Terça-feira, 19.06.12
(Microsoft)
É uma mudança histórica na estratégia da Microsoft. Após três décadas em que desenvolveu software e deixou para os outros o fabrico dos computadores, a empresa apresentou uma linha de tablets de marca própria, chamada Microsoft Surface, para competir com o iPad.
O anúncio foi feito numa apresentação em Los Angeles, que começou cerca das 0h de terça-feira (hora de Lisboa). Há uma semana que o evento vinha a gerar grande expectativa e estava rodeado de um secretismo que é mais típico da Apple.
Os tablets Microsoft Surface têm um ecrã de 10,6 polegadas (um pouco maior do que o do iPad) e estão equipados com portas USB. Há dois modelos. Uma versão é mais fina e leve e está equipada com o Windows RT (a versão do Windows 8 para os processadores ARM, que tipicamente são usados em dispositivos móveis) – será vendida com 32GB e 64GB. Um modelo superior oferece um ecrã de mais qualidade, mais conectividade (três portas USB em vez de duas), surge em 64GB e 128GB e está equipado com o Windows 8 Pro e processador Intel. Não há referências a câmaras nas especificações técnicas dos modelos e os preços não foram divulgados.
O Windows 8, que chegará ao mercado depois do Verão, foi desenvolvido para ser usado tanto em computadores convencionais como em tablets e é o primeiro sistema da Microsoft desenhado para se adaptar a este género de aparelhos – a interface tanto suporta o uso de rato e teclado como toques e gestos no ecrã.
Na apresentação, o CEO da Microsoft, Steve Ballmer, sinalizou a mudança de paradigma que esta jogada representa para a Microsoft com um tipo de afirmações que se assemelham às proferidas por executivos da Apple, ao defender a integração de software e hardware. “Acreditamos que qualquer intersecção entre humanos e máquinas pode ser melhorada quando o hardware e o software são considerados em conjunto”, afirmou Ballmer.
Foi precisamente a estratégia de decidir fazer apenas software e deixar que outras marcas criassem computadores compatíveis com o Windows que deu à Microsoft a liderança sobre a Apple na década de 1980. Agora, a empresa parece adoptar, pelo menos em parte, a estratégia da rival.
"A integração entre hardware e software passa a ser reconhecida pela Microsoft como essencial para poder dar aos consumidores um produto cuja experiência seja melhor e que possa competir com o popular iPad", explica ao PÚBLICO Francisco Jerónimo, analista da IDC.
Para além de concorrer directamente com a Apple, a Microsoft vai agora competir ainda com actuais parceiros, as empresas que fabricam computadores com Windows e que também se preparam para fazer chegar ao mercado tablets com este sistema.
A Microsoft mostrou ainda nesta noite uma capa protectora para o Surface que tem um teclado físico integrado. O acessório estará disponível em várias cores.
O Surface vai concorrer com o iPad, que veio, em 2010, praticamente inaugurar um segmento em que a Microsoft até já tinha feito experiências, mas quase sem consequências.
"Há pontos fortes muito importantes e diferenciadores" no Surface, analisa Francisco Jerónimo, notando que um deles é o teclado físico da capa. "Por outro lado, é muito importante a integração do Office. Esta será a killer application para que este produto da Microsoft seja atractivo face aos Android e ao iPad".
O analista, porém, antevê um potencial problema: "Pelas indicações dadas, o preço não se perspectiva que seja baixo o suficiente para poder competir em mercados sensíveis a este factor, como é o português".
Nos últimos dois anos, o iPad tem sido o líder isolado e a referência no segmento, apesar da profusão de aparelhos com sistema operativo Android e de marcas como a HP e a RIM (dos BlackBerry) terem tentado soluções com sistemas operativos próprios, que não convenceram os consumidores. O tablet de baixo custo da Amazon também não fez sombra ao dispositivo da Apple.
Apesar da nova estratégia que mostrou nesta noite, a Microsoft não é inteiramente alheia ao fabrico de electrónica de consumo, onde tem tido resultados díspares. Em 2006, lançou o leitor de música Zune, para concorrer com o iPod, que foi um falhanço. Pelo contrário, a consola Xbox é um sucesso de vendas. Para além disto, a empresa fabrica há muito periféricos como ratos e teclados – algo que Ballmer sublinhou durante a apresentação.A Microsoft já pôs também o pé nos canais de retalho, com lojas dedicadas aos produtos da empresa e, inspirada na Apple, com a presença em superfícies de venda (incluindo em Portugal) de “gurus Microsoft” – funcionários que têm como objectivo ajudar potenciais clientes a escolher produtos.
Noticia do Público
Terça-feira, 12.06.12
O melhor portátil da Apple passa a ter 1,8 centímetros de espessura e a pesar pouco mais de dois quilogramas (Justin Sullivan/Getty Images/AFP)
O “retina display”, a mais alta resolução de ecrã capaz de ser apreendida pela retina humana, é uma das principais características dos últimos produtos Apple – e o MacBook Pro apresentado nesta segunda-feira, na conferência anual de programadores da empresa, não é excepção. É o primeiro portátil de sempre com tão elevada densidade de pixéis no seu ecrã.
Lançado no iPhone 4 e introduzido no mundo dos tablets em Março, na mais recente versão do iPad, o “retina display” é uma das mais significativas novidades do MacBook Pro reveladas na Worldwide Developers Conference, que decorre no centro de congressos de Moscone, em São Francisco, Estados Unidos, até sexta-feira. Este evento concentra todos os anos a atenção não só dos consumidores da Apple, mas de toda a comunidade tecnológica.
O vice-presidente Phil Schiller revelou “o mais bonito computador” que a Apple “alguma vez fez”. O novo MacBook Pro é o mais leve e fino até à data, rivalizando mesmo com o MacBook Air. O melhor portátil da Apple passa a ter 1,8 centímetros de espessura e a pesar pouco mais de dois quilogramas. E vai custar pelo menos 1.299 euros, no modelo de 13 polegadas, e desde 1.949 euros, na versão de 15 polegadas.
Em contrapartida, o MacBook Air passa a ser mais barato: os modelos de 11 polegadas passam a custar pelo menos 1.099 euros; os de 13 polegadas podem ser adquiridos a partir de 1.299 euros. De resto, o Air tem uma nova versão, que começa a ser enviada para as lojas nesta segunda-feira, com os mais recentes processadores da Intel (Ivy Bridge), oito GB de memória e câmara de 720 pixéis.
O novo MacBook Pro tem o mesmo tipo de processadores, que permitem uma aceleração gráfica de 60%, tem até 16 GB de RAM, sete horas de autonomia e mais um conjunto de características apresentadas com pompa por Phil Schiller – USB 3.0, GeForce GT 650M, com 1 GB de memória, conexão com 802.11n Wi-Fi e Bluetooth 4.0.
Craig Federighi, responsável pelo departamento de software para os Mac, revelou algumas das possibilidades que se pode esperar do novo sistema operativa da Apple, o OS X Mountain Lion, a ser lançado no final deste Verão. A principal novidade aqui é que se esbate as diferenças entre sistemas operativos de computadores e dispositivos móveis.
Construído com as “inovações do iPad”, o OS X Mountain Lion terá um serviço de sincronização para o iCloud, mais opções de partilha de que o seu antecessor, uma forma mais simplificada de navegar na web (o Safari também será actualizado) e será capaz de reconhecer ditados.
Noticia do Público
Terça-feira, 05.06.12
O presidente da Asus, Jonney Shih, com o tablet de 18,4 polegadas que também pode ser usado como computador
(Yi-ting Chung/Reuters)A Asus e a Acer mostraram nesta segunda-feira vários aparelhos equipados com o Windows 8, incluindo modelos híbridos entre computadores e tablets, ultraportáteis com ecrã sensível ao toque e um tablet com mais de 18 polegadas.
As duas marcas taiwanesas exibiram as novidades na feira Computex, em Taipé, capital de Taiwan, país que concentra alguns dos maiores fabricantes mundiais de tecnologias de consumo. Segundo dados da Gartner, a Acer é a segunda maior fabricante de computadores da Europa ocidental e a quarta maior em Portugal. Já a Asus é a terceira naquele mercado europeu e também a terceira no mercado português.
Os modelos revelados indicam o tipo de aparelhos com que estas marcas esperam aproveitar o Windows 8, a próxima versão do sistema da Microsoft, completamente redesenhada e a primeira concebida para também para tablets. Os objectivos passam por retirar quota de mercado ao iPad (que é o líder incontestado no segmento dos tablets, apesar dos esforços dos fabricantes que têm colocado à venda modelos com Android) e por avançar para um paradigma de utilização de computadores mais focado em toques e gestos.
A Asus mostrou um modelo chamado Taichi, um portátil com dois ecrãs que funcionam de forma independente. Um dos ecrãs serve para quando o computador está aberto. O outro, nas costas do primeiro, é sensível a toques e gestos, e pode ser usado quando o computador está fechado, altura em que passa a funcionar como um tablet. Os dois ecrãs podem, no entanto, ser usados em simultâneo.
Outro dos aparelhos mostrados pela marca é o Transformer AiO, um computador tudo-em-um (em que todos os componentes estão na mesma estrutura que suporta o ecrã) com um ecrã de 18,4 polegadas, que pode ser removido e usado como um tablet gigante. Está equipado com Windows 8, mas também com Android, podendo o utilizador escolher que sistema operativo usa a cada momento.
