Polónia e Grécia empataram (1-1) na partida inaugural do Euro 2012. Os anfitriões estiveram em vantagem no marcador e chegaram a jogar em superioridade numérica, mas a equipa de Fernando Santos reagiu na segunda parte. A Grécia até podia ter passado para a frente, mas Karagounis desperdiçou uma grande penalidade.
A festa começou colorida, com a cerimónia de abertura do Campeonato Europeu. E os adeptos da casa tiveram motivos para celebrar aos 17’, quando Lewandowski inaugurou o marcador. O panorama ainda melhorou mais para a Polónia quando a Grécia ficou reduzida a dez jogadores. Papastathopoulos foi expulso por acumulação de cartões amarelos (44’), numa decisão discutível do espanhol Carlos Velasco Carballo.
Mas, no segundo tempo, a equipa orientada por Fernando Santos reagiu. Salpingidis, lançado ao intervalo pelo técnico português, fez o 1-1 aos 51’. Seguiu-se uma fase de equilíbrio, até que o inevitável Salpingidis foi derrubado na área pelo guarda-redes polaco (69’). Szczesny foi expulso, entrando o suplente Tyton. Este revelou-se um gigante na baliza, defendendo o penálti apontado pelo ex-Benfica Karagounis.
Depois do brilharete obtido em 2004, com uma vitória a abrir o Europeu organizado por Portugal (e depois novo triunfo na final sobre os anfitriões), a Grécia começou o Euro 2012 com um empate. Ainda não foi a vitória em solo polaco, algo que a selecção grega nunca conseguiu. Mas um ponto é um ponto.
Noticia do Público
O Olympiakos oficializou nesta quinta-feira a contratação do técnico português Leonardo Jardim. No seu site oficial, o clube grego revelou que o vínculo com o antigo técnico do Sp. Braga terá a duração de duas temporadas.
Será a primeira experiência no estrangeiro para o técnico de 37 anos abandonou à poucos dias a formação minhota, onde esteve apenas uma temporada, classificando a equipa no terceiro lugar.
Jardim será o terceiro treinador português no principal escalão do futebol grego na próxima época, para além de Jesualdo Ferreira (Panathinaikos) e Manuel Machado (Aris Salónica). O outro treinador português a trabalhar na Grécia é Fernando Santos, que está na selecção do país.
Noticia do Público
Christine Lagarde disse aos cidadãos gregos para pagarem os seus impostos e revelou que estava muito mais preocupada com as crianças em África do que com os contribuintes helénicos. Com isto, atraiu sobre si as atenções. E não é que, afinal, a directora-geral do FMI nem paga impostos?
Não é uma revelação, mas a constatação de um facto, que circulou pela internet em reacção à declaração de Lagarde, feita em entrevista ao jornal «Guardian», e é registado nesta terça-feira pela imprensa francesa. Lagarde beneficia de um estatuto fiscal específico, na qualidade de funcionária internacional.
Todas as verbas que ganha provenientes do Fundo Monetário Internacional são livres de impostos. São 380 939 euros por ano, um salário base de 323 257 euros, a que se juntam 57 829 euros de despesas de representação.
Directora do FMI beneficia de estatuto especialA informação não é nova. Já tinha sido noticia, por exemplo, no site francês Tout sur les impots, há quase um ano. Mas ganhou actualidade depois das críticas de Lagarde ao incumprimento grego.
Lagarde beneficia da Convenção de Viena sobre as relações diplomáticas, de 1961. Diz o artigo 34 da convenção que «o agente diplomático está isento de todos os impostos e taxas, pessoais ou reais, nacionais, regionais e comunais». Salvaguarda no entanto que é responsável «pelos impostos sobre bens imóveis situados no território do Estado credor».
O jornal «Le Figaro» cita o Ministério dos Negócios Estrangeiros francês a recordar que aquele estatuto fiscal se aplica a vários outros dirigentes de instituições internacionais, como a Agência Internacional de Energia Atómica, a Organização Mundial de Saúde ou a Unesco. E os funcionários europeus também beneficiam em parte daquele estatuto.
Retirado de Push
Um homem de 60 anos e uma mulher de 90 morreram esta quinta-feira, na Grécia, quando se atiraram do telhado do prédio de cinco andares onde viviam juntos em Atenas.
