Segunda-feira, 04.06.12

UM ANO DEPOIS: «ESTE ERA O GOVERNO QUE IA DIZER A VERDADE»

O Governo liderado por Pedro Passos Coelho já teve um ano para mostrar aos portugueses ao que veio. Os politólogos ouvidos pelotvi24.pt elogiam a «vontade clara de cumprir» as metas acordadas com a troika e admitem que «seria improvável arriscar fazer muito diferente», mas também apontam o «descrédito» criado pelas «inconsistências» entre as promessas feitas e as medidas tomadas.

«Há uma vontade clara de cumprir, de pôr as contas em ordem. Esse esforço implicou cortes nos salários brutais, que tinham sido veementemente recusados em campanha eleitoral. Este era o Governo que ia dizer a verdade e isso representa um descrédito enorme», afirmou André Freire.

Ao «ir para além do que estava programado» sem explicar «milimetricamente» aos portugueses as consequências, o Governo ficou «ferido do ponto de vista da credibilidade». «Não é a primeira vez que as promessas eleitorais são quebradas, mas o problema é a profundidade disso», acrescentou.

Especialistas analisam as medidas, os casos e os ministrosQuestionado sobre as frases mais polémicas do Executivo, André Freire considera que são «insultos», que demonstram «desfaçatez» e deixam o Governo «mais fraco». «Isso é brincar com as pessoas e as pessoas não são estúpidas. Estou até espantado com a apatia das pessoas. Mas a nossa sociedade não é muito exigente do ponto de vista da cultura política», afirmou.

O professor do ISCTE apontou que «era preciso alguém que desse voz à contestação e não há», porque «os partidos estão no lixo e a democracia encontra-se muito em baixo». O maior culpado, garantiu, é o PS, porque «está esfrangalhado» e «não faz oposição». «Se houvesse eleições amanhã, provavelmente o Governo não era castigado, porque este é um Governo de dois partidos, mais um de muleta. Temos uma coligação de unidade nacional informal. O PS deixa passar tudo», criticou.

Já sobre os casos que têm abalado o Executivo, como as nomeações polémicas e as secretas, André Freire admitiu que «a situação vai muito mal em tão pouco tempo». «Mas o PS não pega nestes casos, parece que têm vergonha. As pessoas estão descontentes, mas não castigam o Governo porque para isso teria de haver alternativa, e não há», concluiu.

«A sensação de arrumar a casa»

A professora do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas Paula do Espírito Santo também critica as «diversas inconsistências ao nível da palavra» deste Governo, que apresenta medidas «com aparente descontração», contribuindo «para fomentar o descrédito sobre a expressão política governamental».

A politóloga recordou que o programa do Executivo foi «fixado a regra e esquadro» num contexto de crise, podendo «considerar-se que a campanha eleitoral da coligação foi bastante suavizante e suavizada». «As margens de fôlego económico e social são muito reduzidas, no plano governativo, num prazo imediato», explicou. 

No entanto, para a politóloga, apesar de, «pontualmente», um outro partido poder ter tomado outras opções, «pois o espectro ideológico, as políticas e as pessoas seriam outras», «seria improvável arriscar fazer muito diferente a nível do esforço de compromisso externo».

Como melhor deste primeiro ano de Governo, Paula do Espírito Santo frisou «a sensação de arrumar a casa» e, como pior, «a amarga incapacidade de mobilizar os recursos e estruturas necessários ao progresso e ao desenvolvimento económico e político» do país.

«A cada mandato governativo, acresce uma hoste de descontentes e desiludidos com a política que se sentem enganados pelas incapacidades sempre renovadas dos políticos em saber gerir os desafios impossíveis e improváveis da governação», completou.

Por isso, a politóloga acredita que, se as eleições se repetissem neste momento, seria «muito provável que o sentido de voto não favorecesse a coligação no Governo».

 

Retirado de Push



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Domingo, 13.05.12

Passos Coelho e a mulher no momento em que um grupo de pessoas o apupou

Passos Coelho e a mulher no momento em que um grupo de pessoas o apupou (Enric Vives-Rubio)

 

O primeiro-ministro foi esta tarde à Feira do Livro de Lisboa com a mulher, numa visita que se pretendia particular e informal. Deteve-se demoradamente nos pavilhões e comprou livros, acompanhado pelo secretário de Estado da Cultura, Francisco Viegas, e pelo secretário-geral da Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL), Miguel Freitas da Costa. Mas não saiu de lá sem ser vaiado.

 

O passeio foi quase perfeito até aos últimos 20 minutos, quando algumas dezenas de indignados, que estavam concentrados desde a véspera num dos lados do Parque Eduardo VII, o vaiaram exibindo cartazes.

Passos Coelho não se descompôs e até dialogou por instantes com uma representante dos manifestantes, para nervosismo dos seguranças pessoais e da força policial que surgiu do nada. 

A contestação subiu de tom, as palavras de ordem tornaram-se mais agressivas (“Fora, fora daqui, a fome, a miséria e o FMI”, “Passos, ladrão, o teu lugar é na prisão”, “Quem deve aqui dinheiro é o banqueiro”) e o primeiro-ministro desistiu: “Debate e diálogo, sim, mas não nestas condições.” Pouco depois entrava no automóvel oficial e abandonava a Feira do Livro.

Passos Coelho chegou ao Parque pelas quatro horas, pouco depois de terem sido largados mil balões amarelos sobre o Marquês de Pombal. O gesto parecia ser para ele, mas não – era uma das iniciativas programadas no âmbito da Feira, que termina este domingo.

“Como foi este ano?”, perguntou de rajada ao secretário-geral da APEL. A conversa evoluiu depois para as datas do evento e os resultados de negócio, não sem antes esclarecer que tinha decidido, fora de qualquer agenda, aproveitar o último dia para a visitar.

Livros é algo que, por estes tempos, o primeiro-ministro pouco lê. A última leitura, disse, foi uma obra sobre Singapura e as suas enormes transformações económicas e sociais. A mulher, Laura Ferreira, confirmaria mais tarde ao PÚBLICO que os dossiês da governação não deixavam espaço para outras leituras: “Antes, ele lia vários livros ao mesmo tempo, mas agora é impossível. De vez em quando, alugamos um filme para descontrair.”

“Os homens nascem sem alma”, de Jorge Augusto Vieira, é o primeiro título a chamar a atenção de Passos Coelho e a suscitar um comentário bem-humorado: “Espero que não nasçam muitos nessa condição...” Decide comprá-lo conjuntamente com outro de poesia (“Jaca em escamas”, de Isabel de Santiago) e faz questão de os pagar, sem esquecer o respectivo recibo. Para as filhas escolheu, mais à frente, “Onde vivem os monstros”, de Maurice Sendak e “Adoro chocolates”, de Davide Cali. E perguntou a Francisco Viegas onde poderia adquirir os livros da Mafalda, que “as minhas filhas adoram”.

Num roteiro orientado pelo secretário de Estado da Cultura, Passos Coelho foi circulando pelo recinto, de pavilhão em pavilhão, sempre sem pressa e perante a indiferença ou a vaga curiosidade de quem passava. Zita Seabra, da Aletheia, ofereceu-lhe “Os Cantos”, obra de Maria Filomena Mónica, que apresentou como uma obra sobre “o maior e mais visionário empresário dos Açores”. 

O encontro com Ricardo Araújo Pereira e José Diogo Quintela (do grupo humorístico Gato Fedorento) proporcionou ao primeiro-ministro o elogio da crítica e da autocrítica: “Fazem muita falta e são sempre boas.” Não podia adivinhar que seria submetido a essa prova pouco depois.

 

Retirado do Público



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Quarta-feira, 18.04.12

UGT ameaça rasgar acordo de concertação

Assinatura do acordo tripartido, a 18 de Janeiro (Foto: Enric Vives-Rubio)

 

Central sindical vai pedir reunião com o primeiro-ministro para exigir que o Governo ponha rapidamente no terreno as medidas de apoio ao emprego.

 

O secretário-geral da UGT, João Proença, lançou esta terça-feira um ultimato ao Governo para que ponha em prática o acordo tripartido para a Competitividade e o Emprego assinado em Janeiro.

“Deixo um aviso claro ao Governo e aos empregadores: ou respeitam na íntegra o acordo tripartido ou a UGT denuncia o acordo”, disse o líder da UGT. “O acordo é bom para o país, por isso queremos que o Governo cumpra o acordo. Queremos saber quais as intenções do Governo e ouvir do mais alto responsável do Governo com o que podemos contar”.

Para a UGT, é urgente avançar com as políticas activas de emprego, a dinamização dos centros de emprego e a publicação das portarias de extensão, que está bloqueada desde o ano passado, impedindo que os contratos colectivos se estendam a todos os trabalhadores e empresas. 

“O Governo só conhece três velocidades: devagar, devagarinho e parado. Agora está parado”, ironizou.

João Proença recusou-se a estabelecer um prazo para o Governo cumprir estas medidas do acordo. E embora garanta que não denunciará o acordo no curto prazo, também diz que tudo depende do clima social. Se o desemprego continuar a aumentar ao ritmo dos últimos meses tudo se pode “precipitar”.

“Se a UGT denunciar o acordo é única e exclusivamente porque as outras partes [o Governo] não cumpriram o acordo”, realçou.

A UGT acusou ainda o Governo de “pouco ou nada” fazer para dinamizar a actividade económica e para evitar os despedimentos.

João Proença criticou a “política clientelista” de alargar o número de trabalhadores despedidos por rescisões amigáveis com acesso ao subsídio de desemprego, com impactos “significativos na Segurança Social”. “As decisões abrangem um número reduzido de empresas. Ou é para todos, ou não é para ninguém”, sustentou.