A empresa tem ainda em preparação dois tablets, os Transformer Book, que se caracterizam por terem um teclado que pode ser desencaixado, semelhante ao que acontece com modelos de que Asus já tem no mercado e que usam Android. Um destes aparelhos recorre a processadores ARM (tipicamente usados em dispositivos móveis) e ao Windows RT, a versão do Windows 8 para este tipo de processadores. O outro está equipado com processador Intel e Windows 8.
Já a Acer mostrou dois modelos de tudo-em-um com Windows 8 (os Aspire 5600U e o 7600U) e dois novos tablet (os Iconia W700 e W510), um deles equipado com um teclado removível.
A marca tem ainda dois novos modelos de computadores ultraportáteis (os chamadosultrabooks) a usar o novo Windows. Com ecrãs de 13,3 e 11,6 polegadas, ambas as versões deste Aspire S7 têm ecrãs sensíveis ao toque, permitindo ao utilizador usar tanto o teclado como gestos.
O segmento dos ultrabooks (que surgiram na sequência do Macbook Air, da Apple) deverão representar 20% dos portáteis enviados pela Acer para os vendedores ao longo deste este ano, adiantou a empresa. No caso da Asus, os ultrabook deverão representar 15%.
O Windows 8 deverá chegar ao mercado no último trimestre do ano e é uma grande remodelação face aos antecessores. Está concebido para ser usado com rato e teclado, mas também apenas com toques e gestos.
A interface é semelhante ao Windows Phone, o sistema operativo da Microsoft para telemóveis e muito diferente dos Windows que têm sido lançados. A par desta interface – chamada Metro – é possível correr programas na interface convencional.
Noticia do Público
Quarta-feira, 30.05.12
(Rui Gaudêncio) Foi detectada a existência de um vírus informático que dá pelo nome de Flame e que já foi descrito como uma das ameaças mais complexas alguma vez detectadas.
Pensa-se que este vírus, que desencadeou um complexo ciberataque à escala mundial, tem recolhido dados privados de uma série de países, incluindo Israel e Irão, afirmaram especialistas citados pela BBC.
A empresa de segurança informática russa Kaspersky Labs indicou à estação britânica que omalware estará operacional desde pelo menos Agosto de 2010. A mesma empresa indicou que os ataques terão origem num programa estatal, mas não quiseram indicar qual a eventual origem geográfica da ameaça.
As investigações às origens e objectivos deste ataque foram levadas a cabo em parceria com a International Telecommunication Union, da ONU.
No passado foi já noticiada a existência de complexo malware internacional com um alvo específico, como o Stuxnet, o vírus que infectou centrais nucleares iranianas. Porém, o novo vírus Flame não terá como objectivo causar danos físicos, mas antes recolher dados sensíveis dos seus alvos, indicou Vitaly Kamluk, perito da empresa Kaspersky Labs.
O professor Alan Woodward, do Departamento de Computação da Universidade do Surrey, disse à BBC que este é um ataque muito significativo. “Isto é basicamente um aspirador industrial de informações sensíveis”, disse, explicando que ao contrário do Stuxnet, que tinha um objectivo específico, este malware pode apanhar tudo aquilo que lhe chegar e considerar potencialmente interessante.
Kamluk explicou à BBC como o vírus actua: “Uma vez infectado um sistema, o Flame dá início a um complexo sistema de operações, incluindo a monitorização do tráfego, a recolha de capturas de ecrã, a gravação de conversas áudio, o registo de acções no teclado e por aí fora”.
Relata a BBC que este vírus consegue detectar conversas telefónicas, gravá-las e enviá-las para os “espiões” e consegue igualmente fazer capturas de ecrã detectando automaticamente quando estão abertos programas “interessantes”, como e-mail ou mensagens instantâneas.
Mais de 600 alvos específicos foram atingidos, desde indivíduos e empresas até governos e instituições académicas.
Uma unidade informática governamental iraniana alertou recentemente para o facto de este vírus Flame ser responsável por “recentes perdas massivas de dados” nacionais.
Os investigadores dizem que poderá demorar vários anos a ser analisado, por causa do seu tamanho e da sua complexidade, o que sugere que a sua origem poderá ser governamental (ou criada com apoios estatais) e não fruto do trabalho de cibercriminosos independentes.
“Actualmente há três categorias de indivíduos/organizações que desenvolvem malware espyware: hacktivistas, cibercriminosos e Estados”, disse Kamluk.
“O Flame não tem a intenção de roubar dinheiro de contas bancárias. E também é diferente do simples malware usado pelos hacktivistas. Por isso, ao excluirmos os cibercriminosos e os hacktivistas, chegamos à conclusão que o mais provável é que a ameaça venha do terceiro grupo”, indicou o mesmo responsável.
Entre os países afectados pelo ataque contam-se o Irão, Israel, Sudão, Síria, Líbano, Arábia Saudita e Egipto.
“A geografia dos alvos e também a complexidade da ameaça não deixa qualquer dúvida sobre a hipótese de ter sido um Estado-nação a patrocinar a investigação que deu origem a isto”, disse Kamluk.
O primeiro registo da actuação do vírus Flame foi detectado pela empresa Kaspersky em Agosto de 2010, apesar de ser provável que o malware estivesse a operar desde antes.
Noticia do Público
Domingo, 20.05.12
Nomes completos, números de BI e NIF de bolseiros do ensino superior estiveram a descoberto na web. Dados do agregado familiar também estiveram acessíveis
Os dados pessoais de 220 mil estudantes bolseiros do ensino superior estiveram acessíveis durante várias semanas no site da Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES). A situação foi corrigida quinta-feira pela empresa responsável pelo desenvolvimento da plataforma, mas vai ser investigada pela Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD).
Os nomes completos e os números dos bilhetes de identidade e de identificação fiscal dos mais de 220 mil alunos candidatos a bolsas de estudo podiam ser consultados sem grandes dificuldades numa área específica do site da DGES. O sistema permitia também aceder aos mesmos dados pessoais dos pais e restantes elementos do agregado familiar destes estudantes do ensino superior.
O problema prendia-se com o acesso à área reservada do site a bolseiros, que era feita através de um endereço inseguro, que podia ser manipulado. O link à vista no browser de qualquer computador mostrava os parâmetros de acesso "ID" preenchidos com vários X. Substituindo os X pelos números de contribuinte ou de BI dos estudantes era possível aceder a essa zona do site. Uma vez ultrapassada a barreira, os dados pessoais estavam inteiramente disponíveis.
Solução é temporária
Uma denúncia anónima fez com que o portal "pplware.com", associado à rede Sapo Tek, tivesse detectado o problema, dando origem a uma publicação naquele site feita anteontem. A forma como a notícia se começou a espalhar levou também o Ministério da Educação e Ciência (MEC) e a DGES a olhar para o caso e, a meio do dia de ontem, já havia uma solução, ainda que temporária.
O endereço de acesso à zona "reservada" a candidatos foi desactivado, o que impede agora o acesso à área onde os dados pessoais estavam acessíveis. A solução não corrige, todavia, o problema em definitivo. Numa nota escrita enviada ao PÚBLICO, o MEC garante que "têm vindo e estão a ser desenvolvidos os procedimentos normais nestas circunstâncias, designadamente em matéria de auditoria informática".
"O endereço já não se encontrava acessível através da plataforma de candidatura, onde tinha sido substituído, na sequência da adopção de um método diferente de geração de formulários", informa o gabinete de Nuno Crato.
Segundo o ministério, "nunca esteve em risco a divulgação de qualquer informação acerca, designadamente, dos rendimentos e património dos candidatos e do seu agregado familiar". Além disso, a consulta da informação através do endereço em causa "não era possível por engano ou casualidade", obrigando a uma "deliberada e intencional" manipulação de dados, uma prática que é ilegal, explica o MEC.
Retirado do P3
Sexta-feira, 10.02.12
O projecto de lei 118, que está a ser discutido na especialidade na AR, tem dado que falar na blogosfera portuguesa. O P3 explica o que é em cinco breves respostas
O que é o projecto-lei 118?
Apresentado pelo PS, pela mão da ex-ministra da Cultura e agora deputada Gabriela Canavilhas, este projecto de lei (PL118) prevê alterar a lei da cópia privada ao cobrar uma taxa nos suportes de armazenamento electrónicos. Até agora, eram taxadas cassetes, CD e DVD virgens e equipamentos de gravação e reprodução. O PL 118 alarga o leque de suportes taxados e faz com que a taxa varie consoante a capacidade de armazenamento.
Mas afinal o que é que isto significa?
Na prática, se o PL118 for aprovado, os dispositivos de armazenamento podem vir a ser mais caros. A taxa deve ser paga por fabricantes e importadores, e não pelo consumidor, mas estes poderão repercuti-la no preço final. Está, no entanto, previsto que a lei seja revista de dois em dois anos, para eventuais ajustes das taxas.
Alguns exemplos: Um disco rígido externo com capacidade de 1 "terabyte" (1 TB = 1024 GB) sofre um aumento de cerca de 20 euros, já que é aplicada uma taxa de dois cêntimos por "gigabyte". Se o disco ultrapassar 1TB, a ideia é que a taxa seja regressiva e que passe para 0,5 cêntimos por cada GB que supere 1 TB, embora a redacção inicial do PL118 leve à interpretação de que a taxa aumentaria a partir deste patamar. Nos telemóveis está prevista uma taxa de 50 cêntimos por cada GB, enquanto as "pen" têm uma taxa de seis cêntimos por cada GB. Também a taxa a aplicar sobre as fotocópias de obras protegidas muda - o preço deixa de ser definido com base numa taxa de 3%, passando a ter uma fixa de 0,02 cêntimos por cópia.
