“Aconteça o que acontecer daqui para a frente, acho que ficarei no coração dos adeptos deste clube. As dificuldades foram muitas”, afirmou Domingos Paciência, acrescentando: “Tenho cinco anos como treinador e sinto que a carreira tem sido sempre para cima e nunca para trás. Para mim isto é uma experiência única. Isso de certa forma ajuda-me para o futuro. Espero que o futuro seja cada vez melhor, espero repetir uma situação destas, uma final. São os momentos que fazem um treinador”.
Admitindo um “grande orgulho” pela presença de duas equipas portuguesas na final da Liga Europa, o treinador do Sporting de Braga destacou que “o FC Porto está mais habituado a estas andanças, já se impôs no futebol internacional”. “O Sporting de Braga está a aparecer na Europa. O povo português tem de se sentir orgulhoso. O futebol português cada vez é melhor, tem melhores equipas”, apontou.
Houve ainda tempo para recordar um episódio que envolve André Villas-Boas o Domingos Paciência. Quando era jovem, o actual treinador do FC Porto escreveu um bilhete ao então técnico dos “dragões”, Bobby Robson, a aconselhar que colocasse Domingos em campo. “Ele podia por um envelope na minha caixa de correio para a gente ganhar amanhã”, disse com um sorriso. “Foi uma grande luta para poder jogar naquela equipa, mas consegui dar a volta e ser opção para o Bobby Robson. Fiquei contente por saber que ele [Villas-Boas] gostava da minha forma de jogar. Sinto-me bem com esse reconhecimento, com essa atitude que ele teve. Reconheço que me deixa satisfeito”, concluiu.
Via Público
“Não me interessa minimamente quem é o favorito. O favoritismo não serve para nada”, vincou André Villas-Boas nesta terça-feira, durante a conferência de imprensa de antevisão da final da Liga Europa contra o Sporting de Braga, amanhã (19h45, SIC) em Dublin. “O Sporting de Braga eliminou todos os favoritos que lhe foram caindo pela frente e chega à final com mérito total”, lembrou o técnico.
Nas prioridades de Villas-Boas há outros assuntos: “É muito mais importante as equipas serem capazes de fazer um bom jogo”, apontou. “A identidade de cada uma destas equipas levou-as à final. Nem o FC Porto nem o Sporting de Braga mudaram muito. Nenhuma equipa vai desvirtuar o que tem vindo a fazer”, prosseguiu o treinador dos “dragões”. “Não sei que tipo de mensagens o Domingos passará aos seus jogadores, mas nós estamos contentes com a nossa organização. A competência de todos juntos e o talento destes jogadores levou-nos a uma série inacreditável no campeonato e deu-nos esta final”, acrescentou.
“O Sporting de Braga vem de série de resultados alucinantes, fora do normal. É um clube em crescendo. Mostra a qualidade do Domingos e do plantel, do que têm vindo a fazer. É um trabalho de qualidade enorme”, afirmou André Villas-Boas sobre o adversário de amanhã. “Vão estar frente-a-frente duas equipas com identidade muito forte, esperemos que seja a nossa a triunfar”, disse.
Confrontado com a afirmação feita há nove meses, em Genk, quando disse que o FC Porto “ia ganhar a Liga Europa”, Villas-Boas considerou que se tratou de “algo natural”: “Foi algo que me saiu naturalmente, tendo em conta o palmarés do clube. Seria sempre uma obrigação nossa, apesar de jogarmos pré-eliminatória tão importante. Tínhamos a obrigação de chegar o mais longe possível”.
“Amanhã estamos esperançosos de conseguir obter o troféu. Acreditamos no que temos vindo a fazer. O Sporting de Braga coloca um desafio aliciante e difícil. Deixou para trás equipas de grande reputação internacional. Vai ser um desafio super difícil. Vamos abordá-lo com a máxima ambição e tentar mostrar-nos ao máximo nível para conseguir um bom resultado”, prosseguiu o treinador do FC Porto.
Questionado sobre a eventual preparação da equipa para reagir a um golo sofrido, Villas-Boas disse que não prepara a equipa “para sofrer”. “Se acontecer, teremos de reagir, adaptar-nos. Mas nem sequer posso abordar o jogo dessa forma. É evidente que pode acontecer. Sofrer um, sofrer dois, ou não sofrer, ou o jogo chegar às grandes penalidades. Esperemos que nos mostremos suficientemente competentes para evitar esse golo”, resumiu.
Desvalorizando o facto de poder ser o técnico mais jovem de sempre a conquistar uma prova europeia, Villas-Boas lembrou o feito de José Mourinho em 2003-04, quando levou o FC Porto à conquista da Taça UEFA. “São anos diferentes, equipas diferentes e treinadores diferentes. 2003 foi o culminar de um longo caminho que começou em 1987. Esse foi o primeiro passo para conduzir o FC Porto ao que é hoje em dia. Estou orgulhoso de fazer parte de um clube que construiu uma história”, confessou Villas-Boas.
Sobre o facto de esta ser uma final entre duas equipas portuguesas, o técnico considerou que isso demonstra o “talento e criatividade que existe no futebol português”. “É um campeonato pelo qual as pessoas normalmente não se interessam, tem pouco impacto mediático”, lamentou Villas-Boas.
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