 

Via Público



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Quinta-feira, 12.04.12
Formação nas escolas e limitação progressiva dos locais de venda são medidas em preparação no Ministério.Formação nas escolas e limitação progressiva dos locais de venda são medidas em preparação no Ministério. (Paulo Pimenta)
O ministro da Saúde anunciou esta quarta-feira que o Governo vai avançar com a “restrição de fumar em ambientes fechados de modo mais abrangente, incluindo a proibição de fumar em veículos de transporte fechados quando transportem crianças”.~

Falando no Parlamento no âmbito de uma interpelação do PS sobre política de saúde, Paulo Macedo revelou ainda que o Ministério vai também exigir a colocação de “advertências mais explícitas nas embalagens que mostrem e exemplifiquem as consequências do tabagismo na saúde”.

A promoção de acções de formação nas escolas e a limitação progressiva dos locais de venda são outras das medidas em preparação no Ministério.

Paulo Macedo justificou estas medidas “dado o impacto positivo, embora ainda limitado, das recentes alterações legislativas na redução do consumo de tabaco e da exposição ao fumo”.

 

Via Público



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Terça-feira, 10.04.12
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Por cada dez desempregados dos serviços, quatro são do sector imobiliário

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Por cada dez desempregados dos serviços, quatro são do sector imobiliário

 (Foto: Rui Gaudêncio)

Quando se analisa de onde vieram os desempregados inscritos nos centros de emprego, verifica-se que a sua esmagadora maioria veio da construção e dos serviços afectados pela contracção da procura interna.

 

Desde que vigora o Plano de Assistência Financeira assinado com a troika, o desemprego disparou nos sectores mais dependentes da procura interna. De acordo com os dados do Instituto de Emprego e Formação Profissional de Fevereiro (que dava conta de 648.018 desempregados, mais 16% do que o mesmo mês do ano passado), quatro em cada cinco desempregados da indústria vieram da construção. E, entre os desempregados dos serviços, cerca de 80% trabalhavam no comércio, no imobiliário, no Estado ou na restauração e hotelaria. 

A conclusão retira-se da evolução dos números de desempregados registados nos centros de emprego, por sector de origem. Não são valores que reflictam os fluxos dos novos desempregados. O desemprego registado é um indicador do nível do desemprego, após todos os actos administrativos dos centros de emprego. Ou seja, após políticas activas de emprego, de formação profissional ou mesmo anulação de inscrição como desempregado. Apesar disso, os valores constituem uma amostra significativa da origem dos desempregados inscritos nos centros de emprego. 

A vantagem destes dados é que tornam possível traçar um retrato da actual crise, através dos níveis do desemprego sectorial. 

Primeiro, pelo perfil da anterior fase de subida do desemprego em 2009, tudo indica que o desemprego apenas começou agora a subir. O ponto de inflexão da trajectória ascendente parece ainda estar longe. Essa tendência é corroborada pelos fluxos de novos desempregados. Em Fevereiro passado, foram mais 60 mil pessoas, ou seja, mais 20% do que no mesmo período de 2011. 

Depois, verifica-se que é o desemprego nos serviços que está a marcar o desemprego registado nos centros de emprego. Enquanto na fase anterior de subida do desemprego, a indústria e os serviços contribuíram com um número semelhante para a subida do desemprego, agora o perfil é outro. 

Por cada dez desempregados inscritos em Fevereiro, sete vieram dos serviços e três da indústria. Mas a esmagadora maioria deste desemprego industrial não vem da indústria transformadora, mas sim da construção. Aliás, o sector industrial tem um contributo algo desigual. Enquanto o sector têxtil, vestuário, couro, madeira e cortiça e automóvel estão com recuo no desemprego face ao que se passou em 2011, há sectores que estão a alimentar o desemprego. É o caso do sector alimentar, mobiliário, metalúrgico e, depois em menos escala, o do papel, dos produtos petrolíferos e electricidade. 

Em terceiro lugar, além da construção civil, os sectores dos serviços que estão a contribuir, de sobremaneira, para a subida do desemprego registado vêm de actividades fortemente dependentes da procura da generalidade da população. 

Por cada dez desempregados dos serviços, quatro vieram do imobiliário, seguindo a queda da construção civil. Dois vieram do comércio, outros dois do Estado e mais um da restauração e hotelaria. 

Por outras palavras, a subida do desemprego mais recente pode estar a ser explicada, primeiro, pela queda do sector imobiliário, após a descida acentuada dos rendimentos, ligado ao desemprego. Depois, pela contracção das despesas públicas e pelos esforços de redução dos quadros de pessoal do Estado. E como corolário pela retracção das actividades comercial e restauração e hotelaria, agravadas ainda pelas medidas de austeridade. 

Este perfil de desemprego tem outra expressão quando se analisa as profissões dos desempregados. Cerca de 27% dos desempregados eram operários da indústria ou construção, a que se somam mais 5% de actividades de engenharia. Depois, cerca de 20% são trabalhadores não qualificados. Os trabalhadores de escritórios representam 10% dos desempregados. E há ainda mais 3% de trabalhadores com actividades geralmente ligadas a funções públicas - educação, saúde. 

O perfil é semelhante quando se analisa quais são as profissões com maiores subidas nos últimos meses. Os trabalhadores não qualificados e operários da indústria ou construção são os primeiros. O mesmo acontece com os vindos dos escritórios, dos serviços de protecção e segurança e vendedores. Nos quadros de direcção, enquanto o desemprego entre os quadros superiores da Função Pública parece ter-se atenuado, os directores de empresas e gerentes de pequenas empresas estão a contribuir para a subida do desemprego.

 

Via Público



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Sábado, 03.03.12

Ponte 25 de Abril - Foto Isa Costa/Flickr

 

O Estado dava uma indemnização compensatória à Lusoponte por não haver cobrança de portagem na ponte 25 de Abril durante o mês de agosto. Em 2011 passou a haver cobrança e a Lusoponte arrecadou o dinheiro, apesar disso o Governo mandou dar 4,4 milhões de euros, como se tivesse havido isenção de portagem, à empresa presidida por Joaquim Ferreira do Amaral, ex-ministro de Cavaco Silva. Bloco requer ida de secretário de Estado à AR para esclarecer caso “profundamente imoral”.

O jornal “Sol” desta sexta feira noticia que “Estado pagou duas vezes à Lusoponte”. Segundo o jornal, o Secretário de Estado dos Transportes ordenou que fossem dados à empresa presidida por Joaquim Ferreira do Amaral 4,4 milhões de euros, para compensar a não cobrança de portagem na ponte 25 de Abril no mês de Agosto de 2011.

 

Em julho passado, o Governo de Passos Coelho decidiu que em 2011 haveria cobrança de portagens na ponte 25 de Abril durante o mês de agosto, período em que habitualmente a travessia era grátis. Quando havia isenção, o Estado compensava a empresa com uma indemnização compensatória pela não cobrança.

 

Face a não haver isenção em 2011, a empresa pública Estradas de Portugal, que gere todas as infraestruturas rodoviárias do país, decidiu descontar 4,4 milhões de euros no montante que normalmente o Estado dá à Lusoponte, no âmbito do Acordo de Reequilíbrio Financeiro VIII, celebrado em 2008, que não previa cobrança de portagem no mês de agosto. Assim, a Estradas de Portugal deu à Lusoponte 2,3 milhões de euros, em vez dos 6,7 milhões acordados.

 

A empresa presidida por Joaquim Ferreira do Amaral discordou da decisão da Estradas de Portugal (EP) e exigiu que a EP lhe desse mais os 4,4 milhões de euros. A EP a 31 de outubro enviou carta ao ministério da Economia justificando a sua decisão e pedindo o parecer do Governo.

 

A 21 de novembro, o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Silva Monteiro, decidiu dar os 4,4 milhões à Lusoponte e ordenou à empresa pública Estradas de Portugal “que proceda, de imediato, à liquidação em falta”. Assim, a Lusoponte ficou com o dinheiro da cobrança das portagens no mês de agosto de 2011 e recebeu de bónus o montante que o Governo decidiu dar à empresa como se não tivesse havido cobrança.

 

O Governo tão exigente nos cortes e no aumento dos impostos a quem trabalha é sempre"piegas" e "mãos largas" quando se trata de dar dinheiro às grandes empresas, ainda mais quando elas são lideradas por destacados militantes dos partidos do Governo. 

 

Lembremos que o líder da empresa Lusoponte é o destacado militante do PSD Joaquim Ferreira do Amaral, que foi ministro dos Transportes em Governos liderados por Cavaco Silva e que, depois de deixar o Governo, se tornou presidente da Lusoponte. Antes de Ferreira do Amaral, foi presidente da Lusoponte João Morais Leitão, destacado militante do CDS e antigo ministro em governos da AD (PSD+CDS), no início dos anos 80.

A Lusoponte pertence ao grupo Mota Engil, que é atualmente liderado por Jorge Coelho, destacado militante do PS e também antigo ministro dos Transportes, mas em governos liderados por António Guterres. 

 

O Bloco de Esquerda anunciou nesta sexta feira que vai requerer a presença do secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Silva Monteiro, no parlamento para “saber como é possível este tipo de imoralidade”.

 

Em declarações à comunicação social, a deputada Ana Drago acusou o Governo de ceder a um "choradinho" da Lusoponte e afirmou: “Provavelmente a palavra moral não é utilizável em política, mas no caso que estamos a falar há algo de profundamente imoral”.