Nesta sexta-feira, Canavilhas anunciou uma série de alterações ao projecto de lei, entre as quais, segundo a deputada, "um tecto máximo de maneira a que, com a taxa, o valor final do produto nunca exceda um aumento de seis por cento em relação ao valor inicial, antes da aplicação do IVA".
E para onde é que vai o dinheiro?
O projecto de lei estipula que os "titulares de direitos, autores, editores, artistas, intérpretes ou executantes, produtores de fonogramas e videogramas" têm direito a uma compensação pela reprodução de obras protegidas para uso privado. A gestão das receitas é feita pela Associação para a Gestão da Cópia Privada, que reúne, entre outros, a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), Audiogest e Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL). Estas distribuem depois o dinheiro pelos respectivos associados.
As principais críticas
Na blogosfera, a discussão mantém-se acesa (ver links à esquerda). Já há uma petição a decorrer que conta com mais de sete mil assinaturas. Os signatários consideram que o projecto-lei está assente em "premissas falsas", uma vez que os dispositivos de armazenamento destinam-se, "na esmagadora maioria das vezes", a conteúdos próprios e não a cópias privadas, não devendo ser cobrados direitos de autor.
São condenados também os "valores abusivos" das taxas. De acordo com projecto de lei (e a SPA), os preços praticados junto do consumidor não registam alterações, sendo as taxas pagas pelos "distribuidores, grossistas e retalhistas", mas Gabriela Canavilhas já admitiu, em entrevista à Sapo Notícias, que este custo "normalmente é imputado ao consumidor".
Um dos casos mais "quentes" sobre o PL118 deu-se na internet, quando a SPA apresentou um abaixo-assinado, onde constam centenas de nomes de autores que apoiam a proposta de lei. Alguns fãs começaram a escrever cartas abertas aos artistas, questionando as suas posições. Interpelado no Facebook, o compositor António Pinho Vargas afirmou, tal como outros artistas, que não tinha assinado nada e que não conhecia a proposta
E agora, o que é que pode acontecer?
O projecto de lei esteve a ser discutido na especialidade (Comissão de Educação, Ciência e Cultura) na Assembleia da República, num processo que terminou hoje. Foram ouvidas várias associações. A versão final será votada e, consequentemente, promulgada ou chumbada.
Via P3
Quarta-feira, 25.01.12
Aqui não há dúvidas. O ovo veio antes da galinha. Landka, chama-se ela, uma empresa com sede em Matosinhos, que nasceu para chocar uma ideia: pegar no famoso relógio criado pelo professor Bob Lambert, que nos permite entender a sucessão dos grandes eventos do universo e da terra como se o Big Bang tivesse acontecido há 24 horas, e desenvolver a partir dele uma aplicação para iPad.
O resultado caiu no goto dos utilizadores do "tablet" da Apple que, em 38 países, incluindo os Estados Unidos e a China, puseram a app Back In Time, no primeiro lugar da lista de aplicações mais descarregadas. A Back In Time está catalogada como "e-book", mas é muito mais do que um livro digital, com os seus vídeos, a música de Rodrigo Leão e um grafismo intuitivo, capaz de nos fazer recuar milhões de anos com um simples deslizar dos dedos.
Os elogios (e os "downloads") chegaram de todo o lado e, nos Estados Unidos, bastou uma chamada de atenção recente do "New York Times" para a catapultar, durante uma semana, para o "top of the tops" da iTunes Store americana. Mas recuemos no tempo. O sucesso actual estava longe de ser imaginado por Susana Landolt, directora-geral da Landka, e pelos restantes quatro elementos que, em Outubro de 2010, se juntaram, em Matosinhos, para dar corpo à ideia surgida no Verão.
Trabalhar escalas de tempo
E que ideia foi essa? “Poucas pessoas têm sensibilidade para escalas de tempo de milhões, ou milhares de milhões de anos. Daí a ideia de usar uma analogia: um relógio imaginário em que o Universo começou há exactamente 24 horas. Desta forma, aumenta-se a percepção do leitor sobre as diferentes escalas de tempo”, explica Susana.
A percepção da grandeza, e da diferença entre estas escalas é algo de difícil apreensão para muitas pessoas. Mas “neste relógio imaginário", acrescenta, “a Terra foi criada há cerca de 8 horas, os Dinossauros foram extintos só há 7 minutos e nós, Homo Sapiens, existimos há pouco mais que um segundo...", explica por e-mail ao P3, assinalando que a ideia do relógio foi originalmente proposta por Robert Lambert, do McCarthy Observatory, nos EUA.
Dez meses de trabalho
Afinada a ideia e reunida a equipa – inicialmente cinco colaboradores, designers, programadores e engenheiros com um interesse transversal pela área da educação e divulgação científica – foram necessários dez meses para se chegar ao produto final. “Foi colocado um extremo cuidado em todas as vertentes: nos textos, na fiabilidade da arquitectura de 'software', na escolha dos eventos e, sobretudo, no design da interface gráfica”. E na música, acrescentamos nós.
“Tudo isto tem que ser integrado, de raiz, no desenvolvimento do código que suporta a aplicação, e tem um custo bastante elevado dado que o tempo de desenvolvimento torna-se muito maior”, adianta Susana Landolt. A demora valeu a pena. Ainda que o investimento (que a Landka não divulgou) não tenha sido ainda coberto pelas vendas. Logo após o lançamento, a Apple destacou a aplicação, garantindo-lhe um lugar na página principal da iTunes App Store em mais de 100 dos 126 países em que está presente.
E até meados de Janeiro, o e-book Back In Time já esteve no top de vendas de livros para iPad em 38 países, entre eles os Estados Unidos, Reino Unido, China, Espanha, Portugal, Suíça, França, Canadá, Austrália e Brasil. Na China, a aplicação foi considerada "App of the week" pela Apple, quer na versão para iPad quer na versão para iPhone, revela Susana.
Novos produtos este ano
Neste momento, a Landka não vive apenas do sucesso do seu ovo de ouro. “Estamos a trabalhar em novos projectos e em áreas diferentes do 'Back in Time'. Queremos continuar a desenvolver aplicações educacionais, mas também queremos ganhar experiência no desenvolvimento e comercialização de produtos diferentes."
"Iremos lançar novos produtos ainda este ano”, garante Susana, que dá uma má notícia aos utilizadores de "tablets" e "smartphones" com outros sistemas operativos. “Estamos muito atentos ao mercado do Android e do Windows Mobile, mas achamos que ainda não é a altura certa para desenvolvermos para essas plataformas”.
Via P3
Quinta-feira, 12.01.12
Na apresentação que a Microsoft faz anualmente antes da abertura da CES, a maior feira de tecnologia de consumo do mundo, a empresa revelou mais detalhes sobre o Windows 8 e apresentou novos telemóveis com Windows Phone 7.
Como habitual, o CEO da Microsoft, Steve Ballmer, protagonizou, esta madrugada (fim da tarde, na hora de Las Vegas), uma demonstração de tecnologias da Microsoft, entre as quais o Windows 8, que chega este ano ao mercado e que é o primeiro sistema da empresa concebido para equipar tanto computadores como tablets. Sem novidades de maior face ao que já se conhecia, a Microsoft mostrou como a nova interface de utilização – chamada Metro e semelhante à do Windows Phone 7, o sistema para smartphones – pode ser controlada tanto com gestos, como com o rato e o teclado e revelou alguns detalhes de funcionamento que ainda não tinham sido tornado públicos. Em exibição estavam alguns tablets e computadores (da nova categoria ultrabooks, portáteis ultra-finos e leves de que o Macbook Air, da Apple, é um precursor) já equipados com o sistema e de marcas como a Samsung e a Dell.
No Windows 8, as aplicações são dispostas num ecrã inicial de forma análoga ao que acontece num smartphone e num conceito muito diferente das versões do Windows que a Microsoft lançou até agora. Quando abertas, estas aplicações ocupam o ecrã inteiro – o objectivo, segundo a Microsoft, é focar a atenção do utilizador. No Windows 8 usado na exibição estavam, entre outras, aplicações do New York Times, do eBay e o popular jogo Cut The Rope, que se popularizou como aplicação para smartphones.
Antes, o evento – que contou com outros executivos em palco para além de Ballmer – tinha arrancado com o Windows Phone 7, que foi adoptado pela Nokia e que as duas empresas esperam que seja em 2012 uma terceira plataforma, alternativa ao iPhone e aos telemóveis Android – por ora, o Windows Phone 7 tem uma quota de mercado reduzida.
Ballmer destacou a parceria com a Nokia, mas também frisou que a Microsoft está a trabalhar com outros fabricantes, falando da Samsung e mostrando um novo modelo fabricado pela HTC.
O CEO da Microsoft revelou também um novo telemóvel Nokia com Windows Phone 7, destinado ao mercado dos EUA. Chama-se Lumia 900, tem um ecrã de 4,3 polegadas, com uma resolução de 800 por 480 pixeis, 512 MB de RAM, uma câmara de oito megapixels e um processador de 1,4Ghz. O aspecto é idêntico ao dos modelos Lumia 800 (outro dos telemóveis com Windows da marca finlandesa) e N9 (este comercializado em Portugal, mas ainda com o sistema MeeGo).
