Segunda-feira, 11.07.11
O caso do jornal domina a actualidade britânica
O caso do jornal domina a actualidade britânica (Paul Hackett /Reuters)

O News of the World (NoW) vai fechar, mas está longe de deixar de ser notícia. É o assunto que domina a actualidade nos media britânicos e as conversas de café: a cada minuto que passa, a actualidade mostra maior extensão e gravidade das escutas telefónicas.

 

Os comentários a criticar Cameron, a legitimidade do negócio de Murdoch na compra do Sky e o pedido de abertura de um inquérito público têm chovido na imprensa, à esquerda e à direita. “Há muita indignação e exigência” de abertura de um inquérito público ao que se passou, diz ao PÚBLICO Brian Cathcart, professor de jornalismo na Kingston University e colunista de “New Statesman”.

Jornalistas e polícia estão no centro do que mais tem provocado acessos comentários – mas sobretudo três pessoas: o barão dos media Rupert Murdoch, que se preparava para fechar a compra do serviço de televisão por satélite BSkyB, a directora-executiva da News International, Rebekah Brooks, e o primeiro-ministro britânico David Cameron, que se sabe ter relações próximas com Brooks e teve como assessor de imprensa Andy Coulson, ex-director do NoW.

As consequências são imprevisíveis. De manhã, Michael White, editor e comentador do “Guardian” já previa ao PÚBLICO que Murdoch, que controla 40 por cento da imprensa britânica, iria ter que despedir pessoas – só não especulava sobre em que empresa. A decisão final sobre o negócio da BSkyB também foi adiada. Mas é ainda “demasiado cedo” para prever as consequências políticas, disse. 

Brian Cathcart escreveu que os ministros não querem um inquérito público. Porquê?, perguntamos. “Há muitos (políticos) com esqueletos no armário” -–que é como quem diz com relações próximas a Murdoch e ao NoW. “Um inquérito teria que questionar algumas pessoas...” Cathcart lembra que há cinco anos que se sabe das escutas e os políticos têm um papel na razão pelo qual não foi exposto. Isto porque “Murdoch tem uma enorme influência na política britânica” – não só no actual Governo Conservador-Liberal Democrata como nos Trabalhistas. “Pode falar com primeiros-ministros sem que isso fique registado em qualquer lugar.” Importante, considera, é descortinar a influência de Murdoch, da sua empresa e de outros jornais na política britânica. “Seria saudável para a democracia britânica.” 

Martin Rosenbaum, autor de “Soapbox to Soundbite: Party Political Campaigning in Britain Since 1945”, observador dos media, acha que os políticos têm tido uma relação ambivalente com os tablóides que, “certo ou errado, têm um enorme poder”. Mas “este é um momento de viragem na relação entre os media e a política”: “Não me surpreenderia se daqui a dez anos se olhasse para trás e dissesse que este foi o momento em que os media perderam poder.” 

 

Via Público



publicado por olhar para o mundo às 22:00 | link do post | comentar

Terça-feira, 15.03.11

José Pacheco Pereira parece viver num mundo à parte, numa realidade muito própria e diferente da dos demais que o rodeiam. Com a esquerda no coração mas sentado confortavelmente à direita e habituado que está a fazer o ponto-contraponto daquilo que o próprio selecciona, parece por vezes esquecer-se que há mundo para além das suas próprias barbas. E que nesse mundo "distante" vivem pessoas que têm o direito de expressar a sua angústia, a sua livre opinião, fartas que estão de conversa fiada para boi dormir e alguns ganharem uns cobres. Como nem todas têm a "sorte" de ter um programa de televisão para o poderem fazer sem contraditório, escolhem o sítio mais democrático que existe para manifestarem o que lhe vai na alma: a rua - dispersas nas praças por esse país fora.

 

Ora como José Pacheco Pereira seria mais um dos que achavam, do alto do majestático pedestal de pseudolíderes opinativos cá do burgo, juntando-se a outros como Miguel Sousa Tavares e afins, que esta manifestação seria um total e rotundo flop, sem organização, sem ideias, sem ordem ou rumo, sem qualquer sentido. Ora meus amigos "metam uma rolhinha" como diz o povo, e desculpem a brejeirice, mas desta vez merecem. A azia é um prato que se serve frio. É como a saladinha de polvo ensalsada. E ontem ao jantar o Rennie deve ter sido prato do dia para muita gente.

 

Sábado, por volta das 17:00 horas, Pacheco Pereira apercebeu-se que afinal Portugal é um bocadinho maior do que um estúdio de televisão, pelo menos umas 300 mil vezes maior, e decidiu por isso atirar-se à comunicação social que fazia a cobertura do protesto, já que sobre o protesto pouco poderia dizer, as imagens que o deveriam estar a atormentar e exasperar falavam por si:

O espantoso relato "jornalístico" da manifestação de hoje "em directo"  pelas televisões e nalguns jornais que se dizem de "referência", mostra como o jornalismo português está a milhas  de qualquer deontologia básica da informação e de qualquer critério mínimo de qualidade profissional. Alguém faz sequer nas redacções  uma vaga ideia de como nenhuma televisão (e jornais) sérios em todo o mundo faria isto?  Hoje voltou-se ao PREC e aos comícios em directo. Hoje a televisão de Hugo Chávez foi o padrão do "jornalismo" português. JPP - "Abrupto" (blogue)

Atentem na frase: "Alguém faz sequer nas redacções uma vaga ideia de como nenhuma televisão (e jornais) sérios em todo o mundo faria isto?" 

Claro que não caro José. Nenhuma televisão ou jornal portugueses sabiam efectivamente o que estavam ali a fazer. É tudo gente pouco séria. Pelos vistos nem sequer a estação para a qual o José trabalha fez uma cobertura isenta. Só mesmo o José Pacheco Pereira saberia a melhor maneira de cobrir este protesto. Acho até que deveriam abrir uma escola de jornalismo de elite chamada "Nova Escola Superior de Comunicação Social José Pacheco Pereira". E o José deveria ficar encarregue da unidade curricular "Acompanhamento de manifestações e protestos como deve ser".Enfim, haja paciência para aturar ministros da propaganda sem cadeira.

 

 

Via 100 Reféns



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