 

Para a deputada, “é absolutamente inaceitável e inexplicável que um Governo que disse que ia ter um enorme rigor naquilo que são os custos do Estado” resolva “pagar em duplicado aquilo que são os custos da ponte 25 de Abril”.

 

“Vai-se percebendo, em particular esta semana, que este Governo é capaz de pôr mil milhões de euros num banco que vai vender a um ex-ministro do PSD por 40 milhões e, agora, resolveu pagar em duplicado também a uma empresa que tem à frente um ex-ministro do PSD”, frisou.

 

Via Esquerda Net



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Sábado, 25.02.12

já deveria os que me seguem ter perguntado porque não voltaria eu a este assunto...

 

«Os centros de emprego deverão aumentar a colocação de desempregados em 50%, o que implica mais três mil colocações por mês. Por outro lado, as ofertas de emprego captadas também deverão subir 20% até 2013. As metas já tinham sido discutidas antes com os parceiros sociais e foram ontem confirmadas pelo ministro da Economia. Álvaro Santos Pereira falava no final do Conselho de Ministros que aprovou várias alterações ao funcionamento dos centros de emprego. "O Governo conta aumentar em 50% o número de colocações de trabalhadores de desempregados pelos centros de emprego, mais de três mil por mês e assegurar um aumento em 20% do número de ofertas captadas pelos centros de emprego até ao final de 2013", afirmou o ministro. Entre as alterações conta-se ainda o fim de 150 cargos dirigentes nos centros de emprego e formação profissional, o que permitirá uma poupança superior a um milhão de euros. Estas chefias "passarão a desempenhar tarefas técnicas de apoio directo a desempregados", continuou o ministro. Também neste sentido, avança a figura do gestor de carreira que deve acompanhar de forma próxima o desempregado. Além disto, e como já se sabia, prevê-se ainda a reestruturação da rede de centros de emprego e centros de formação profissional, também através de fusões, para a tornar "mais ágil e capaz", explicou Álvaro Santos Pereira. A ideia de todas estas medidas é "dotar centros de emprego da capacidade de acompanhar mais regularmente e de forma mais eficaz o desempregado para que possa regressar mais rapidamente ao mercado activo de trabalho", explicou o governante. Isto numa situação em que o desemprego atingiu um "nível recorde", atirando o País para uma situação "de emergência nacional", que exige "fazer mais e melhor". O Governo salienta que o serviço público de emprego "tem de ser mais eficiente, ter uma lógica de funcionamento que promova um acompanhamento mais regular, mais próximo e mais eficaz do desemprego", o que exige mais coordenação. "Os técnicos que lá trabalhem têm que estar mais motivados, mais focados no objectivo essencial, que é acompanhar de perto e a fundo a situação de cada desempregado e encontrar colocação dentro das ofertas disponíveis para estas pessoas", afirmou Santos Pereira. Prevê-se ainda a modernização do sistema de informação dos centos de emprego, para "facilitar o procedimento de colocação de ofertas de emprego no portal netemprego" e permitir "a criação de um registo electrónico público de todas as ofertas de emprego captadas pelo IEFP". O Governo recordou outras medidas que incentivam o regresso ao mercado de trabalho, como é o caso do Estímulo 2012, já no terreno, e a possibilidade de acumular o subsídio com parte do salário, já anunciado. Álvaro Santos Pereira confirmou que estas são algumas das medidas que o Governo vai apresentar na Cimeira Europeia, no início de Março.»

 

Esta noticia teve pelo menos o efeito de me fazer rir à gargalhada! não fosse eu ter a noção de que a realidade nada tem a ver com esta propoganda e acharia tudo isto hilariante...mas depois de me passar o ataque de riso de ver um membro do governo a fazer semelhante «figura de urso» não contenho a minha amarga e realista visão da coisa - infelizmente (para quem me lê bem sabe) bem realista!!

 

Assim que entrei no mercado de trabalho sempre aproveitei os recursos disponibilizados (até porque na altura ainda acreditava...) e logo me inscrevi num centro de emprego - quantas vezes fui chamada em 12 anos? tirando a última vez em que de facto depois de encontrar a vaga na clínica para a qual fui trabalhar, ter ido ao centro de emprego para formalizar a contratação (por desempregado de longa duração, o empregador tem alguns incentivos), fui chamada zero vezes - zero...

 

Aliás para alguém como o sr. ministro que não sabe da realidade, eu explico - quando nos inscrevemos temos de ser nós a informar o centro de emprego que encontramos trablho ou estágio e que gostariamos de ser chamados a entrevista, para quando coincidir o termos encontrado algum empregador que tenha lançado uma oferta no centro de emprego, conseguir-mos uma oportunidade....na última sessão para estágios profissionais a que assisti (semana passada) a orientadora lá explicou que assim que estagiário encontrar empresa disposta a aceitar o estágio, esta deve formalizar a candidatura para que já proponha o nome do estagiário pretendido - em altura alguma do processo o centro de emprego procura e seleciona um possível estagiário...

 

Outra coisa interessante da propaganda feita pelo sr. ministro é dizer que serão feitas cerca de 3 000 colocações por mês porque essas foram as metas definidas - será que as metas foram avisadas??? é que fecham mais de 3000 postos de trabalho por mês, não estou a ver bem como e onde é que as metas vão lá colocar outros 3000....

 

O portal netemprego existe há muito e não passa de um portal desatualizado e com meia dúzia de ofertas que por norma já foram preenchidas....o portal permite por exemplo (em teoria) ver as ofertas colocadas e aceder à gestão de um curriculo para promover a proximidade com as entidades empregadoras - se funciona??? claro que não, portanto essa «novidade» o sr ministro escusava de a dar...

 

E a ideia do gestor de carreira do desempregado??? bem confesso que até as lágrimas me saltaram de tanto rir - tou mesmo a imaginar-me de manhãzinha a acordar e a ligar para o meu gestor de carreira «bom dia sr gestor então que ofertas tem para mim hoje?»

 

Ora tirando a parte da estupidez, estou desempregada desde 31 de dezembro e desde erros por causa dos quais (sem culpa alguma) continuo sem receber qualquer subsidio até à saga das apresentações, continuo na mesma - sem perspetivas. Dos oito curriculos e três anúncios de emprego a que me candidatei (nunca nenhum através do centro de emprego mas por por procura minha) tive esta semana duas respostas - uma para me dizerem que a minha idade (mais de 35 anos) já não me permite a candidatura...a outra para me dizerem que agradeciam o envio do currículo mas que de momento não estavam a precisar de ninguém (foram educados ao mandarem-me o email).

 

Resta-me o envolvimento a 100% nas atividades da APCH para não me deixar abater muito e confesso que o poder ter net gratuita (isto porque vivo numa zona de rede aberta, frente a um edificio público) me ajuda, pois pelo menos não estou a pensar nos custos de teclar mais tempo....

 

Retirado de Energia a Mais



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Sexta-feira, 03.02.12
Passos diz que “ninguém perceberia” que tal que houvesse tolerância de ponto
Passos diz que “ninguém perceberia” que tal que houvesse tolerância de ponto ()
Passos Coelho, anunciou nesta sexta-feira que o Governo não dará tolerância de ponto aos funcionários públicos no Carnaval.

Para o primeiro-ministro, “ninguém perceberia” que houvesse tolerância de ponto no Carnaval numa altura em que o Executivo se propõe acabar com feriados.

“Julgo que ninguém perceberia em Portugal, numa altura em que nos estamos a propor acabar com feriados como o 5 de Outubro ou o 1.º de Dezembro ou até feriados religiosos, que o Governo pensasse sequer em dar tolerância de ponto, institucionalizando a partir de agora o Carnaval como um feriado em Portugal”, anunciou o primeiro-ministro.

Sublinhando que a terça-feira de Carnaval “não é um feriado”, embora tenha sido habitual dar tolerância de ponto aos funcionários públicos nesse dia, esta é “uma matéria que está mais do que decidida” para o Governo.

Passos Coelho salvaguardou, contudo, que “o facto de poder haver municípios que têm especiais tradições na comemoração do Carnaval quererem fazer eles próprios a tolerância de ponto a nível local é uma matéria que será decidida por cada município”.

“Mas, evidentemente, que os municípios não são competentes para darem tolerância de ponto aos funcionários públicos, isso é o Estado”, acrescentou.

O primeiro-ministro falava à saída da cerimónia de aniversário da Associação Industrial Portuguesa (AIP), em Lisboa. 

A terça-feira de Carnaval comemora-se este ano a 21 de Fevereiro.

O Governo anunciou nesta semana o corte dos feriados do Corpo de Deus (7 de Junho), da Nossa Senhora da Assunção (15 de Agosto), Implementação da República (5 de Outubro) e Restauração da Independência (1 de Dezembro).

 

Via Público



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Sexta-feira, 27.01.12

 

 


O futebol ameaça paralisar todas as competições a nível nacional caso o Governo não esteja disponível para encontrar uma solução negociada para o pagamento das dívidas fiscais dos clubes remanescentes do "Totonegócio II". Após a Liga e a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) terem sido notificadas pelo fisco, no dia 6 de Janeiro, para pagarem 13 milhões de euros, agora foi a vez de os clubes receberem a factura individualizada deste valor, com um prazo de pagamento de 30 dias. Os três "grandes" concentram a maior fatia deste montante, aproximadamente 8,5 milhões de euros, com o Benfica à cabeça, com uma dívida superior a quatro milhões.


