Dois grupos de ciberactivistas pedem aos seus apoiantes que cancelem as contas pessoais do PayPal. O motivo apontado é o facto de a empresa de pagamentos onlineter deixado de possibilitar a transferência de donativos para a Wikileaks, avança esta quarta-feira a BBC.
Esta decisão do PayPal – que dá também nome ao popular serviço de pagamentos online, disponível em 103 países e usado por cerca de 100 milhões de pessoas – acontece na sequência do apelo do governo norte-americano ao congelamento deste tipo de doações em Dezembro de 2010.
O site de denúncia – mediatizado pelo australiano Julian Assange – foi acusado, à altura, de ter roubado documentos sensíveis relativos à diplomacia norte-americana.
Num comunicado publicado na Internet, os grupos de hackers Anonymous e Lulz Security pedem que os seus seguidores cancelem as suas contas deste serviço. O comunicado do "consórcio" de hackers acusa o PayPal de “continuar a reter na fonte fundos da Wikileaks, um farol da verdade nestes tempos escuros”.
O PayPal recusa-se a comentar o boicote, depois do ministério público do distrito norte da Califórnia, em San José, ter imputado ao grupo Anonymous o crime de “conspirar e danificar intencionalmente” os sistemas informáticos do PayPal entre os dias 6 e 10 de Dezembro de 2010.
Quatorze hackers foram detidos pelo FBI, na semana passada, devido a uma alegada participação num ataque informático contra o PayPal, reivindicado pelo grupo Anonymous.
Os grupos LulzSec e Anonymous são conhecidos pela publicação de informação privada a partir de sites com segurança reduzida e por acções de protesto a favor da liberdade de expressão e navegação na Internet.
Via Público