Há várias décadas que o Príncipe Real é a principal zona gay de Lisboa, por causa dos muitos bares, discotecas e engates. Mas, se ganha na quantidade, perde na qualidade. Não é aí que ficam os melhores ambientes nocturnos gay. É no Bairro Alto - que sempre atraiu certa franja das profissões criativas e liberais, cheias de homens e mulheres homossexuais.
Foi a assíduos do Bairro Alto que o i perguntou pelos dois melhores bares gay de Lisboa. E o prémio, sem grande hesitação, foi quase sempre para? Maria Caxuxa e Purex. Dois sítios colados um ao outro, embora em ruas diferentes, de ambiente bem definido, livre e sofisticado, onde as pessoas se divertem a sério.
O Caxuxa, como é conhecido, puxa mais os homens gay; o Purex, as lésbicas. Tanto um como outro recusam o rótulo de bar gay e, bem vistas as coisas, até têm razão. Há neles de tudo um pouco. Mas não poderia ser de outra maneira, numa cidade onde consta que o apartheid da orientação sexual não existe. Agora dizer que a sexualidade de quem lá vai não importa nada também soa a falso. São os clientes, com as suas características todas, e não só metade delas, que fazem as casas. Se nunca lá foi, experimente.
Para eles: Maria Caxuxa Três salas, um bar, aspecto rústico propositado, um não-sei-quê de seguro e libertino. Um cantor aqui, um bailarino ali, um actor acolá. Sempre muitos gays.
Os actuais donos do Maria Caxuxa trabalharam em tempos noutro bar do Bairro Alto, o Clube da Esquina - assumidamente gay. Há quatro anos, quando abriram o Caxuxa, trouxeram com eles muitos clientes. Além disso, esta antiga tasca e fábrica de bolos (o forno mantém-se, ao centro do bar) foi uma lufada de ar fresco na cidade. Pela atitude - discreta, mas sabida - e pelo ambiente - familiar e moderno. Tudo aquilo que muitos homens gay apreciam.
Situa-se na Rua da Barroca, a principal rua gay do Bairro. Nos concorridos fins-de-semana fica facilmente sobrelotado. Por dentro e por fora. Os lugares sentados são disputados ao centímetro. E à porta junta-se uma multidão compacta de copo na mão. A atracção é tal que há quem prefira comprar bebidas mais baratas nos bares ao lado e ir despachá-las à porta do Caxuxa.
Por não ser um gueto, longe disso, nem vestir a camisola de nenhuma causa, permite que toda a gente se sinta bem lá dentro. O som electrónico modernaço, as excelentes tostas servidas até à uma da manhã e a rapidez do serviço fazem o resto.
Para elas: Purex Em pouco anos tornou-se um dos melhores bares de Lisboa e, por via da clientela que lá vai, um dos melhores bares lésbicos. Há quem lhe chame "fufex". Costuma associar-se às iniciativas LGBT lisboetas, como o Arraial Pride (a maior festa gay anual) e o festival de cinema Queer Lisboa.
As suas responsáveis preferem falar em bar gay friendly, porque dizem receber bem toda a gente. É um facto que sim. Cruzar as grandes portas cor-de-laranja do Purex não é a mesma coisa que meter o pé noutros bares do Bairro. A maior parte deles, verdade seja dita, não são bares - são balcões de venda de bebidas, sem personalidade ou ambiente. Muitas vezes sem nome. No Purex isso não acontece. Há espírito e carácter, ambiente e boa música.
A casa demorou a fazer-se. Tinha uma clientela lésbica pouco dada ao consumo de bebidas, que fazia do espaço uma sala de estar para amigas e conhecidas. As responsáveis conseguiram dar a volta ao caso com uma selecção musical rígida, pouco comercial e atenta às novidades. O suficiente para afastar um público menos exigente e atrair as (e os) vanguardistas.
Via ionline
Festival i, as artes por miúdos!
19 e 20 Maio, em Águeda
http://www.dorfeu.pt/i
http://issuu.com/dorfeu/docs/i2012
No auge da primavera, a 19 e 20 de Maio, Águeda vai ser palco de mais um Festival i. Nesta 4ª edição, a d’Orfeu propõe uma nova série de fascinantes propostas artísticas para o público infantil. A festa das artes em família promete ser imparável e com uma diversificada oferta cultural de arregalar os sentidos: desde a descoberta da música barroca até à animação circense, passando por histórias de encantar, teatro de pasmar e baile sem parar!
Durante todo o fim-de-semana - sábado 19 e domingo 20 -, Águeda é invadida pelo festival ao longo do dia, criando-se um roteiro cultural em vários locais: Espaço d’Orfeu, Auditório do CEFAS, Biblioteca Municipal Manuel Alegre, Auditório Ana Paula Silva (Orfeão de Águeda) e pelas ruas da cidade. Na véspera do início do festival, na sexta 18 Maio, o Espaço d’Orfeu receberá turmas escolares para assistir aos primeiros espectáculos.
A produção nacional preenche na totalidade o programa desta 4ª edição do Festival i, um evento non-stop dedicado à infância enquanto público, não só do futuro, mas já do presente. Dias 19 e 20 de Maio, em Águeda, as artes do espectáculo trocadas por miúdos!
A pulseira individual é válida para todo o festival e tem o custo de 6€, havendo desconto para adultos se acompanhados por criança(s) e portadores Cartão d'Orfeu. O acesso é gratuito para famílias com duas gerações de portadores Cartão d'Orfeu. As pulseiras podem ser adquiridas antecipadamente na d'Orfeu até ao dia 18 de Maio ou durante o festival nos respectivos locais dos espectáculos.
O programa detalhado pode ser consultado no sítio www.dorfeu.pt/i e nas redes sociais da d'Orfeu. Mais informações através do email dorfeu@dorfeu.pte do telefone 234603164. O i é uma iniciativa d’Orfeu, com o apoio oficial do Município de Águeda e da Direção-Geral das Artes. Todos ao i!
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d’Orfeu Associação Cultural
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O jornal i venceu o prémio da Society for News Design (SND) para o "jornal mais bem desenhado do mundo". Os prémios SND são os mais conceituados na área e vão já na 32ª edição.
Os júris do Die Zeit, The Seatle Times, Akzia, Ottawa Citizen e Poynter Institute convidam jornalistas e editores de todo o mundo a deixarem-se inspirar pela forma "fresca e original" que o i tem de olhar a informação e repensarem os modelos onde trabalham com a mesma "criatividade e tenacidade."
"O i é composto como uma bela peça musical. Tem a disciplina para tocar apenas as notas mais altas, que mais importam," pode ler-se na nota do júri que não elogia apenas a forma, mas também o conteúdo. "O i faz o caminho entre a revista e o jornal com um equilíbrio perfeito. O seu formato tem a flexibilidade necessária que nos permite focar um dia nas notícias duras e no outro em artigos de fundo. As edições que vimos destacam uma história principal sobre um grande autor, num dia, e no outro, uma grande reportagem sobre o terramoto no Haiti. Encontrámos histórias contadas com sentido de urgência e de notícia, outras contadas com subtileza e humor."
Leia aqui na integra a apreciação do júri
Via Ionline
Parabéns ao i e a todos os seus colaboradores