"Pelos contactos que tenho mantido com mais de uma dezena de presidentes de clubes, os dirigentes estão cansados desta perseguição do Ministério das Finanças e penso que o cenário aponta para uma greve no futebol português", admitiu ontem ao PÚBLICO António Fiúza, presidente do Gil Vicente. Esta será uma das propostas que os clubes irão discutir hoje na sede da Liga, no Porto, numa reunião com início marcado para as 15h.

"Sou mais apologista de encontrar soluções do que de greves, mas, face ao desespero de alguns clubes com estas notificações, que estabelecem o prazo de apenas um mês para a regularização das respectivas dívidas, poderão ser tomadas posições fortes, como a paragem dos campeonatos. Penso que é uma forte possibilidade, como último recurso, na eventualidade de uma intransigência do Governo (ver outro texto)", defendeu também José Godinho, presidente da Oliveirense.

Grandes devedores

Apesar de dominarem a lista de maiores devedores, os três "grandes" do futebol nacional não estarão tão receptivos a uma paragem competitiva, até pelo montante de receitas que ficaria em risco. Nada que iniba os pequenos e médios clubes, que têm feito prevalecer o seu voto maioritário na Liga nos últimos meses, nomeadamente quando, recentemente, elegeram para a presidência daquele organismo Mário Figueiredo em detrimento de António Laranjo, publicamente apoiado por Benfica, FC Porto e Sporting.

Segundo o PÚBLICO apurou junto de fonte ligado ao processo, depois dos "encarnados", o Sporting e o FC Porto completam o pódio, por esta ordem, dos clubes mais devedores. Terão, no entanto, argumentos financeiros para evitar eventuais penhoras. Algo que não acontecerá com muitos dos pequenos e médios clubes, com dívidas menores, mas com receitas ainda mais escassas.

"Nas nossas contas e nas contas da Liga, teríamos aproximadamente 88 mil euros em dívida, mas, segundo a notificação do fisco, o valor sobe para 335 mil euros", adiantou Fiúza, considerando ser muito complicado encontrar a verba em causa em tão pouco tempo.

Miguel Relvas abre porta para "encontrar uma solução"

Miguel Relvas admitiu ontem, pela primeira vez, a necessidade de o Governo "encontrar uma solução" para o pagamento das dívidas fiscais do futebol português, que ficaram por liquidar no âmbito do "Totonegócio II". Referindo-se às notificações do fisco, que foram enviadas ao longo do mês de Janeiro à Liga, FPF e clubes, o dirigente negou que estas entidades estejam perante um ultimato do Ministério das Finanças. "O caminho a seguir é o de cumprir a lei. Ninguém está acima da lei. Quando as empresas e as pessoas singulares não cumprem com a administração fiscal também tem que se assumir o que está na lei", lembrou, por outro lado, o ministro dos Assuntos Parlamentares, no final de um encontro com a selecção nacional de futsal, que irá disputar o Europeu de 2012, na Croácia. Relvas considerou inaceitável que os clubes beneficiassem "de um regime de excepção", na actual conjuntura.

No início do ano, os responsáveis pelo futebol português disponibilizaram-se para pagar os 33 milhões de euros em dívidas fiscais, que não foram cobertos pelas receitas dos jogos da Santa Casa, mas de forma faseada: 20 milhões de euros referentes à primeira fase do "Totonegócio II" (1998-2004), que originaram uma longa batalha jurídica, que ainda decorre; e os 13 milhões referentes à segunda fase (2005-2010), que motivaram as actuais notificações. Segundo o PÚBLICO apurou, após alguns contactos infrutíferos, Miguel Relvas tem mantido reuniões com os responsáveis do futebol nacional, nomeadamente com Fernando Gomes, presidente da FPF, para encontrar soluções.

 

 

Via Público



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Segunda-feira, 19.12.11
Estatuto do Aluno está em revisão e poderá incluir punições aos paisEstatuto do Aluno está em revisão e poderá incluir punições aos pais (Raquel Esperança)
A partir do próximo ano lectivo, os pais dos alunos indisciplinados ou com faltas em excesso passarão a ser responsabilizados pelo comportamento dos filhos na escola.

Esta é uma das principais alterações que o Governo e os grupos parlamentares do PSD e do CDS pretendem introduzir ao Estatuto do Aluno, cuja revisão está a ser preparada pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC). A medida conta com o aval dos directores de escolas.

O MEC sustenta que "não é possível agora adiantar pormenores sobre o sentido das alterações" que estão a ser preparadas. No mês passado, o secretário de Estado da Educação, João Casanova de Almeida, que é responsável por este processo, defendeu a responsabilização dos pais e indicou que o ministério pretende concluir a revisão antes da Primavera, de modo a que novo Estatuto do Aluno possa entrar em vigor já no próximo ano lectivo.

 

Via Público



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Domingo, 04.12.11
Contestação já tinha saído à rua, como no Porto, em finais de Novembro
Contestação já tinha saído à rua, como no Porto, em finais de Novembro (Foto: Fernando Veludo/nFactos)
Foi um momento difícil para um ministro, mas que, segundo o próprio, não desviará o Governo do seu objectivo. O ministro Miguel Relvas foi fortemente contestado neste sábado, quando foi encerrar o congresso da Associação Nacional de Freguesias. Metade dos 1600 congressistas abandonaram a sala onde decorreram os trabalhos, em Portimão. Uma forma de virar as costas à proposta de extinção de freguesias defendida pelo Governo. No final, Relvas disse que o clima de contestação foi gerado propositadamente contra si. Uma acusação sem destinatário, dado que se recusou a identificar os autores.

Interrompido diversas vezes por vaias e palavras de contestação, segundo descreve a Lusa, o ministro da Presidência, que tutela este dossier, garantiu que a reforma administrativa do país irá para a frente. “Vamos ser claros. Esta reforma da Administração Local é uma exigência geracional e o Governo está determinado na sua concretização”, vincou Miguel Relvas (PSD), que tentou aplacar as críticas com a promessa de que a reforma “será feita com os autarcas e não contra os autarcas”. 

O governante frisou também que as mudanças que o Governo pretende imprimir na organização administrativa do país decorrem "do memorando de entendimento assinado pelo anterior Governo, num momento particularmente difícil, provocado pelo facto de não termos sido capazes de mudar no momento certo”. Uma alusão ao acordo do país com atroika, composta pela Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional, e que estabeleceu as bases para o empréstimo internacional que ajudou o país a evitar a bancarrota.

Diz a Lusa que apesar da contestação da maioria dos que ficaram na sala, o ministro revelou que o Governo está inflexível no compromisso de reduzir as 4259 freguesias actuais, “para dar escala e valor adicional às novas entidades que resultarão do processo de aglomeração”, sustentando que elas terão reforçadas a sua actuação e competência. Além disso, “esta reforma respeita o direito ao nome, aos símbolos, à História e à cultura das autarquias agregadas”, prometeu o ministro, que defendeu a redução do número de freguesias com diversos argumentos

Um deles foi o de que "há quase 1600 juntas que recebem transferências do Estado inferiores a 25.000 euros" e, no entanto, só em senhas de presença do executivo "gastam 10.000" . A questão da poupança de recursos é, porém, polémica, uma vez que os representantes da Anafre entendem que a proposta de reforma não irá poupar nem um cêntimo ao erário público. Por essa razão, o congresso deveria chumbar o plano do Governo.

Relvas entende que o país precisa de “menos órgãos autárquicos de freguesia para libertar recursos e, por outro lado, reforçar algumas competências próprias, permitindo que as novas freguesias recebam directamente do Orçamento do Estado os respectivos envelopes financeiros”.

Daí que a proposta, cujos critérios já foram condensados no Documento Verde da Reforma da Administração Local, não é uma reforma “economicista”, mas sim uma medida “para gerir o território de forma mais racional em complementaridade com os municípios”.

O ministro guardou ainda um elogio para os autarcas que já deram início "de forma espontânea" a esta reforma. Um elogio que serviria aos da Câmara de Lisboa, que aprovou a redução das 53 freguesias para 24, segundo um acordo PS/PSD.

Segundo a Lusa, o XIII Congresso Nacional de Freguesias, que começou na sexta-feira e terminou neste sábado em Portimão, contou com 1300 delegados e 500 observadores.

 

Via Público



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Quarta-feira, 16.11.11

Está na altura de dragarmos o pântano em que se tornou este país. O problema não pode continuar apenas do lado de quem governa, de quem decide, de quem nos representa enquanto cidadãos. Seria demasiado fácil. Não quero viver num país onde a única esperança e alternativa viável é ir ouvir um velho jarreta a opinar do alto das suas pantufas sobre revoluções armadas. Este senhor, se vergonha tivesse na cara e depois de tudo o que andou a fazer assim que se julgou dono da liberdade de um povo, permaneceria calado até que Deus nosso senhor lhe pegasse por uma mão. Isto se Deus se esquecer das mortes que o assombram,dos atos cobardes e das prisões estúpidas decretadas em branco sobre gente inocente. Agindo da mesma forma infame que o regime que criticava e ajudou a derrubar. Ninguém é dono da liberdade. Fosse assim e eu o dono desta e o senhor Otelo estaria preso até ao fim dos seus dias, pagando pelo que provocou.

 

O problema está em nós, e cabe-nos a nós resolvê-lo. Através de atitudes, de pequenos gestos, das nossas revoltas interiores exteriorizadas, das palavras e dos atos, mudarmos efetivamente algo. E não são apenas palavras. O pequeno somatório de todas a nossas tomadas de posição no presente serão a imagem reflectida no espelho do nosso futuro. Aquilo que vamos ser enquanto cidadãos, o que vamos conseguir demonstrar enquanto país.

