Numa noite que promete ser inesquecível preparamos para ti um programa intenso para comemorarmos todos juntos a primeira noite de Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura. Dá as boas-vindas a 2012. Dá as boas-vindas a Guimarães 2012. Participa nesta primeira noite e recebe o ano dizendo olá a alguém.
PROGRAMA
LARGO DA OLIVEIRA/PRAÇA DE SANTIAGO | 23h - 2h
Nuno LopesAndré Rocha&Tiago TTCAFÉ CONCERTO DO SÃO MAMEDE CAE | 22h - 4h
Maria GambinaHelder Costa FORMIGAS – PARQUE DA CIDADE | 00h - 4h
Pedro MacedoASSOCIAÇÃO CONVÍVIO | 23h - 5h
Dj Dinis – FlashdanceCharlie Banks (UK)PROJECTO BY EL ROCK | 1h - 6h
Tó Lobo&Friends
Slimmy Dj SetULTIMATUM | 1h - 6h
Nuno LopesSubTeck ChocomixDUAS DE TRETA BAR | 12h - 2h
Dj Kikus e Dj's Ex3me
GRIFFE BAR | 21h - 2h
Dá Voz à Cultura – Karaoke
CUBA LIVRE BAR | 22h - 4h
Dj Stereo
CIRCULO DE ARTES E RECREIO | 23:30h - 2h
Caldo Verde e Broa com Músicas e Cantigas Tradicionais
CICP – CENTRO INFANTIL E CULTURAL POPULAR | 16h - 2h
Exposição Coletiva de trabalhos de artistas Residentes:
-Instalação
-Pintura
-Fotografia
Dark Memory – Concerto
Jam Session
Quiosque de Vinil e Fanzines – Compra, venda e audição
DOUBLE CAFFE | 10h - 2h
Dj Miguel M.
IN'FUSÕES GALERIA BAR | 22h - 2h
Dj 4L – Música dos anos 70'80'90'
CARA & COROA
Dj João Fonseca
SECOS BAR | 23:30h - 2h
Balão Cultural
Na compra de uma bebida será entregue ao cliente um balão vazio, que este deverá encher. Quando cheio será possível ler no balão a referência a um evento constante na programação de Guimarães 2012 Capital Europeia da Cultura, por forma a divulgar esta mesma programação. O cliente será convidado a beber 1 shot (gratuito) comemorativo da Guimarães 2012.
MEDIEVAL PASTELARIA BAR | 22h - 2h
Dj Olex – Alternativo anos 90
COZINHA REGIONAL SANTIAGO | 12h - 22:30h
Rosamate (concerto acústico)
ROLHAS & RÓTULOS WINE BAR | 10h - 2h
Prova de Vinhos
BAR HIPOTENUSA
Oferta de petiscos tipicamente vimaranenses
MIKISUSHI | 12h - 23h
Demonstração de como se faz Sushi
"O Sushi Faz Parte"
TASQUILHADO BAR | 19h - 2h
Festa Erasmus – Descubra as parecenças
Músicas, comidas, bebidas
TUNEL BAR | 12h - 2h
4you2B Djs
PAPABOA RESTAURANTE | 12h - 22:30h
Música – Piano Bar
HISTÓRICO by PAPABOA RESTAURANTE | 10h - 23:30h
Música Portuguesa ao Vivo
COR DE TANGERINA RESTAURANTE | 13h - 17:00h
Introdução de uma nova ementa que acompanhará a alternância dos Tempos, neste caso - Tempo para Encontrar. Intervenção artística de Igor Gonçalves e Sofia Ribeiro. Instalação sonora de Rui Sousa.
A lista de espaços comerciais que se associam a este evento encontra-se completa . Em breve descarrega aqui e encontra nos espaços aderentes, o Passaporte da Primeira Noite.
Informações Úteis
- Os parques municipais de estacionamento automóvel encontram-se abertos toda a noite.
Retirado de Guimarães 2012
“Este é o nosso destino”, diz a frase usada pelos adeptos do FC Porto nos cachecóis, bandeiras, carros e nos autocarros. Referem-se às finais (muitas), vitórias (tantas), títulos (imensos). O destino é o costume: festa. O pai Zé António, a mãe Inês e o filho João Pedro estavam nas bancadas do Jamor e os bonés não deixavam dúvidas com a palavra Dublin inscrita na pala. Tinham vindo da Irlanda e tal como os jogadores do FC Porto, praticamente não descansaram. A equipa folgou na sexta e fez apenas um treino antes da final da Taça. No fim da tarde no Estádio Nacional, já com o sol a esconder-se, festejaram todos juntos - jogadores, esta família e os muitos adeptos - ao som dos cânticos a Pinto da Costa.