A Nokia apresentara já, no final do ano passado, dois outros modelos equipados com Windows Phone 7, fruto da parceria estabelecida com a Microsoft em Fevereiro. O Lumia 800 começou por estar disponível em alguns mercados europeus (mas ainda não em Portugal) e o Lumia 710, de gama mais baixa, começou por ser comercializado sobretudo aos mercados asiáticos. Agora, ambos os modelos vão também ser comercializados nos EUA este ano.
A apresentação da Microsoft marca um fim de um ciclo, já que esta decidiu deixar de abrir a CES. Com o evento a perder importância (dado que muitas grandes empresas, com a Apple e a Amazon, optam por apresentar as novidades em eventos próprios), o presidente da associação que organiza a feira, Gary Shapiro, fez questão de mostrar que se tratou de uma separação amigável e afirmou que ficaria “chocado” se no futuro um executivo da Microsoft não voltasse à feira.
Quarta-feira, 28.12.11
No dia da greve geral, manifestantes em frente ao Parlamento usam uma máscara associada ao grupo de hackers Anonymous (Miguel Manso) Este foi um ano agitado no mundo da tecnologia: várias marcas trouxeram novos aparelhos para o mercado dos tablets, os telemóveis deram passos largos para um mundo de smartphones e a cibersegurança foi tema quente. E foi também um ano de alguns grandes falhanços. Dos problemas de segurança do Estado português, até produtos dados como mortos logo após serem postos à venda, passando por empresas que se deixaram afundar – eis o lado negativo de 2011.
Cibersegurança do Estado
Na sequência da greve geral, a 24 de Novembro, vários sites (de partidos políticos a estruturas do Estado) sofreram uma série de ataques informáticos. Em quase todos, os ataques deixavam apenas os sites inacessíveis por um período curto de tempo. Mas houve um caso em que os atacantes conseguiram retirar de computadores do Estado um ficheiro com dados pessoais de 107 polícias.
Os ataques (feitos por grupos que até marcavam aulas online para aspirantes a hackers) foram muito pouco sofisticados – mas chegaram para mostrar que as infra-estruturas informáticas portuguesas são muito vulneráveis e que ataques mais sérios podem comprometer a segurança do Estado.
- Hackers divulgam dados pessoais de 107 polícias de Lisboa e ameaçam toda a PSP
- Hackers: atrás do ecrã para "elevar a voz do povo"
O tablet da HP
Tal como muitas outras empresas, a gigante HP entrou em 2011 na guerra dos tablets. Mas, contrariamente ao que muitos fizeram, não adoptou o sistema operativo Android (o principal rival do sistema do iPad) e preferiu avançar com uma plataforma própria, chamada WebOS.
Se os tablet com Android continuaram este ano a ter dificuldades em combater a Apple, o HP Touchpad (praticamente sem aplicações e com um sistema de que a maioria dos consumidores nunca ouvira falar) mal teve tempo de tentar. Começou a ser vendido a 1 de Julho e foi descontinuado a 18 de Agosto, depois de vendas fracas e com a HP a escoar o stock a preço de saldo. A empresa anunciou mesmo ter desistido do segmento e, este mês, transformou o Web OS num sistema de código aberto, colocando-o à disposição de qualquer pessoa.
- HP quer separar divisão de PC e abandona tablets
Tablet Motorola Xoom
O aparelho, uma parceria entre a Motorola e o Google, foi o primeiro tablet equipado com a versão 3.0 do sistema operativo Android, a primeira versão concebida especificamente para tablets. A Motorola gerou expectativa e lançou um anúncio inspirado no famoso “1984”, da Apple. As vendas, porém, foram uma desilusão, num ano em que os tablets com Android ganharam terreno, mas continuaram longe do iPad.
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- Guardian: From Xoom to bust: how Motorola's tablet failed to conquer Honeycomb
Research In Motion
Em tempos um ícone dos smartphones, a canadiana Research In Motion (RIM), que fabrica os telemóveis BlackBerry, teve um ano catastrófico: perdeu quota de mercado nos EUA (o mais importante para a empresa), está longe dos líderes no mercado europeu, as acções caíram a pique, os dois CEO têm sido fortemente criticados, uma série de executivos decidiram sair e a estreia no mercado dos tablet (com um aparelho chamado PlayBook) teve fracos resultados.
Conhecida pelos telemóveis com teclado físico (embora também comercialize modelos apenas com ecrã sensível ao toque), a RIM parece ter dificuldades em acompanhar o mercado, que está voltado para o iPhone e para os múltiplos Android.
Para além disto, os servidores da empresa – responsáveis pelo sistema de mensagens que é um dos trunfos da marca – tiveram em Outubro uma falha que afectou, durante dias, milhares de utilizadores em todo o mundo. E (aqui sem responsabilidade da RIM) o uso destes telemóveis acabou associado à organização dos motins em Londres.
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YDreams
A tecnológica portuguesa é frequentemente dada como um exemplo de inovação e um caso de sucesso que ultrapassa as fronteiras portuguesas. Mas este ano acabou nas notícias por más razões: em Setembro, soube-se que a empresa tinha salários e subsídios de férias em atraso.Também este ano, a YDreams lançou uma spin-off – a YNvisible – na bolsa de Frankfurt. No segundo dia no mercado, as acções chegaram aos 3,10 euros. Desde então, têm vindo sempre a cair e esta semana fecharam nos 24 cêntimos.
- Funcionários da YDreams queixam-se de salários e subsídios de férias em atraso
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Sony
Este foi o ano em que atacar sites e sistemas informáticos foi moda. E a Sony foi talvez a maior vítima. Em Abril, ataques à PlayStation Network (um sistema de jogos online) e ainda a plataformas de venda de conteúdos online expuseram informação pessoal de mais de 100 milhões de clientes da Sony, o que, em muitos casos, incluía dados de cartões bancários.
A falha levou a que autoridades de alguns países (entre os quais EUA e Reino Unido) pedissem explicações à Sony e foi um enorme golpe na imagem da multinacional nipónica. Não ajudou que a Sony tenha esperado uma semana entre o momento em que detectou o ataque e o dia em que avisou as autoridades e os utilizadores de que os dados podiam ter sido roubados.
- Sony reabre o serviço de jogos que foi atacado por “hackers”
Eleições presidenciais
Nas eleições presidenciais de 23 de Janeiro, os sistemas disponibilizados pelo Estado para que os cidadãos pudessem receber o seu número de eleitor (necessário para votar) deixaram de funcionar devido ao elevado número de acessos.
Nem o Portal do Eleitor, nem o serviço de SMS, nem a informação telefónica conseguiam dar resposta. O problema afectou eleitores já com Cartão do Cidadão, cujo número de eleitor tinha mudado e resultou em longas filas de espera nas juntas de freguesia e em eleitores que não conseguiram votar.
- Mais de 42 mil pessoas tiveram problemas para votar no dia 23
TIM w.e.
Teve mais a ver com a instabilidade dos mercados do que com o desempenho da empresa, mas a tecnológica TIM w.e., que vende conteúdos e serviços para telemóveis e que seria a primeira empresa portuguesa a entrar no Nasdaq, o índice tecnológico dos EUA, viu os planos gorados e decidiu adiar a oferta pública de venda. A empresa contava encaixar entre 93,8 milhões de euros e 125,8 milhões de euros.
- TIMWE faz estreia de empresa portuguesa no Nasdaq
Via Público
Quarta-feira, 21.12.11
Dar ordens a aparelhos electrónicos com o pensamento pode ser uma realidade nos próximos anos (Foto: Megan Lewis/Reuters)
Imagine um mundo em que basta pensar num número de telefone para que o nosso telemóvel faça a chamada e que não seja necessário perder tempo a criar uma password de que ninguém se lembra quando é preciso. Para os especialistas da IBM, a tecnologia que nos tornará ainda mais ligados às máquinas e, por outros motivos, mais ligados uns aos outros, vai registar grandes avanços nos próximos cinco anos.
As cinco previsões da empresa tecnológica norte-americana para os próximos cinco anos – o IBM Five in Five, que já vai na sexta edição – põem-nos a gerar energia enquanto andamos de bicicleta, a dar ordens aos computadores com o poder da nossa mente, a usar as nossas características físicas para levantar dinheiro nas caixas Multibanco, encurtam as diferenças de acesso à tecnologia entre os mais ricos e os mais pobres e transformam o spam em informação prioritária.
Mas vamos por partes.
É um dado adquirido que tudo o que se move ou produz calor pode gerar energia. O que a IBM acredita é que, até 2016, os avanços na área das energias renováveis vão tornar comum, por exemplo, o uso de pequenos aparelhos nas rodas das bicicletas para recarregar pilhas ou baterias, que depois podem ser usadas em casa. Não é que ainda não seja possível, mas neste caso a mudança será mais a nível cultural – a IBM acredita que, nos próximos cinco anos, a ideia de que nós podemos gerar a nossa própria energia vai enraizar-se. Por outras palavras, será comum sair de casa para comprar pão e regressar com energia suficiente para usar a máquina de barbear.