 

Está provado que qualquer um que governe este país, seja de que quadrante político for, o que pretende é sempre o mesmo. Guterres está onde está, Durão Barroso está onde está, Cavaco Silva está onde está, Sócrates está onde está, Mário Soares está como está, Santana Lopes - o misericordioso - está bem e recomenda-se e todos sabemos que em conjunto são os coveiros do Portugal moderno. E entre todos eles só um factor decisivo os une - os eleitores - nós.

 

Cabe-nos a nós por isso, enquanto indivíduos, pais, filhos, profissionais, criativos, cidadãos preocupados e pessoas com vontade de marcar a diferença fazermos algo para dar a volta ao estado calamitoso de coisas a que nos fizeram chegar, ao estado sufocante a que nós próprios nos deixámos chegar, uma vez mais iludidos por um bando de mentirosos de pacotilha. Os políticos portugueses não me merecem qualquer respeito.

Expludam, marquem a diferença, façam alguma coisa, tomem partidos e mostrem a cara, denunciem os crimes, exponham a vergonha, façam opções mas não se deixem nunca, mas nunca, oprimir e subjugar. Hoje somos um povo oprimido e de rastos. E isto é sem duvida o pior que nos poderia acontecer. Juntem-se solidariamente mas não se calem. Não aceitem tudo sem lutar pelos direitos que muitos perderam a vida para serem uma realidade, o direito a podermos sonhar com um futuro, a ter esperança. Lutem, levantem-se do sofá, da cadeira do escritório ou do banco de jardim e lutem pelo que nos estão a sonegar. Usem os punhos se preciso mas não se deixem esmagar. Porque uma coisa é certa, Passos Coelho, este filho adoptivo da senhora Merkel, será apenas mais mais um a ficar bem e a deixar-nos mal. E o próximo que vier irá ter exatamente a mesma atitude cobarde e de profunda falta de respeito pelo povo. Vamos acabar com esta palhaçada. Por nós, e não contra eles.


Via 100 Reféns



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Terça-feira, 15.11.11

Haja paciência

 

Via HenriCartoon



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Sábado, 05.11.11
Proposta sugere corte total de 22 carreiras de autocarros
Proposta sugere corte total de 22 carreiras de autocarros (Arquivo)

Supressão das ligações marítimas de Lisboa à Trafaria/Porto Brandão e ao Seixal, redução do horário de funcionamento do Metropolitano de Lisboa, supressão de 22 carreiras de autocarros da Carris e de uma de eléctricos e redução do número de lugares nos comboios da CP nos períodos de menor procura. Estas são algumas das medidas previstas pelo grupo de trabalho nomeado pelo Governo para estudar a reformulação da rede de transportes da Área Metropolitana de Lisboa.

 

Este grupo de trabalho, nomeado em Setembro por despacho do Secretário de Estado dos Transportes, inclui repersentantes da Autoridade Metropolitana de Transportes, do Metropolitano de Lisboa, da Carris, da CP, da Transtejo e da Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Pesados de Passageiros. 

As propostas do grupo, que foi também chamado a propôr soluções para uma "simplificação tarifária", foram já dadas a conhecer às câmaras municipais da Área Metropolitana de Lisboa. E merecerem, como apurou o PÚBLICO, a "rejeição absoluta" dos vereadores da mobilidade, que estiveram reunidos esta manhã. 

O estudo agora apresentado às autarquias, e ao qual o PÚBLICO teve acesso, não contém qualquer estimativa de qual a redução de custos prevista com estas medidas. 

O resumo das alterações pode ser o seguinte:

Carreiras da Carris a suprimir totalmente

10: ISEL-Pç. Chile
21: Saldanha-Moscavide Centro
22: M. Pombal-Portela
25: Est. Oriente-Prior Velho
201: Cais do Sodré-Linda-a-Velha
202: Cais do Sodré-Linda-a-Velha
203: ISEL-Boa Hora
205: Cais do Sodré-Bairro Padre Cruz
206: Cais do Sodré-Sr. Roubado (Metro)
207: Cais do Sodré-Fetais
208: Cais do Sodré-Estação Oriente
210: Cais do Sodré-Prior Velho
49: ISEL-Est. Entrecampos
76: Algés-Cruz Quebrada-Fac. Motricidade Humana
79: Olivais (circ.)
753: Pr. José Fontana-Centro Sul
797: Sapadores-Arco do Cego
799: Colégio Militar (Metro)-Alfragide Norte
745: Terreiro do Paço-Prior Velho
764: Cidade Universitária-Damaia de Cima
777: Campo Grande (Metro)-Ameixoeira
790: Gomes Freire-Príncipe Real
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18 (Eléctrico) R. Alfândega-Cemitério da Ajuda

Nota: Além destas 23 supressões totais, a proposta do grupo de trabalho inclui mexidas noutras 24 carreiras, seja encurtamento do percurso ou redução do período de funcionamento.
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Cenários para Transtejo:
Cenário 1
Supressão das ligações Lisboa à Trafaria/Porto Brandão e Lisboa ao Seixal
Ligação ao Montijo só aos dias úteis e períodos de ponta

Cenário 2
Supressão da ligação Lisboa à Trafaria/Porto Brandão
Ligação ao Montijo e ao Seixal só aos dias úteis e períodos de ponta
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Metropolitano
Diminuição da velocidade máxima de 60 para 45 km/h, fora dos períodos de ponta
Na Linha Verde, diminuição de quatro para três carruagens
Encerramento da rede às 23 horas; nos troços entre Pontinha e Amadora Este (Linha Azul) e Campo Grande e Odivelas (Linha Amarela), encerramento às 21h30.

 

Via Público



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Domingo, 30.10.11
Medida vai abranger os computadores mais antigos
Medida vai abranger os computadores mais antigos (DR)
O Ministério da Educação e Ciência (MEC) avisou esta semana as direcções das escolas de todo o país que não vai pagar a renovação de licenças de utilização desoftware da Microsoft dos perto de 50 mil computadores distribuídos entre 2004 e 2007, pelo que aquelas deverão mudar para um sistema de utilização livre, tipo Linux.

Os representantes das duas associações de dirigentes escolares desvalorizam o problema, que em 2010 obrigou a uma despesa de 1,16 milhões de euros.

Um dos argumentos utilizados pelo MEC na circular enviada às escolas é também o adoptado pelos directores para desdramatizar a questão. Sublinha o MEC que os 111.491 computadores distribuídos em 2009 no âmbito do Plano Tecnológico da Educação possuem licenciamento definitivo do sistema Microsoft. A questão coloca-se, portanto, apenas em relação aos equipamentos distribuídos anteriormente - 31.558 computadores portáteis e 19.358 de secretária, todos com opção de utilização de sistemas Linux ou Microsoft, este na modalidade de licenciamento por subscrição. 

"Uma boa parte destes equipamentos, dada a sua idade, não estará em boas condições de funcionamento e não suporta as versões mais recentes dos produtos Microsoft", pode ler-se na circular do MEC. 

Tanto José Eduardo Lemos, da Associação de Dirigentes Escolares, como Adalmiro Fonseca, da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, admitem que muitos dos computadores já não se encontram em funcionamento e desvalorizam a necessidade de migrar para um software de utilização livre. "Terá de ser analisado caso a caso. Nuns valerá a pena pagar a licença, noutros justificar-se-á adoptar o Linux, que permite reduzir esta despesa", admite José Eduardo Lemos, cuja escola, a Secundária Eça de Queirós, na Póvoa de Varzim, está equipada com 300 computadores, dos quais "apenas 20 a 30 são anteriores a 2009". 

Adalmiro Fonseca diz também que a situação não prejudicará o funcionamento da sua escola e repete a opinião de colegas, "a quem tem ouvido que a utilização de software livre é o futuro". Defende que teria sido preferível dispor de mais tempo para que todos se adaptassem ao Linux, mas está confiante de que "o processo não será dramático".

De acordo com informação dada ao PÚBLICO pelo MEC, até ao ano lectivo de 2009/10 o pagamento das licenças à Microsoft foi assegurado pelo Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação. Em Junho deste ano, as escolas viram reforçados os seus orçamentos em 1,16 milhões de euros para procederem ao pagamento das licenças para 2010/11, que caducaram a 31 de Setembro.

O MEC aconselha a proceder à renovação dos contratos "apenas para os servidores em boas condições de funcionamento e para os quais não seja viável a migração para um sistema do tipo Linux" . E vai avisando que, mesmo nestes casos, não está em condições de assumir essa despesa.

 

Via Público



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Segunda-feira, 24.10.11

a crise é para os ingénuos

 

Via Henricartoon



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Sexta-feira, 16.09.11
Governo suspende distribuição dos computadores Magalhães
O secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar afirmou hoje, em Vila Real, que os programas e-Escolinhas e e-Escolas, que distribuem os computadores Magalhães, vão ser reavaliados durante este ano lectivo para saber se o dinheiro aplicado está a ter retorno.

«Aquilo que nos estamos a fazer com todos os programas que dão corpo àquilo que é a escola portuguesa é reavaliar, ver se os critérios estão ajustados e se não estiverem ajustá-los», afirmou João Casanova de Almeida à margem da inauguração do Centro Escolas das Árvores.

 

O governante acrescentou que o Governo quer saber «se o dinheiro que está a ser aplicado em qualquer dos programas está a ter o retorno que deve ter para a educação das crianças e jovens».

 

João Casanova de Almeida garantiu, no entanto, que as novas tecnologias se vão manter na escola.

