Quinta-feira, 13.10.11

Um corte de eletricidade com uso de força policial no bairro clandestino da "Quinta da Parvoíce" exacerbou a falta de esperança de quem vive sem condições. 

Quando a esperança no futuro esmorece, como manter a ligação a um local onde se vive? As perto de 50 famílias que habitam em espaço reduzido na "Quinta da Parvoíce", um bairro de casas clandestinas em Setúbal, estão a começar a sentir-se sem opções.

 

Sem possibilidade de contar com eletricidade legal da EDP, os moradores não têm outra saída que não seja fazer ligações ilegais ao poste mais próximo. "Puxadas" que periodicamente são desligadas pela EDP e, com a mesma periodicidade, voltam a ser implementadas pelos habitantes. 

Contudo, o último corte contou com o uso de força policial e provocou indignação junto da população, que defende não lhe oferecerem outra solução para contarem com eletricidade vital para, por exemplo, armazenar alimentos.

Sem luz ao fundo das negociações

Padre Constantino Alves é um dos principais apoiantes da população da Quinta da Parvoíce. Exatamente por isso, patrocinou uma reunião na Igreja de Nossa Senhora da Conceição com as partes envolvidas: EDP e habitantes.

 

Os representantes dos moradores sublinharam estar dispostos a pagar pela eletricidade que utilizarem. Porém, o problema legal continua sem resolução, a curto ou a longo prazo, se bem que o padre Constantino considere que da reunião saiu um maior entendimento do problema que aflige quem mora no bairro.

Eletricidade é apenas um dos problemas

Num local que já não tem canalizações ou espaços bem construídos, a eletricidade que tão banal é para a a maioria das pessoas, ganha um papel quase de vida ou morte. E se, as condições moldam o carácter das pessoas, não deixam de tirar esperança numa vida melhor. Por isso, a equipa de reportagem do Expresso procurou falar com um dos representantes da EDP presentes na reunião. Contudo, o membro da companhia afirmou não estar autorizado a prestar declarações.

 

No entanto, o problema da Quinta da Parvoíce não começa nem acaba nos cortes de energia e nas "puxadas" ilegais da rede elétrica pública. O maior problema da Quinta da Parvoíce reside na falta de resposta que dê solução a pessoas que - quer se queira quer não queira - não têm alternativas próprias para sair da situação de miséria em que se encontram, muito menos quando a maioria está no desemprego devido à crise que o país atravessa.

Veja a reportagem vídeo do Expresso na Quinta da Parvoíce:

 

 


Via Expresso



publicado por olhar para o mundo às 17:56 | link do post | comentar

Sexta-feira, 20.05.11
BE quer proibir banca de rever contratos sem acordo do cliente
O Bloco de Esquerda propôs hoje que a lei proíba, explicitamente, cláusulas que confiram aos bancos a capacidade de rever contratos de empréstimo sem o acordo do cliente, considerando que a decisão do Banco de Portugal é inaceitável.

«Hoje vamos apresentar uma proposta que tem a ver com os empréstimos para a compra de habitação e a alteração que foi recentemente deliberada pelo Banco de Portugal, no sentido de permitir cláusulas contratuais nos empréstimos para compra de habitação que dão aos bancos o poder de alterar os encargos e as taxas de juro desses empréstimos por razões relacionadas com a conjuntura económica», explicou o deputado do BE José Gusmão em conferência de imprensa. 

Segundo o bloquista, «esta decisão do Banco de Portugal tem como objectivo clarificar a legislação existente», criando «uma via verde para o abuso dos bancos sobre os seus clientes, nomeadamente ao nível da revisão das condições contratuais».

«Do nosso ponto de vista, esta decisão do Banco de Portugal é inaceitável e representa uma demissão do Banco de Portugal, e do próprio Governo que já veio apoiar esta medida, da função de regulação do sistema financeiro», criticou. 

Considerando que estas cláusulas não devem ser permitidas por lei, José Gusmão explica assim que «o Bloco de Esquerda propõe que a lei proíba, explicitamente, cláusulas que dêem aos bancos a capacidade de rever contratos de empréstimo sem o acordo do cliente».

«Propomos também que, quando este princípio for violado, seja em que circunstância for, haja lugar a indemnização do cliente por parte do banco», acrescentou, afirmando que «o banco terá que devolver qualquer importância que tenha sido cobrada em excesso ao cliente mas para além disso terá que haver um quadro sancionatório que estará em linha da legislação já existente do ponto de vista de abuso de poder por parte das instituições financeiras e que é um quadro já regulamentado». 

Segundo o deputado, a proposta de hoje do partido - o BE está a apresentar uma proposta por dia durante este período de campanha eleitoral – «inclui ainda alterações à legislação sobre o sector financeiro, nomeadamente no sentido de impedir a cobrança de comissões por despesas de manutenção».