Outra das previsões da IBM aponta baterias contra as passwords. Não só as que criamos para ler o correio electrónico mas também as várias combinações de letras e números de que precisamos para levantar dinheiro, por exemplo. A resposta está nos dados biométricos – as nossas características faciais, a nossa voz ou os nossos olhos –, que serão cada vez mais usados para comunicarmos com as máquinas. A ideia é que todos esses dados biométricos, que são diferentes de pessoa para pessoa, serão integrados através desoftware numa espécie de password genética online, que mais ninguém conseguirá identificar. Por razões de segurança, esta password genética só incluirá os dados que o utilizador quiser.
Pensar é agir
Uma das áreas mais fascinantes das previsões da IBM para os próximos cinco anos é a leitura da mente. Os investigadores da empresa não acreditam que até 2016 será possível rejeitar uma chamada do patrão só com o pensamento, mas apostam que vamos começar a ver aplicações práticas dos conhecimentos actuais na indústria do entretenimento, mais especificamente nos jogos de vídeo.
Os investigadores na área da bioinformática já fazem experiências há algum tempo com capacetes e sensores que conseguem ler a actividade cerebral e reconhecer expressões faciais, níveis de concentração e até pensamentos sem que as pessoas tenham de mexer um dedo. Segundo o comunicado da IBM, os seus próprios investigadores estão a estudar formas de ligar os nossos cérebros a aparelhos electrónicos, para que um dia seja possível fazer uma chamada telefónica ou mover o cursor de um rato apenas com o poder da mente.
Para quem acha que não vale a pena tanto trabalho só para podermos falar mais comodamente ao telemóvel, a IBM salienta que esta tecnologia terá também implicações na medicina – no estudo e compreensão de várias doenças que afectam o cérebro, como o autismo.
Encurtar o fosso tecnológico entre ricos e pobres
Apesar do ar de ficção científica de algumas das previsões da IBM para os próximos cinco anos, a mais arriscada de todas não envolve mudanças tecnológicas. É que, segundo os investigadores da empresa norte-americana, 80 por cento da população mundial – ou 5600 milhões de pessoas – terá um telemóvel até 2016, o que irá eliminar o fosso tecnológico entre ricos e pobres.
"É mais barato ter um telemóvel do que abrir uma conta num banco ou comprar um computador portátil", ouve-se num vídeo produzido pela IBM e publicado no YouTube. Fica por explicar como é que muitas das quase três mil milhões de pessoas que vivem em todo o mundo com menos de dois dólares por dia, segundo dados das Nações Unidas, vão poder comprar um telemóvel até 2016, mesmo que seja mais barato do que abrir uma conta ou comprar um computador portátil.A última previsão da IBM é uma espécie de "se não podes vencê-lo, junta-te a ele". Ao contrário da famosa previsão de Bill Gates, que em 2004 decretou o fim do spam em dois anos – com o sucesso que todos nós constatamos ainda hoje sempre que consultamos o email –, a IBM diz-nos que o correio electrónico indesejado não só não desaparecerá, como será transformado numa prioridade. Como? Nos próximos cinco anos, os sistemas serão capazes de filtrar toda a informação disponível e de nos mostrar apenas aquela que nos interessa, mesmo sem a termos solicitado.
Via Publico
Terça-feira, 15.11.11
O Facebook está a ser inundado por conteúdo ofensivo (Nelson Garrido)
Utilizadores do Facebook queixaram-se de que estão a ser colocadas nos seus murais imagens de conteúdo pornográfico e violento. A empresa está a investigar a falha.
As queixas espalharam-se pela Internet, com utilizadores a referirem-se uma torrente de pornografia, imagens de abuso de animais, de auto-mutilação e montagens de celebridades em actos sexuais a inundar os respectivos murais. Em vários casos, este conteúdo pode ser visto pelo utilizador e pelos respectivos contactos.
A técnica de explorar falhas no Facebook – ou enganar o utilizador com aplicações maliciosas – não é nova e tem sido usada em muitas acções de spam.
Este episódio, de acordo com os relatos colocados na Web, destaca-se pela dimensão e pela natureza das imagens.
O Facebook limitou-se a reconhecer o problema e a dar declarações genéricas sobre as políticas de combate a pornografia e conteúdo malicioso dentro da rede social.
O site é aberto a qualquer pessoa a partir dos 13 anos, mas há casos de utilizadores que não cumprem a regra e se registam sem terem a idade requerida.
Via Público
Domingo, 30.10.11
Medida vai abranger os computadores mais antigos (DR)
O Ministério da Educação e Ciência (MEC) avisou esta semana as direcções das escolas de todo o país que não vai pagar a renovação de licenças de utilização desoftware da Microsoft dos perto de 50 mil computadores distribuídos entre 2004 e 2007, pelo que aquelas deverão mudar para um sistema de utilização livre, tipo Linux.
Os representantes das duas associações de dirigentes escolares desvalorizam o problema, que em 2010 obrigou a uma despesa de 1,16 milhões de euros.
Um dos argumentos utilizados pelo MEC na circular enviada às escolas é também o adoptado pelos directores para desdramatizar a questão. Sublinha o MEC que os 111.491 computadores distribuídos em 2009 no âmbito do Plano Tecnológico da Educação possuem licenciamento definitivo do sistema Microsoft. A questão coloca-se, portanto, apenas em relação aos equipamentos distribuídos anteriormente - 31.558 computadores portáteis e 19.358 de secretária, todos com opção de utilização de sistemas Linux ou Microsoft, este na modalidade de licenciamento por subscrição.
"Uma boa parte destes equipamentos, dada a sua idade, não estará em boas condições de funcionamento e não suporta as versões mais recentes dos produtos Microsoft", pode ler-se na circular do MEC.
Tanto José Eduardo Lemos, da Associação de Dirigentes Escolares, como Adalmiro Fonseca, da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas, admitem que muitos dos computadores já não se encontram em funcionamento e desvalorizam a necessidade de migrar para um software de utilização livre. "Terá de ser analisado caso a caso. Nuns valerá a pena pagar a licença, noutros justificar-se-á adoptar o Linux, que permite reduzir esta despesa", admite José Eduardo Lemos, cuja escola, a Secundária Eça de Queirós, na Póvoa de Varzim, está equipada com 300 computadores, dos quais "apenas 20 a 30 são anteriores a 2009".
Adalmiro Fonseca diz também que a situação não prejudicará o funcionamento da sua escola e repete a opinião de colegas, "a quem tem ouvido que a utilização de software livre é o futuro". Defende que teria sido preferível dispor de mais tempo para que todos se adaptassem ao Linux, mas está confiante de que "o processo não será dramático".
De acordo com informação dada ao PÚBLICO pelo MEC, até ao ano lectivo de 2009/10 o pagamento das licenças à Microsoft foi assegurado pelo Gabinete de Estatística e Planeamento da Educação. Em Junho deste ano, as escolas viram reforçados os seus orçamentos em 1,16 milhões de euros para procederem ao pagamento das licenças para 2010/11, que caducaram a 31 de Setembro.
O MEC aconselha a proceder à renovação dos contratos "apenas para os servidores em boas condições de funcionamento e para os quais não seja viável a migração para um sistema do tipo Linux" . E vai avisando que, mesmo nestes casos, não está em condições de assumir essa despesa.
Via Público
Quinta-feira, 29.09.11
Jeff Bezos na apresentação da nova linha de Kindles (Shannon Stapleton/Reuters)
Foram mais novidades do que toda a gente esperava – e a preços mais reduzidos. A Amazon parece querer toda a gente a lerebooks e apresentou esta tarde três novos Kindle com ecrã de tinta electrónica (dois a custarem menos de 100 dólares) e ainda um tablet Android, por 199 dólares.
Esta é a primeira vez que a Amazon apresenta Kindles abaixo dos 100 dólares, numa estratégia para fazer crescer ainda mais o negócio de livros electrónicos em que tem apostado com sucesso.
O modelo mais barato custa agora 79 dólares e não tem um ecrã sensível ao toque (o que a empresa descreveu como uma vantagem para quem não quer dedadas no ecrã). “Vamos vender milhões destes”, antecipou o presidente e fundador da empresa, Jeff Bezos, numa conferência de imprensa em Nova Iorque.
Com um peso de 170 gramas e desenhado para poder ser guardado num bolso, o novo Kindle vai apelar sobretudo aos utilizadores que queiram um aparelho simples de leitura.
A Amazon mostrou ainda um modelo que custa 99 dólares e que tem um ecrã sensível ao toque e um Kindle de 149 dólares, que integra ligação 3G gratuita em vários países.
Todos os preços são para aparelhos com publicidade incluída, um sistema que a Amazon já tinha integrado este ano num dos modelos anteriormente à venda: quando não está a ser usado, o ecrã do aparelho mostra anúncios publicitários. Para modelos sem publicidade, os preços sobem.
Para Portugal, porém, só está por agora disponível o modelo mais barato, na versão sem publicidade. Custa 122 euros.
A Amazon nunca divulgou os números de venda dos sucessivos modelos de Kindle (o primeiro foi lançado em 2007). A empresa avança apenas que é o produto da Amazon mais vendido e em Maio deste ano as vendas a livros electrónicos ultrapassaram pela primeira vez as de livros impressos. Hoje, Bezos anunciou já ter vendido mais de um milhão de livros para o Kindle.
Concorrer com a Apple
Como já era antecipado há muito, a livreira decidiu entrar no mercado dos tablets – que são também usados para a leitura de livros.