 

«As novas tecnologias fazem parte da educação do futuro dos nossos jovens. Agora não é despejando tecnologias nas escolas que eles se tornam mais capazes e têm mais competências nos domínios das tecnologias», acrescentou.

 

Por isso mesmo, considera que é preciso estudar «dossiês para saber que mais valias foram provocadas e se seriam necessários tantos recursos para provocar essas mais valias».

 

O secretário de Estado frisou que o PSD entrou no Governo numa altura em que estava a terminar o ano lectivo e era preciso lançar o seguinte.

 

«Tivemos que ter em conta, primeiro de tudo, as urgências que estavam em cima da mesa, como pacificar as escolas através de um novo modelo de avaliação de professores e preparar o lançamento do ano lectivo», salientou.

 

Agora que as emergências estão concluídas diz que a tutela se vai «debruçar sobre dossiês importantes».

 

«Tudo vai ser reavaliado para que no contexto que nós vivemos neste momento possamos racionalizar os investimentos. Quando eu digo racionalizar não é cortar, é com o mesmo que nós temos ser muito mais criativos», sublinhou.

 

Questionado sobre as queixas lançadas por algumas escolas quanto à falta de professores e auxiliares, o governante considerou tratarem-se de «situação pontuais», que estão a ser devidamente acompanhadas e em menos de uma semana «esfumaram-se».

 

«Não vamos confundir uma árvore com a floresta. A floresta está bem de saúde e recomenda-se. Se existe algum problema com uma árvore estamos cá nós para solucionar essa questão, mas não vamos desviar atenções do que está bem para falar apenas de uma questão que precisa de ser reequacionada», concluiu.

 

O Centro Escolar das Árvores vai acolher cerca de 200 crianças no primeiro do primeiro ciclo e 75 no pré-escolar, depois de um investimento de 2,4 milhões de euros, comparticipados em 80 por cento pelos fundos comunitários.

 

Este é o primeiro de três centros escolares a construir em Vila Real, seguindo-se depois o Centro Escolar do Sudeste e o de Mouçós, que representam um investimento de cinco milhões de euros.

 

Via Sol



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Terça-feira, 30.08.11

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Oito passes intermodais em Lisboa vão beneficiar de tarifário social

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Oito passes intermodais em Lisboa vão beneficiar de tarifário social


O Ministério da Economia divulgou hoje a criação do "Passe Social+", com que, a partir do dia 1 de Setembro, passa a apoiar os agregados familiares de menores rendimentos. O título de transporte será disponibilizado após comprovativo de rendimentos, e abrangerá vários títulos das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto

 

Uma família que viva em Lisboa, e cujo rendimento médio mensal por sujeito passivo não ultrapasse os 544 euros (isto é, 1,3 vezes o Indexante de Apoios Sociais IAS) passa a pagar 24,2 euros por um passe que custa, para os restantes utentes, 33,85 euros - no caso do passe Carris/Metro Urbano. No caso do Porto, um beneficiário do “Passe Social+” pagará 27,40 por um passe mensal do Andante Z3, enquanto os restantes utentes pagarão 36,50 euros pelo mesmo título de transporte.

Segundo a informação divulgada pelo Ministério da Economia, a partir da próxima quinta feira, "os passageiros elegíveis para beneficiar do «Passe Social+» poderão requerer a sua adesão a este título, válido por um período de 12 meses e renovável anualmente".

Numa primeira fase, acrescenta o ministério, a comprovação de elegibilidade (que deverá ser efectuada apenas no momento da adesão ou renovação do título) "será realizada através da declaração de rendimentos, em moldes semelhantes aos que são já utilizados há quase três décadas para os Passes Reformados/Pensionistas". "Numa segunda fase, a implementar até ao fim do ano, bastará obter um comprovativo no sítio de internet da DGCI, que permitirá, de forma mais simplificada, a adesão ao «Passe Social+»", garante o Governo.

A adesão ao «Passe Social+» estará disponível "apenas em bilheteiras específicas para o efeito, a divulgar pelos respectivos operadores de transporte público de passageiros".

Esta medida insere-se no âmbito do Plano de Emergência Social, com que o governo se comprometeu, segundo o Ministério da Economia, pelo esforço "na promoção da justiça e protecção social aos agregados
de menores rendimentos".

 

Via Público



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Quarta-feira, 27.07.11
Governo espera criar mais 20 mil vagas em creches com desburocratização
O ministro da Solidariedade e da Segurança Social anunciou hoje que o número de vagas em creches poderá aumentar em 20 mil lugares com a desburocratização das regras dos equipamentos sociais, medida a alargar a lares ou centros de dia.

«É hoje possível simplificar regras de creches, aumentando uma, duas vagas em muitas salas, garantindo uma resposta maior. Equipamento a equipamento poderemos estar a falar, a nível nacional, de qualquer coisa como quase mais 20 mil vagas, do ponto de vista da resposta que podemos dar em creches», disse Pedro Mota Soares, em declarações aos jornalistas, no final da sessão solene do 107.º aniversário do Hospital Ortopédico de Sant'Ana (HOSA), em Cascais.

 

De acordo com o ministro, a medida insere-se no Plano de Emergência Social (PES) e pressupõe que não se mexa na actual capacidade instalada dos equipamentos, mas que se maximize essa mesma resposta através da simplificação de regras burocráticas sem aumento da despesa pública.

«Há muitas regras que hoje não se justificam e quem conhece as instituições conhece vários casos em que, por eventualmente o pé direito ser 1,97 metros e não ser 2 metros como é exigido nas regulamentações, o que acontece é que equipamentos ficam fechados», exemplificou Mota Soares, sublinhando que simplificar regras significa aumentar a capacidade de resposta.

 

O ministro garantiu que, com a desburocratização das regras, o Governo poderá aumentar o número de respostas no país durante este ano, «garantindo que se aumentam o número de vagas e se aumenta a capacidade desta resposta para muitas pessoas que continuam a precisar colocar os seus filhos numa creche».

 

Medida que será alargada a outros equipamentos sociais como lares ou centros de dia, anunciou Mota Soares.

 

«Várias instituições sociais têm equipamento de cozinha e é fundamental conseguir simplificar regras administrativas de utilização dessas cozinhas, tal como já está a acontecer para muitas micro, pequenas e médias empresas. Não faz sentido exigir mais a uma instituição social que está a dar de si aos outros quando não exigimos essas mesmas regras para estruturas comerciais», defendeu.

 

De acordo com Mota Soares, esta simplificação das regras não põe em causa a segurança de quem utiliza estes equipamentos ou a qualidade dos mesmos, solução que vai permitir «sem mais despesa pública poder dar mais resposta às pessoas».

 

O ministro revelou, também, que serão anunciadas brevemente as alterações legislativas necessárias, tanto para as creches como para os restantes equipamentos.

 

Mota Soares acrescentou que esta medida vem complementar a construção da rede de equipamentos sociais e poderá significar um «desagravamento dos custos unitários» das instituições.

 

«Numa altura de austeridade, as próprias instituições sociais também sentem as suas dificuldades e tudo o que possamos fazer para aumentar a resposta e também garantir mais sustentabilidade financeira às instituições é muito importante», sublinhou.

 

Via Sol



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Quinta-feira, 07.07.11

Fernando Nobre lá renunciou ao cargo de deputado, que os eleitores de Lisboa em grande número lhe confiaram. Razão: não foi eleito presidente da Assembleia da República pelos restantes deputados. Que pena! Coitadinho: por ser tão vaidoso, não respeita o compromisso que estabeleceu com os eleitores e assume-se como uma verdadeira fraude democrática. Se fosse para ser presidente da Assembleia da República, Fernando Nobre teria todo o tempo do mundo, toda a disponibilidade... Como era "apenas" para ser deputado, já tem muito que fazer. A AMI já chama por ele. Haverá maior lata democrática?

 

Este episódio, apesar de muitos considerarem lateral, é revelador da degradação a que chegou a principal instituição da democracia portuguesa: a Assembleia da República. Ser deputado já é encarado como um cargo político menor, sem importância. E Fernando Nobre, que tanto gostava de se autoproclamar como um exemplo de intervenção e virtudes públicas, contribuiu para agravar a imagem da nossa democracia: parece que, de facto, estar na política pressupõe não cumprir a palavra. Seja quem for: são todos os iguais. Este é o único contributo tangível que a fugaz passagem de Fernando Nobre pela política deixa

.

Mais grave: Fernando Nobre faltou à verdade. Recordamos os caros leitores que, quando o EXPRESSO publicou a entrevista em que Fernando Nobre afirmava que, caso não fosse eleito presidente não ficaria como deputado, aceitou, de imediato, dar uma entrevista televisiva a negar tais declarações. Afinal, o EXPRESSO mostrou rigor e isenção - Fernando Nobre é que mentiu. Ele e o partido que lhe deu cobertura: no caso, o PSD. Como é que Passos Coelho foi na conversa de prometer que elegeria Fernando Nobre presidente da Assembleia da República, em troca da sua inclusão nas listas do PSD? Esta história não dignifica ninguém!

 

Por último, eu, que ainda dei o benefício da dúvida a Fernando Nobre, hoje sou levado a admitir que seria um péssimo presidente do Parlamento. Primeiro, porque é vaidoso até dizer chega, só pensando em si e no seu futuro político; segundo, porque iria aproveitar-se do peso institucional do cargo para lançar a sua candidatura a Belém, mantendo um espaço de manobra político próprio.

 

Enfim, Fernando Nobre foi uma autêntica desilusão.