Este foi o melhor FC Porto da época. Pelo menos o mais goleador (6-2), para grande azar do Vitória e dos seus adeptos que vieram de Guimarães e preencheram um dos topos com as cores brancas e negras para assistirem à quinta derrota em cinco finais do seu clube. As duas últimas às mãos do seu maior carrasco: os portistas. E neste domingo, com requintes de crueldade, os vimaranenses pisaram o palco do Jamor para servirem de actor secundário numa das finais com mais golos de sempre. Foi a segunda, só ultrapassada pelo Benfica-Sporting de 1952 (5-4).
O destino parecia mesmo estar traçado. Para ambas as equipas. Um hábito de triunfos para uns – o FC Porto falhou apenas três finais nos últimos 11 anos – uma ansiedade que virou desespero para o Vitória logo aos dois minutos com o golo de James Rodríguez. O jovem colombiano, de 19 anos, assumiu na totalidade o papel de algoz. Jogou na vez de Falcao (o goleador da equipa não participou na partida por lesão) e marcou em três ocasiões, assistindo ainda os golos de Varela e Rolando. Foi ele que deu ao FC Porto a terceira Taça consecutiva, depois de Paços de Ferreira e Desportivo de Chaves terem tombado nos anos anteriores.
Os números parecem ser fatais. Em 1962, neste mesmo estádio, o FC Porto saiu goleado pelo Benfica por 6-2. Reinavam então os “encarnados”. Meio século depois, são os portistas a mandar, ultrapassaram o rival de Lisboa em títulos, precisamente com a Taça ganha neste domingo no Jamor. Mais: passaram ainda o Sporting em Taças de Portugal (16 contra 15).
Três minutos fatais
Sob um sol abrasador, o FC Porto começou cedo a impor-se. Muito cedo. E em 45 minutos já tinha decidido o resultado da final - foi para o intervalo a vencer por 5-2, igualando as melhores prestações desta época com Benfica (5-0), Villarreal (5-1), Spartak (5-1 e 2-5) e U. Leiria (5-1).
Na primeira parte houve de tudo: um golo madrugador (2 minutos), a resposta do Vitória que nunca esteve na frente (1-1 e 2-2), um penálti falhado por Edgar – só faltou a expulsão de Fernando, que derrubou um adversário quando este ia isolado –, um autogolo, de Álvaro Pereira (aliás, o defesa apenas tentou impedir o autogolo de Rolando) e um canto directo, beneficiando de um “frango” incrível de Nilson. Foi mesmo este o momento do jogo. Enquanto Beto na baliza portista se ia opondo de forma crucial aos adversários, Nilson deixou passar a bola de Hulk. Na jogada seguinte, aos 43 minutos, Edgar falhou o penálti e no contra-ataque desse lance saiu o 5-2. De um possível 4-3 e da reentrada no jogo, o Vitória acabava de afundar-se.
Vítor Baía chamou-lhe “estrelinha de campeão”, ele que em 16 épocas no clube venceu 27 títulos em mais de 400 jogos. Sabia do que estava a falar. Manuel Machado lembrou a eficácia do adversário “experiente” e o falhanço da sua equipa em momentos cruciais. Um viu a sua equipa fechar a temporada a ouro, com o quarto título e a festa em mais um estádio, o outro voltou, como sempre, de mãos a abanar.
“Uma caminhada para o sucesso”, contou assim a história desta época Villas-Boas. Mas quando destacou um momento decisivo, lembrou a segunda mão da meia-final da Taça, na Luz. O “turning point” do ano portista. Foi lá que ganhou um lugar na final do Jamor e peito para as outras competições. E só descansou ao 58.º jogo, um recorde de partidas numa temporada.
POSITIVO
James Rodríguez
Marcou três e está nas assistências para Varela e Rolando nos seis golos da tarde. Foi o melhor em campo. Isto para quem jogou no lugar de Falcao… No final, quis ficar com a bola.
Beto
É especialista a defender penáltis. No Leixões já ajudou a eliminar o Benfica. Desta vez, ajudou a derrotar o Vitória com a defesa de uma grande penalidade. E antes já tinha sido decisivo.
NEGATIVO
Nilson
Sofreu seis golos, mas o canto directo de Hulk (4-2) foi o mais infeliz de todos. Um “frango” épico.
Edgar
Marcou um (belo) golo é certo, mas falhou dois que pareciam feitos e esses deram cabo da equipa.