O tablet mostrado hoje chama-se Kindle Fire e tem um ecrã de sete polegadas a cores e que emite luz (contrariamente aos ecrãs de tinta electrónica dos outros Kindle). Está equipado com o sistema Android, que é a principal plataforma a concorrer com a Apple. Tal como muitos outros fabricantes fizeram, a Amazon desenhou uma interface própria para o seu aparelho. Para já, não pode ser encomendado a partir de Portugal.
O Fire é o último elo da estratégia que a empresa tornou clara este ano. Em Março, a empresa já tinha lançado uma loja de aplicações para Android independente do Android Market (que é do Google) e um sistema de armazenamento de música vocacionado para aparelhos com este sistema. Para além disto, tem um serviço para guardar qualquer tipo de ficheiros online e torná-los acessíveis em telemóveis, tablets e computadores.
O aparelho não tem especificações técnicas comparáveis às do iPad, que é o mais vendido dispositivo deste género e a referência no sector. Mas, nos 199 dólares, custa menos de metade do preço do iPad mais barato e a integração com os vários serviços da Amazon pode aliciar consumidores.
Este tablet vem completar o conceito de que os utilizadores podem guardar praticamente tudo na “nuvem” de servidores da Amazon e aceder a partir de um tablet com ligação à Internet. “Esse modelo em que somos responsáveis por guardar todo o nosso conteúdo é um modelo falhado”, argumentou Bezos, numa referência ao sistema da Apple, em que os utilizadores têm de transferir os ficheiros do iPad, iPhone ou iPods para o computador e vice-versa.
A entrada da Amazon no mercado dos tablet é um desafio diferente para a Apple do que o actualmente colocado pela torrente de fabricantes que se lançaram no segmento, como a Samsung, HTC e Asus, e que estão longe do ritmo de vendas do iPad.
Enquanto a actual concorrência da Apple tem um modelo de negócio assente na venda de aparelhos, a Amazon vende também conteúdos, o que inclui, para além de livros, assinaturas de jornais e revistas, bem como, nos EUA, filmes e música.
Por outro lado, a Amazon tem uma política de vendas exclusivamente online, o que tende a ser prejudicial em aparelhos de electrónica, onde potenciais compradores gostam de experimentar antes de comprar (a Google acabou por fechar a loja online onde vendia em exclusivo o seu primeiro telemóvel Android e desistir desse modelo).O mercado dos tablets, porém, tem sido duro para alguns fabricantes que tentaram seguir no caminho aberto pela Apple. A HP anunciou em Agosto que ia desistir do sector, menos de dois meses depois de ter colocado à venda o seu primeiro tablet. Já a Research In Motion, que produz os telemóveis BlackBerry, decepcionou investidores ao apresentar vendas de apenas 200 mil unidades do seu PlayBook nos primeiros três meses.
Via Público
Terça-feira, 23.08.11
A Apple prevê realizar os primeiros ensaios de produção da nova versão do iPad em outubro e espera comercializar o novo aparelho «no início de 2012», noticiou o Wall Street Journal.
O iPad 3 deverá apresentar um ecrã de 9,7 polegadas e com resolução de 2048 por 1536 pixels, contra os 1024 por 768 pixels do antecessor.
De acordo com um dos fornecedores da Apple, citado pelo jornal, o grupo norte-americano encomendou peças para “cerca de 1,5 milhões de iPad 3 no quarto trimestre”.
A empresa, que também criou o iPod, o iPhone e os computadores Macintosh, converteu-se há poucas semanas na firma mais valiosa do mundo em capitalização bolsista, pela primeira vez na sua história, superando brevemente a petrolífera Exxon Mobil.
A Apple teve lucros recorde de 7.308 milhões de dólares no terceiro trimestre do exercício fiscal (abril e junho), um aumento de 124,6 por cento face ao mesmo período de 2010, que se deve sobretudo às vendas do iPhone e do iPad.
Via Sol
Quinta-feira, 21.07.11
Para quem não sabe ou quem não me segue no Facebook ou no Twitter, eu criei um site que se chama Cor do Facebook. Com este site, podes Mudar a cor do Facebook em apenas três simples passos. Aqui fica o behind the scenes.
O que pretendo? Ser um pouco viral. Até porque a publicidade não é muita, e não estou a enganar ninguém; antes pelo contrário… isto funciona mesmo e eu próprio uso-o!
O behind the scenes deste site é nada mais, nada menos do que:
- WP Súper Popup PRO – ao contrário da versão fere, este plugin permite costumizar como aparece o popup em termos do ecrã, quantas vezes, vários tipos de popup (físico, ajax, com load de um canto do ecrã, etc.) e tem 6 themes disponíveis.
- Botão share feito à parte – O problema de todos os plugins de Facebook Share é que, efetivamente, não fazem um botão como deve ser. Tive que criar um botão como deve ser (ou seja, grande) e linkar a http://www.facebook.com/sharer.php?u=NOME-DO-SITE. Se não sabiam como fazer um botão Share manual, aqui fica a dica.
- Usar anúncios Flash – como alguns de vós sabem o flash fica “saído” da Lightbox, ou seja, se tiver um popup de Lightbox o flash fica clicável ao contrário do resto do texto.
- E por fim, share share share! – Espero que isto seja viral, pelo menos ao longo do tempo vou fazer por isso. É para isso que a parte final deste post é dedicada ao alerta… SHARE IS THE REASON!
Bons sites, e bons ganhos para vocês!
Rui
Retirado de Rui Cruz
Quinta-feira, 30.06.11
A Apple entrou em divergência com o seu representante e importador em Portugal, Interlog, e terá suspendido o fornecimento de peças e equipamentos ao mercado português. Ao que o Dinheiro Vivo apurou, as duas empresas estão a tentar resolver o desentendimento, mas não conseguiram evitar que os clientes da Apple fossem afectados.
É que o serviço AppleCare, que estende a duração e abrangência da garantia da empresa, exige uma reparação no máximo de três dias - algo que não está a ser cumprido desde que os problemas começaram. Uma situação muito anormal na marca, que é conhecida mundialmente pela rapidez e eficácia do suporte.
Alguns centros de reparação autorizados estão sem receber peças desde meados de Junho e começam a acumular computadores Mac avariados durante semanas. No centro das Olaias "Tou Aqui Tou Aí", um dos mais conceituados do país no arranjo de Macs, há 92 computadores empilhados à espera de peças, que deixaram de chegar a 17 de Junho. O centro, que contactou a Apple norte-americana para tentar contornar o problema, espera que tudo seja seja resolvido "dentro de alguns dias".
Também a Distriloc confirma que não tem recebido peças e por isso suspendeu a garantia de arranjo em três dias. "Depende do problema da máquina, mas não podemos dizer se é em dois dias ou dez dias", explica fonte da empresa.
Nos centros de reparações circula o rumor de que a importadora Interlog, que representa a Apple desde 1986, terá deixado de pagar à empresa e por isso o contrato foi congelado. O Dinheiro Vivo contactou a Interlog para obter esclarecimentos, mas não foi possível conseguir quaisquer explicações.
Via Dinheiro Vivo
Quarta-feira, 22.06.11
Um supercomputador fabricado pela japonesa Fujitsu converteu-se no mais rápido computador do mundo, de acordo com a classificação TOP500, definida por universidades alemãs e americanas, noticia hoje o diário Nikkei.
A lista de computadores mais rápidos do planeta, divulgada duas vezes por ano, classificou o computador japonês denominado “K” e ainda em desenvolvimento como o mais rápido.
A máquina da Fujitsu, criada em colaboração com o instituto nipónico de investigação Riken, conseguiu efectuar 8.160 milhões de operações por segundo, mais do triplo do que o computador que liderou a última tabela, o chinês Tianhe-1A.
O projecto “K” obrigou a um investimento equivalente a 975 milhões de euros e será utilizado no cálculo das previsões de mudanças climáticas, refere um despacho da agência Kyodo.
Com o reconhecimento da TOP500, o Japão coloca-se pela primeira vez nos últimos sete anos na mais alta classificação do ranking que historicamente sempre dominou com os Estados Unidos, mas que nas últimas listagens tem visto maior competição da China e pela Índia.
Via Sol
Sexta-feira, 27.05.11
O novo Samsumg Galaxy Tab, o telemóvel mais fino do mundo, foi apresentado hoje no LX Factory, em Lisboa. Com um ecrã de 10.1 polegadas e uma resolução muito próxima do concorrente da Apple este telemóvel promete ser uma revolução.
Além de ser tão fino quanto o iPad2 e de ser um pouco mais leve, este telemóvel beneficia do novo sistema operativo Google Android 3.0 concebido apenas para os tablets. Uma das outras vantagens do novo Galaxy Tab em relação ao iPad é o facto de permitir utilizar Flash para ver televisão e filmes.
A câmara de 8.0 megapixels é mais um atractivo por garantir uma alta qualidade tanto nas fotografias como nos vídeos.
Para ter um Samsung Galaxy novinho em folha terá de abrir os cordões à bolsa: por 589, 90 euros o telemóvel pode ser seu. Em Portugal, é a Vodafone que está a comercializar, por agora, oSamsung Galaxy, na versão com 16 GB de armazenamento.
Via Ionline
Quinta-feira, 14.04.11
O promotor do projecto One Laptop Per Child (OLPC), Nicholas Negroponte, quer levar avante um novo projecto semelhante ao original. Desta vez o objectivo é criar um tablet de baixo custo
A primeira vez que Nicholas Negroponte abordou a questão foi em 2009, quando a empresa Marvell Techonologies se associou à iniciativa.