 

Via Expresso




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Terça-feira, 05.07.11
title="Santos Pereira, à esquerda, escreveu que João Jardim usa bluff independentista para conseguir mais verbas para a Madeira" src="http://imagens.publico.pt/imagens.aspx/346051?tp=UH&db=IMAGENS&w=350&t=1309901732,84375" alt="Santos Pereira, à esquerda, escreveu que João Jardim usa bluff independentista para conseguir mais verbas para a Madeira" />
Santos Pereira, à esquerda, escreveu que João Jardim usa bluffindependentista para conseguir mais verbas para a Madeira (Foto: Daniel Rocha/arquivo)

Álvaro Santos Pereira, o novo ministro da Economia, acha que “se a Madeira quiser, um dia poderá tornar-se independente”. “Afinal, se Malta, Chipre, e até Timor-Leste conseguem ser independentes, porque é que os madeirenses não poderão sonhar com uma autonomia total de Portugal?”, questiona Santos Pereira para quem “a resposta é claramente positiva”.

O professor de Economia, no seu livro Os mitos da Economia Portuguesa, dedica um capítulo à independência deste arquipélago, texto que foi integralmente reproduzido pelo Jornal da Madeira, propriedade do governo de Alberto João Jardim, no Dia da Região, também marcado pela exibição de bandeiras do movimento independentista Flama em várias localidades da ilha e, a propósito desta acção, por nova ameaça separatista do líder insular ao governo de Pedro Passsos Coelho, antes de apresentar esta semana o novo caderno reivindicativo a Lisboa.

 

Via Público



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Quarta-feira, 29.06.11

Governo de Passos Coelho é reduzido e o número de mulheres também. Entre os 46 ministros e secretários de Estado há oito mulheres. No entanto, o PSD indicou uma mulher para presidir ao Parlamento.

 

 

 
 

 

Via Expresso



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Sábado, 25.06.11
A TAP não quis falar sobre o assunto


 

Os membros do Governo não pagam bilhete na TAP quando viajam em serviço e o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, não poupou dinheiro ao Estado com a sua opção de viajar esta semana para Bruxelas em classe económica.

 

A informação de que os membros do Governo não pagam bilhetes na transportadora aérea nacional (uma empresa pública) foi avançada pelo Jornal de Negócios e confirmada pelo PÚBLICO junto de um membro de um anterior Governo.

Esta prática já vem de longa data, mas a TAP não quis explicá-la ao PÚBLICO. “A TAP não fala sobre viagens dos seus clientes nem sobre as condições que têm ou não têm”, disse o director de comunicação da empresa, António Monteiro.

Todos os membros do Governo, do primeiro-ministro aos secretários de Estado, estão isentos de pagamento das viagens em serviço na TAP (tal como acontece também na CP). No entanto, isso já não acontece com os membros dos seus gabinetes, cujos bilhetes são pagos, mas que normalmente já viajavam em económica. Se houver necessidade de membros do Governo viajarem noutras companhias aéreas, a nova política de Passos Coelho já levará a poupança de verbas.

Na quinta-feira, Passos Coelhos confirmou que ele próprio e todos os restantes membros do Governo viajarão para a Europa sempre em classe económica, para “dar o exemplo”, conforme disse na altura à agência Lusa, cumprindo assim uma promessa que tinha feito antes das eleições.

Jornal de Negócios contactou o gabinete do primeiro-ministro, onde um assessor não quis comentar o assunto, tendo adiantado que a fuga de informação não partiu do Governo. 

Ao pôr os membros do Governo a viajar em económica para os destinos na Europa (não se sabe como será no longo curso), Passos Coelho não poupa directamente dinheiro mas liberta lugares na TAP em classe executiva, onde os preços dos bilhetes é muito superior, podendo por esta via permitir que nalguns casos a empresa venda bilhetes nesta classe que de outro modo estariam indisponíveis.

 

Via Público



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Quarta-feira, 04.05.11
Conheça as novas medidas de austeridade
Via Sol


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Terça-feira, 19.04.11

Eu não sei se estes dois senhores já se aperceberam da realidade do país porque continuam, como miúdos nos balneários da primária ou do primeiro ciclo, a argumentar um contra o como se um campeonato de medição de pilinhas se tratasse, muito habitual antes das aulas de Educação física: "olha aqui, a minha pilinha é maior do que a tua". "Pois mas a minha estica mais...e o meu pacote é muito maior"

 

Em relação às listas apresentadas pelos partidos só tenho duas coisas a dizer: Ferro Rodrigues e Fernando Nobre? Já agora porque não o José Cid e a Maya, ou o Malato e o Fernando Mendes? Sempre arrastavam mais pessoas. Nobre parece a Casal boss de um amigo meu. Andava dois metros para a frente e três para trás. E quem foi o génio que se lembrou de Ferro Rodrigues? Os socialistas têm algum baú com tesourinhos deprimentes? Porque não Guterres? Ele tem muita experiência com refugiados. E o PSD? Não lhe apetece ser governo? Se sim que porcaria de lista é esta? Tirando a lufada de ar fresco chamada Francisco José Viegas o resto cheira a requentado. Mofo. PS: Ana Jorge em Coimbra novamente? Veio cá numa excursão na primária e gostou foi? E como diria o caro colega comentador Runaldinho na caixa de comentários o que dizer do "dependente Basilío Horta, que se diz democrata cristão desde pequenino, mas quer tornar-se "independente" por Leiria! Isto sim, é um ginasta que faria corar de inveja um qualquer Alexei Nemov!"

 

Mas o mais estranho de tudo isto é que enquanto o pais se afunda e parece o Leonardo di Caprio a abanar a mãozita com corpinho a 2 graus despedindo-se de Kate, que bem poderia ser uma espécie de Cavaco Silva mais rude e sem choradeiras - uma Winslet austera, estes dois artistas e respetivos partidos discutem quem ligou a quem, a que horas e em que dia é que estiveram juntos antes de um ir mostrar o pacote a Bruxelas. "Tu disseste que me fazias isto e aquilo. És uma tonta. Parvalhona". Parecem os primeiros tempos de um namoro atribulado, e quem sabe se não serão mesmo, veremos. É que nas questões de fundo as pilinhas destes dois partidos são quase sempre do mesmo tamanho. Defender os boys e os poderes instalados. E se estamos à espera que apareça um Portas ao comando de um submarino salvar o Di Caprio esqueçam. Portas é como os estalinhos de Carnaval, muito barulho mas acabam depressa.


À esquerda nem vale a pena falar. Só pelo discurso os dois partidos já tinham decapitado os senhores do FMI em pleno Terreiro do Paço. O BE e o PCP deviam fundir-se. Isto de continuarem a discutir qual o partido que dá mais vontade de rir com as suas declarações não faz qualquer sentido. Porque não uma única bancada de cómicos? Poupava-se no financiamento aos partidos.

 

Conclusão: metam as pilinhas para dentro e deixem os senhores do FMI trabalhar, pode ser que estes façam alguma coisa de útil enquanto os senhores se divertem a brincar às eleições. Era engraçado vermos detalhadamente as contas que ninguém mostra.

 

Via 100 Reféns



publicado por olhar para o mundo às 13:50 | link do post | comentar

Quinta-feira, 24.03.11

O rasto de Sócrates

 

Via HenriCartoon



publicado por olhar para o mundo às 08:53 | link do post | comentar

Sócrates apresenta demissão

 

Nem meia hora tinha passado da entrega do pedido de demissão a Cavaco Silva, e José Sócrates anunciava que vai recandidatar-se às próximas eleições.

 

Numa declaração em São Bento, sem direito a perguntas, Sócrates afirmou que se demitiu porque "a oposição não deu qualquer espaço para o diálogo político e tirou todas as condições para governar".

 

O primeiro-ministro demissionário lembrou que fez "tudo para evitar a ajuda do FMI, para que o país não ficasse numa situação igual à da Grécia". E manteve a sua tese de que a "ajuda externa é prejudicial para o país".

 

Sócrates disse que "tentou evitar" esta situação "até ao último minuto" e que fez inúmeros apelos à responsabilidade", lamentando "ter sido o único a fazê-lo e que ninguém o tenha aceitado".

 

Sócrates recordou que "quando um PEC tem o apoio das instituições europeias há logo quem o deite abaixo", classificando a esta atitude como uma  "obstrução", levada a "um limite intolerável". Classificando esta crise como "desnecessária", criticou de novo aqueles que "julgam ter colhido aqui uma vitória", acusando-os de "estreiteza de vistas". E por ninguém "ter apresentado alternativas, apesar das tentivas de diálogo", Sócrates considerou que a "irresponsabilidadetriunfou sobre o sentido de Estado".

 

Agora, disse Sócrates, "a crise só poderá ser resolvida pela vontade dos portugueses e eu confio nos portugueses".

 

Via Ionline



publicado por olhar para o mundo às 08:03 | link do post | comentar

Segunda-feira, 21.03.11

Logotipo da campanha Censos 2011

Os Censos realizam-se de 10 em 10 anos, são obrigatórios (Lei 22/2008 de 13 de Maio) e permitem obter uma melhor noção em Portugal de quem é quem e como é. Isto porque provavelmente a Segurança Social não os consegue contar ou o Governo não aprendeu a somar as contas das pessoas que fazem Bilhetes de Identidade e o Cartão de Cidadão versus as pessoas que entram nos cemitérios, e ver quantos ainda estão por cá.
Neste texto falo problemas na linha telefónica, no site e na informação falsa colocada no RIPE.net.