«São despesas muito nebulosas e que os bancos cobram sobretudo aos seus clientes com rendimentos mais baixos. Por isso, o bloco defende que essa cobrança não deve ser possível para clientes que tenham um saldo médio na sua conta bancária inferior à remuneração mínima garantida», sustentou. 

O partido liderado por Francisco Louçã quer ainda «uma revisão da lei de serviços mínimos bancários, no sentido de garantir a gratuitidade desses serviços e a obrigatoriedade da adesão de todos os bancos à prestação desses serviços».

 

Via Sol



publicado por olhar para o mundo às 08:52 | link do post | comentar

Segunda-feira, 14.02.11

 

Casas low cost no Porto

Apartamentos T0 e T1, mobilados e equipados, a partir de 300 euros mensais (água e luz incluídas) são as ofertas que o LowCostHouses tem em mente já para 2011, revelou à Lusa Filipe Teixeira, arquitecto e um dos proprietários do Plano B.


Criado em 2006 como espaço multidisciplinar para trazer uma nova dinâmica cultural à Baixa, o Plano B quer avançar para a reabilitação arquitectónica do centro do Porto. A intenção é recuperar "prédios inteiros", disponibilizando "90 por cento para o mercado de arrendamento", através de parcerias que permitam resultados de baixo custo. "O Porto é uma cidade low cost: é mais barato comer e sair à noite... Mas quando alguns artistas estrangeiros e amigos nos começaram a pedir para encontrar casas na Baixa, vimos que a oferta era ridícula: as casas degradadas eram caras e as que estavam recuperadas tinham preços exorbitantes", recorda Filipe Teixeira.

O arquitecto considera que "a oferta está desadequada à procura" e que o mercado de luxo "começa a ficar saturado", não havendo "público" para tudo o que está a ser feito nessa área. Prova disso, diz, é o insucesso das vendas de nove apartamentos e uma loja que a Sociedade de Reabilitação Urbana (SRU) recuperou no quarteirão do Corpo da Guarda.

O LowCostHouses pretende "estabelecer parcerias", trabalhando com marcas portuguesas, arquitectos e designers "em início de carreira" e encontrando investidores e proprietários com "bom senso". "Cada vez há mais prédios que ninguém vende, porque não faz sentido preços exorbitantes por casas a cair de podres. Para já, temos essencialmente um trabalho cirúrgico de encontrar prédios recuperáveis a preços realistas", esclarece o responsável.

A equipa quer "mediar acordos" entre proprietários e investidores e uma das hipóteses para o negócio é "o proprietário disponibilizar o prédio e o investidor entrar com o dinheiro das obras".

Há já um prédio de "11 apartamentos" com negociações de tal forma "avançadas" que a perspectiva é ter as casas prontas para arrendar em 2011, revela Filipe Teixeira. No caso dos apartamentos para venda, existem duas possibilidades: Do It Yourself, para envolver os proprietários no restauro; e Ready made, para vender o apartamento "já mobilado e decorado por um designer". O arquitecto garante que estes investimentos "não serão para a classe alta, mas para as pessoas com mais capacidade financeira".

A reabilitação low-cost e o projecto do Plano B vão estar em foco no próximo Clube Addict - Agência para o Desenvolvimento das Indústrias Criativas, que se realiza na sexta-feira. Reabilitação Alternativa: Arquitetura bottom-up e low-cost é o tema do encontro que pretende dar a conhecer os projectos de "12 entidades" e promover o contacto com investidores.

 

Via Público



publicado por olhar para o mundo às 18:49 | link do post | comentar

mais sobre mim
posts recentes

Quinta da Parvoíce: um ba...

BE quer proibir banca de ...

Casas Low Cost quer recup...

arquivos

Janeiro 2014

Dezembro 2013

Dezembro 2012

Junho 2012

Maio 2012

Abril 2012

Março 2012

Fevereiro 2012

Janeiro 2012

Dezembro 2011

Novembro 2011

Outubro 2011

Setembro 2011

Agosto 2011

Julho 2011

Junho 2011

Maio 2011

Abril 2011

Março 2011

Fevereiro 2011

tags

todas as tags

comentários recentes
Ums artigos eróticos são sempre uma boa opção para...
Acho muito bem que escrevam sobre aquilo! Porque e...
Eu sou assim sou casada as 17 anos e nao sei o que...
Visitem o www.roupeiro.ptClassificados gratuitos d...
então é por isso que a Merkel nos anda a fo...; nã...
Soy Mourinhista, Federico Jiménez Losantos, dixit
Parabéns pelo post! Em minha opinião, um dos probl...
........... Isto é porque ainda não fizeram comigo...
Após a classificação de Portugal para as meias-fin...
Bom post!Eu Acho exactamente o mesmo, mas também a...
links
blogs SAPO
subscrever feeds