O objectivo era adaptar a ideia original, que consistia na criação de um computador portátil de baixo custo para crianças de países em desenvolvimento, para desenvolver um tablet com a mesma filosofia.
De acordo com informação avançada pelo El País a associação de Nicholas Negroponte comprometeu-se agora a oferecer a quem quiser investir o design para o tablet em causa, que terá de custar 75 dólares, menos 25 dólares do que o computador portátil da iniciativa.
A nível de materiais, o dispositivo deverá ter como principal material o plástico e um ecrã com iluminação própria e tinta electrónica, para que possa ser utilizado em vários ambientes consoante a luminosidade
Via Sol
Sábado, 09.04.11
Por fora mantém o aspecto retro da década de 1980, mas por dentro tem a tecnologia do século XXI. É o novo/velho Commodore 64, o computador lançado em 1982 e que fez as delícias de muitos jovens adultos que agora andam pela casa dos 30.
O modelo original do C64 começou a ser comercializado em 1982 e tinha 64 kb de memória, tendo-se rapidamente tornado um dos computadores mais vendidos de sempre (DR)
Continua - tal como antigamente - a ser um teclado gigante (bege) com um monitor detrás de si e um rato acoplado (que não estão incluídos).
Mas alguns dos extras adaptados aos tempos são do mais moderno que há, mesmo para alguns dos gadgets do momento: tem, por exemplo, um leitor de Blue-Ray (opcional) e ligação HDMI, a fim de poder ser ligado ao ecrã de uma televisão compatível.
O preço deste computador recriado a pensar nos saudosistas não é, porém, quantia que se possa gastar com um capricho. Os preços - consoante as funcionalidades - variam entre os 250 e os 895 dólares.
O novo Commodore 64 foi posto à venda online, por primeira vez, na terça-feira e esgotou em menos de 24 horas, apesar de não se saber exactamente quantos destes aparelhos foram produzidos nesta primeira leva. Uma segunda leva de vendas e entregas acontecerá em Maio e Junho.
“Contávamos com o factor nostalgia do público e isso aconteceu; muitas destas pessoas que compraram o computador possuíam um Commodore 64 original na década de 1980, tal como eu”, disse Barry Altman, o director-executivo da Commodore USA, citado pelo “Los Angeles Times”. “Mas” - acrescentou Altman - “estamos igualmente a perceber que os miúdos que são génios geek e que têm iPhones e iPads e coisas dessas também gostam disto. Eles têm, aliás, sido uma grande parte da base de clientes até agora. Tem sido uma surpresa”.
“Estamos a ter alguma dificuldade em manter a nossa loja online a funcionar porque os servidores estão a ficar congestionados com o excesso de tráfego”, disse Altman. “Isso também tem sido uma surpresa”.
“É um bom computador básico para trabalhar, para ver os e-mails, para uso multimédia e para jogos básicos”, resumiu ainda Altman.
Os novos aparelhos têm um processador dual-core Intel Atom 1.8GHz, uma placa gráfica Nvidia Ion2, 4GB de RAM e 1TB de memória. Os aparelhos “correm” no sistema operativo Ubuntu (open source), mas também estão preparados para “correr” no mais recente sistema operativo da Microsoft, o Windows 7.
O modelo original do C64 começou a ser comercializado em 1982 e tinha 64 kb de memória, tendo-se rapidamente tornado um dos computadores mais vendidos de sempre.
Via Público
Sábado, 19.03.11
"Eu sou o Creeper, apanha-me se és capaz!". Era com esta frase provocatória que o primeiro vírus informático aparecia em 1971 nos ecrãs dos primitivos computadores da Arpanet, a rede informática norte-americana que está na origem da Internet.
Mas, o Creeper não passava de uma inocente brincadeira de um programador que apenas quis provar que era possível introduzir programas numa rede informática sem autorização.
Ao longo de quatro décadas o cibercrime disparou exponencialmente: em 1990 foram detetados 1300 vírus, em 2000 existiam 50 mil e 2010 foram identificados 200 milhões.
Nos últimos cinco anos, estes programas informáticos maliciosos passaram a ter como objetivo o lucro, através de modelos de negócio mais ou menos sofisticados e passaram a fazer parte da guerra industrial entre Estados.
Em 2010, Stuxnet danificou seriamente o sistema industrial da Siemens que equipava uma central nuclear no Irão. Já este ano, o Governo francês sofreu um ataque sem precedentes, por ter sido o organizador da cimeira do G20.
Quais são agora os principais alvos do cibercrime? Os especialistas defendem que deverão ser os smartphones. Não só porque são um tipo de equipamento móvel cuja utilização está a crescer exponencialmente, como também porque no futuro deverão ter funções de micro-pagamento. E também porque incorporam um sistema de localização (GPS) e têm câmara fotográfica, o que os torna potencialmente intrusivos para os seus proprietários.
No passado mês de Fevereiro, a Kaspersky, especialista em segurança, informou ter detetado em simultâneo vários novos programas maliciosos para a plataforma móvel Android (Google).
Veja quais são os principais vírus da história da informática:
1971: Creeper
Foi criado em laboratório por um programador que trabalhava no desenvolvimento da Arpanet (rede precursora da Internet).
1982: Elk Cloner
Foi escrito por um adolescente de 15 anos. Propagava-se através de disquetes do Apple II e era uma forma de ter acesso a acesso a informação dos computadores dos amigos, sem que estes dessem por isso.
1987: Jerusalém
Foi o primeiro vírus destruidor a ter um impacto global. Em cada 6ª feira, dia 13, este vírus apagava os programas que estivessem em funcionamento no computador. O nome deve-se aio facto de ter sido detetado pela primeira vez na Universidade Hebraica de Jerusalém.
1992: Michelangelo
Pertence à categoria dos vírus adormecidos que acordava no dia 6 de março (dia de nascimento de do artista renascentista) e apagava informação essencial do computador e infetava discos rígidos. Não causou muitos estragos porque os computadores pessoais eram desligados nesse dia.
1999: Melissa
Foi criado em homenagem a uma streaper da Florida. O autor foi identificado e passou 20 meses na prisão e teve que pagar uma multa de 5 mil dólares. Infetava os ficheiros Microsoft Word e enviava-se a si próprio através do Outlook. Era suficientemente poderoso para paralisar os sistemas de correio eletrónico da Internet. Foram criadas variantes e havia quem pedisse 100 dólares 8 partir de paraísos ficais) para anular o vírus.
2000: I love you
Era um vírus tipo worm (que se auto replica) que afetou dezenas de milhões de computadores pessoais. Aparecia através de uma mensagem de correio eletrónico com o assunto "I love you" e infetava o computador quando o ficheiro em anexo era aberto. Depois o vírus auto propagava-se a todos os endereços do programa de mail. Terá provocado prejuízos superiores a 5 mil milhões de dólares em todo o mundo por levar muito tempo "limpar" as máquinas infetadas.
2001: Code Red
Numa semana atacou 400 mil servidores com tecnologia Microsoft. Tal como o I Love You, atacava também os utilizadores finais. Substituía a página inicial dos sítios web com a mensagem "Hacked by chinese".
2004: Sasser
Infetou mais de um milhão de computadores e provocou prejuízos de 18 mil milhões de dólares. Explorava uma vulnerabilidade do Microsoft Windows para se espalhar de uma forma muito rápida. Os computadores ficavam inoperacionais em poucos minutos. A Delta Airlines foi forçada a cancelar voos e a guarda costeira britânica teve que voltar a usar mapas em papel. Descobriu-se que o autor tinha sido um rapaz alemão de 18 anos que seria processado pela Microsoft em 250 mil dólares. O jovem alegou que tinha criado o vírus para ajudar a mãe a arranjar emprego numa empresa de segurança informática.
2005: My Tob
Significou o início na era dos Botnets (agentes de software que funcionam autonomamente) e do cibercrime. Era um worm que combinava as características de zombie (programa controlado remotamente) e de mass-mailer (envio massivo de mensagens de correio eletrónico). Com My Tob, os vírus tornaram-se um negócio para desenvolver atividades de espionagem (spyware), difusão de correio indesejado (spam), hospedagem nos servidores de conteúdo indesejado, interceção de códigos bancários, chantagem, etc.. As receitas deste tipo de atividade atingem milhares de milhões de euros e continuam a crescer até hoje.
2007: Storm botnet
Já com modelos de negócio a funcionar, os cibercriminosos passar a ter estratégias de defesa (dos contra-ataques das empresas de segurança) através de centros de comando descentralizados. O Storm infetou muitos milhões de computadores.
2008: Koobface
Numa analogia ao Facebook, este vírus usava as redes sociais para se espalhar. Ainda hoje deverá haver 500 mil Koobfaces on line ao mesmo tempo.
2009: Conficker
É um vírus muito sofisticado e resistente. É ao mesmo tempo worm e uma botnet súper robusto. Infetou mais de 7 milhões de sistemas informáticos no mundo inteiro, incluindo hospitais e bases militares (obrigou aviões de guerra franceses a ficarem em terra). Curiosamente, o Conficker não afetava os IP (Internet Protocol) ucranianos. Respeitava uma das regras de ouro do cribercrime. "Não ataques o teu próprio país e o braço da justioça não re atingirá".