Segundo testemunhas citadas pelo «El Mundo», mãe e filho saltaram de mãos dadas. De acordo com o «The Huffington Post», ambos vivam da reforma de 340 euros da mãe, porque o flho, músico, estava desempregado há dois anos.
No site «Stoixoi.info» ficou registada a última mensagem do suicida: «O meu nome é Antonis Perris. Durante 20 anos, cuidei da minha mãe, de 90 anos. Desde há três ou quatro anos que ela sofre de Alzheimer e foi-lhe recentemente diagnosticada esquizofrenia e outros problemas de saúde. Os lares de idosos não aceitam pacientes assim. O problema é que eu não estava preparado e não tinha emprego quando a crise económica chegou. Apesar de ter propriedades e de ter vendido tudo o que pude, fiquei sem dinheiro e não tenho nada para comer. Recentemente, comecei a ter sérios problemas de saúde. Não encontro nenhuma solução. Tenho propriedades, mas não tenho dinheiro efetivo, o que significa que não tenho comida. Alguém conhece uma solução?»
Homem de 60 anos deixou uma mensagem. Meios de comunicação social gregos noticiam casos destes quase todos os diasOs suicídios devido às dificuldades económicas têm sido notícia nos meios de comunicação social gregos praticamente todos os dias. Antes da crise, a Grécia tinha uma das taxas de suicídio mais baixas do mundo: 2.8 por cada 100 mil habitantes. O governo admitiu um aumento de 40 por cento no primeiro semestre de 2010, mas não divulgou mais dados oficiais. Segundo a Reuters, vários especialistas acreditam que esta taxa duplicou para os 5 suicídios por cada 100 mil habitantes.
«A crise tem aumentado o sentimento de culpa, a perda de auto-estima e a humilhação para muitos gregos. As pessoas não querem ser um fardo para ninguém e cresce a sensação de desamparo. Alguns desenvolvem um atitude de ódio próprio que conduz à auto-destruição. É isto que justifica o aumento dos suicídios e das tentativas de suicídio. Estamos a assistir a uma nova categoria: os suicídios políticos», explicou à Reuters o psicanalista Nikos Sideris.
Retirado de Push
Manifestantes gregos queimaram a bandeira alemã frente ao parlamento em Atenas
Governo grego e partidos deverão chegar hoje a acordo sobre o novo pacote de ajuda. Troika quer mais austeridade. Economistas dizem que Portugal poderá sofrer ainda mais.
Na Grécia multiplicam-se as manifestações e as greves contra as eventuais medidas de austeridade. Em causa está o facto de a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) exigirem mais sacrifícios em troca de nova ajuda.
As condições impostas pelos credores internacionais para o Governo de Lucas Papademos receber 130 mil milhões de euros são designados pelos media gregos como "Dez Mandamentos", sendo recebidos pelo povo grego com muita revolta e desagrado.
Portugal é um dos países que está na linha da frente do contágio grego. Por isso, a pergunta impõe-se: será que vamos ter que renegociar a ajuda externa? O professor do ISEG, Luís Nazaré, disse ao Expresso que ainda é cedo para afirmar isso de forma perentória, mas acredita que é "razoável" supor-se que sim.
"Não creio que Portugal tenha condições, não só por razões internas, mas europeias. Nós estamos inseridos numa união económica, o que torna a nossa vida ainda mais complicada e, portanto, creio que não possamos escapar a uma renegociação do memorando ou à mesmo à execução de um novo acordo", afirmou Luís Nazaré.
"Não sei quando, nem em que moldes será, mas penso que a renegociação do acordo terá que passar inevitavelmente por uma renegociação de prazos e das condições de financiamento", acrescentou o professor universitário.
Já João César das Neves, professor da Universidade Católica, defende que, neste momento, não devemos pensar na hipótese de uma nova ajuda para Portugal, sublinhando que seria uma situação "dramática", que traria mais sofrimento para o país. Em relação à situação grega, o economista classifica-a de "insustentável."
"Era bom para Portugal que a situação grega fosse resolvida e que toda a Europa alcançásse uma situação estável. Esperemos que consigamos eliminar este pesadelo, porque a situação está quase insustentável e uma vez estando no mesmo espaço estamos a apanhar por tabela", disse o professor da Católica.