 

site

 

site censos2011.ine.pt esteve offline até perto da uma da manhã conforme anunciei no meu Twitter. O mais engraçado é que no dia 20 o site estava online. Hoje, pelas 9h o site encontra-se online mas lento. É de notar que houve há uns meses um problema grave em que no dia de Eleições para a Presidência da República o estado teve problemas informáticos semelhantes. Se o Governo veio a público dizer que as pessoas responsáveis já tinham sido “despachadas”, penso que nem para despachar pessoas o Governo consegue fazer um bom trabalho. Estará talvez na hora do segundo round?

Visualização do relógio e da informação do site do Censos 2011 offline(clica na imagem para ampliar)

Uma das minhas preocupações é ter um site acessível. O facto de o ter acessível para mim, é simplesmente ter a possibilidade de navegar no site sem qualquer problema, mas que isso se estenda a qualquer tipo de deficiente que tente navegar no site: seja visual, físico, cognitivo, etc.
O Governo decidiu colocar o Símbolo da Acessibilidade na Web e ao lado o ícone do nível AA do WCAG 1.0. De notar que o WCAG 2.0, as normas mais recentes de acessibilidade, são recomendadas desde 2008. Em 2011, o INE decidiu usar algo que está obsoleto há três anos. E mesmo assim, usando um validados chamado de Examinator, encontramos erros de validação porque a página remete para um “302 found” em vez de remeter para a página que devia. Ou seja, mais um showoff do nosso Governo que tanto diz que gosta de ajudar os mais necessitados. No entanto, os problemas com ajudas técnicas continuam. Querem ajudar? Assinem a petição.

 

O telefone

 

Ontem dia 20 tentei contactar telefonicamente os Censos 2011 pelo 800 22 20 11. Escolhi uma opção e fui encaminhado para um operador. Esperei mais de meia hora a ouvir música. Quando fui ver o horário de funcionamento descobri que era só nos dias úteis. Ou seja, acho que andei a pagar uma chamada grátis desnecessariamente durante meia hora. Não entenderam? Eu explico: a chamada é grátis, não havia um aviso do horário de funcionamento e por isso, mais tarde, eu como contribuinte irei de certa forma pagar esta chamada e a incompetência do aprovisionamento de uma linha telefónica. Podia estar à espera uma hora, se calhar ia dar ao mesmo.

Hoje tentei contactar várias vezes desde as 9h da manhã, o número não se encontra disponível nem da rede fixa nem da rede móvel.

 

A falsa informação no RIPE.net

 

RIPE é a entidade Internacional responsável pela atribuição e pelo “label” dos IPs em Portugal, ou seja, é lá que obtemos a informação de quem é quem na Internet ou a quem é que um determinado IP ou uma determinada range de IPs pertence. Neste caso como sou geek, decidi ir ao RIPE pesquisar os contactos oficiais. Primeiro, fiquei realmente espantado pelo INE ter o seu próprio netblock, ou seja, um bloco de IPs só para eles. E depois,fiquei horrorizado: o contacto telefónico estava inválido. Relembro que nos domínios de Internet colocar falsas informações em domínios de Internet significa que podemos perder o domínio se o registar for muito rígido – ou as informações muito graves. Será que o INE poderá perder o seu range de IPs por isto? Claro que não. É Governo, e o Governo está imune a tudo e todos!

O facto é que continuo sem poder tirar dúvidas sobre o Censos, não é claro se o site é realmente acessível após o login porque a minha senha não funciona (daí ter que tirar dúvidas) e que uma entidade Governamental colocou falsa informação – seja por erro ou não – nos seus IPs.  Contra factos, não há argumentos. Já passaram 10 horas e meia do dia 21, o dia oficial do lançamento de algo que me parece ter sido um fracasso, tal como as Eleições. E agora a quem vamos atribuir as culpas?

 

Rui

 

Via Rui Cruz Weblog



publicado por olhar para o mundo às 13:45 | link do post | comentar | ver comentários (19)

Sexta-feira, 18.03.11

O que se está a assistir em Portugal em relação ao comportamento dos diferentes partidos políticos faz-me lembrar a forma como os miúdos se comportavam, e estou certo que continuarão a fazê-lo, por esses recreios das escolas primárias do país.

Eu sei que a comparação é idiota, mas o estado a que chegámos também dificilmente poderá ser adjectivado noutros termos. Os miúdos são inocentes, logo as discussões de recreio entre rapazes giram quase sempre em torno da constituição das equipas e de quem vai à baliza. Depois de muita discussão e alguns empurrões geralmente acaba por ir o desgraçado mais pesado da turma, o gordo cuja movimentação em campo é diminuta acaba entalado entre os postes. Os miúdos costumam associar a largura da pessoa à maior ocupação de espaço na baliza, mas nem sempre as coisas são tão lineares. Ou neste caso arredondadas.

 

Já os partidos políticos, nada inocentes, estão neste momento envolvidos numa discussão em quase tudo semelhante à dos recreios. A turma A (Portugal) joga contra a turma B (Mercados internacionais). O guarda-redes balofo da turma A - o PS - encontra-se na baliza e a equipa está a levar uma cabazada de todo o tamanho. Mas uma daquelas que já nem nos infantis se usa. O gordo não parece preocupado em manter as redes invioladas, as bolas passam por ele como balas numa favela do Rio. E segue tranquilo com um pacote de "manhãzitos" na mão, como se nada se passasse.

 

Os avançados da equipa - o PSD e o CDS- estão quase sempre "à mama" e mais não fazem do que esperar que a bola chegue à frente (raras vezes) para mostrarem as suas habilidades, finta para aqui, finta para ali, mas nunca saem do mesmo sitio, nunca marcam um golo nem tão pouco ameaçam a baliza contrária. Preferem ver o gordo sofrer até terminar o jogo. Os defesas da equipa - PCP e Bloco - quase espancam o anafado, desfazem-lhe os tímpanos com insultos mas pouco mais fazem do que gritar enquanto batem desalmadamente na equipa adversária (mercados internacionais) de toda a forma e feitio. Como sabem perfeitamente que nunca irão ter de ir à baliza, podem fazer o que querem dentro de campo.

 

Conclusão: parem de protestar, comportem-se como homens responsáveis que são e tirem o gordo da baliza. Ele não tem culpa de não saber mais e qualquer dia com tanta bolada ficamos sem rede.

 

Via 100 Reféns



publicado por olhar para o mundo às 08:03 | link do post | comentar

Sexta-feira, 04.03.11

Até anteontem não estava minimamente convencido em participar na manifestação marcada para 12 de Março em Lisboa e Porto, um movimento de jovens cidadãos denominado protesto da "geração à rasca". E não estava por uma simples razão: não considero que neste momento seja apenas e só uma geração, à qual pertenço, a estar à rasca. Estamos todos à rasca. O país em geral. Todas as gerações. Uns de uma forma, outros de outra, e cada uma à sua maneira. Só não estão "à rasca" os tubarões que o Governo não ousa beliscar (onde está o tal imposto para os bancos? Perdeu-se ou faltou a coragem?),aqueles que o Estado continua a nomear indiscriminadamente e contratar milionariamente em plena crise para empresas públicas que todos pagamos. Tudo passa impune.


O resto? Tudo "à rasca". Muitos com prestações da casa em atraso ou já sem ela depois de a terem finalmente entrgue ao banco, a viverem o desespero numa garagem (conheço "n" casos), outros porque deixaram de poder pagar os colégio aos filhos, as perdas dos abonos, 11,2% da população desempregada e sem perspectivas de futuro, outros têm um emprego mas nunca irão exercer uma profissão dentro da sua área de formação, na qual investiram grande parte da sua vida e sacrificaram dinheiro, o próprio e o dos pais. Geração híper-qualificada completamente estraçalhada, sem margem para se libertar e tornar verdadeiramente independente. Outras gerações qualificadas à pressa, sem qualidade, por decreto, para inglês ver e a estatística aplaudir. Milhares de trabalhadores que viram o seu vencimento reduzido roubados pelo governo que tantos legitimaram, no qual confiaram e que lhes mentiu e continua a enganar descaradamente.

 

Milhares de jovens explorados em estágios não remunerados ou a trabalharem com um livro de recibos que a constituição de um qualquer país civilizado proíbe. Já leram a nossa? Milhões perderam subsídios, milhões com as suas pensões reduzidas ou congeladas e sem acesso a medicamentos que os próprios hospitais já começam a cortar. A saúde está falida. A justiça podre. Os impostos que corroem até aos ossos e minam um tecido empresarial cada vez mais fraco, os depósitos de gasolina cada vez mais vazios e os carrinhos de supermercado menos cheios. A luz, a água, o gás, o pão, o café, o açúcar, tudo, mas tudo mais caro. Este país já esteve de tanga. Neste momento é uma tanga onde todos nós vivemos.


Por considerar que não é apenas uma geração, mas várias, ou todas, achava o protesto em si redutor, pelo que não tencionava associar-me a ele. Mas depois de ouvir o Sr. Engenheiro anunciar, sim porque quando este senhor tem a lata de vir à televisão dizer que "o governo poderá ter de tomar medidas auxiliares" uma vez mais já todos sabemos o que aí vem, e ainda de visionar o débil programa Prós e Contras da RTP, apresentado sempre na formasui generis Bulhão style, onde ouvi coisas verdadeiramente chocantes da boca de algumas pessoas que deviam permanecer caladas no seu mundinho particular de editoriais feitos em cima do joelho do primo accionista e redomas de reitorias snobes de universidades queques, decidi que vou participar. E vou porque isto está tudo mal. E tudo tem de mudar. Está na hora. Lá estarei.

 

Via 100 Reféns



publicado por olhar para o mundo às 10:47 | link do post | comentar

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