2010: Stuxnet
Significou o advento da ciberguerra. Ou seja, é a era dos vírus tão sofisticados que apenas os Estados parecem ter recursos para os criar. Tira partido de uma vulnerabilidade do Windows e atacou o sistema de gestão industrial da Siemens.
Via Expresso
Quinta-feira, 03.03.11
Rei morto, rei posto. Depois de ter apresentado ontem a nova versão do iPad, a Apple resolveu reduzir o preço do modelo original em mais de 100 euros
A descida de preço do iPad não foi divulgada pela Apple quando apresentou ontem o novo modelo, mas surge agora no site da empresa onde é possível comprar a primeira versão do tablet.
Assim, a versão mais barata do iPad original (WiFi com 16GB) está a ser agora comercializada por 379 euros, quando antes custava 499 euros.
A redução abrange também as restantes versões, nomeadamente a mais cara (3G com 64GB), que passou a custar 699 euros em vez dos 799 euros que custava anteriormente.
As alterações surgem um dia depois de a Apple ter apresentado a nova versão do iPad, que deverá chegar às lojas portuguesas a 25 de Março.
Vários sites internacionais referem que esta descida de preços se destina a escoar os stocks do tablet.
Via Sol
Quarta-feira, 02.03.11
Steve Jobs, que está de baixa médica, surpreendeu ao subir ao palco para apresentar a segunda geração do iPad, que passa a ter câmaras integradas e mais capacidade de processamento. Chegará à Europa a 25 de Março.
O iPad vai chegar às lojas também em branco (Beck Diefenbach/Reuters)
O novo iPad é significativamente mais fino, mais leve e tem um processador mais rápido (com dois núcleos). O design faz lembrar uma versão grande do iPod Touch.
Como esperado, o novo modelo tem uma câmara frontal e uma câmara traseira. Está também equipado com um giroscópio (como já acontece com o iPhone e o iPod Touch), que poderá ser usado pelos produtores de aplicações (é usado em muitos jogos, por exemplo).
O iPad 2 estará desde início à venda em duas cores: branco e preto (a Apple era para ter lançado uma versão branca do iPhone 4, que nunca se materializou). Chega à Europa a 25 de Março, duas semanas depois de ser introduzido no mercado dos EUA. Os preços e as diferentes capacidades de armazenamento vão manter-se.
Na conferência de apresentação, em S. Francisco, Steve Jobs referiu ainda que a Apple pagou um total dois mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros) aos produtores de aplicações (a empresa fica com 30 por cento das receitas de vendas na sua loja). E acrescentou que foram descarregados 100 milhões de livros electrónicos através da loja iBooks e que a loja do iTunes já conta mais de 200 milhões de contas.
Jobs – cujo aparecimento foi uma surpresa, após semanas de especulação intensa sobre o seu estado de saúde – não perdeu oportunidades para argumentar que a Apple está à frente da concorrência. É uma frase feita dizer que 2011 será o “ano dos tablets”, depois de 2010 ter sido amplamente descrito como o “ano do iPad”. O patrão da Apple, porém, chamou a 2011 “o ano das cópias”, referindo-se aos muitos modelos de tablets que este ano vão chegar às lojas, boa parte equipados com o sistema Android.
O Xoom (da Motorola, que também já comercializa vários smartphones com Android) é tido como um dos grandes concorrentes do iPad para 2011. Está equipado com a versão 3.0 do Android – a primeira concebida para tablets – e tem especificações técnicas de um topo de gama. Mas o preço de 800 dólares surpreendeu e tem sido apontado como excessivo para concorrer com o iPad.
Para além disto, a Samsung já anunciou a segunda geração do Galaxy Tab, o único aparelho que no ano passado surgiu como uma alternativa viável ao iPad. Uma das novidades do novo modelo é ter um ecrã de dez polegadas (o anterior era de apenas sete), semelhante ao tamanho do ecrã do iPad.
O primeiro iPad chegou às lojas americanas em Abril de 2010 e ao longo dos meses seguintes foi posto à venda no resto do mundo. A Apple vendeu no ano passado cerca de 15 milhões de unidades e deu início a um novo segmento de mercado.
Via Público
Terça-feira, 01.03.11
A Microsoft Portugal anunciou hoje a integração de novos corretores para o Acordo Ortográfico disponíveis para os utilizadores do Office 2010 e Office 2007.
A integração dos novos corretores ortográficos resulta do trabalho desenvolvido nos últimos meses por linguistas nacionais do Instituto de Linguística Teórica e Computacional (ILTEC) e membros do MLDC, o Centro de Investigação e Desenvolvimento da Microsoft em Portugal, informa a empresa em comunicado.
"A Microsoft Portugal lança este novo recurso para responder às necessidades dos muitos utilizadores do Office que, por razões profissionais ou por escolha pessoal, escrevem de acordo com as novas regras ortográficas", sublinha a empresa.
O conjunto de corretores ortográficos é disponibilizado de forma gratuita através de atualizações disponíveis na página Internet da Microsoft (www.microsoft.pt/acordoortografico).
Via Ionline
Sábado, 26.02.11
Os principais antivírus grátis do mercado ganharam, nos últimos meses, importantes atualizações, a ultima foi o Avast que esta na sua 6 edição.
Elas resultaram em várias mudanças nos sistemas de varredura contra vírus e no recurso de proteção em tempo real desses programas. As mudanças, para o bem ou para o mal, também incluíram a adoção de novas tecnologias, recursos e até a reformulação total da interface – caso emblemático do Avast, com o visual totalmente remodelado.
O Antivírus é hoje um software indispensável para qualquer usuário de computador, mas qual o melhor ?
Alguns profissionais, dizem, que o melhor antivírus é o atualizado, pois surgem vírus todos os dias, com isso a atualização é tão indispensável como o próprio antivírus. As desenvolvedoras de Antivirus gratuitos estão criando cada vez mais produtos de ótima qualidade para o usuário, e estão concorrendo em pé de igualdade com os pagos.
Mas você esta na duvida em qual instalar ?
Preparamos um resumo dos principais antivírus gratuitos :
| Avast! Free Antivirus 6.0.1000 Final o Avast! chega à sua sexta edição com a qualidade e a eficiência de sempre, e trazendo ainda mais novidades e facilidades para os usuários. Avast! já possui tradução para o português, facilitando ainda mais a vida dos usuários e permitindo um maior aproveitamento dos recursos oferecidos pelo programa. Para saber mais sobre o programa clique aqui . Para fazer o download clique aqui.
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| Avira AntiVir Personal Edition Classic 2010 10.0.0.611 O software conhecido pela proteção completa que fornece ao computador, sem que seja preciso pagar nada por isso e se destaca em relação aos concorrentes pela rapidez com que conquistou espaço no concorrido mercado de antivírus gratuitos. O programa, que foi evoluindo aos poucos, já pode ser considerado uma das melhores opções na hora de proteger o computador contra ameças Para saber mais clique aqui Para fazer o download clique aqui.
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| Microsoft Security Essentials 2.0.657.0 A primeira versão do Microsoft Security Essentials surpreendeu todos pela qualidade, e em agosto de 2010 foi apontado como um dos dez melhores programas antivírus pela AV-Comparatives, órgão especializado em realizar este tipo de avaliação. Fácil de usar,a ferramenta gratuita para a proteção de seu computador contra ameaças virtuais, com o selo de qualidade da Microsoft. A interface segue os moldes de elegância da marca, além de ser muito prática devido à qualificação das opções de maneira limpa e funcional Para saber mais clique aqui Para fazer o download clique aqui.
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| AVG Anti-Virus Free 2011 10.0.0.1153 Esta versão conseguiu ser mais rápida, ainda mais simples e, principalmente, mais eficiente contra ameaças. São mais módulos de proteção, mas isso não quer dizer que eles pesem no computador. Um grande mérito desta versão é aliar bom desempenho sem sugar recursos do sistema. Para saber mais clique aqui Para fazer o download clique aqui.
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| BitDefender Free Edition 2010 Apesar de não trazer anti-spyware, anti-spam e nem firewall, o antivírus gratuito da BitDefender garante um bom nível de proteção para os arquivos do PC. Mas software não é muito leve, o que pode gerar um longo tempo de carregamento do sistema operacional. Para saber mais clique aqui Para fazer o download clique aqui. |
Via Mundo Connectado
Sexta-feira, 25.02.11
Uma equipa de investigadores da Universidade de Michigan anunciou ter criado um micro-computador que cabe em locais tão pequenos como a ponta de uma caneta
A primeira utilização deste sistema de computação milimétrico será efectuada em ambiente médico, uma vez que o mesmo foi projecto com o objectivo de monitorizar a pressão ocular em doentes com glaucoma.
O protótipo, que tem o nome de Phoenix, é pouco maior do que um milímetro cúbico e tem no seu interior um microprocessador de baixa potência, um sensor de pressão, memória, uma bateria ultra-fina, um célula solar e um rádio wireless com uma antena para poder transmitir dados para um dispositivo externo.
Dennis Sylvester, professor da Universidade de Michigan e um dos investigadores envolvidos no projecto, referiu em comunicado que este micro-computador poderá ser aplicado a outras áreas, como a monitorização da poluição, de estruturas ou a fiscalização de determinadas situações. Para o investigador este é um trabalho«único porque se trata de sistemas completos em que todos os componentes são de baixa potência e estão encaixados num chip».
Via Sol