Segundo o novo plano de ajuda à Grécia, a despesa deverá ser reduzida, sobretudo, nos sectores da Saúde e da Defesa, garantindo cortes adicionais na ordem dos 2,2 mil milhões de euros.
Os funcionários públicos deverão ser reduzidos em 150 mil até 2015. Estão ainda previstos novos cortes nas reformas do sector público e privado, que poderão rondar os 15%; enquanto o salário mínimo deverá ser reduzido em 20% ou 30%.
O sector privado deverá deixar de pagar os subsídios de férias de de Natal. Além disso, o Governo grego deverá promover reformas a nível laboral e apostar na recapitalização da banca e nas privatizações.
O acordo da troika com a Grécia, aprovado na cimeira europeia no fim de outubro do ano passado, prevê um perdão de 100 mil milhões de euros da dívida do país.
Para Luís Nazaré, estamos a assistir a uma mudança do ponto de vista ideológico e da construção europeia, sendo vital encontrar ajustamentos.
"A austeridade, ou melhor a crueldade das medidas da Grécia virá a alargar-se, mas penso que será insustentável as populações continuarem a assistir à degradação total e progressiva do estado das coisas", conclui o economista do ISEG.
Por outro lado, João César das Neves realça que este problema se manifesta numa questão de "solidariedade" entre os países do euro.
"Há, sim, um problema interno, uma vez que há um enorme excedente por parte da França e da Alemanha e um défice por parte da Espanha, Itália, Portugal, Irlanda e Grécia. É este desajustamento que está a criar um problema".
O economista defende que houve mecanismos europeus que falharam, porque não alertaram para os riscos desta situação e sublinha que são precisas algumas mudanças estrututurais a este nível para a mudança ser "credível".
Via Expresso
Isto de generalizar afirmações que uma pessoa faz ou fez durante a vida para a apelidarem de mentirosa tem muito que se lhe diga. Por isso, acho que é de uma extrema injustiça chamarem a Sócrates "mentiroso compulsivo", "falso", "judas","traidor", "diabo de Armani"," velhaco", "ladrão", "cínico", "hipócrita","gatuno" entre outros epítetos bem menos refinados. Afinal de contas quem nunca pregou uma peta inofensiva?Alguém intelectualmente honesto é capaz de afirmar que jamais mentiu ou omitiu um facto? Nem um padre atirará uma pedra. Quem nunca se deliciou ao balcão com dois bolos de bacalhau e afirmou peremptoriamente no final do repasto que apenas comeu um? Que o outro foi um anão que por ali passou, o enfiou no bolso, e por isso ninguém o viu feliz a roê-lo na esquina do café.
Quero com isto dizer que Sócrates pode ter ocasionalmente mentido, aliás tenho a certeza absoluta que o terá feito por diversas vezes sua na vida, mas isso não faz dele uma pessoa mentirosa, seja por sistema, ocasionalmente ou compulsivamente.
E devemos relembrar as pessoas que marcaram um país, uma época, o mundo inteiro e a historia da humanidade pela sua sabedoria e legado e não pelas omissões nas declarações de IRS ou pelas pataniscas que deixaram por pagar na pastelaria do bairro. Sócrates tem afirmações que perdurarão para todo o sempre, entre elas, algumas que deveriam ser escutadas atentamente por muitos, que as deveriam ter em consideração quando actuam, especialmente os que desempenham cargos que influenciam a vida de muita gente.
Aquele a quem a palavra não educar, também o pau não educará."
" Só sei que nada sei"
"Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorância."
"Aquilo que não puderes controlar, não ordenes"
"A maneira mais fácil e mais segura de vivermos honradamente, consiste em sermos, na realidade, o que parecemos ser."
"É preciso que os homens bons respeitem as leis más, para que os homens maus respeitem as leis boas."
"É costume de um tolo, quando erra, queixar-se dos outros. É costume de um sábio queixar-se de si mesmo."
"Assim como seria ridículo chamar o filho do nosso alfaiate ou do nosso sapateiro, para que nos fizessem um fato ou umas botas, não tendo eles aprendido o ofício; assim também seria ridículo consentir ou admitir no governo da República os filhos daqueles varões, que governaram com acerto ou prudência, não tendo eles a mesma capacidade dos pais."
E para terminar: "Conheço apenas a minha ignorância.
Este Sócrates era genial.