Ficha de jogo
V. Guimarães 2
FC Porto 6
V. Guimarães
Nilson 4, Alex 4, Freire 5, João Paulo 4, Anderson 6, Cléber 4 (Jorge Ribeiro 5, 57’), Renan 5 (João Alves 5, 46’), Rui Miguel 6, Faouzi 5, Targino 6 (Toscano 5, 57’) e Edgar 4.
Treinador Manuel Machado.
FC Porto
Beto 8, Sapunaru 6, Maicon 5, Rolando 6, Álvaro Pereira 5, Fernando 6 (Guarín 6, 46’), João Moutinho 6, Belluschi 6 (Souza 5, 63’), Varela 7 (Mariano González 5, 76’), James Rodríguez 9 e Hulk 8.
Treinador André Villas-Boas.
Árbitro João Ferreira 5, de Setúbal. Amarelos Hulk (30’), Fernando (45’) e Souza (74’).
Golos 1-0, por James Rodríguez, aos 3’; 1-1, por Álvaro Pereira (p.b.), aos 20’; 1-2, por Varela, aos 21’:2-2, por Edgar, aos 23’; 2-3, por Rolando, aos 35’; 2-4, por Hulk, aos 42’; 2-5, por James Rodríguez, aos 45’+2’; 2-6, por James Rodríguez, aos 73’.
Via Público
E, de repente, Guimarães tem um festival de dança, com direito a co-produções internacionais, orçamento reforçado, nomes célebres, apostas inusitadas e um programa paralelo para não deixar que tudo caia na efemeridade da festa.
Desde ontem e até dia 19, o tempo é de dança no Centro Cultural Vila Flor (CCVF). Convidados especiais desta primeira edição do GUIdance: Australian Dance Theatre (ontem, com Be Your Self, na foto), Anne Teresa De Keersmaeker (o histórico Rosas danst Rosas), Sidi Larbi Cherkaoui com Damien Jalet (Babel, a 19, a fechar o festival, e dias 25 e 26 no Centro Cultural de Belém, em Lisboa), Olga Roriz em dose dupla (dia 17, com os extraordinários Electra e Sagração da Primavera), Amélia Bentes e Leonor Keil (Mapacorpo, amanhã), Teresa Prima (entre todas as coisas, 16 e 17) e as gémeas Andresa e Lígia Soares (Era Uma Coisa Mesmo Muito Abstracta e Ar ao Vento, respectivamente, dia 18).
Segundo José Bastos, director artístico do CCVF, o festival é "o cruzamento de um conjunto de circunstâncias que reforçam a oferta de dança contemporânea numa região que não tem assim tantos espaços para uma programação diversificada". Com Guimarães 2012 à porta, o Vila Flor instaura, assim, um outro projecto-âncora, à semelhança dos festivais de teatro (Gil Vicente, em Maio) e de jazz (Guimarães Jazz, Novembro). Objectivo principal: "Prolongar a coerência programática que se tem vindo a oferecer", concentrando, no espaço e no tempo, um conjunto de propostas que evidenciam "o acto de programação como acto de mediação na relação entre o espectador e os objectos artísticos".
"Um festival permite arriscar, em termos orçamentais e de propostas", diz José Bastos, salientando que espectáculos avulsos ao longo do ano "poderiam não ter exposição adequada".
Feito em tempo-recorde - foi apenas anunciado em Janeiro - o GUIdance resulta de um "ponto de encontro [entre] agendas, disponibilidades, orçamento e interesses". Com um orçamento de 150 mil euros, um terço vindo da Capital Europeia da Cultura (CEC) e os outros dois do orçamento do CCVF, o festival mais do que duplica o investimento de 60 a 70 mil euros que, ao longo do ano, o CCVF faz em dança contemporânea. "Isto não significa um desinvestimento [no resto da programação]", garante José Bastos. E garante, até, um reforço de verbas para a edição do próximo ano, integrada no programa geral da CEC.
De Keersmaeker, por exemplo, surge não apenas "porque é uma peça importante", mas também como "rampa de lançamento" para a sua presença na cidade em 2012": fará uma residência e apresentará um espectáculo integrado na CEC, que o Vila Flor também vai co-produzir.
A peça que abriu o festival, Be Your Self, sobre o individualismo, é assinada por Garry Stewart e co-produzida pelo CCVF. Tematicamente, contrasta com a peça que fecha, Babel, sobre o multiculturalismo e noções de colectivo na sociedade. É também assim que o GUIdance se quer pensar: como lugar de encontro.
Via público